Boa noite povo bonito, gente mais uma vez não vou poder responder comentário por comentário e vou também publicar mais cedo devido ainda a minha lesão na cervical que esta um pouco pior. (assumo a culpa por ter feito esforço quando não devia u.u) mas pra não deixar vocês na mão, pelo menos o cap. Vocês terão :) gente, preparem seus coraçõesinhos porque agora a coisa vai ferve meeeesmo. Hehe quero agradecer a todos que tem acompanhado, comentado e votado, valeu. E um obrigado especial pelos comentários dos meu queridos leitores : Nicole Almeida, Agatha1986, magno18(Ruam), gabshenrike, Ru/Ruanito, diiegoh', JackL, Edu19>Edu15, juh#juh , *Laurent* , Dinha_6, Huguinho14, THIAGO SILVA, Ghiar e Pyetro_Weyneth. Obrigado lindos e lindas ;trilha sonora: https://www.youtube.com/watch?v=kFmh2rVkr2I
Framing Hanley - Photographs And Gasoline
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Acordei assustado e meio desorientado, minha franja grudava a testa por causa do suor e eu arfava como se tivesse corrido uma maratona inteira. Meus olhos percorriam todo o quarto em busca de algum vestígio de perigo. Arthur acordou com meu pulo.
- Thomas? Foi apenas mais um pesadelo. – disse ele com a voz calma, eu olhei em seus olhos, os mesmo olhos tempestuosos de sempre, mas agora me fitava com ternura, ele estendeu a mão me puxando de encontro ao seu peito. - venha cá, você não deve ter medo de seus pesadelos, assim como seus sonhos eles são apenas uma extensão de você mesmo.
- foi tão real, tão real. – minha voz saiu tão baixa que achei que Arthur não a ouviria. Olhei para o relógio que ele mantinha em cima do criado, os ponteiros marcavam 5 horas e 05 minutos. – eu tenho que ir, meu plantão logo vai acabar e preciso ver os outros pacientes. – me levantei num pulo indo atrás de minhas roupas que estavam espalhadas pelo quarto.
- tudo bem, não vou ti segurar dessa vez. – Arthur me olhou atento enquanto me vestia, depois de estar completamente vestido ele se levantou ainda nu, eu fiquei parado apenas observando-o vir ate mim, seu corto totalmente definido, sua barriga muito bem trabalhada com músculos rígidos, braços e pernas bem trabalhados.
No começo de minha faculdade aprendi sobre a anatomia humana, porem nunca me interessei tanto assim por ela como agora, meus olhos vagaram para o seu membro adormecido, ele estava num balanço preguiçoso conforme seu caminhar, não consegui tirar meus olhos ate que sua mão levantou meu queixo, então fechei os olhos e saboreei do gosto de sua boca.
Sai de seu quarto e seguia para o posto de enfermagem quando coloquei a mão dentro do bolso do jaleco, minhas pernas travaram no mesmo instante, meus olhos só faltaram saltarem fora. “não pode ser, era apenas um pesadelo, não pode ser.” Pensei sentindo a lamina fria entre meus dedos, olhei para o bolso sem crer apenas no meu tato e la estava a faca, a mesma faca que “ele” segurava no meio da noite.
- Thomas? Esta tudo bem? – me virei encontrando Luiz com a testa franzida.
- oh, sim, sim. O que você faz aqui? – perguntei tentando mudar de assunto e parecer o mais normal possível.
- meu trabalho, oras. – disse dando uma risadinha.
- ah é, claro. – respondi rindo junto. – eu não estou acostumado a ver os policiais passarem tanto pelo corredor, normalmente eles nem passam.
- mais eu passo, não em todos claro, gosto mais desse aqui. – ele me olhava com intensidade. – digamos que nesse corredor tem algo que me interesse muito.
- hmm. – sorri amarelo. – você vai me dar uma carona hoje?
- sim, o meu plantão esta quase no fim, você me espera?
- claro, o meu esta acabando também. Ate daqui a pouco então, preciso ver meus pacientes agora. – me virei e sai as pressas antes que ele dissesse ou fizesse algo, nós não estávamos muito longe do quarto do Arthur e só de pensar que talvez Arthur ouvisse Luiz falar comigo me arrepiava todo. “será que Arthur tem uma audição tão boa quanto seu olfato?” pensei, “ e quem será os informantes que o Arthur disse que tem?”
Fui para o vestiário que pra minha felicidade estava vazio, abri meu armário e peguei minha mochila, olhei mais uma vez para me certificar de que estava só ali então tirei a pequena faca do bolso e rapidamente á escondi na mochila. Eu não fazia a menor ideia de como aquilo foi parar no meu bolso, um calafrio percorreu minha espinha só em pensar que talvez o pesadelo não tenha sido um pesadelo mesmo. Sai dos meus pensamentos com as risadas que vinha da porta, guardei a mochila e tranquei o armário a tempo de ver duas enfermeiras entrarem rindo de algo que Luiz havia dito.
Assim que Luiz me viu seu sorriso ficou mais largo e discretamente ele piscou para mim quando passei pelos três, indo em direção a saída do vestiário. Retribui com um pequeno sorriso, cheguei ao corredor e fui as pressas fazer meu trabalho acumulado. Me senti um pouco mal por estar indo contra minha conduta profissional. Eu estava ali para cuidar dos pacientes e não para dormir com eles, por outro lado eu estava feliz por estar com Arthur, sabia que era perigoso tanto para mim quanto para ele, mas eu não tinha como evitar.
Estava próximo do posto de enfermagem quando vejo dois enfermeiros saírem do quarto do Arthur, o que mas me preocupou foi ver o Arthur desacordado em uma maca. “o que esta havendo aqui?” me perguntei confuso.
- ei, o que estão fazendo? Para onde estão levando-o? – perguntei parando do lado da maca onde Arthur estava sedado.
- ele será transferido para um hospital mais qualificado, onde ele não vai mais poder machucar ninguém. – disse o Dr. Breno aparecendo atrás de mim, eu nem tinha o notado ali.
- transferido? – eu tentei manter meu rosto neutro, mas com certeza Breno conseguia ver o quanto aquela palavra me assustava. – mais por quê? Arthur não machucou ninguém, não invente desculpas Breno, nós sabemos que você esta fazendo isso apenas para me atingir. – digo com a voz baixa para que os enfermeiros não pudessem ouvir, Breno mantinha um sorriso presunçoso no rosto.
- venha Thomas, vamos conversar em minha sala. – disse para mim depois se virou para os dois enfermeiros. – coloque-o no quarto acolchoado por enquanto.
- eu não quero conversar com você Breno. – digo rispidamente para ele.
- acho melhor conversar sim, você precisa me dar uma boa explicação de como seu paciente conseguiu sair durante a noite e matar outro paciente desse mesmo corredor sem que você visse.
- o que? Como assim matar outro paciente? – meus olhos estavam arregalados, ele só pode estar brincando, Arthur não saiu do quarto, eu sei que não saiu.
- por favor Thomas, o corredor não é o melhor lugar para discutimos isso, vamos ate minha sala. – ele não esperou uma resposta minha e já se virou seguindo o caminho para sua sala.
Eu segui em silencio ate sua sala, aquela historia ainda estava muito mal contada, Arthur não tinha saído do quarto, e como assim matado outro paciente? Qual paciente? Breno só podia estar armando uma pra cima do Arthur, ele queria me atingir mandando Arthur para outro hospital e se fosse isso Breno iria conseguir, eu não iria conseguir ficar sem o Arthur.
- pronto estamos aqui, agora pare de fingir ser um bom medico e confesse, você armou tudo isso para incriminar o Arthur, não foi? – digo de braços cruzados assim que ele fechou a porta.
- bom, foi mais ou menos armação minha, mas foi o Arthur que a tornou dessa forma. – disse com um sorriso debochado, ele foi ate sua mesa e de uma das gavetas tirou uma garrafa, pelo tom escuro do liquido eu diria que era wisky. – Arthur matou mesmo um paciente e ele será transferido por isso.
- que paciente? Quais as provas que você tem contra o Arthur? – eu já estava impaciente e confuso demais.
- o paciente do 245, nós o encontramos hoje em seu quarto, ele havia sido golpeado varias e varias vezes no peito e pescoço, não encontramos a arma do crime ainda, mas estamos investigando, porem eu sei que foi Arthur quem fez isso. – ele dizia calmamente enquanto bebericava sua bebida.
- o que? – meu chão pareceu sumir por uns instantes, senti minhas pernas tremerem, não tinha mesmo sido o Arthur, porem eu não podia dizer quem tinha sido. “o que eu vou fazer agora?”pensei tentando encontrar um jeito de impedir que Breno me separasse do Arthur. – como...? Como tem certeza de que foi o Arthur?
- você não foi atacado por esse paciente uma vez? Pois então, Arthur obviamente nunca perdoou o 245 por isso, ele apenas esperou a hora mais oportuna para matá-lo. – Breno me olhava com um ar vitorioso, eu estava com raiva por dentro, mas não podia negar que ele estava vencendo. – mas sabe de uma coisa? – eu o olhei desconfiado, sua expressão pensativa não estava me agradando. – acho que podemos resolver isso, só entre nós dois.
- como assim? – perguntei hesitante, seu sorriso ficou ainda mais largo como se ele tivesse gostado do que havia pensado.
- eu não vou transferir o Arthur, vou mante-lo nesse hospital, só que você vai ter que aceitar minha proposta. – ele se levantou e caminhou ate mim, eu sabia que não viria coisa boa disso.
- qual?
- você será meu, só meu, como já era pra ser, vai me amar como se eu fosse seu Arthur. – ele riu. – se não conseguir me convencer disso então mandarei aquele monte de merda para um buraco pior do que este aqui. Você aceita Thomas? – ele estava tão perto que eu podia sentir o calor de seu corpo, eu estava vencido por hora, Breno havia ganhado essa luta, porem eu não tinha desistido, mas teria de me submeter aquilo para ter tempo de pensar em algo. Abaixei minha cabeça em sinal da minha derrota.
- sim, aceito. – eu não podia deixar que levassem Arthur de mim, eu já tinha provado do gosto de te-lo, estava dependente, viciado em seu cheiro, seu toque. Arthur havia se tornado uma droga para mim, e como acontece com qualquer viciado em droga, eu precisava cada vez mais da minha e faria qualquer coisa para continuar tendo-o para mim, ate mesmo isso. Breno levou seus lábios ate os meus, fechei forte meus olhos e me entreguei ao seu beijo, mesmo contra minha vontadeComentem, votem e opinem...