Você é certo, Mas acaba sendo o
Errado da História.
Alec escutava alguma música no seu tablet em volume baixo. Ele usava só um fone de ouvido, por isso, ouviu o som de risadas. Eram ELES. Os garotos do 3° Ano. No colégio Holly Spark, onde estuda, os concluintes dessa série costumam bater no 1° e 2° ano do ensino médio.
Na velocidade de uma bala, Alec guardou o aparelho com cuidado na mochila, envolto a um isopor. Só deu tempo pra isso. Uma dúzia de garotos parrudos aparecem, gritando e zombando de algo.
-Ó-Olha alí!! -Gansnou um menino ruivo sardendo e alto.
-Aah, vejam só se não é o mudinho... -Rosnou o mais imperativo entre eles. Ele se aproximou de Alec e fez um Bu! Sonoro, que ecoou pelos corredores. Alec se encolheu com o susto. Os garotos da parte rica do Brooklyn são conhecidos, não pelas aparências físicas, mas pela sua inteligência e coragem . E Alec? Ele... Bem... Não é reconhecido por nenhum dos dois. Na verdade, o menino auto considera-se estranho, por quê às vezes, quando alterado demais de tanta raiva, Alec torna-se algo totalmente assustador e diferente do que todos esperam. Na verdade, só algo realmente ruim pode despertar isso nele.
-O que tá fazendo aqui, Mudinho? -Rosnou outro garoto. Eles chamam Alec desse jeito, por quê ele não expele uma palavra na frente desses garotos. -Responde!! -Berrou.
-Alec! -Cameron Apareceu no mesmo corredor ele andava apressado em direção do amigo.Came é do 2° ano, por isso tem que deixá-lo durante as aulas.
Os garotos do 3° ano agarram Cameron e o imobilizaram até que ele ficou quieto, depois de muito trabalho.
-Ah, Alec... -Rosnou o garoto -Esse é seu nome? -Alec continuou em silêncio absoluto -Responde, Porra!!
O que Alec aprendeu, foi que, quando um agressor grita com você, se quiser ficar vivo, FIQUE QUIETO!
-Ah, não vai responder?! -Ele foi até Came, que se contorcia pra fugir e o socou no estômago. As forças de seu amigo pareceram se esvair. Cameron amoleceu nas mãos dos garotos, enquanto apanhava sem forças pra resistir.
Uma fagulha se acendeu na mente de Alec, que berrou e tentou soltar o amigo, mas foi empurrado de volta com facilidade. Aargh, que ódio!! Que ódio dá ser tão pequeno e fraco. Essa fagulha cresceu, sendo alimentada pela raiva e apoderando-se da sua alma. Alec sentiu seu sangue ferver como fogo, antes de ouvir uma voz em sua cabeça... Não... Lá estava... (Cëla) O seu lado ruim... Usando sua voz, o seu corpo, ocupando o corpo de Alec.
-SOLTA ELE... -Seu corpo tremia convulsivamente, de raiva. Os meninos riram e zombaram:
-É um milagre, o mudo aprendeu a falar!!
Foi a gota d'àgua. Alec acertou o nariz do ruivinho piadista e satisfazeu-se em ouvir a cartilagem nasal sendo rompida.
-Arh... -Grunhiu o garoto ruivo, gemendo de dor e caindo no chão, com sangue escorrendo pelo nariz.
-Mark! -O metido a líder tentou ajudar, mas o garotinho magrelo, da qual ele se livrou facilmente antes, lhe acertou um violento chute no estômago e sentiu seu peito sendo pisoteado, após cair. Alec ainda acertou um chute na virilha de outro, mas o resto dos covardes fugiram, morrendo de medo. Os três que sobraram, se encolhiam de medo num canto. O fogo que queimava o sangue de Alec, pareceu estar se dissipando.
-NA PRÓXIMA, EU MATO VOCÊS!! -Berrou Alec, enquanto eles corriam pra longe do corredor e do colégio.
Cameron sabe desses ataques de Alec. Na verdade, foi o único amigo que não saiu correndo, quando descobriu que seu melhor amigo poderia quebrar seu pescoço, com uma força esquisita que vem de sabe-se-lá-onde.
Depois de ir embora, Alec o levou até sua casa e o ajudou -depois que Came tomou um banho sozinho e saiu do banheiro de cueca e calça - a passar pomada e dar analgésicos.
-Foi muita sorte minha ser seu melhor amigo. -Gargalha Cameron. -Quase fui massacrado, lá no colégio.
-Eu que sou um idiota. Não teria conseguido te ajudar sem o meu reflexo (assim que ele chama o tal de Cëla. Alec ao contrário).
-Eles não vão deixar barato, e vai sobrar pra mim -Disse Came.
-Pra mim, você quer dizer, né?! -Sugeriu Alec. -Eu que bati neles.
-Por minha causa. -Came tentou rolar, mas acabou berrando de dor -Acho que não consigo ir pra atividade recreativa, hoje. -As atividades recreativas, são aulas complementares à tarde. Alec faz arco e flecha e Came esgrima.
-Bem, nos vemos de noite, então. -Alec abraçou de leve o amigo e foi pra casa, onde seu pai ainda dormia. Ele o ajudou a tomar banho, depois providenciou o seu almoço . Comeu
um pouco, de voltar para o colégio. Lá, a aula transcorria normalmente, até que a secretária do diretor Jaff o chamou em sua sala. Chegando lá, as palavras de Came ecoaram em sua mente:
"Eles não vão deixar barato, e vai sobrar pra mim."
"Pra mim, você quer dizer, né?! Eu que bati neles."
A mãe dos Três garotos estavam na diretoria, soltando fogo pelos olhos, ao fuzilar Alec num olhar.
-Tem certeza que foi... Esse aí? -Perguntou uma ruiva de olhos verdes, concerteza mãe do ruivinho encrenqueiro. Os três garotos estavam encolhidos atrás de suas respectivas mães. Alec lembrou do que aconteceu quando ficou descontrolado. Aquilo acontecia cada vez mais. E isso lhe assustava. Ele fica tão selvagem e assustador que não "se sente Alec" , se sente como Shulåãn (tradução de Cëla).
-Sim, Sim!!! Foi ele, esse aí!!! -O ruivo estava com o nariz enfaixado, o líderzinho de merda estava contorcido e o último, estava com as pernas abertas. Alec gargalhou por dentro, ao presenciar a cena. As mães olharam confusas para Alec e para os filhos, concerteza se perguntando como um garotinho ridículo e fracote, pôde derrubar três garotos enormes como aqueles.
-Mãe!! -Gritaram. Elas voltaram a ficar sérias e irritadiças.
-Esse garoto é um agressor!!! -Disse uma delas, com uma voz autoritária -Violentou nossos filhos sem razão alguma!!!
"Essa é a mãe do chefinho da máfia do 3° ano" -Pensou Alec.
O Diretor Jaff pensou por um momento e disse com a voz moderada.
-Vamos ouvir primeiro, o que o Sr. Alexander tem a dizer.
Alec arregalou seus enormes olhos castanhos e torceu o nariz. Seu nome lhe irrita. Tanto quanto sua falta de controle sob sua raiva.
-Alexander? -A voz do Diretor Jaff lhe tirou de sua zona de raiva inoportuna. Alec sentiu as bochechas queimarem enquanto falava:
-Não foi culpa minha. -Ok, para os órgãos do colégio e até para os alunos, essa é a desculpa mais esfarrapada da terra.
-Explique o porque de não ser a sua culpa -Pediu o Diretor. Alec respirou fundo e falou, sentindo suas bochechas queimarem em fogo, cada vez mais.
-Eles odeiam os alunos do 1° e 2° ano. E batem na gente. Eles bateram em meu amigo, pra me fazer falar, por quê sempre que me provocam, eu fico quieto. Espancaram meu amigo Cameron Shang White, que não compareceu... -Dói lembrar do sofrimento do amigo. -Por quê os três, mais outros três garotos o espancaram e eu sei Karatê e só queria ajudar ele. -Uma lágrima sincera saiu dos olhos do menino -Teria sido muito pior se eu não houvesse feito isso à tempo.
O Diretor, ligou para a casa de Cameron, para confirmar a história e se depararam com p Sr. e a Sra. Shang White, que berraram vários xingamentos em mandarim e garantiram processar os seis garotos que ajudaram a bater em seu filho.
-Então... Isso explica o fato de o Sr. Alexander ser tão violento, não acham, senhoras? -Perguntou o Diretor, diligente.
As mães, agora olhavam feio para os filhos. Alec sabia que o que havia feito era errado, por isso tentou.
-Com licença, senhoras... -Elas o encararam. -Prometo nunca mais agir assim com seus filhos. Peço desculpas e espero que entendam...
-Tudo bem, menino. -A autoritária ronronou -Você estava certo.
-Mas só pra ser justo, uma assistente social vai ir em sua casa, conversar com seu responsável, Sr. Alexander.
Alec sentiu como se o chute que ele havia dado mais cedo tivesse sido direcionado à ele. Não!!! Se forem em sua casa, vão descobrir que ele cuida do pai, mal tendo idade pra cuidar de sí!!!
Alec apenas assentiu e saiu da sala. No resto da aula, acertou tão violentamente os alvos de feno, que o professor o passou para alvos de madeira. Alec é muito bom com arco e flecha. Principalmente acertando alvos. Essa é uma das coisas que ele mais gosta. Quando voltou da escola, deu o jantar à seu pai que come cedo e esperou que ele dormisse, para poder ir à casa de Cameron, onde contou sobre seis garotos que nunca mais iriam bater em ninguém.
-Nooossa!!! -Came deu uma risadinha contida -Eu tinha que ter visto!!! Duas surras num dia!!
-Foi ilário!! -Alec deu um sorrisinho com sua boca pequena. -Apanharam das mães na minha frente.
-Por quê não usou a droga do tablet, pra gravar?! -Brincou Came.
-Por quê eu não queria perder nenhum movimento das mamães enfurecidas - Parte 1.
-A vingança está só começando... -Brandiu Came, berrando de rir, mas se encolhendo com dor no corpo, em resposta à dor que sentia.
-Mas tem um porém... -Alec estava trêmulo. -Vão mandar uma assistente social na minha casa, pra "conversar" com meu responsável.
Os olhinhos repuxados de Cameron se arregalaram o máximo o possível, ao ouvir isso.
-Ah, Alec... -Ele forçou o corpo até sentar na cama, para dar um abraço de apoio no amigo. -E... Ai! -Alec colocou um travesseiro atrás das costas de Cameron -Obrigado. E como você vai fazer isso?
-Eu não sei... -Alec já estava começando a se assombrando com a possibilidade de perder a única pessoa de sua família que conhecia. -Eu vou ficar sozinho e vou ser mandado pra um orfanato e papai num hospício.
-Não... -Came abraçou o amigo com força. Alec não se abala com quase nada. Pode ser torturado, xingado, maltratado e até violentado... Até mexerem com seus entes queridos. Aí ele desmorona. -Alec. Deixa meus pais ajudarem você...
-Não, não, NÃO!! -Alec pulou da cama e apontou pra Cameron. -Não quero ajuda nenhuma!!
-Deixa de ser orgulhoso...
-Os remédios são muito caros, mas eu dou conta... -Alec já sentia vontade de correr até a farmácia e comprar aspirina -É que as vezes... É muita...
-Pressão psicólogica. -Completa Cameron. Alec assentiu. Came pensou no risco que Alec estava correndo por causa dele. -E pra quê uma assistente social?
-O Diretor Jaff disse que a influência dos pais ou a repressão deles, pode fazer com que nos tornemos violentos e acabamos guardando esse rancor e descontando em outro -Alec avaliou essas palavras -Eu que sou maluco mesmo. Meu pai é o melhor exemplo desse universo.
-Vamos dar um jeito, Alec. - Came apertou a mão do amigo. -Você faz besteira sozinho, por isso eu sempre vou estar aqui pra impedir suas burrices!
- Ha Ha Ha... Muito engraçadinho. -Alec dá um peteleco na testa de Cameron -Obrigado. Você é o melhor amigo do mundo.
-Eu sei!! -Cameron sibila, num tom metido -Obrigado. Você também é insubstituível.
Os dois amigos desceram até a sala pra assistir um filme, enquanto ambos maquinavam um plano, pra manter tudo na paz e no sossego.
Espero que estejam gostando!! E quero agradecer ás pessoas que me deram um voto de confiança:
finhaaa3,geomateus, Ru/Ruanito, Trick s2 , Perley & Rafaah. Aqui tá outro capítulo e Trick, seu espertinho, não tente prever o que não foi escrito ainda e pro seu desprazer, Alice é mãe de o(utra pessoa, e não é Alec. (Se lascou><)
Qualquer dúvida, gente. PERGUNTE! Terei o prazer de responder.
Os mais carinhosos o possíveis
Abraços Do Came;)
