- Oi Marcelo eae, o que você ta fazendo aqui?
- O que se vem fazer na praia? Brincadeira, vim da uma volta na praia pra conhecer melhor a cidade.
- De onde você era, antes de se mudar pra cá?
- Eu, vivia em São Paulo, nasci lá.
- É já tinha notado que você tinha um sotaque diferente. Mas por que você saiu de lá?
- Minha mãe consegui um emprego melhor aqui e eu tive que vir com ela, deixei todos que eu gostava lá, e aqui tá difícil de fazer novos amigos, você é o único amigo que eu tenho aqui.
Amigo? Pensei comigo mesmo.
- É... onde você mora?
- Moro no bairro **********.
- Sério? Moro lá também. Eu que rua você mora?
- Na rua ********************
- Mentira! Essa é a rua de trás da minha casa.
- Nossa, então acho que nós somos quase vizinhos.
- É que coincidência.
- Você veio sozinho? Perguntei Marcelo.
- Não, vim com o Lucas, aliás, lá vem ele saindo da água.
O Lucas vinha em nossa direção e logo fechou a cara quando viu o Marcelo ali do meu lado.
- O quê que esse filho da puta faz aqui? Perguntou Lucas
- Calma cara, ele veio dar uma volta na praia pra conhecer a cidade, sabia que ele mora na rua de trás da nossa?
- Não, nem sei nem quero saber, vamos embora que essa praia já deu por hoje.
- Mas eu ainda nem entrei na água.
- Não, não, vamos embora agora.
- Por que você ta agindo tão estranho assim? Perguntei.
- Bom vou indo nessa Yan, até mais cara foi muito bom falar com você, aparece lá em casa qualquer dia desses. Falou Marcelo se levantando e se despedindo de mim.
- É, vai embora mesmo seu filho da puta. Falou Lucas.
- Foi bom te ver também Lucas. Respondeu Marcelo.
- Que isso cara o que deu em você? O cara é mó gente fina.
- Não confio nesse cara Yan, melhor você ficar longe dele. Eae, já que a praia tá chata, vamos lá pra casa jogar vídeo game?
- Não, prefiro ir pra casa agora.
- Tá você vai ficar com raiva de mim por causa daquele bosta?
- Não, não é só isso, é que as vezes eu acho que você se sente no direito de decidir as coisas por mim e eu quero ficar sozinho também.
- Tá é que eu e sinto na obrigação de te proteger, nós somos quase irmãos.
- Pois não sinta, eu já sou bem grandinho e também você não é nada meu.
- Tá bom, ok, a partir de hoje eu num to nem aí mais pro que acontecer com você, faça o que quiser.
- Tchau Lucas.
Ele foi embora sem se despedir. O Lucas era muito possessivo e esquentado e isso me deixava muito puto, por que era como se ele fosse meu dono e eu não gosto de me sentir dominado, e qualquer coisa que alguém faça que ele não goste ele logo estourava, mas a reação dele quando eu tava conversando com Marcelo foi muito estranha, ah também que se foda, ele não manda em mim, eu converso com quem eu quiser.
Fui pra casa andando mesmo, fiquei um temo lá e logo tava entediado, sem ter nada o que fazer, então me veio na cabeça o Marcelo e eu decidi ir lá na casa dele. Cheguei lá e a casa dele era muito bonita. Minha casa era grande e bonita também, mas a casa do Marcelo era um espetáculo. Toquei a campainha e logo uma mulher veio atender.
- Oi, boa tarde com quem deseja falar?
- É... eu quero falar com o Marcelo, ele está?
- Sim, ele está sim, a quem devo anunciar?
- É, Yan, um amigo dele da escola. Ela foi lá me anunciar, achei tudo aquilo muito desnecessário.
- Pode entrar ele o está esperando no seu quarto, é a primeira porta à direita subindo as escadas.
- Tá bom muito obrigado.
Fui subindo as escadas e cheguei em frente da porta indicada bati e abri a porta. Ele tava lá sentado na cama dele.
- Oi cara entra aí. Falou ele.
- Você disse pra eu vir, então em vim. Rsrs.
- Só não pensei que fosse vir tão cedo.
- Se quiser eu vou embora e volto outra hora.
- Não, não, fica gostei muito da visita.
- Tá ok. É... foi mal por aquela confusão lá na praia, o Lucas é uma boa pessoa só é meio esquentadinho.
- Fica tranquilo eu não ligo pra ele, tenho coisa melhor em mente.
Ele falou isso com uma cara estranha pra mim, me senti um pouco intimidado, mas dei um sorriso e disfarcei.
Continua...
Eae gurizada mais uma parte aí do conto, espero que gostem.
