- Caramba, pai, esqueci de me despedir do Kauã. - falei.
- Despedir pra que se eles vão se hospedar lá em casa até o Renato conseguir alugar uma casa? - minha mãe disse.
Fiquei completamente sem reação na hora.
- O QUE? - falei.
- É, qual o problema? - minha mãe tirava os brincos e os colocava dentro de sua bolsa. - Eles estão no carro ai de trás, olha! - ela continuou.
Olhei pra trás e vi que o Kauã fez um sinal de "positivo" com as mãos, meu coração quase saiu pela boca.
- E QUANDO VOCÊS PENSARAM EM ME CONTAR? - Perguntei.
- Hoje, quando você não quis conversar comigo no carro, e no tempo que você perdeu dormindo. - meu pai respondeu.
- TÁ, MAS ONDE ELES VÃO DORMIR? - perguntei.
- O Renato vai dormir na sala e o Kauã com você, oras. - meu pai respondeu.
- COMIGO? - Perguntei.
- Calma, Alexandre, você tá muito exaltado. Qual o problema? - minha mãe perguntou.
- QUAL O PROBLEMA QUE EU NÃO QUERO DIVIDIR MINHA CAMA COM MACHO NÉ MÃE - Falei. (mentira, queria sim q)
- Então durma no chão. - meu pai falou. - Se fosse o Renan você não falaria nada.
Será que ele tava jogando verde porque desconfiava de algo ou ele disse na inocência? Aquilo acabou comigo.
- Tá, eu durmo no chão. - falei.
Depois disso fiquei monossilábico dentro do carro. Só respondia com "sim", "uhum" "tá" "aham". Finalmente chegamos em casa, junto com o Kauã e com o Renato.
- Kauã, você tá com cara de cansado meu filho, acompanhe o Alexandre que ele vai te mostrar o quarto - minha mãe disse.
- É, Kauã, vem - dei um sorriso falso perceptível por ele, que deu um sorrisinho discreto.
Subimos as escadas e finalmente chegamos em nosso quarto.
- Pode ficar a vontade - falei.
Ele sentou na minha poltrona giratória e ficou girando, observando cada detalhe do meu quarto.
- É enorme - ele falou.
- Que nada, você ainda não viu o dos meus pais - ri, tirando meu terno e ficando só de camisa e gravata.
Pude notar que ele ficou um pouco sem graça, e eu também.
- Vou pedir pra minha mãe tirar a gravata e ai tu aproveita e se troca - falei, abrindo a porta do quarto.
- Não, se tu quiser eu tiro. - ele disse.
Olhei pra ele com um olhar meio estranho, involuntariamente.
- Oh, não me estranha não - ele tava vermelho - so se você quiser - ele continuou.
- Calma, cara kkk tira aí - fiquei na frente dele e ele colocou as mãos em volta do meu pescoço pra desamarrar o nó. Confesso que fiquei excitado e com a respiração ofegante. Pude perceber que ele olhava discretamente pra minha barriga, que apesar de não muito sarada, tem um tanquinho consideravelmente legal. Conforme eu ficava mais excitado, ele movimentava mais as mãos ao redor do meu pescoço, me deixando arrepiado. Acordei do transe e logo tratei de cortá-lo.
- E aí, tá difícil? Se eu tivesse pedido pra minha mãe eu já tava dormindo.
- To terminando - ele falou.
Uns 10 segundos depois ele tirou a gravata e sentou-se na poltrona novamente. Ele pegou minha vitrola (sim, eu tinha um no meu quarto) e colocou um vinil do Oasis que eu tinha.
- Nossa, tu curte Oasis? - perguntou.
- Claro! - respondi, colocando uma bermuda de dormir.
- Eu tenho o CD que comprei no iTunes, mas você tem um vinil... está anos luz a minha frente - nós rimos.
- Meu melhor amigo me deu - falei, abaixando a cabeça.
- Hum, se não for lhe parece estranho, quero conhecê-lo também.. vai que eu ganhe um vinil também.
- É, acho que não hein... - falei.
- Ah, foi mals, acho que tô me precipitando né, mal cheguei e já to cheio das marras - ele falou, tirando a camisa e me mostrando todo aquele corpo sarado. NOSSA CARA, se a minha barriga era de tanquinho, a dele era de tancão! Os gomos eram MUITO definidos, juntamente com seu peitoral que não deixava a desejar. Procurei não encarar muito depois do vexame que dei na hora de tirar a gravata a pouco.
- Não, relaxa, não é por você ser novo aqui e tal, é porque a gente brigou - falei.
- Aposto que é por causa de mulher - ele perguntou.
- Mais ou menos isso - falei.
- Hum. Vou no banheiro me trocar. - ele disse.
- Não, que isso. Esse quarto é seu também agora. Eu vou lá em baixo beber um copo com leite, você vem? - perguntei.
- Quando me vestir desço lá contigo - ele disse.
Desci as escadas pensando na cena de ele tirando a minha gravata... mal sabia eu que aquele seria apenas o começo de uma grande e longaaaa amizadeee ahahahha.
Galera, obrigado a todas as notas e a todos os comentários, vocês são demais.
Revenger, concordo com tudo que você disse, e obrigado pela sugestão de conto, mas já li esse haahah adorava a cara de pau do Brendo.. podia ter uma segunda temporada, pois o final deixou um pouquinho a desejar :(
Agatha1986 Obrigado, sinta-se abraçado.
Ru/Ruanito Ouxi, homem, por quê?
peeta Obrigado! Continue lendo hahah
lucasbelmot Valeu faxa, um abraço.
Gleison Duarte hummmm, não sei, ainda não vejo um final definitivo. Mas vou pensar.
niel1525 obrigadoo
Mix832 também gostei da minha atitude kkk obrigado por comentar!
Hick e Vinni verdade, ele foi bem grosso! Obrigado por achar meus contos bons, agradeço de coração.
juh#juh foram dois... :(
poxah.morenna pode deixar! aahah
Alguem93 pode ter certeza que sim! kkk
SafadinhoGostosoo olha quem apareceu por aqui, hein? É o costume, né :( como to escrevendo tudo nas carreiras e em cima do tempo, acaba tendo dessas :( um abraço, querido!
