Capítulo quinze.
MIGUEL.
Jorge seguiu para o seu carro assim que o levei para fora e me pediu para avisar sua esposa Luciana que por ele esperava. Voltei para o apartamento e Luciana estava abraçada com Enzo se despedindo.
— O Jorge está te esperando no carro — falei para Luciana que apenas assentiu.
— Vou acompanhar minha mãe até lá — Enzo me disse com a voz carregada de tristeza.
— Pode ir lá. Eu fico aqui com o Gabriel — falei.
Luciana me abraçou e me agradeceu por tudo embora a única coisa que fiz foi separar Jorge de Gabriel. Saíram do apartamento e eu me dirigi até a cozinha onde Gabriel fatiava um queijo branco e o comia.
— Está com fome? — indaguei tentando não demonstrar o pavor que senti ao poder finalmente prestar a tenção nele.
— E você se importa? — Gabriel respondeu de forma rude.
— É claro que me importo Gabriel. Não quero te ver assim — me aproximei dele e sentei ao seu lado — Quero ser seu amigo — segurei sua mão de forma carinhosa.
— Depois de não consegui nada com Enzo, vai tentar comigo? — Gabriel sorriu ironicamente e aproximou sua boca do meu ouvido dizendo — Se chegar perto de mim de novo eu te mato — ele pegou a faca e espetou o queijo com tanta força que me assustou.
Ele pegou as fatias de queijo e saiu da cozinha me deixando estarrecido pelo comportamento deleGABRIEL.
Enzo me colocou no terceiro quarto da casa onde ele e Miguel faziam de sala do videogame. Improvisaram uma cama e me prometeram comprar uma nova para mim, mas eu nem me importei. Era como se eu não estivesse lá a maior parte do tempo e para mim isso era bom. Vez ou outra eu dava uma volta pela cidade me perguntando onde todos aqueles jovens da faculdade encontravam tanta felicidade, pois estavam sempre rindo na porta da universidade. Para essa pergunta eu não conseguia encontrar resposta, talvez por que a pergunta estivesse errada. Eu na verdade, deveria perguntar o por que de eu não ser feliz igual a eles. Para essa pergunta eu tinha resposta e ela se chamava Enzo.
— O que faz aqui? — ele me perguntou quando eu surgi na porta da faculdade naquele inicio de tarde — deveria estar na escola.
— Eu sai cedo — respondi, embora "sair cedo" significasse "pulei o muro" — Quis te fazer uma surpresa.
Enzo não desconfiou de mim e eu segurei em seu braço da forma como namoradas seguram no braço de seus namorados e ele se incomodou com isso.
— Me solta Gabriel — ele pediu — Já disse que não te amo assim.
— Você sabe que isso não é verdade — sussurei torcendo para eu ter razão. E eu tinha.
— Eu... Eu... — ele ficou sem fala.
— Enzo! — ouvi uma voz grava chama-lo. Nos viramos e um rapaz forte e negro corria em nossa direção — Falei para você me esperar!
Ele abraçou meu irmão e lhe beijou. A sensação era horrivelmente indescritível. Era uma mistura de ódio, tristeza e dor que mal conseguia assimilar muito menos explicar.
Assim que se afastou dos lábios de Enzo, aquele rapaz olhou para mim de cima para baixo enquanto eu ainda segurava no braço do meu irmão que havia se tornado vermelho como um camarão.
— Quem é esse ai? — o ciúme estava estampado em seu tom de voz.
— Esse é meu irmão mais novo — Enzo explicou.
O olhar fulminante do garoto desapareceu por completo e se transformou em um olhar amigável.
—Esse é o Gabriel?! — sua voz era uma mistura de surpresa e felicidade — Prazer, meu nome é Daniel! Sou o namorado do seu irmão — ele me disse e depois ficou preocupado e se dirigiu a Enzo — Ele sabe que você é gay não é?
— Enzo sempre me contou tudo. Inclusive isso — disse estendendo a mão para apertar a do meu mais novo rival.
— Você está bem diferente das fotos que meu Enzo me mostrou.
"Meu Enzo"? Como aquela bicha tinha a audácia de dizer que Enzo era dele? Enzo é meu e sempre será meu! Mas ainda não era hora disso. Primeiro precisava conhecer aquele viadinho.
— Tive alguns problemas — respondi sendo o mais educado possível.
— Seu irmão me contou que esteve preso algumas vezes — ele disse.
Enzo deu um pigarro.
— Acho melhor eu levar o Gabriel para casa — Enzo disse — Ele deve estar muito cansado.
— Sem problemas — Daniel beijou Enzo novamente — Até hoje a noite. E foi um prazer te conhecer cunhadinho — ele me abraçou também — Até a próxima.
E ele se foi na direção oposta.
— Que bom que achou outro cu pra foder — Falei finalmente deixando a raiva ir embora.
— Não fale assim dele. Eu gosto muito dele — Enzo disse.
— E por que não me disse nada? — a raiva só aumentava.
— Achei que não estava pronto para isso — ele falou — Na verdade foi ideia do Miguel.
— Tinha de ser — desdenhei — E onde está ele por falar nisso? Vocês sempre voltam juntos.
— Ele foi embora junto com uma garota que ele está ficando.
— Achei que ele gostasse de pau — zombei.
— Miguel não é gay — e o defendeu como sempre.
— Tudo bem. Não digo mais nadaMIGUEL
— Achei que não ia chegar nunca — Enzo brincou no momento em que pus meus pés dentro do apartamento.
— Eu não te deixaria na mão nunca Enzo — disse jogando minha chave na estante ao lado da TV — Combinamos de não deixar seu irmão sozinho sempre que possível e vou cumprir com minha parte.
— Sabe que não confio nele sozinho — Enzo veio até mim falando baixinho — Tenho medo dele fazer alguma coisa idiota.
— Eu não acho que ele faria algo tão sério como suicídio, mas também não confio.
— Ninguém confia em mim! — Gabriel falou.
Me virei e vi Gabriel nu na sala de estar. Imaginei aquilo por anos. Seu pênis meia bomba pendia de forma maravilhosa entre suas pernas magras. Era coberta por pouquíssimos pelos e sua cabeça era grande.
— Isso é sério? — tentei fingir estar achando aquela cena horrível quando estava adorando — Vai vestir alguma coisa Gabriel!
Gabriel apenas sorriu e se sentou no sofá com as pernas apoiadas na mesa de centro de forma que seu cu ficasse visível. Aquele lindo buraco rosadinho me chamava.
— O Enzo gosta — ele mordeu os lábios e começou a acariciar o ânus com o dedo médio.
Só então olhei para Enzo. Ele tinha o olhar vidrado no corpo nu de seu irmão e uma expressão de desejo no rosto. Podia sentir seu desejo de penetra-lo naquele momento e isso só me deu raiva
— Você é ridículo Gabriel! — Falei segurando Enzo pelo ombro e o puxando para a porta — Vai embora antes que você faça alguma besteira.
— Tem razão — ele disse sacudindo a cabeça numa tentativa de se livrar de sua fantasia erótica com o irmão — Faça ele vestir algo.
— Com certeza — Falei querendo tirar a minha roupa e ir até ele — Agora vai que o Daniel está te esperando.
— Enzo! — Gabriel chamou e ele fez a burrada de atender — Vou esperar você chegar — Ele introduziu o dedo no cu e deu a gemida.
Enzo quase foi até o irmão, mas eu o impedi e o coloquei para fora.
— Você deveria ter um pouco de decência — Falei admirando aquele lindo pau mais a vez — Ele é seu irmão!
— Mas adorou me ver assim — Gabriel sorriu e se levantou do sofá vindo até mim — E não foi o único — ele pegou em meu pau por cima do da calça que só naquele momento percebi estar duro como pedra formando um enorme volume na minha calça — Retiro o que eu disse sobre você me tocar — ele me deu um Celinho para me provocar — Mas não agora.
Ele me deixou sozinho na sala cheio de tesão. Nunca tinha beijado homem nenhum em toda a minha vida e meu primeiro beijo gay tinha sido com o garoto que sempre amei. Dizer que adorei aquilo era pouco.
Fui para o meu quarto e me tranquei lá. Sentia meu pau doer de desejo o acariciei e tirei minha roupa. Me joguei na cama e comecei a tocar punheta pensando no cuzinho de Gabriel. Tão rosadinho e pequeno que deveria ser quente e apertadinho. Não demorei para gozar um jato forte que respingou por todo o meu peito e em meu rostoEspero que tenham gostado de mais este capitulo assim como também gostaram fo anterior.
Este capitulo foi escrito por mim e editado por Je t'aime Suki Dayo, cujo nome verdadeiro não sei se gostaria que eu divulgasse. Espero que tenham gostado de sua edição assim como eu e desejo-lhe boas vindas ao conto.
Obrigado pelos elogios de todos vocês e até o próximo.