Hoje vou começar a agradecer pelo começo. É com muita tristeza (ou não) que digo que o conto chegou ao seu fim. Eu juro que até tentei enrolar mais alguma coisa, mas não deu. Nada de magnífico aconteceu depois que eu e o Duda passamos a ficar juntos. Contei algumas coisas que eu considero insignificantes, mas enfim... espero que gostem! Esse não foi o fim que eu esperava, confesso que nem mesmo eu gostei dele, mas com o incidente do iPad, acabei ficando sem criatividade pra escrever o que eu tinha escrito antes. Quero agradecer a todos que leram esse conto, que riram, que ficaram com raiva, que torceram pra um casal ficar junto, que ficaram ansiosos e tudo mais. Ter uma recepção dessas como eu tive logo no primeiro conto foi uma coisa magnífica, só tenho a agradecer a todos vocês.
Não se esqueçam de ler meu outro conto, A Metamorfose.
Eu já estou escrevendo um outro conto que também vai ser teen (contos teens me fascinam, desculpa sociedade). Espero encontrar todos vocês lá, viu?!
Um muito obrigado e um abraço em todos.
*RECOMENDO A LEITURA DO CONTO COM A MÚSICA SAME LOVE - MACKLEORE & RYAN LEWIS*
O dia seguinte seguiu normal, assim como o restante do ano. Todos tratamos de estudar como condenados no primeiro semestre para podermos nos concentrar no cursinho pré vestibular a partir do segundo semestre. Tudo andava em sua mais perfeita ordem: meu irmão estava ansioso pro nascimento do seu primeiro filho, assim como meu pai pro nascimento do seu primeiro neto. O meu pai havia conseguido comprado mais algumas ações no hospital, ou seja, mais lucro. A Marta estava fazendo um curso de relações internacionais e eu e o Duda nos amando cada dia mais.
As regras que meu pai deu no começo continuaram valendo: nada de beijos e "viadagens", como ele diz, na frente dele. Claro que algumas vezes rolavam alguns selinhos, mas acho que ele já se acostumou com isso.
A Larissa foi um problema algum tempo. Mesmo depois de tudo, ela continuou dando em cima do Eduardo, e ele parecia corresponder.
- Fica com essa piranha então - falei, saindo da sala em direção ao corredor.
Ele segurou meu braço com força.
- Volta aqui - ele falou, com uma voz que me deixava louco.
- Chama a Larissa pra ficar contigo. Eu vou voltar pra casa de ônibus - falei.
- Mas tu nem tem dinheiro - ele deu de ombros.
- Eu consigo. Por um acaso eu não tenho mais cu? - falei com um tom de irônia.
Ele me puxou contra si e me deu um beijo quente.
- E agora, ainda vai negar minha carona? - ele perguntou.
- Vou. Beijo qualquer um dá. - falei, dando de ombros e indo em direção a saída do colégio. Acabei pegando carona com o Joca.
Assim que cheguei em casa, subi as escadas morto de cansado e me deparo com uma cena linda: pétalas de rosas vermelhas estão jogadas pelo chão, enquanto algumas velas fazem um caminho até uma cesta com vinho e chocolates. O Duda estava deitado nu na minha cama.
- Meu amigo quer te dar uma carona - ele falou, se referindo ao seu amigo "dudinha", mais conhecido como pênis.
Transamos loucamente naquele dia. A trilha sonora, o calor das velas e as pétalas de rosas grudando em nossos corpos pelo nosso suor nos dava ainda mais tesão. Gozamos e fomos tomar um banho juntos, e depois dormimos agarradinhos.
Dezembro chegou voando e logo eu, Duda, Joca e Mari já estávamos de férias. Nós havíamos feito alguns vestibulares, tanto pra São Paulo quanto pra Roraima (meu pai tem casas alugadas em Roraima). Dia 12 havia finalmente chegado, era o dia de ver o resultado final da escola. Fomos apenas pra nos despedirmos dos nossos amigos que haviam reprovado, pois naquela mesma noite seria a nossa formatura.
Os portões finalmente se abriram e fomos em direção ao mural da escola. Nossos nomes haviam sido colocados na lista verde dos aprovados com louvor. Arrancamos todas as folhas de nossos cadernos e jogamos pra cima, como um ato de liberdade. Finalmente o Ensino Médio havia acabado.
Algumas semanas depois, antes do natal, saíram os resultados dos vestibulares. A Mariana havia passado pra Engenharia de Alimentos na UNESP, eu e o Joca pra Nutrição, também na UNESP, e o Duda havia passado pra Engenharia Civil, mas em Roraima. Aquilo só significaria uma coisa: separação.
Felizmente em Roraima há o curso de medicina, na UFRR. Nos mudamos pra essa cidadezinha que faz fronteira com a Venezuela em Janeiro de 2012, junto com a ilustre presença da nossa tão querida amiga Mariana. O Joca infelizmente ficou cursando Nutrição em SP.
Hoje em dia vivemos eu, Duda e Mariana em um AP em um bairro nobre da cidade. A Mari assim que chegou tratou de encontrar um boy e ela já pensa em ir morar com ele. Eu e o Duda ainda estamos juntos, firme e forte com nosso namoro que já dura quase 3 anos. O Joca hoje em dia namora com uma menina do curso dele, Camila, muito gente boa e super mente aberta também.
O Duda hoje em dia faz o 5° semestre de Engenharia Civil. Já eu faço o 3° semestre de Odontologia. Esse não é o meu sonho, mas espero um dia poder cursá-lo. Ano passado fui o 3° da lista de espera, mas como não tenho nenhum tipo de cota, acabei não entrando, mas espero poder entrar esse ano se Deus quiser.
Todo fim de ano voamos pra São Paulo para encontrarmos nossos entes queridos, como sempre foi. Todos nos apoiam e nos aceitam com muito carinho. Claro que nem tudo são mares de rosas, já passamos por várias barras, desde preconceito a descaso, mas nada que abalasse a nossa relação, muito pelo contrário, só a fortaleceu e nos deu força de vontade pra vencermos tudo juntos.
"Para te amar, necessito de uma razão
E é difícil acreditar que não exista
Uma mais que esse amor
Sobra tanto dentro deste coração
E apesar de que dizem
Que os anos são sábios
Ainda se sente a dor
Porque todo tempo que passei junto a você
Deixou seu fio de tecido dentro de mim
E aprendi a tirar do tempo os segundos
Você me fez ver o céu ainda mais profundo
Junto a você acredito que aumentei mais de três quilos
Com teus tantos doces beijos repartidos
Desenvolveu meu sentido de olfato
E foi por você que aprendi a gostar dos gatos
Libertaste do cimento meus sapatos
Para escapar os dois voando um momento
Mas você esqueceu uma instrução final
Porque não sei como viver sem o seu amor
E descobri o que significa uma rosa
Você me ensinou a dizer mentiras piedosas
Para poder te ver nas horas não adequadas
E substituir palavras por olhares
E foi por você que escrevi mais de cem canções
E até perdoei seus erros
E conheci mais de mil formas de beijar
E foi por você que descobri o que é amar
O que é amar"
Shakira, Antologia.
FIM.