Marcela estava alucinada quando encontrou seu pai, ele bebia wísky e fumava charuto, espalhado em uma poltrona como um bom "play boy".
- Minha menina, que saudades. - Beijou o rosto dela, mas ela se afastou rápido. - Você está chapada de novo. Mercela minha filha, precisa se controlar, o efeito da droga passa e você usar sempre mais, até morrer de overdose.
- Cala boca, foi você que mandou me entraga essa porra de Cocaína!
- Baixe seu tom de voz para falar comigo.
- O quê você quer, hein? Vamos acabar logo com isso, ninguém aqui quer se ver, papai. - Puro desdem.
- Não esperava que você fosse me agradecer por ter te ajudado, sua rebeldia é típica da idade.
- Eu tenho nojo de tudo isso! Eu queria que minha mãe ainda estivesse viva, pra eu nunca ter te conhecido. Eu te odeio, Senador!
- É só mais uma na multidão, querida. Engraçado, não me odiou quando precisou de ajuda todos esses anos, não se enjoou quando teve do bom e do melhor enquanto seu pobre irmão esteve nas ruas desse inferno de cidade, fazendo sabe-se lá o que para sobreviver. Marcela, meu sangue corre em suas veias, assim sendo a Senhorita é igual ao papai, dissimulada, inteligente , não poupa esforços para conseguir o que quer e jamais se arrepende de uma decisão tomada. - Pegou o jornal e mostrou à Marcela. - Gostou do trabalho?
Marcela vomitou ao ver a foto de Adão novamente.
- Que nojo, ugh. Beba para tirou o gosto ruim da boca. - Deu um copo com Wísky à filha. - Você chamou por mim, papai cuidou de você. Eu sempre faço isso minha querida, cuido de te livrar de qualquer problema e nunca pedi nada, até agora.
- O quê você quer, seu doente?
- Me respeite, menina. Senta. Boa menina, agora ouça com atenção; você vai se casar. O homem está levando uma boa grana minha para financiar seu futebol em um time, ele precisa de de holofote na mídia e você precisa de parar de chupar buceta quando está entediada.
- Acho que você que tá chapado vey, eu não vou me casar com um homem, EU SOU LÉSBICA. Entendeu? EU ADORO CHUPAR BUCETA E QUE ELAS CHUPEM A MINHA.
X bateu com tata força no rosto de Marcela que ela caiu no chão, em cima do tapete lavado de vômito, então ele se levantou e pisando no pescoço dela fez com que o rosto de Marcela ficasse encostado na água do vômito [caralho isso é nojento, mas foi bem assim, não posso mudar os fatos reais], disse:
- Já fiz muita gente chorar e pedir clemência, menina porquê você acha que vai me afrontar e ficar por isso mesmo? Ah, tadinha, vai chorar agora? Marcela eu não tenho pena, não sensível à sentimentalismo. - Marcela estava vermelha, quase sem ar, tirou o pé, ela tossiu puxando o ar com força. - Eu não perguntei sua opinião, apenas informei que você VAI casar. Daqui um mês. Seu noivado será em breve.
Marcela levantou do chão, limpou o rosto na camiseta, olhou bem para o rosto dele e disse:
- Eu prefiro morrer à ter que transar com um homem, ainda mais qualquer Filho da Puta que pense igual à você. - Cuspiu no rosto de seu pai.
Esperava apanhar novamente, mas X apenas se limpou com um lenço.
- Seu irmão será o próximo a morrer.
- Não!
- Vamos fazer um acordo Marcela, você casa e se forma em medicina, depois disso não irei mais te incomodar. Te garanto que seu irmão estará seguro.
Marcela chorava e bebia o wísky virando copos.
- Estou esperando sua resposta.
- Tudo bem.
- Ótimo. Mando te buscar para jantar com seu agora namorado, esta noite. Esteja linda e gentil com ele no jantar, assim que se comporta uma mulher apaixonada.
- Como saberei que Maicom estará vivo e bem?
- Faça sua parte, eu faço a minha. Nunca fui um político de campanha com você.
Marcela não queria ir para casa, pediu para o capanga levá-la ao prédio dos estudantes da faculdade. Não sabia porque, mas sentiu vontade de ver e falar com NatáliaNatália não estava dominando muito bem o controle da direção da moto, bateu de leve em uma lixeira na rua, amassando parte da placa. Rezava em pensamento para não ser parada por algum fiscal, e para não fazer mais estragos no veículo que não era dela.
Sentiu medo quando passou por uma praça e viu vários muleques correr após roubarem uma bolsa, mas ela não tinha alternativa tinha que falar com eles para ter noção de onde começar a procurar.
Um menino de 12 anos estava revirando as coisas da bolsa em um banco da praça, escolhendo o que iria pegar e o que ia deixar na bolsa que ia ser descartada. Natália se aproximou receosa, o rapaz parecia ser o chege do grupo de 5 meninos, todos menores de idade com certeza.
- Ei, rapaz?
- Quer morrer, Dona?
Visivelmente ele estava drogado, puxou uma faca da cintura.
- Eu quero notícias de um amigo meu, ele é morador de rua e sumiu. - Falou rápido, depois sussurrou. - Acho que ele estava envolvido na treta que mandaram matar Adão.
- Ih Dona, saí fora. Não quero me meter nisso não. - Guardou o dinheiro, o relógio e os cartões de crédito no bolso, jogou a bolsa com o resto na lixeira.
- Eu posso pagar...
- Já falei pra tu vazar, Dona.
- Eu preciso encontrar o Maicom antes dos assassinos, por favor me ajuda. Só diz se tem algum lugar que vocês se escondem quando estão em perigo...?
- Poxa aí pegou, tem tantos... Olha só vou te dá a letra por que o Maicom é gente boa, quando eu tava doente, ele arrumou comida pra mim lá na feira, pediu no sinal e comprou meu remédio.
- Sei que ele é um menino bom, mas me diga.
- Então...
O rapaz contou sobre a estação de trem desativada, Natália deu 50,00 reais ao menino antes de ir em busca de Maicom.
No caminho parou no banco para sacar um pouco de dinheiro, caso encontrasse Maicom iria precisar de dinheiro para fugir. Sacou mil reais, seria o suficiente para o que tinha em mente.
Saudades de casa bateu de repente, vontade de ouvir a voz de sua mãe, nem que a última vez. Me perguntei se valia o risco, não soube, fiquei na dúvida, mas daí lembrei do sorriso de Maicom e me decidi. Morrer como um herói é melhor que viver como um covarde (hã, morrer é de todo ruim, bom eu era jovem, idealista, hoje jamais faria isso. NÃO).
O orelhão estava em péssimo estado, a ligação difícil, depois de um tempo tocando, atenderam:
- Alô, bom dia.
- Mãe, que saudades!
- Meu bb! Como você está? E a faculdade?
- Bem mãe, tá tudo bem. Só tava com saudade da sua voz. E o pai? Meus irmãos?
- Seu pai aquele teimoso tá trabalhando demais, deu mau jeito na coluna, foi no médico pegou atestado, mas quem diz que para em casa, tá trabalhando. Você sabe o quê ele diz né? Só paro de trabalhar quando eu tiver..
- Inválido ou morrer. Sei mãe. Por iaso eu amo tanto esse velho. E a senhora, porquê não foi trabalhar hoje?
- Tirei o dia hoje pra resolver uns problemas com a assistente social, tenho muito banco de hora, eles não podem me dizer não quando necessito faltar.
- Então tá tudo bem mesmo?
- Sim minha bbzinha.
- Mãe!
- Você é a bb de mamãe sim, rsrsr. Ah, meu anjo, tenho uma novidade bombástica pra te contar.
"Não, eles descobriram que Marcos é gay" Natália pensou.
- Marcos vai se casar. O noivado será em dias, seu pai vai mandar a passagem, ele te quer aqui.
- Casar com hom... Quer dizer, casar com quêm?
- A filha de um Magnata político.
- Filha? Hã... Filha de um político? Tá importantr aquele traste, kkkk.
"Mas.. Ele é gay. O.o"
- Sim. Ele vai contar tudo no churrasco que terá aqui em casa pra comemorar o noivado. Você virá, não é?
- Sim. Mãe preciso desligar, tô no orelhão e tão querendo usar. - Mentiu.
- Beijinhos minha fofa, nos vêmos em breve, te amo.
- Também te amo, beijos.
Novidade essa que seu irmão ia casar com uma mulher, poxa tinha certeza que ele era gay. Bom, uma coisa de cada vez, agora "operação Maicom"nao percam no proximo capitulo...a fuga de maicom, o jantar de marcela, natalia resistiira? o noivado de marcos. bjs e ate o cap12)