O Enviado - Cap. 2

Um conto erótico de Paulo
Categoria: Homossexual
Contém 1224 palavras
Data: 12/04/2014 18:56:27

Gente agradeço muito por seus comentários super motivadores, prometo tentar postar todos os dias sem atrasos.

E muito obrigado mesmo pelo reconhecimento!

pil.lan, Huguinho14, ♣MORENO♣, leoaraujo, Sr. Hugo!

Ah, e gente se quiserem perguntar qualquer coisa, pode perguntar que eu respondo.

> Ou mandem para o meu email> bruno.bruno669a@gmail.comEu pensei que o sofrimento fosse uma dor passageira, mas não, muitas pessoas apenas a escondem por trás de uma fajuta felicidade. Mas ao pousarem suas cabeças sobre o travesseiro, os fantasmas atormentam seu sono. E assim acontecesse comigo, diariamente!

Eu estava me esforçando ao máximo, para vencer este bloqueio, eu queria realmente me abrir com o Douglas, eu queria ter sua amizade. Eu queria tê-lo ao meu lado.

Ele me pareceu um cara legal, descontraído, engraçado, e super amigável, sua personalidade ora alegre ora séria, me seduziu.

Do meu jeito, eu já estava ficando apaixonado por este garoto.

Eu desci para tomar meu café já era por volta das 06:20Hrs da manhã. Ao chegar na cozinha minha mãe já estava tomando café.

- Bom dia! - Disse me sentando a mesa.

- Bom dia meu filho! - Respondeu. - Está de bom humor hoje ?

- É estou! - Respondi, cortando um pedaço do bolo que estava á mesa.

- Que bom! Estava com saudades desse sorriso. - Ela disse sorrindo. - E ah, filho eu vou ter que viajar a trabalho, só volto na semana que vem, você quer ir comigo ?

- Não, dessa vez não! - Respondi.

- Tudo bem, já vou indo então, até semana que vem! - Ela disse beijando minha testa.

- Até – Beijei seu rosto.

Após minha mãe sair para sua viajem, eu subi para o meu quarto me arrumei, e sai.

Fui caminhando devagar para a escola, estava refletindo sobre minha vida e tudo que aconteceu até os dias de hoje. E como eu fui feliz durante minha infância, eu mesmo não me reconheço agora, eu sempre aberto falante, e hoje me tornei quieto, retraído, mas eu estou disposto a mudar, a me tornar o que eu era antes, eu preciso mudar.

Quando estava próximo a porta da escola, avistei Douglas em pé me esperando,quando ele me viu soltou um sorriso. Meu coração começou a bater forte.

Eu fui caminhando até o portão devagar, mas eu estava tão nervoso que os meus pés pareciam não obedecer mais meus comandos, eu continuei andando, estava sentindo um aperto no meu peito, comecei a respirar fundo, e o aperto passou, mas eu ainda continuava nervoso. Levantei minha cabeça e continuei meu caminho. Quando estava a 2 metros do portão, tropecei e caí.

“Agradeço por não estar em um filme clichê americano, se não todos ririam de mim.”

As pessoas a minha volta pareciam não se importar, seguiam seu caminho como se nada houvesse acontecido. Douglas caminhou até mim e me ajudou a levantar. Sacudi minha calça para tirar a poeira que havia grudado. O encarei nos olhos, ele sorriu ternamente.

- Vamos! - Disse puxando minha mão.

Nós entramos para a sala, mas graças a Deus os três primeiros tempos seriam vagos. Então nós fomos sentar na quadra de esportes da escola, assistir umas meninas jogando queimado. Depois de um tempo uma menina de nossa sala nos avisou que nossa turma havia sido liberada, pois só teríamos os dois últimos tempos.

Eu e Douglas fomos para casa juntos. No caminho para casa nós fomos conversando sobre tudo. Eu contei sobre meu passado difícil, e também descobri que o dele não foi fácil.

- Mas sabe Paulo, o meu passado também não foi fácil, eu vi meu próprio pai se matar, eu fiquei atordoado por dias! - Falou com lágrimas nos olhos – Então eu acho que você também pode sair dessa, superar tudo isso, não é fácil, eu sei, mas também não é impossível.

- Se tem razão! - Falei. Douglas começou a chorar alto.

- Desculpa, eu não consigo lembrar disso sem chorar. - Disse entre soluços.

- Tudo bem, eu te entendo. - O abracei.

Douglas retribuiu o abraço. Eu entendia o que ele estava sentindo naquele momento. Nós eramos duas almas sofredoras vagando por este mundo, com uma bagagem cheia de dor e lembranças fúnebres.

Nós seguimos o restante do caminho calados. Não havia nada a ser dito. Quando chegamos a porta de minha casa, Douglas parou e me encarou. Seu olhar era sério e ao mesmo tempo terno, como ele conseguia ser tão lindo mesmo quando estava sério.

- Promete pra mim, que vai tentar superar sua perda ? - Perguntou me encarando nos olhos.

- Prometo! - Respondi confiante. Ele sorriu.

- Então até amanhã na escola!

- Até – Sorri.

Entrei para casa super feliz. Subi para o meu quarto e me joguei na cama, como de praxe. Estava me sentindo bem em todos os sentidos, e por um momento eu parei para olhar para dentro de mim, para descobrir o que realmente eu estava sentindo, perceber do que a minha mente e o meu coração precisavam. E foi neste momento que eu percebi que aos poucos, Douglas, estava tapando o buraco que a saudade do meu irmão tinha feito em mim.

Levantei de minha cama e fui até minha cômoda pegar o diário, eu precisava lê-lo. Deitei-me novamente em minha cama, e abri em uma página aleatória.

26 de outubro deLia atentamente a página escrita por meu irmão. Sorria feito bobo com os acontecimentos engraçados. Por mais que eu tentasse eu não conseguiria ficar por mais de dois dias sem ler o diário. Eu já tinha me acostumado a lê-lo todos os dias, e agora seria difícil parar.

Estava tão concentrado na leitura, que não prestava atenção em nada a não ser no diário, mas algo me chamou atenção. Barulhos de passos vinham do corredor, não poderia ser minha mãe, afinal ela deveria estar longe essa hora. Fechei o diário lentamente, sem fazer nenhum ruído. Pus meu pé no chão, estava prestes a levantar quando a porta foi aberta. Meu coração acelerou de tal maneira que eu pensei que fosse cuspi-lo, eu fiquei ofegante respirando fundo, meu corpo todo se estremeceu. Eu olhei para a figura à porta que ria da minha situação e meus olhos se arregalaram.

- Levou um susto maninho ? - Perguntou Ítalo sorrindo.

- Í-Ítalo! C-como ? - Perguntei desesperado.

- Como o que ? Porque está com essa cara de assustado.

Eu olhava indignado. Esfreguei meus olhos, mas ele continuava em pé parado próximo a porta do meu quarto.

Senti algo tremer em minha nuca, e um som agudo crescente em meus ouvidos. Abri os olhos e não via ninguém na porta olhei em volta e o diário estava caído sobre a cama, respirei fundo aliviado, pois era apenas um sonho.

Peguei o celular em minhas mãos, olhei visor, e vi o nome de minha mãe.

- Oi! - Falei atendendo.

- Oi, meu filho, como está ? - Perguntou.

- Por aqui tudo bem, e ai ?

- Aqui está tudo ótimo, está conseguindo se virar com tudo ai ? Porque se precisar eu volto hoje mesmo!

- Não mãe, está tudo ótimo, eu consigo me virar aqui!

- Então tá, beijo, até semana que vem!

- Beijo! Até!

Joguei minha cabeça por sobre o travesseiro, e fiquei pensando em meu sonho. Será mesmo que o buraco em meu peito estava se curando. Será que o Douglas seria suficiente para que eu esquece a dor que a falta de meu irmão me fazia sentir. Será que eu..... seria suficientemente forte para me permitir curar.

Estas são perguntas que só o tempo poderá me responder.

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Comentários

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Oi! Sou o Douglas do conto "Meu Boyzinho Popular. Eu li os seus. Você tem um texto bom. Poxa, continua! Ah! Obrigado pelo comentário no meu conto.

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