Segunda chance - 2 (Segunda Temporada)

Um conto erótico de Luca:)
Categoria: Homossexual
Contém 2045 palavras
Data: 17/06/2014 23:05:38

Depois que me acalmei, liguei para o Eduardo para perguntar se ele sabia que o Carlos havia voltado.

Eduardo – Não adianta insistir que não vou deixar você voltar antes para o trabalho.

Eu – Só me diz que você não sabia.

Eduardo – Do que você está falando, Fernando?

Eu – Acabei de encontrar o Carlos no shopping.

Eduardo – Não sabia! Juro para você que não sabia. Já faz algum tempo que não nos falamos.

Eu – O pior não é ele ter voltado, é ele ter voltado noivo.

Eduardo – O que?

Eu – Ele está noivo de um cara.

Eduardo – Nossa! Como você está em relação a isso?

Eu – Me sentindo a pessoa mais idiota do mundo. Se ele está com outro agora foi por que eu o rejeitei, não posso cobrar nada dele.

Eduardo – Você está chorando?

Eu – Feito um adolescente que teve a primeira desilusão amorosa. Eu gosto dele, Edu. Não posso mais negar isso, ele conseguiu derrubar a barreira que eu construí em volta dos meus sentimentos depois que o Antônio morreu.

Eduardo – Eu sinto muito por você, Nando. Infelizmente não tem como voltar no tempo. Você vai ter que se conformar e seguir em frente.

Eu – Eu sei! Vai ser difícil com ele aqui, vamos nos esbarrar de novo mais cedo ou mais tarde.

Eduardo – Faz o seguinte. Não pensa nisso agora, vai pra casa e descansa um pouco.

Eu – Vou tentar.

Voltei para casa mais calmo, mas ainda desconcertado com o que havia acontecido. Liguei para Laura e pedi para que ela fosse buscar o João na escola para mim, não tinha condições de sair de novo de casa. Ela aproveitou e o levou para dormir em sua casa, já que fazia algum tempo que o João queria passar um tempo com os avós. Eu não fiz objeção, para mim foi até melhor, pois não queria que ele me visse daquele jeito. Deitei na minha cama e ali novamente me entreguei à tristeza, tudo estava vindo à tona ao mesmo tempo. Adormeci e durante o sono tive um sonho com o Antônio. Na verdade era a lembrança de uma viagem que fizemos para Gramado – RS, aqueles dias foram maravilhosos. Acordei já à noite com uma enxaqueca tremenda, que me causava muito enjoo. A cada passo que eu dava o mundo girava. Enquanto procurava o remédio alguém começou a tocar campainha desesperadamente. Eu muito contrariado fui atender amaldiçoando o ser que estava perturbando meu momento de tristeza. Levei um grande susto ao ver quem era.

Eu – O que você está fazendo aqui?

Carlos – Precisamos conversar.

O Carlos estava parado em frente a minha porta querendo conversar. Isso era o que eu menos queria naquele momento, queria ficar sozinho para poder sofrer em paz, mas o motivo do meu sofrimento estava ali pedindo um pouco de atenção.

Eu – Carlos! Estou morrendo de dor de cabeça e quando estou assim quero ficar sozinho.

Carlos – Vamos conversar e depois eu juro que te deixo em paz.

Percebi que ele não iria desistir, então o deixei entrar. Eu não estava nada apresentável, estava de pijama àquela hora.

Eu – Seja breve, pois quero voltar pra minha cama.

Carlos – Antes de tudo queria saber como você está?

Eu – Estou bem, Carlos. Estaria bem melhor se estivesse na minha cama neste momento.

Carlos – Será que você pode ser um pouco educado? Estou aqui em paz.

Eu – Me desculpe, mas esta dor de cabeça está me matando. Estou bem sim.

Carlos – Fiquei sabendo que a agência está crescendo.

Eu – Estamos sim. Estamos cada vez mais firmes no mercado graças à equipe maravilhosa que tenho. E como foi lá nos EUA?

Carlos – Foi bom até! Era um sonho meu fazer esta especialização, o que aconteceu foi um impulso que eu precisava para colocar tudo em prática.

Eu – Que bom que te ajudei de alguma forma.

Ouvir aquilo me deixou um pouco mais triste do que já estava, me fez lembrar a idiotice que fiz anos atrás.

Carlos – Desculpa! Não queria dizer isso.

Eu – Mas falou. Fico feliz ao ver que seguiu com a sua vida.

Carlos – Foi difícil, mas eu não tinha alternativa. Você não sabe como foi difícil.

Eu – Olha! Não vejo muito propósito nessa conversa. Isso já passou! Você seguiu com a sua vida e eu também.

Carlos – Você está com alguém?

Ele perguntou um pouco exaltado.

Eu – Sim, Carlos.

Claro que isso era mentira, mas meu orgulho não me permitiu mostrar que não consegui esquecê-lo.

Eu – Da mesma forma que você encontrou alguém, eu também encontrei. Estamos namorando já faz algum tempo.

Carlos – Você o ama?

Eu – Isso não é da sua conta. Por um acaso eu perguntei isso sobre o seu “namoradinho”?

Ele baixou a cabeça e negou.

Eu – Então! Se me der licença preciso encontrar o meu remédio e deitar.

Abri a porta e fiquei parado ao lado esperando ele sair.

Carlos – Te desejo muitas felicidades.

Eu – Também.

Ele saiu com a cabeça baixa e suspirando, mostrando-se muito contrariado. Não chorei mais aquela noite, tomei dois comprimidos do remédio para enxaqueca que me fez desmaiar na cama e acordar somente no dia seguinte. Fiquei na cama mais alguns minutos pensando em como iria tocar minha vida dali para frente. Cheguei à conclusão que inconscientemente, não deixei me envolver na esperança de um dia o Carlos voltar e nos acertarmos, mas isso acabou quando eu o vi no shopping com outro. Eu precisava de um “baque” desse para entender que a nossa oportunidade passou e agora eu devia continuar. Levantei e me arrumei para ir a agência trabalhar um pouco mesmo à contra gosto do Eduardo, mais do que nunca eu precisava distrair minha cabeça. Cheguei à agência e fui direto para minha sala, mas como se tivesse sentido meu cheiro o Eduardo veio até mim.

Eu – Bom dia Edu! Não perca seu tempo, pois eu não vou voltar para casa.

Edu – Eu sei que não iria conseguir te convencer do contrário. Ele foi lá em casa ontem a noite e me contou sobre o encontro de vocês.

Eu – Acabou mesmo, Edu. Finalmente entendi que não temos mais nada.

Edu – Eu sinto por muito por vocês, eu realmente torci para tudo tivesse dado certo.

Eu – Eu também. Agora não adianta chorar, vou tocar minha vida, cuidar do meu filho e da agência.

Edu – Pode contar comigo sempre.

Eu – Eu sei!

Edu – Agora me diz uma coisa. Desde quando você está namorando?

Havia esquecido deste detalhe que me fez rir ao lembrar.

Eu – Ele te contou isso?

Edu – Ele queria saber quem é o cara que você está namorando.

Eu – Ele está noivo de outro e ainda que saber da minha vida.

Edu – Ele quer ter certeza que você não está se envolvendo com ninguém perigoso. Foi essa a justificativa dele.

Eu – Dispenso a preocupação dele. Agora ele tem que se preocupar com o noivo e me deixar em paz. Você não desmentiu sobre o namorado?

Edu – Não se preocupe, pois dei continuidade a sua mentira.

Eu – Agora tenho que correr atrás de um o mais rápido possível.

Conversamos mais um pouco e depois cada um foi para os seus afazeres. Realmente estar na agência me tirava da cabeça qualquer outra preocupação, tanto que nem vi o dia passar e quando me dei conta já estava na hora de buscar o João na escola. Sai correndo e consegui chegar antes do inicio da saída dos alunos. Quando o João me viu veio correndo para o meu colo.

João – Pai!

Eu – Oi meu filho, como foi à aula hoje?

João - Bem legal, mas eu estava com saudades de você.

Eu – Oh meu lindo. Eu também estava com saudades de você. Vamos que está muito frio para ficarmos aqui fora.

No caminho até em casa ele foi contando como foi dormir na casa dos avós e o dia na escola. Com o João todas as minhas aflições sumiam, sua alegria era contagiante de tal forma que qualquer sentimento ruim desparecia. Aquela noite ele dormiu cedo, pois estava muito cansado das atividades da escola. Eu fiquei na sacada tomando uma taça de vinho e admirando a noite estrelada que fazia.

Eu – Estou sentindo tanto a sua falta, Antônio.

Realmente aqueles últimos dias eu sentia uma falta enorme do Antônio, com ele eu me sentia completo. Foi inevitável deixar que algumas lágrimas caíssem, afinal de contas ele foi meu primeiro amor. Depois de muito pensar aquela noite decidi que no próximo final de semana iria começar a viver, abrir meu coração para novas possibilidades.

O restante da semana passou sem muitas emoções e finalmente o sábado chegou. Eu estava decidido que iria sair àquela noite para tentar alguma coisa, apesar de estar um pouco nervoso. Deixei o João com os avôs e voltei para casa para me arrumar. Fui até um bar sem muita pretensão que ficava no centro da cidade, o local era bem frequentado e a música bem agradável. Sentei no bar e pedi uma bebida. Fiquei alguns minutos degustando quando um rapaz realmente muito alto sentou ao meu lado e esbarrou no meu braço.

Rapaz – Me desculpe!

Eu – Sem problemas. Isso acontece mesmo.

Olhei para o rapaz que era muito alto, ele devia ter 1,90m facilmente. Fiquei impressionado com a sua beleza. Aqui em Curitiba o tipo loiro e de olhos claros predomina e quase sempre são irresistíveis.

Rapaz – Está sozinho?

Eu – Sim! Acabei de chegar.

Rapaz – Eu também. Vim dar uma relaxada depois de uma semana bem tensa. A proposito meu nome é Felipe.

Eu – Me chamo Fernando. Prazer!

Felipe – O prazer é meu, Fernando.

O Felipe era muito agradável, simpático e tinha um cheiro maravilhoso. Pegamos uma mesinha para ficarmos mais a vontade. A noite estava sendo bem sucedida na minha missão de encontrar alguém, dei sorte logo de primeira. Mas infelizmente aqui em Curitiba temos um grande problema de encontrar certas pessoas quando menos esperamos. O Felipe me fazia dar gargalhadas como há muito tempo não dava até que vi quem eu não queria ter visto. O Carlos entrou no bar junto com o seu “noivinho” e ao me ver fecha a cara no mesmo instante. Eu baixei a cabeça na esperança dele passar reto, mas o infeliz fez questão de vir até a nossa mesa.

Carlos – Boa noite, Nando!

Eu – Boa noite, Carlos!

Carlos – Esse aqui é o Cristian.

Eu – Prazer Cristian.

Cristian – O prazer é meu, Nando. Mais uma vez me perdoe pelo incidente no shopping.

Eu – Não se preocupe. Eu que peço perdão, não devia ter agido daquela forma.

Carlos – Quem é esse aí?

O Carlos perguntou com certo desdém que me irritou profundamente.

Eu – Esse é o Felipe.

O Felipe estendeu a mão para o Carlos que o deixou no ar. Para não ficar muito deselegante o Cristian tomou a frente e cumprimentou o Felipe.

Cristian – Prazer Felipe!

Carlos – Esse então é que é o seu namorado?

Eu queria morrer àquela hora, havia me esquecido completamente sobre esse pequeno detalhe. Eu comecei a gaguejar e a ficar vermelho de vergonha, mas mantive o controle.

Eu – Não! Esse aqui é um amigo.

Carlos – Que tipo de namorado deixa você sair com outro cara?

Eu – Eu não devo satisfações sobre a minha vida para você, Carlos. Você pode nos dar licença, pois está sendo inconveniente.

Pela raiva que via nos olhos do Carlos, era bem possível ele me bater naquele momento. Felizmente o Cristian interveio na situação, puxou o Carlos para o outro lado do bar. Eu estava extremamente constrangido parente o Felipe.

Eu – Desculpa Felipe! Essa situação foi extremamente desnecessária.

Felipe – Você é gay?

Eu – Sou! Me desculpe mesmo por fazer você passar por isso.

Levantei da mesa e fui em direção ao caixa para pagar, queria sumir daquele lugar o mais rápido possível. Fui surpreendido por um puxão no meu braço.

Felipe – Vai embora?

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Oi pessoal!!!

Sei que vou apanhar, só peço que não batam no rosto...kkkkkkkkkkkkk.

Aqui estou com mais uma parte do conto. Agradeço imensamente pelo carinho que sempre tive de vocês.

Agora conto com um parceiro para me ajudar a postar, um grande amigo aceito o meu convite \o/\o/\o/

Vou ficar devendo o agradecimento individual, pois estou me recuperando de uma crise de enxaqueca e tenho que evitar ficar muito tempo na frente do computador.

Bjos e abçs!

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Comentários

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Que bom que melhorou e postou:).Encantada com teu conto como sempre!Beijão e que Deus te guarde sempre.

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Que mara, o Carlos ainda gosta do Nando, tá na cara e com certeza vão ficar juntos, e desejo que o Carlos pegue o Nando de jeito na cama pra ele ver a firmeza de um macho e não deixa-lo escapar de novo.

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Maravilhoso como sempre. Se cuida, pois essas crises são horríveis, já fui parar muito no hospital por conta disso, pra melhorar só com tratamento, sono regrado e mudança de hábitos. Bjos e muita saúde!

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primeiro lugar se CUIDA, depois o conto, mas Deus esta ai pra ajudar, e nos aqui te esperando

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Você sempre compensa os sumiços com um texto excelente... Espero que com a ajuda possa retornar com mais frequência..

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Fico feliz que tenha postado, afinal sua história é incrível! Seu percurso na Casa dos Contos é muito bacana e fico muito feliz em poder ler seu conto. Grande abraço. Parabéns

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OMG! Ainda bem que voltou. Tava pra morrer. Continua rapido sil vous plait!!!

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Muito bom adorando seu conto desde a primeira vez qje li esse conto eu amei continua logo ansioso pela continuação

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Meu amigo mais enrolado voltou... kkkkkkkkkkk Brincadeira, sei dos motivos amigo... Vê se não demora tando para posto senhor Luca, se não vai ser tapa na cara... kkkkkkkkkkkkk Pá. Morri em 3,2,1. Beijo meu amigo preferido!!!

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