Eu não sou gay,eu só me apaixonei por outro cara! (História Real) 22

Um conto erótico de Vinicius..
Categoria: Homossexual
Contém 3920 palavras
Data: 23/04/2014 09:17:28
Última revisão: 14/08/2018 16:41:25

Quando senti um choque no meu rosto que me fez cair no chão me fazendo ficar zonzo e logo depois ouvi meu pai gritando:

— Gay, filho da puta? Gay? Eu não criei filho pra ser viado, não gastei o que eu gastei e gasto contigo pra tu dizer na maior cara de pau que virou gay! – o que dava a entender que pra ele o que mais importava era o dinheiro que ele tinha gastado comigo – Graças a Deus que a tua mãe não tá em casa pra não ter esse desgosto que eu tô tendo.

Ele se afastou de mim, começou sou a dizer a palavra gay, gay, gay, gay e passando a mão pelo rosto.

— Não é que eu digo? Depois de velho, homem feito, resolveu virar viado? – ele dizia gritando.

Me levantei e o encarei:

— Eu não sou viado porra nenhuma!

— Como não porra, me diz o que tu é? Tu namora com outro macho, porque agora nem adianta negar que tu não namora com o outro viado lá, deve dar o cu pra ele e vem me dizer que isso não é ser viado? Se isso não é ser viado é o que então, filho da puta?

— Eu sou gay, porra! Gay, mas não viado!

Ele me deu outro soco na cara e veio pra cima de mim e começou a me dar vários socos e eu só me defendia, até que ele parou e se afastou de mim.

— Pega as tuas coisas e vai embora, porque eu não tenho filho viado, eu tenho nojo de ti!

Me levantei e olhei pra ele:

— Pode ter certeza que tu não tem filho viado mesmo, aliás, tu não tem mais filho nenhum a partir de hoje.

Saí de casa e não sabia pra onde ir, vocês podem perguntar: e o Rafael? Sim, pensei em ir pra casa dele, mas como conhecia meu pai, ele ia acabar batendo lá. Então saí sem rumo andando, pensando no que tinha acontecido, me sentia péssimo.

Peguei um táxi sem rumo algum, até que eu disse o endereço pra onde eu ia. O carro parou em frente da casa, paguei a corrida, peguei meu telefone e liguei até que ele atendeu.

— Cara, tô aqui em frente da tua casa vem aqui em baixo, por favor?

Desliguei o celular e me sentei na calçada, parecia que tudo aquilo que tinha acabado de acontecer era um terrível pesadelo e que eu ia acordar a qualquer momento. Passei a mão pelo meu rosto que doía, mas certamente as palavras que ele tinha me dito doíam muito mais, até que senti uma mão no meu ombro e olhei pra ele e que sentou do meu lado.

— O que tu faz aqui?

Eu só olhei pro Gustavo e encostei a cabeça no ombro dele.

— Vinícius, me diz o que aconteceu!

Até aquele momento eu não tinha derramado lágrima alguma.

— Fui expulso de casa.

— Como assim expulso de casa?

Tirei minha cabeça do ombro dele e fiquei olhando pro meus pés.

— O papai sabe que eu sou gay e ele me expulsou de casa.

Ele levantou e ficou me olhando, mas logo sentou do meu lado de novo.

— Cara, ele disse que tinha nojo de mim! – nessa hora não aguentei e comecei a chorar – Meu pai disse que tinha nojo de mim, Gustavo!

Ele me abraçou e não falou nada, só me abraçou e me deixou chorar. E como chorei! Nada melhor do que chorar pra pôr as ideias no lugar, até que eu parei.

— Te molhei todo.

— Não importa, borá entrar e lá dentro se tu quiser, tu me conta o que aconteceu.

Nós fomos pro quarto dele, me deitei na cama com uma dor de cabeça, ele deitou do meu lado.

— Ele te bateu, né? – e passou a mão perto do meu olho e depois no canto da minha boca – Nunca pensei que teu pai pudesse ter uma reação assim, ele sempre demonstrou ser de boa em relação a tudo!

— Mas ele é, quando as coisas são na casa dos outros!

— É, meu amigo...

— Posso passar essa noite aqui? Eu ia pra casa do Rafael, mas eu não quero arrumar mais confusão pra ele.

— Claro que sim, tu pode ficar o tempo que quiser!

— Brigado.

— Por que tu disse que não queria mais arrumar confusão pro Príncipe?

— Nada não, não quero falar sobre isso, aliás, quero esquecer o dia de hoje se tu não te importa, pode ser?

— Claro que sim.

Coloquei meu celular no silencioso e fiquei tentando relaxar, mas parece que quanto menos a gente quer pensar em algo, mais a gente pensa, a cena do papai gritando comigo.

Naquela noite foi horrível de se dormir, acho que nunca tive tantos pesadelos, acordei primeiro que o Guga.

Me sentei na cama pensando no que seria minha vida dali pra frente, então peguei meu celular e nele tinha nada menos que 40 ligações e 22 mensagens. Respirei fundo e vi as ligações, a grande parte era da mamãe e do Rafael, tinha umas do Rodrigo também. Me deu vontade de chorar, mas não chorei, então liguei pra mamãe que atendeu no primeiro toque.

— Oi mãe!

— Meu filho pelo amor de Deus, onde tu tá? Me diz que o que teu pai me falou é mentira!

— Mãe, a gente tem que conversar pessoalmente, pode ser?

— Me diz onde tu tá que eu vou pra aí.

— Tô na casa do Gustavo.

— Daqui a pouco eu tô indo aí!

— Mãe?

— Oi?

— Me desculpa? — nessa hora meus olhos ficaram cheios d´água, ela não disse nada e só desligou.

Fiquei segurando o celular quando senti a mão do Guga no meu ombro, me virei e olhei pra ele.

— Vou te deixar só com a tua mãe, vou dar uma saída. Meus pais não tão esse final de semana em casa, assim fica melhor pra vocês conversarem.

Ele levantou, pegou a toalha e foi pro banheiro, então eu aproveitei pra ler as mensagens. As da mamãe eram querendo saber onde eu tava. Então chegou nas do Rafael, na primeira que eu abri dizia:

“Pelo amor de Deus Vinícius, me diz que tu não fez isso”

As outras eram do mesmo tipo, querendo saber se eu tava bem e onde era que eu tava, então liguei pra ele, que atendeu também no primeiro toque.

— Meu Deus, aonde tu tá? Tu não sabes o quanto eu tô preocupado contigo depois que o teu pai veio aqui em casa.

Puta que pariu, o que o papai tinha feito?

— Tô na casa do Guga. E tu como tá?

— Preocupado contigo, por que tu não me ligou, amor? – aquela tinha sido a primeira vez que ele me chamava de amor e acho que saiu natural, que nem ele percebeu.

— Não queria criar mais confusão pro teu lado.

— Tu nunca vai criar problema pra mim!

— O que o papai falou na tua casa? – senti que ele respirou fundo do outro lado da ligação.

— Ele disse que eu era o único responsável por tudo que tava acontecendo e que se eu me aproximasse de ti mais uma vez que era pra eu arcar com as consequências.

— Puta que pariu, e os teus pais?

— Por sorte eles não ouviram, vou tomar um banho e tô indo aí contigo.

— Não, é que a mamãe tá vindo pra cá agora, depois que ela vier tu pode vim.

— Tudo bem e não esquece que eu sempre vou tá contigo!

— Eu sei... Tchau.

Desliguei e fiquei sentado um tempo na cama, o Guga voltou pro quarto e se arrumou. Quando ele tava de saída a mamãe chegou. Na mesma hora que a vi, me deu uma vontade de chorar... Ela deu um beijo no rosto do Guga e fechou a porta ficando só eu e ela naquela sala.

— Quando teu pai me falou o que tinha acontecido ontem, confesso que esperava que esse dia fosse chegar.

— Mãe, eu...

Ela fez um gesto com as mãos que era pra eu ficar em silêncio.

— Não pelo fato de que eu suspeitasse que tu sempre fosse... gay , mas eu sou mãe e mãe percebe as coisas, eu vi que tu foi se transformando e não foi de um dias pra cá não, eu venho reparando em ti muito antes do Rodrigo viajar. — ela chegou até mim e me abraçou – Sei que não é fácil, imagino o que tu tá sentindo, ainda mais depois de ontem.

— Ele disse que tinha nojo de mim, mãe!

— Meu amor, tu sabe que teu pai disse isso sem pensar!

— Não disse não!

Ela beijou minha cabeça.

— Anda, vem pra casa comigo. Eu sei que teu pai deve ter falado coisas horríveis e dá pra ver que também ele te bateu, mas perdoa ele e vem comigo pra casa?!

— Não volto mãe, desculpa, mas não. E não é pela senhora e sim por ele que deixou bem claro que não tinha filho viado, então eu acho que não tenho mais o que fazer lá!

— E tu vai morar onde? Vai viver do quê?

— Não sei onde vou morar e também não sei do que vou viver, mas eu tenho saúde pra arrumar um trabalho, sei lá, me viro, mas não volto pra lá. E também o Rafael...

Ela pegou na minha mão.

— Vocês tão namorando há quanto tempo?

— Pouco mais de um mês.

Ela começou a querer saber mais de mim e do Rafael como namorados, eu via que ela tentava fazer o esforço possível pra parecer que não tava triste ou algo do tipo.

Ela ficou comigo na casa do Guga por quase duas horas e depois foi embora dizendo que ia me deixar um tempo ali, mas que eu ia voltar pra casa sim.

— Eu te amo, viu? — ela me deu um beijo no rosto e entrou no carro.

Ela foi embora e quando eu tava entrando na casa do Gustavo o Rafael me chamou, parecia que ele não tinha nada dormido a noite. Ele parou na minha frente e ficou me olhando, passou a mão pelo meu rosto.

— Não acredito que ele te bateu!

Dei um sorriso sem graça pra ele.

— Bora entrar.

Quando nós entramos ele ficou me olhando, foi chegando mais perto e me abraçou, na mesma hora eu comecei a chorar.

— Desculpa, desculpa por tudo! — ele pedia desculpas como se fosse ele o culpado.

Me afastei dele.

— Tu não fez nada, pelo contrário, eu que fiz contigo. Eu que tenho que te pedir desculpa.

Ele segurou meu rosto e me beijou.

— O que foi que tu conversou com a tua mãe?

Contei tudo pra ele e o que eu pretendia fazer.

— Tu vai lá pra casa comigo.

— Não Rafael, melhor não.

— Melhor não nada, tu vais sim lá pra casa comigo e vai hoje mesmo.

A gente ficou conversando no sofá até que o Gustavo chegou e trouxe comida. Nós almoçamos e depois eu fui pra casa do Rafael.

Quando a gente entrou na nossa rua e passou na frente de casa me deu uma sensação estranha. Ele parou o carro em frente à casa dele.

— Bem vindo à nova casa!

II

Dei um sorriso sem graça, saí do carro e entrei na casa dele. Os pais dele estavam na sala.

— Boa tarde!

Os dois responderam. O Marcos (pai do Rafael) falou:

— Eita, tentou pegar a mulher de quem Vinícius, pra merecer essa porrada que tu levou? — eu acho que nunca falei, mas o pai do Rafael é a maior graça. Pensa num homem engraçado!

A mãe do Rafael deu uma cotovelada nele, eu ri do que ele tinha falado.

— Mãe, o Vinícius vai passar um tempo aqui em casa, viu?

Ela disse que tudo bem.

Ele mandou eu subir e disse que depois ia atrás de mim, entrei no quarto dele e me deitei na cama. Ele demorou cerca de dez minutos e quando apareceu deitou do meu lado.

— Deixa eu cuidar de ti?

Eu fiz sim com a cabeça e me abraçou. O que eu mais queria naquele momento era ter alguém que cuidasse de mim e assim a gente ficou a tarde toda. No começo da noite meu celular começou a tocar, o Rafael o pegou.

— Rodrigo.

— Cancela – a última coisa que eu queria era ter o Rodrigo naquele momento, foi o que ele fez.

No outro dia pela manhã, era um domingo, eu acordei com o Rafael beijando meu pescoço.

— Bom dia, meu lindo!

— Lindo, é?

— Se bem que com esse olho tá mais pra bonitinho!

A gente riu, ele me disse que os pais tinham saído e me convidou pra tomar banho de piscina porque o dia tava lindo. A gente tomou café e fomos pra piscina. Eu entrei primeiro que ele que ficou me olhando.

— Vai ficar só me olhando, Príncipe?

— Vou pegar um sol e depois eu entro.

Ele deitou na cadeira e fechou os olhos, fiquei na água relaxando e sentindo o sol no rosto e fiquei ali pensando. O que eu mais poderia fazer além de pensar no que tinha acontecido comigo? Até que senti que o Rafael entrou na água e surgiu atrás de mim, me agarrou beijando meu pescoço e roçando o pau dele na minha bunda me fazendo rir.

— Faz isso não.

— O que? – e esfregou o pau dele de novo na minha bunda, me virei e a gente começou a se beijar, meu pau ficou duro e o dele também — Pelo visto a gente tá pensando a mesma coisa!

— É? E no que eu tô pensando?

— Em como tu tá doido pra dar pra mim!

Não aguentei e ri alto, ele pensou que eu tava fazendo pouco da cara dele, então me pegou com força, me virou de costas, abaixou a sunga que ele tinha me emprestado e encostou o dedo no meu cu.

— Quero ver se tu vai continuar com esse sorrisinho depois do que eu vou fazer contigo! – confesso que eu adorava quando ele se transformava assim – Vai pro meu quarto e me espera na cama nu!

Prontamente saí da água e fui pro quarto dele com o pau duro, fiquei sentado na cama esperando ele, que chegou logo depois nu. Veio pra cima de mim e me beijou, foi segurando minhas pernas e encaixou o pau bem no meio.

— Tu me deixa doido moleque!

— É? E o que tu vai fazer?

— Eu? Eu vou fazer tu gritar.

Ele cuspiu no pau e foi forçando a entrada, quando a cabeça entrou eu gritei

— Só é o começo! — disse ele.

Me beijou e foi metendo o resto, ele foi me rasgando sentia meu cu pegando fogo. Cravei minhas unhas na costa dele, o pau dele latejava dentro de mim.

— Não disse que ia te fazer gritar? — ele mordeu meu queixo e começou a meter em mim, no começo lento, mas depois foi pegando intensidade. peguei no meu pau e comecei a me masturbar, mas ele tirou a minha mão — Mandei tu fazer isso?

Então puxei o cabelo dele pra trás o fazendo rir de prazer, ele me segurou e me fez sentar no pau dele, pegou meus braços e colocou pra trás segurando os dois e ficou metendo. Ele chupava meu peito e com a outra mão ele baita uma pra mim.

— Filho da puta! — falei.

— Isso, sou mesmo, mas tu ama, né?

— Cala a boca e me fode! — vergonha ter que escrever essas palavras de baixo nível, mas foi o que eu disse!

Então foi o que ele fez, ele metia em mim como se quisesse me rasgar no meio. Até que senti que ia gozar e gozei na barriga dele. Com a contração do meu cu no pau dele ele meteu com mais força e gozou dentro de mim junto com um berro.

Ali tinha acabado de ocorrer uma forma incrível de tesão puro, ele deitou em cima de mim com o pau ainda dentro, meu cu tava bem arrebentado. Depois a gente foi tomar banho e comer algo. Me deitei no sofá com uma leve ardência e dor.

— O que foi?

— Tu caprichou hoje, hein? — disse rindo.

Ele sentou do meu lado.

— Te machuquei? — ele ficou todo preocupado.

— Não, só tá doendo um pouco, mas foi bom. Melhor dizendo, foi excelente! — dei um beijo nele.

— Hum... Tava pensando de a gente sair pra comer algo, o que tu acha?

— Uma boa, mas Príncipe, tu sabes que agora é diferente, não tenho grana. Ó, tô com cartão e é claro que eu vou devolver porque é o papai que paga e nem roupa eu tenho, vou ter que passar lá em casa pra pegar algumas. Claro, se ele não tiver tocado fogo ou algo do tipo.

— Em relação a dinheiro tu relaxa, o que é meu é teu!

Gostava muito quando ele dizia nós, nosso.

— Então me dá a senha da tua conta no banco?

Ele começou a rir e disse que eu já tava querendo demais.

Ele foi trocar de roupa e eu aproveitei pra ligar pra mamãe pra dizer que ia passar lá em casa pra pegar algumas roupas. Ela fez o maior drama pelo telefone dizendo que eu não amava ela, que o que tinha acontecido não era pra tanto. Resumindo, eu acabei pegando uma roupa do Rafael pra poder sair.

— Ficou melhor em ti do em mim — ele disse.

— Então me dá? Tô aceitando doações.

A gente saiu da casa e na rua ele disse que tinha esquecido a carteira em cima da cama. Ele entrou de novo e eu fiquei esperando encostado no carro olhando o celular. Quando olhei pra frente, vi o papai me olhando, ele tava perto do carro, com certeza ia sair pra comprar o almoço.

Ele ficou me olhando e por um momento pensei que ele vinha falar comigo, mas não, ele só ficou me olhando. Foi o tempo que o Rafael apareceu.

— Nem demorei vai, não precisa fazer essa cara — foi quando ele viu o papai — vocês vão se acertar.

— É, mas bora?

A gente entrou no carro e saiu, quando o carro passou pelo papai ele virou o rosto. Pronto, o dia tava estragado! O Rafael fazia de tudo pra me deixar alegre.

À noite a mamãe levou na casa do Rafael uma mala com algumas roupas e disse que eu ia poder tirar dinheiro, usar os cartões, disse que nada ia mudar. Quando ela estava indo ela me deu um beijo e parou na frente do Rafael.

— O que me conforta é que é tu, e eu sei que tu vai cuidar dele! – e deu um beijo no Rafael.

Minha vida no decorrer da semana foi se normalizando, eu ia pra faculdade.

Na quinta eu tava entre um intervalo de aula na cantina quando o Rodrigo surgiu e sentou do meu lado, cruzou os braços, ficou me olhando e não disse nenhum pio. Égua, como o desgraçado tava lindo! A barba tava crescendo e com isso ele ficava com uma cara de cafajeste que puta merda!

— Vai ficar me olhando muito tempo?

— Quando tu ia me falar?

— Tu não sabes o quanto eu odeio quando tu vem com meias palavras, Rodrigo!

— Que tu não tá mais morando na tua casa?

— Como tu sabe? Ah claro, mamãe!

— Ela comentou com a mamãe que tu e o tio brigaram e ele te expulsou de casa.

— Sim, foi exatamente isso.

Ele descruzou os braços e apoiou os cotovelos na mesa ficando com a cabeça apoiada nas mãos igual a uma criança curiosa.

— Me diz o por quê? — ele disse quase sussurrando, eu respirei fundo.

— Porque eu disse pra ele que sou gay, Rodrigo, foi por isso!

Me lembro bem da expressão dele, ele foi abrindo a boca, levantando a cabeça e as mãos, foi abrindo os braços e terminou com as mãos na parte de trás da cabeça.

— Não acredito que tu fez isso cara, tu ficou doido?

— Pelo contrário, nunca tive tão lúcido como quando eu disse isso pra ele, mas eu não quero falar sobre isso mais!

Ele arrastou a cadeira dele pro meu lado.

— Por que tu não me procurou?

— Rodrigo, tu nem me veio à cabeça — falei aquilo sem pensar.

— Sei...

Aí que eu me toquei que tinha falado besteira, então olhei pra ele.

— Eu não quis dizer isso, claro que eu penso em ti, mas naquele momento tu não me veio à cabeça.

Ele olhou pra mim com uma cara de cachorro sem dono que apertou meu coração, quando senti o dedo dele tocando meu rosto perto do meu olho.

— Ele que fez isso contigo?

Afastei meu rosto da mão dele.

— Foi, mas isso não foi nada comparado com o que ele disse!

— Caralho... — e respirou fundo, ele parecia nervoso, com raiva.

— Mas deixa isso pra lá — dei um sorriso pra ele. — Bem, deixa eu ir pra aula.

Me levantei, mas ele segurou meu braço.

— Fica aqui comigo, vai?

Mais uma vez a maldita cara de cachorro sem dono!

— Se eu reprovar em Cálculo, a culpa é tua!

Ele riu e eu me sentei do lado dele e aí nós começamos a conversar sobre várias coisas, tudo um pouco. Ele me contava algo engraçado que tinha acontecido com ele nos EUA, até que a conversa foi morrendo e ele ficou me olhando com um sorriso na boca que foi sumindo.

— Vfinte e nove de agosto, hoje faz um ano.

Fiz uma cara de que não entendi.

— Um ano?

— Um ano que eu me declarei e disse que tava apaixonado por ti!

Incrível que na mesma hora me veio na cabeça a cena dele me empurrando na porta de metal da loja e dizendo que não era gay e que só tinha se apaixonado por outro homem. Eu não conseguia olhar pra ele, melhor dizendo, eu não queria olhar pra ele porque eu não sabia como reagir.

— Se bem que foi no dia 30 porque foi depois da formatura do Rafael, tava amanhecendo — eu falava olhando pra minha mão.

— Eu ainda sou apaixonado por ti, eu te amo, Vinícius!

Me levantei da cadeira eu fui andando, ainda ouvi ele dizendo merda.

Porque ele tinha dito aquilo? As coisas começavam a tomar seus rumos, eu tava feliz com o Rafael, eu gostava do Rafael, ele pensava o quê? Que ele me dizendo aquilo eu ia pular no colo dele e dizer que eu amava ele também? Porra, minha cabeça tava a mil.

Quando tava chegando no andar da minha sala senti alguém segurando meu braço com força, era ele.

— Espera, tu não vai fugir dessa vez não!

— Me solta Rodrigo, tô falando sério!

— Eu te amo!

— Tarde demais pra tu dizer isso!

— Eu sei que tu me ama também!

— Amei, confesso que amei até demais. Agora me solta, porra!

Puxei meu braço da mão dele e saí correndo em direção à sala, pedi desculpa pra professora, entrei e sentei no meu lugar.

Meu coração parecia que ia sair pela minha garganta, abaixei a cabeça e ali eu tive a certeza que mesmo negando e dizendo pra mim mesmo que não, eu ainda gostava do filho da puta do Rodrigo e não era pouco!

Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad https://www.wattpad.com/user/viiniiciiusp Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.

Caso queria mandar um e-mail: viiniiciiusp@hotmail.com

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Comentários

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DENTRE MAIS DE CENTO E CINQUENTA MIL CONTOS, ESTE É O NONAGÉSIMO-OITAVO (98) MAIS COMENTADO DO SITE, COM 123 VOTOS. Bem escrito, merece a nota máxima.

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Mano Li seu conto no Wattpad e achei demais. Sua história é emocionante e muito comovente. Espero que vc dêem certo e fiquem juntos para o resto da vida. Meu e-mail é wendelhsouza19@gmail.com ...

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Esqueci de por nota, 10 logico!

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Eu vou ficar com pena do príncipe

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Olá.. Eu comecei a ler o seu conto tem 1 dia.. Gostaria que vc me mandassem os Capítulos 21 e 22 completos pro meu email.. caioramosmcp@gmail.com . Obrigado!! Seu conto é muito top, to amando

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Olá poderia me mandar o cap 21? Estou amando o conto!danielfahtcosta@gmail.com

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por favor me manda os capítulos 21 e 22 completos pro meu e-mail, comecei ler ontem e estou apaixonada pela sua historia mto linda, comovente...

kellyzordick@gmail.com

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Estherrsantos12@Gmail.comPor favor me envia esses capítulos, comei a lê hoje e amei tanto seu conto que ele ate o capitulo 20 num dia so. Por favor me envia por email.

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ADOREI OS SEUS CONTOS, SE POSSÍVEL MANDE PARA O MEU E-MAIL: caioamesq@gmail.com

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Vinicius, tem como vc me mandar o cap 21 por e-mail? Jv_ssantos@hotmail.com

Se possível pode mandar o conto completo, ficaria muito agradecido! Vlw mano e parabéns pela história! Muito legal.

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