Oi pessoal, como vão? Bem, como as coisas estão tranquilas hoje vai dar tempo de postar mais uma parte do conto. Nossa, está sendo muito divertido publicar minha história aqui... E para aqueles que perguntaram: Ainda não tenho um número certo de capítulos que farei, mas ficará no mínimo de 10 partes e no máximo de 30 partes, depende do interesse dos leitores. Pois bem, também não sei ao certo se conseguirei postar todos os dias (frequência), mas farei de tudo para que isso aconteça e tentarei nunca deixá-los na mão. E por último, queria deixar claro que a história é real e ainda transcorre nos dias de hoje. Por isso, cuidados ao criticar personagens serão necessários, ambos os três protagonistas (Eu, Rick e Dimitri) estão cientes da publicação de nossa história aqui, e os outros dois também leem os comentários que vocês fazem. Mas, sei que vocês são de boa índole e que não teremos problemas como esses. Quaisquer dúvidas perguntem que eu esclarecerei no próximo conto. Um abraço e boa leitura!
Continuando...
Como eu havia dito ao final do conto anterior, três anos haviam se passado desde que eu tinha iniciado a faculdade e desde que eu tinha conhecido Dimitri. Também disse que nesses últimos tempos nossa amizade cresceu muito, Dimitri virou um companheiro fiel e apaixonante, eu e ele estávamos juntos sempre e isso resultou na minha aproximação com meu irmão Pablo Henrique fazendo com que meus sentimentos de adolescente que eu nutria por ele voltassem com força total, ou seja, a partir dali fiquei dividido entre duas paixões: Dimitri e Rick. Ambos estavam ao meu lado, ambos me amavam e eu também amava. Além disso, os dois sempre eram muito próximos, Dimitri dormia muitas vezes na casa de Rick... Não que isso fosse anormal! Mas era de se estranhar o carinho que os dois tinham, e eu nunca esperaria aquilo do meu irmão. Meu coração estava totalmente dividido, e naqueles últimos três anos novamente eu me fechei e não consegui me abrir com Rick e nem com Dimitri. E tinha medo também, Rick não era tanto, mas Dimitri era bem mulherengo e adorava paqueras. Ele sempre me perguntava se eu tinha namorada ou algo assim, e eu sempre disfarçava dizendo que eu estava me focando mais na faculdade e deixando o namoro de lado, mal sabia ele o que ele causava em mim. E Rick? Bem, ele vez por outra ficava com algumas meninas, mas estava focado no seu trabalho, queria enriquecer o quanto antes e somente depois arrumar uma mulher e ter uma família, isso segundo ele.
Bom, com o passar dos anos, a vida foi mudando também. A começar por mim. Formei-me em Artes Plásticas, mas foi a pior desgraça da minha vida. Não achava emprego e os que eu achava eram em outras cidades e o salário não valia a pena o sacrifício (de ficar longe do Rick e Dimitri). Bem que eu fui avisado, principalmente pelo Francisco, que dizia: “Você vai morrer de fome!” Errado ele não estava, afinal, que culpa tem se moramos em um país que não sabe apreciar uma arte refinada... Que desconhece as essências do Barroco, Neoclassicismo, Cubismo, etc... Acabou que tive de abandonar a carreira de artista plástico. Fiquei muito triste com aquilo. Escolhi fazer um curso de seis meses de Marketing e consegui um trabalho em uma agência publicitária aqui mesmo.
Já Dimitri se formou em Odontologia. Após isso, ele entrou trabalhar em um consultório de um renomado dentista daqui e ficou atendendo ali e trabalhando no SUS por um ano e meio. Depois disso ele conseguiu entrar em um Instituto de Medicina aqui de Porto Alegre e está ganhando muito bem como Dr. Dimitri. Hoje ele já tem seu apartamento próprio e um carrão de fazer inveja a muitos. Tenho orgulho dele!
E por fim o meu irmão Pablo Henrique. Esse cresceu cada vez mais como arquiteto. Abriu seu escritório em parceria com outro arquiteto e juntos faziam projetos que rendiam muito dinheiro. Resultado! Rick conseguiu comprar o apartamento em que estava morando e começou a construir sua casa num lote de terra que meu pai deu para ele aqui em Porto Alegre (cada um dos filhos tem um lote que é da família mesmo, o meu fica em Gramado:!), terminada sua casa, ele se mudou do apartamento e o alugou, além disso também comprou um belo carro pra ele, nada muito exagerado. Acho que eu fui o único que não me dei bem, Francisco fez Engenharia Elétrica e hoje mora no Rio de Janeiro e também está ganhando muito bem, melhor que o Rick. Eu fiquei como o pobre da família que, além disso, também esconde sua verdadeira opção sexual.
Depois de tudo isso, estávamos sempre unidos. Eu e os dois. Mas algo ia mudar! Eu não aguentava mais aquela situação, tudo aquilo tinha que mudar. Logo Rick me liga dizendo para nos encontrarmos no restaurante a noite e que o Dimitri também iria. Meu expediente do trabalho já estava acabando mesmo, então apenas corri pra casa, tomei um banho, coloquei uma roupa ajeitada e fui ao tal restaurante na maior inocência como se fosse um encontro normal entre nós três.
Como eu (somente eu) não tenho carro, Dimitri passou me pegar para eu não ir a pé.
-Oi Dimi! –falo entrando no carro.
-Oi. Tudo bem? Como foi de trabalho hoje? –falou ele seguindo em direção ao restaurante.
-Fui bem, tudo como sempre e você? Muitos pacientes hoje?
-Não, estava normal, somente fiz uma cirurgia hoje que me deixou muito tenso, durou um tempão. –falava ele esticando as costas.
-Se quiser depois eu lhe faço uma massagem. –falei.
-Eu quero sim, estou todo dolorido. E você tem umas mãos ótimas para massagem, quando você fez a ultima vez eu fiquei relaxado por um bom tempo.
-Após o jantar então eu faço, faço lá na sua casa e daí depois eu pego um ônibus pra voltar pra casa.
-E por que não dorme lá em casa? –perguntou ele me olhando nos olhos.
-Ah Dimi... É ruim...
-Para Cadu, não se preocupa. Não vai nenhuma vadia hoje pra eu comer lá.
-Aí Dimi, você é nojento falando assim.
-Mas isso é coisa de homem Cadu, você é que é estranho e nunca conversa sobre isso. Já te falei que você tem que começar a sair pra comer umas gurias por aí comigo. –falava ele se achando o machão.
-Eu já te falei que sou na minha e que enquanto na aparecer alguém que eu realmente goste eu não vou ficar e pronto! –falei enraivado com ele.
-Tá bem, tá bem, se acalme...
-Eu estranho você, só pensa em comer mulher, mas não pensa em sentimento? Não pensa em ter ninguém ao seu lado, ser fiel a alguém?
Tentei jogar verde para colher maduro.
-Não, eu tenho amigos, tenho você e o Rick que me divertem sempre, por que eu quero uma mulher pra me atazanar? –falava ele rindo e piscando pra mim.
Essas aberturas dele é que me deixavam confuso, isso que ele falava, será que poderia ser algo a mais, será que eu tinha chances. Af, eu pirava de tanto pensar.
Em fim chegamos ao tal restaurante. Entramos, escolhemos uma mesa e esperamos Rick chegar.
-Dimi! Como você vai conseguir viver sem ninguém na sua vida? –falava eu curioso, queria cavoucar mais para ver onde eu poderia chegar.
-Eu sou solitário, tendo algumas mulheres para eu comer e tendo bons amigos, o que mais que eu quero da vida? –falou ele.
-Mas qual é graça da vida assim Dimi?
-Você fala, mas não se percebe Cadu! Você também não tem ninguém e vive fugindo das mulheres. –falou tentando acertar meu ponto fraco.
-Eu ainda não achei ninguém que eu queira. –falei tímido.
-Por que você não procura, vamos sair mais comigo, ir atrás das garotas. Assim você acha. –falou ele sorrindo.
-Não, Dimi... Às vezes a pessoa que a gente ama pode estar mais perto do que a gente imagina, sabia? Só basta perceber! –falei olhando fixamente em seus olhos.
Nesse momento ficamos nos olhando e percebo que ele fica pensativo e refletindo no que eu havia dito. De repente Rick chega.
-Olha o Rick. –falei.
Olhamos e vimos que Rick estava todo bem arrumado e não estava sozinho. Estranhamos no começo, mas logo percebemos do que se tratava. Uma linda ruiva, corpo bonito e olhos verdes acompanhava Rick.
-Oi pessoal! Essa daqui é a Cheryl! Minha namorada. –falava ele sorridente.
Dimitri olhava pasmo e eu também.
Cher... O quê?
Uma bela vadia tinha acabado de atrapalhar uma linda amizade entre três homens. Ela tinha que morrer.
Continua...