Poucos aceitam o fardo da
própria vitória; a maioria desiste
dos sonhos quando eles se
tornam possíveis.
- Paulo Coelho
***
Meu amigo da faculdade – História Real 26
O beijo do Victor era diferente do beijo do Nando. Era mais calmo, tranquilo.
Nos beijamos por mais alguns segundos até nós percebermos o que estava acontecendo. Nos afastamos e nos olhamos. Eu fiquei sentado em um canto da cama e ele no outro. O silêncio reinava até ele quebar o silêncio.
- Paulo... Me desculpa. Eu não devia... O que o Nando vai...
Eu me levantei e olhei para ele.
- Não! A culpa não é sua. Eu retribui o beijo. Victor eu não tenho mais nada com o Nando. A gente terminamos. E outra... eu sei o que você está passando. Então vamos deixar as coisas como estão. Ok? Somos amigo. Você é mais que um amigo. Somos irmãos. Eu te amo muleke. - Falei e o abracei.
Ele me abraçou de volta.
- Obrigado. Paulinho. Eu te amo também.
Nós conversamos mais um pouco e depois fomos dormir.
***
Quando acordei no outro dia o Victor não estava mais na cama. Eu levantei e entrei no banheiro e dei de cara com o Victor sem roupa se enchugando.
- Nossa! Desculpa Victor. Eu não sabia que você estava no banheiro. Pensei que estava la embaixo. - Falei me virando de costas para ele enquanto ele enrolava a toalha na cintura.
- Sem problemas Paul. Somos homens. Não tem que ter essas frescurar. Eu sei que ei sou um posso de tentação. Mas se controle.
- Humilde e modestro são seu sobrenome.
Falei e rimos.
Ele saiu do banheiro e foi se vestir enquanto eu tomava um banho e fazia minha higiene pessoal.
***
- Victor não foi porque a gente terminou que você precisa se mudar para a casa do Paulo. - Disse o Eduardo olhando do Victor e depois para mim.
Depois que nós tamamos café o Victor pediu para ficar na minha casa por um tempo e eu concordei.
- Eu só estou lhe dando o tempo que você me pediu. - Falou o Victor e entrou no quarto para pegar algumas coisas.
O Eduardo me olhou e falou:
- O que o Nando acha de tudo isso?
- O Fernando não acha nada. Porque ele não sabe e não intessa a ele. A gente terminamos.
- De novo? Olha vocês...
- Eduardo...? Não. - interrompi ele. - Não fale nada. Não quero estragar a nossa amizade. E outra você está fazendo o Victor sofrer muito. E isso me doi. Ele e você são meus amigos e não quero ficar entre os dois.
- Ok. Eu não vou falar nada. Você quem sabe. E eu queria lhe falar uma coisa.
- Pode falar.
- É meio particular. - Falou ele.
Antes dele falar mais alguma coisa o Victor reapareceu na sala com duas malas.
- Vamos?
- Vamos. Falei.
- Vik. Você sabe que não precisa fazer isso. A casa também é sua.
O Victor olhou para o Eduardo, mas pareceu desistir do que ia falar e saiu passando por mim e cruzando a porta.
- Tchau Eduardo.
- Paulo? Precisamos conversar....
- Depois Edu. - Falei e sai acompanhando o Victor que esperava o elevador chegar.
***
A noite fomos para a faculdade e encontramos a galera. Ficou um clima estranho entre nós. O Edu não estava mais o Victor e eu com o Nando.
As aulas do semestre corriam normalmente. O Victor hospedado lá em casa e cada vez nós estavamos mais próximos. Mas estavamos só na amizade em consideração ao Nando e o Eduardo, mas claro que estava rolando algo entre nós. Um afete maior.
***
Era uma sexta e eu tinha que entregar um livro que eu peguei na biblioteca e resolvi chegar mais cedo. Fui entregar o livro e fui ao banheiro. Eu entrei no box e começei a urinar.
Depois de alguns segundos eu ouvi a porta do banheiro abrir e duas vozes conhecidas preencherem o recinto.
- Isso já está fora de controle Eduardo. - Falou o Nando.
- Mas o que nós podemos fazer? - Perguntou o Eduardo.
- Isso... - As vozes sessaram, mas a porta não abriu. Eu achei estranho e sai do box.
Me deparei com o Nando e o Eduardo agarrados se beijando encostados na porta do banheiro. Eu não acreditei no que meus olhos me mostravam. O Edu meu amigo e o Nando meu ex se beijando? Eles não notaram a minha presença até o Eduardo abrir os olhos para empurrar o Nando para que ele ficasse encostado na porta. Então ele me viu de braços cruzados olhando para eles. O Eduardo ficou me encarando e o Nando ainda não tinha me visto porque estava de costas para mm. Olhou para o Eduardo e falou:
- O que foi? - Perguntou ele se virando para seguir o olhar do Eduardo.
Ele me vi.
- Paulo? - Falou ele em uma voz engasgada.
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Primeiramente eu quero pedir mil desculpas pelo sumiço. É que eu passei por problemas familiares e de saude nesse último mês. E depois da formatura não tiver tempo para mais nada. Recebi vários emails perguntando o que houve. Foram problemas pessoais e com o relacionamento, mas que já amenizaram e a correria que eu estava para montar o escritório. Mas enfim estou aqui como prometi a algumas das pessoas que eu respondi. Me desculpem mesmo. Eu tentei postar aviso mas não consegui. Espero que me entendam. Eu amo vocês e jamais abandonaria vocês sem dá uma satisfação. Vocês são meu ponto forte. Vou tentar postar domingo outro capítulo. Não prometo, mas vou tentar.
Abraço a todos e qualquer dúvida mandem email pauliinho.melopm@gmail.com
Beijão até domingo.