Entre Anjos e Demônios - Capítulo I - Nova casa, nova vida

Um conto erótico de Edgar
Categoria: Homossexual
Contém 1472 palavras
Data: 22/03/2014 04:26:14

CAPÍTULO I - Nova casa, nova vida

O sol já se deitava, quando chegamos. A temperatura estava perfeita, nem muito baixa nem muito elevada.

O porteiro, após checar a placa do carro do meu pai, abre o portão eletrônico.

Um mar verde salta aos olhos, é o gramado bem cuidado que tanto agradou minha mãe, quando viu o catálogo. Árvores frondosas e cheias de flores estão simetricamente dispersas. O ar está cheio de um suave cheiro doce que é bastante agradável.

Passamos por algumas quadras cheias de residências iluminadas, recheadas de pessoas sorridentes e felizes.

“Um ambiente familiar saudável, como deve ser” minha mãe adorou isso.

Minha mãe, Armia Montes, é uma mulher bonita. Cabelos ruivos e encaracolados, pele bronzeada e levemente sardenta. Olhos verdes-esmeralda hipnotizantes. Magra e alta, já foi até modelo, quando adolescente. Está com 36 anos, mas muitos crêem que não possui mais do que 23. É programadora e a cofundadora de uma empresa de TI e desenvolvimento de jogos, junto com meu pai.

Avistamos o caminhão de mudança a frente de nossa nova casa. Uma edificação padrão desse condomínio, sem muros, com belo jardim, primeiro andar, janelas altas e largas, pintada em cores neutras, a cor é nossa opção.

Os homens da transportadora já tinham levado várias coisas para dentro e montado algumas outras, quando chegamos. Meu pai e eu resolvemos ajudar, para agilizar o processo.

Meu pai, Alistair Montes, é alto e musculoso. Cabelos totalmente grisalhos, apesar da pouca idade. Seus olhos são acinzentados e muito brilhantes. Atualmente está na casa dos 39, mas com tudo em cima, meu pai é lindo, sei disso e todas as mulheres (e alguns caras também). É programador e o outro cofundador da MontesDotCom (MDC).

Terminamos de descarregar nossas coisas e de montar o necessário para os primeiros dias. Eu estava suado, senti uma gota de suor cair de meu queixo e escorregar por meu peito até ondular várias vezes sobre meu abdomen.

Me chamo Edgar, por sinal. Tenho 17 anos. Sou ruivo encaracolado, assim como minha mãe. Alto, assim como meus pais. Musculoso, graças aos diversos esportes e academia. Meus olhos são acizentados.

Alguém bate à porta. Já são quase 20h30, acabamos de jantar. Meus pais mandam eu abrir, porque estavam ocupados lavando a louça.

Abro a porta.

Um cara, provavelmente da mesma idade que eu, está parado a minha frente. Seus cabelos são loiro-escuro. Sua íris é azul como o mar mediterrâneo e salpicada de pontos amarelos. Seu queixo é fino, seu maximar anguloso, barba bem aparada, tez bem cuidada e visivelmente macia. Está usando uma camiseta com gola v branca, calça jeans e tênis preto.

- Oi - ele diz - eu sou Noah, seu vizinho. Prazer - estende a mão, esperando que eu o cumprimente.

Sua voz é rouca e melodiosa.

Aperto sua mão, distraidamente, ainda abobalhado com sua beleza.

- E você? - ele pergunta, depois que soltamos as mãos. Esqueci totalmente de falar quem eu sou.

- Eu sou Edgar - digo.

- hm - ele diz, coça o queixo - minha mãe me pediu para vir aqui convidá-los para jantar conosco.

- Sim, claro, vou avisá-los - acho que não devemos recusar um convite, logo no primeiro dia - Entra ai.

Assim que pôs os pés em nossa sala, Noah varreu todo o ambiente com os olhos.

Ele é muito bonito, acho que já falei isso, mas quando a beleza é tamanha, repetir não é desnecessário.

Vou rapidamente a cozinha e aviso a meus pais que fomos convidados pelos vizinhos para um jantar, agora.

- Eles estão ai na sala? - meu pai perguntou.

- Não, quem veio foi o filho deles, Noah - digo.

- Certo, certo, Edgar converse com ele, mostre seus livros ou algo do tipo, enquanto seu pai e eu vamos nos trocar - minha mãe completa.

- Certo - volto para sala.

Noah não se moveu um centímetro, desde que o deixei há alguns segundos.

- Eles vão se arrumar, para irmos, quer ir lá em cima ver meus livros?

- Claro - ele abre um sorriso e a luz estonteante de seus dentes brancos me cega.

Subimos até meu quarto. A cama de casal, estante e a mesa, sobre a qual instalei meu desktop, já foram montadas. Minha estante é muito grande, mas preciso de mais espaço, porque tenho muitos livros e filmes.

A expressão no rosto de Noah é o que gosto de caracterizar como: “uau!”. Gosto que minha estante provoque esse efeito nas pessoas, acho que todos que gostam de ler sentem-se assim.

- Que estante maneira, Ed, posso te chamar de Ed né? - ele pergunta.

- Sem problemas, cara - digo.

Noah passa o dedo sobre as lombadas de meus livros, observando todos os títulos e comentando sobre os que já leu, temos muitos livros em comum.

- Então, Ed, quantos anos você tem? - ele pergunta, sempre com seu sorriso lindo estampado na face.

- 17 e você? - digo. Observo seus braços nus. Ele é o tipo de cara que tem “bração”, sabe, aqueles braços definidos e grandes, mas sem exagero. Há uma veia saltada no seu bíceps esquerdo. Seus pelos são loiros e sua pele salpicada de sinais.

Definitivamente ele é um tesãoele diz.

Percebo que ele me observa com grande atenção também, espero que do mesmo modo que eu.

- Ainda estuda? - ele, subitamente, pergunta.

- Sim, 3º ano. E você, Noah?

- Só cursinho, para medicina. Terminei o médio ano passado - ele diz e completa - e você vai fazer vestibular para quê?

- Ainda não tenho certeza sobre o curso exato, mas será algo ligado a computação.

- Ah e tu curte computador, programa, essas cosias?

- Sim, sim, aprendi a programar desde pequeno, já que meus pais fazem isso.

- Sério, cara? Que legal.

Meu pai aparece na porta. Colocou uma roupa mais arrumada, nada muito formal, mas algo que não se usa em casa.

- Olá, você é Noah, não é? - ele aperta a mão de Noah.

- Sim, senhor - Noah diz.

- Pode me chamar de Ali - meu pai diz e logo explica - meu nome é Alistair, mas Ali é mais simples e rápido.

Meu pai me lança um olhar: “ele é gatinho e parece um bom rapaz”.

Deixa eu explicar logo isso. Minha família (meu pai, minha mãe e eu) é totalmente constituída de bissexuais. Parece mentira, mas é. Eles se conheceram em um evento para o nosso público, se tornaram amigos, à principio, mas acabou rolando uma química e, bem, aqui estou.

- Pode deixar, Ali.

Minha mãe chega também.

Pronto, agora estamos fazendo uma social no meu quarto.

- Olá, sou Armia - ela diz sorrindo.

- Prazer, dona Armia - Noah é muito cordial.

- Ora, menino, pode me chamar de Armia, vamos deixa o senhora para minha mãe - e ela cai na risada, minha mãe se acha engraçada, só se acha.

Apresentações feitas, vamos para casa de Noah.

Ele mora a minha esquerda.

Seus pais são simpáticos. Se chamam Artur e Marina.

Nossos pais ficam conversando na sala e vamos para o quarto de Noah.

- Esse é meu quarto, não repara na bagunça, tá? - ele diz.

O quarto dele é repleto de fotografias, não sei nem dizer qual a cor das parede ou teto, pois tudo está coberto das mais diversas imagens, coloridas, sépias, preto-e-branco.

- Eu gosto muito de fotografar, sabe - ele diz, sempre sorrindo.

- Jura? Nem notei - falo brincando - e além de fotografar, galego, tu gosta de fazer mais o que?

- Ler, Academia, vôlei, natação, sair com amigos, beijar - ele olha sério para mim - esse tipo de coisas

- hmm - odeio quando eu faço isso, mas o pior é que faço sem perceber - legal. Deve pegar muitas gatinhas - vamos ver o que ele vai responder hehe.

- Tem que valer a pena, para eu ficar com a pessoa - ele diz

“Pessoa” e não menina. Hmmm, aff tenho que parar com isso!

- Entendo - sento em uma cadeira que estava em seu quarto - mas diz ai, o que tem de bom nesse condomínio, além do que é mostrado nos panfletos?

- Cara - ele se senta perto de mim - tem a piscina, isso você deve ter visto, mas às Sextas a galera se junta para farriar, fazem churrasco, bebem, dançam e tal. Por sinal, hoje é Sexta, tem as manhas para irmos lá agora?

- Vamos, avisamos aos nossos pais e pronto - digo, já de pé.

- Deixa eu só tirar essa calça, rapidão, cara - ele tira a calça sem a menor cerimônia, na minha.

Nossa! Que R-A-B-O-! O loirinho tem uma bunda perfeita. Sabe aquele tipo de rabo que faz até você salivar, de tão apetitosa que aparenta.

Ele veste uma bermuda e vamos avisar nossos pais.

Depois de avisar os coroas, saímos de casa de Noah e seguimos para a piscina.

- Cuidado, Edgar, você é carne nova no pedaço - Noah me diz.

- hehe, se preocupe não, mulher nenhuma me assusta não, a não ser que seja mulher-pokemon, ai quero distância - começo a rir.

- Quem disse que eu estava falando de mulheres? - ele sorri, maliciosamente para mim.

Ai tem! E eu quero!

Espero que gostem!

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Comentários

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Kkkkkkkkkkkkkkk. Muito bom,namoral. Vou aguardar os proximos capitulos. Ve se nao perde o foco. Ja li mmuita historia boa no primeiro capitulo e perdendo totalmente a graça a partir do segundo. Nao demora pra postar.

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