Foi Assim ... III

Um conto erótico de Nando Mota
Categoria: Homossexual
Contém 1199 palavras
Data: 03/06/2014 00:33:40
Última revisão: 04/06/2014 21:59:49

A noite estava agradável e alguns amigos dos dois estavam em grupos separados. Evandro Torres nunca havia se assumido e por conta disso tinha um comportamento mais livre em relação a paqueras e amassos. Quando Beto voltou do banheiro e ficou mais uma vez na mesa dos amigos que sabiam de sua relação com o sargento, viu quando o mesmo beijou e garrou uma loura que já havia ficado com ele em outras oportunidades. O sangue do garoto gelou. Alguns amigos olharam pra ele automaticamente e ele ficou muito envergonhado com toda a situação e resolveu ir pra casa mais cedo do que esperava.

Apesar de estarem juntos ha quase cinco meses praticamente só a família de Beto e alguns de seus amigos mais chegados, sabiam da existência do relacionamento dos dois.

No inicio Beto não dava muita importância a isso, agora depois de alguns meses, essa mesma situação começou a lhe deixar pensativo, não com ciumes. Teria que conversar com o seu fortão assim que tivesse uma oportunidade, que com certeza não passaria de hoje.

Beto chegou sozinho em casa e muito puto de raiva dele mesmo por ter deixado isso acontecer e nunca ter tomado um atitude antes. Ele acabara de entrar em casa quando seu celular chamou por volta das duas da madrugada:

_ Onde você esta lindão?

_ Em casa. Foi tudo o que conseguiu dizer. Seu corpo estava gelado e seu coração pararia a qualquer momento.

_ Como assim em casa? Você saiu comigo e era pra voltar comigo. O tom de raiva do militar já começava a ser demonstrado.

_ Não dessa vez Evandro. E acho que não haverá outra vez .

_ Que papo é esse de não dessa vez? Tô já chegando aí. E a ligação foi cortada.

Nada mais a fazer senão esperar para ver no que essa conversa iria dar. Nunca teve medo de enfrentar seus embates. Terminou de se trocar e sentou no pequeno sofá da sala. Dez minutos depois a porta abriu e Evandro já sem a camiseta que havia vestido, entrou na sala e deu de cara com o seu lindão.

_ O que foi dessa vez? Por que você saiu e me deixou lá sozinho?

_ Sozinho? você tem certeza que estava sozinho?

_ Quando estou sem você por perto me sinto sozinho. Acho que você adora estragar o prazer das pessoas. Puta que pariu lindão, assim não dá.

_ Qual prazer estraguei hoje, o seu ou o daquela loira que estava agarrada a você enquanto sua boca grudava na dela?

_ Aquela lá não representa nada pra mim. Tô com você rapaz, será que não deu ainda pra enxergar isso?

_ Ah, você tá comigo? Em que momento você insiste em dizer que tá comigo? Quando estamos aqui no apartamento? Quando a gente trepa? Quando vou a uma praia o mais longe possível da civilização em sua companhia para que seus amigos não encontrem a gente? Ou será que você esta comigo só por que ainda não se decidiu pra que lado correr?

_ Cala a porra da tua boca. Nunca mais fala assim comigo, ouviu bem?

E Evandro partiu pra cima de Beto cego de ódio. Entre murros e tapas de mão aberta Beto não precisou a quantidade certa que levou. Com certeza bateu muito também, só que o sargento era mais treinado e sua força era maior.

Quando a pancadaria terminou uns vinte minutos após começar, Beto estava bem machucado e Evandro tinha apenas um sangramento acima do olho esquerdo e uma mão inchada, de tanto dar porrada.

_ Era isso que você queria? Então fique satisfeito. Nunca mais falte com respeito a mim seu bosta. E coloca uma coisa na sua cabeça, ninguém representa nada pra mim, só você, ouviu bem? Eu posso ter quem eu quiser, foder quem eu quiser, sair de braço dado com qualquer mulher do planeta, mas só você importa na minha vida. Deu pra me ouvir agora? Você é meu. E vai ser sempre meu.

_ NÃO, NÃO SOU SEU, NÃO QUERO MAIS SABER DE ESCONDERIJOS E MENTIRAS. BASTA CARA. OU VOCÊ ME ASSUME COMO A PESSOA QUE VOCÊ MESMO DIZ QUERER OU É MELHOR A GENTE SEGUIR SOZINHO POR AÍ. NÃO VOU MAIS ACEITAR ESSA VERGONHA DE SEMPRE VER VOCÊ COM ALGUMA MULHER, SÓ PORQUE VOCÊ NÃO TEM CORAGEM DE DIZER QUE NAMORA OU VIVE COM OUTRO HOMEM. Beto gritou tudo isso na cara do sargento.

Seu pescoço foi agarrado pela mão firme do militar que se aproximou bem do rosto machucado do garoto e apenas disse:

_ Nada vai mudar. Nem tente mudar nada. Será melhor pra nós que você pare com essa rebeldia passageira. Enquanto Evandro falava essas coisas para beto, sua mãos apertava mais e mais o pescoço do jovem que já estava quase sem ar.

_ Me mata, por favor me mata. Disse Beto. Acaba de uma vez comigo, pois não vou parar porra nenhuma. Já disse que cansei disso. Você teve a sua chance.

Evandro rapidamente largou o pescoço de Beto que tossiu um pouco recuperando o poder de sua respiração e olhou diretamente para a cara do militar que estava sem ação após ter ouvido tudo o que seu lindão havia dito.

_ Você não tá falando serio, esta? Perguntou Evandro.

_ O que você acha? Eu tô aqui sozinho com você. Você tem uma arma, é forte, sabe que pode me matar no momento que quiser. Faça isso, me liberte, porque não viverei mais uma mentira com você. Hoje foi demais. Você me humilhou pela última vez. Não tenho medo de você. Você não é meu dono. Esse apartamento é meu. Se não vai me matar, saia. Tô mandando, SAIA. Beto gritou a plenos pulmões.

Evandro teve medo das palavras de Beto. Nunca esperou que ele fizesse o que fazia nesse momento. Sempre pensou que o amor dos dois era verdadeiro, aberto, prazeroso. De repente ele disse:

_ Ciumes, é isso? Meu Deus lindão, você ta com ciumes daquela loira? E começou a rir. Algum tempo depois, notou que só ele ria dentro daquele apartamento.

_ Já mandei você sair da minha casa. Saí...

_ Olha lindão, assim que sair de serviço no começo da noite, passarei aqui e a gente conversa. O militar simplesmente pegou a camisa que estava em cima do sofá e saiu.

" Se ele pensa que vamos continuar qualquer tipo de conversa logo mais à noite, ele esta muito enganado", foi tudo o que Beto pôde pensar. Trancou a porta, afastou o pesado sofá até a mesma e se trancou em seu quarto. O sono não veio até quase amanhecer. Ele se sentia muito mal e estava sentindo dores em todo o rosto.

Ligou para um amigo, precisava de ajuda.

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Apesar de não ter entendido bem o teu comentário Priincesiinha Cat, valeu pela força. Quem é MIKE?

Obrigado a você esperança por ter me feito ver que o melhor a fazer é seguir em frente.

Geo Mateus, você eu já conheço, pois sempre comentava os contos do Guilherme, acho que você era um dos fiéis. Muito tocante o teu comentário. Que bom saber que você esta adorando.

Obrigado a vocês do fundo do coração.

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Comentários

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na minha opinião o beto faz bem em terminar com esse troglotita do evandro.pois viver uma escondido não dà

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Legal!!!! o que vai acontecer com o Beto e o militar enrustido?

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Um típico enrustido,pior espécie de gente.melhor ser feliz com a pessoa que é verdadeira.

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Nando, acabei de ler o seu conto, parabens pela homenagem feita, continue o conto, estou amando o Beto q diante da humilhaçao por parte do Evandro, deixou de ser passivo e deu um basta, q esta motivaçao o acompanhe nesta nova fase e quem sabe um certo e charmoso fotografo de mais valor e amor ao nosso lindao. Força sempre. Bjs

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Descobri seu conto hoje e estou adorando, uma homenagem mais do que digna, não desista, pois talento você tem. Enfim, espero que possa continuar logo, aliás você tem alguma ideia da regularidade das postagens? Por fim, abraços e fique bem!

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