Until the Very End - Cap 14 "Never more talk with her!"

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 1447 palavras
Data: 04/04/2014 10:52:20
Assuntos: Gay, Homossexual

Uma semana depois da ida de Alex, recebi em minha casa um inesperado convite. Depois de mais um dia torturante ao lado de Fer na empresa, cheguei em casa e abri um vinho para eu tomar sozinho, como sempre.

Enquanto eu bebia uma taça e fazia algo para comer, a campainha tocou. Era Gabi. Dei um forte abraço nela, pois havia tempo que eu não falava com ela e morria de saudades. Conversamos um curto espaço de tempo sobre trivialidades e então ela veio com a bomba:

- Lipe, eu vim aqui hoje para deixar meu convite de casamento... – Nessa hora eu bebia um gole de vinho e cuspi tudo no chão, tal foi o meu susto. Eu não esperava isso. Esperava tudo, menos isso.

- O que? Vai casar com o Rodrigo, mulher? – Perguntei surpreso. Nunca fui com a cara do Rodrigo e nem ele com a minha. Mas ele parecia ser um bom homem.

- Vô! Ele me pediu já tem um tempo.. Era aniversário dele e ele foi lá no hospital, subiu no balcão e fez o pedido! Foi lindo! Desculpa não ter te contado! Queria que fosse surpresa - Pra mim soou estranho, mas ela disse com um brilho nos olhos que de fato ela achava lindo.

- Sem problemas! Quando vai ser? – Perguntei, embora eu não gostasse do Rodrigo, eu ainda gostava muito da Gabi. E era uma festa, eu precisava de uma festa para me alegrar...

- Tá aqui o convite! – Era um convite bem bonito. O nome dos pombinhos gravados em dourado sobre uma folha branca, com um laço simples feito em uma fita dourada dava um aspecto simples e bonito para o convite.

Eu e Gabi conversamos, contei pra ela as ultimas do Fer, da visita do Alex e tudo mais. Ela era a única pessoa que eu confiava a ponto de me abrir e contar todos os meus segredos e angústias.

Ela me contou sobre a vida dela, falou que o casamento era só uma formalidade, que já viviam juntos, que já falavam em filhos... Logo me prontifiquei a ser padrinho do “Felipinho”. Ela riu, se despediu e foi embora.

As semanas se arrastaram torturantes, como sempre, até o casamento. Descobri que Fernando foi convidado para o casamento também. Será que ele iria? Não sei. Tentei falar com ele algumas vezes no trabalho, mas ele sempre me ignorava. Cada vez que ele me ignorava, era como se uma faca perfurasse meu peito, me deixando cada vez mais “morto”.

No dia da festa, aprontei, coloquei um terno chique, peguei os presentes de casamento que eu havia comprado (um quite de enfeites de quarto que era a cara dela, muitos livros e um jogo “Operando”, além de um jogo de taças de cristal para eu beber vinho na casa dela) e fui. Como era em outra cidade, sai um pouco mais cedo para chegar a tempo.

Cheguei, assisti a cerimônia na igreja, enfrentei uma fila infernal para dar os parabéns. Abracei Gabi quase chorando de felicidade por ela, pelo menos alguém dessa amizade viveria feliz...

Enfim, demos um longo e apertado abraço. O marido de Gabi não gostou nada, nada... Mas eu não ligava para a opinião dele... Gabi era minha amiga e eu tinha esse direito.

Partimos para a festa e como eu suspeitava, Fernando não foi. A festa em si estava excelente. A comida gostosa, as bebidas no ponto, os doces maravilhosos, tudo perfeito. A felicidade é contagiante. Ver Gabi ali, radiante me alegrou. Dancei, diverti alguns convidados, e, por um instante, esqueci Fernando.

Mas o pior aconteceu perto do fim. Eu estava sentado, sozinho em uma mesa. Uma música típica de fim de festa americana, aquelas te fazem pensar na vida, tocava. Perdido nos meus próprios devaneios, Gabi sentou na mesa e jogou logo:

- Pensando nele né?

- Always – Ela deu uma risadinha da minha colocação oportuna. Já um pouco bêbado, comecei a chorar. Gabi me abraçou e ficamos ali. Ela sussurrava calma no meu ouvido.

- Sabe Gabi, hoje foi um dia legal. Você se casou! Vai ter uma vida legal, vai ser feliz com seu marido. Pelo menos um membro dessa amizade vai ser feliz...

- Não Lipe, você não sabe o que futuro lhe reserva! Você ainda vai ser muito feliz, eu te prometo! – Eu sabia que ela estava falando aquilo para me agradar. Ela não tinha controle de mundo suficiente para me fazer feliz.. A não ser que ela convencesse Fer a ficar comigo. Nesse caso...

Enquanto eu tinha essa breve conversa com Gabi, percebi que Rodrigo me olhava feio a todo instante. Na hora que eu ia embora, dei um longo abraço e um beijo no rosto dela. Sussurrei um “até mais” no ouvido dela, como eu sempre fazíamos.

Aquilo foi o estopim. Rodrigo veio bufando de raiva. Gritou algo que eu não entendi e quando eu percebi, havia levado um murro na cara. Não deixei barato. Parti pra cima e começamos uma briga. Bati mais do que apanhei. Os outros convidados pararam para ver a briga. Gabi nos separou com dificuldade, mas separou.

- Nunca mais fale com ela, seu imbecil filho da puta! – Rodrigo falou com o dedo na minha cara. Dei um murro nele, tomei uma esporra da Gabi e saí, sem nem olhar pra trás, sem falar tchau pra ninguém. Só pedi desculpas para Gabi.

Voltei, bêbado para casa. Para piorar ainda mais a noite, tinha uma blitz na estrada. Por sorte não me pararam.

Cheguei em casa e chorei até não querer mais. Chorei muito. Muito mesmo. Antes pelo menos eu tinha alguém para contar se eu precisasse, tinha alguém para me abrir, eu tinha uma amiga.

Agora eu me encontrava só. Minha casa parecia não ter fim, era enorme só pra mim. Comecei a me deprimir mais que o normal. Eu precisava de alguém, urgente. Fica ali, na sala da minha casa, só comigo mesmo, de madrugada e bêbado era torturante.

Peguei o carro e fui até um local da minha cidade chamado Morro do Papagaio. É um morro no ponto mais alto da cidade. De lá, dá para se ter uma visão perfeita de todo o nascer do sol.

Havia um casal lá sentados juntinhos enrolados em um cobertor. Aquilo me deu mais tristeza ainda. Antes eu me sentia triste só por não ter Fer. Agora eu não tinha ninguém. Sentado ali, me sentindo pequeno em relação aquela paisagem exuberante, fiquei pensando aonde estaria a pessoa, dentre as 7 bilhões no mundo, que seria a pessoa feita para mim.

Isso não era difícil de responder. A casa do Fernando era só seguir até a cidade, andar por alguns quarteirões virar à direita e chegou. Simples. Pena que era simples só na teoria.

Sentei na grama molhada da geada, só com o paletó do terno. Estava frio, mas a minha tristeza era tanto que eu nem ligava. Meu choro me esquentava. Além da vodka que tinha no meu carro.

O casal que estava lá ficou preocupado comigo e foi lá ver como eu estava.

- Gente boa, você tá bem aí? – O cara me pergunto gentilmente. Eles eram um casal bonito. A moça ruiva, o cara loiro. Ambos de olhos claros. Eram pessoas apresentáveis. Meu eu estava amargo, frio e arrogante naquele dia. Então respondi:

- Eu to de terno, aqui em cima, chorando igual uma criança. Em qual universo eu estaria bem? – O cara e a moça trocaram olhares, deram de ombros e foram se sentar. Longe de mim. Pensei na merda que eu fiz e tentei reparar. Levantei e fui até eles.

- Ei, desculpa cara, é que eu to malzão hj.. Aceita vodka? É Absolut.. dá boa! – Ele trocou olhares com a sua acompanhante e aceitou.

- Claro. Sente-se conosco! – Começamos a conversar. Eles eram namorados há 3 anos. Ele chama Lúcio e ela Lúcia. Contei pra eles toda a minha história de vida. Pelo visto eles tinham mente aberta demais. Falaram para eu desencanar desse tal de “Fernando” e arrumar amigos diferentes de Gabi.

Na teoria é fácil e na prática a teoria é outra.

O dia raiou. Tudo em claro e viva cor, o sol no meu mural desbota minha dor. Ver aquele nascer do sol, na companhia dos meus novos “amigos” foi melhor do que eu esperei que fosse. Foi revigorante, me deu forças para continuar.

Durante uma semana eu fui quase feliz. Fernando estranhou minha quase alegria. Ele não falou comigo, mas me olhou intrigado. Meu chefe já perguntou qual o motivo da melhora do meu humor. “Segredos” eu respondi, piscando o olho e ele captou a mensagem. Pelo menos a mensagem que eu queria que ele entendesse.

Mas então, logo na semana seguinte ocorreu algo que mudou toda a minha a vida...

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Comentários

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Eu só quero saber o que você pensa que significa "Never more talk with her", sinceramente meu caro se quiser usar frazes em inglês tente pesquisar antes, isso aí não faz sentido. Se você quis dizer "Nunca mais converse com ela" deveria ser "Never speak to her again" ou "Never talk to her again".

Os tradutores do google traduzem as palavras uma por uma e não a fraze em si. Boa sorte.

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aff velho tu e retardado e parte pra outra ficou esperando esse tempo todo pelo fernado nem tem gente q serve pra ser trocha msm pelo amor de deus sai dessa segue caminho e esquece o maldito do fernado

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AFF CARA MANIA DE PARAR NA MELHOR PARTE SÓ PARA NOS PRENDER MAIS AINDA AO CONTO.

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