Olá gente, aqui estou para mais uma publicação. É verdade que eu deveria vir só no próximo final de semana, mas eu li os cometários e não resisti. Fiquei feliz de saber que a desertora (diretora) não foi esquecida, e percebera que foi Kinock quem realizou o desejo do Lucas, é, ele pode fazer essas coisas, mas se ele está ciente da influencia do Lucas sobre o Rafael, bem isso é outra história, logo vocês vão saber. Digo apenas uma coisa, a sociedade é muito mais complexa do que preto no branco, ha varias variáveis e variantes e no mundo do Rafael não é diferente.... Espero que aprecie a leitura. Ao conto!
Parte 17
Rafael – olha, terei de ir agora, mas eu volto amanhã para conversarmos mais, está bem?
Eu – tudo bem.
Ele se aproximou de mim e me deu um abraço forte. Eu percebi que gostava de abraçar ele e de sentir o cheiro dele. Depois de nos despedimos ele foi embora rápido, nem tive tempo para acompanhá-lo. Não muito mais tarde, dormi profundamente e feliz por ter compartilhado minha tarde com o Rafael.
Na manhã seguinte quando cheguei à porta lembrei de que eu deveria ter passado na casa da Ana ontem à tarde. Ela estava me esperando na entrada com uma cara de quem esteve chorando.
Ana – Lucas, temos que conversar.
Lucas – olha Ana, eu esqueci completamente que eu ia na sua casa ontem...
Ana – não precisa explicar, uma garota sabe quando acaba.
Lucas – Ana...
Ana – não, não te problema. Desde o começo você me trata como uma amiga e não namorada, eu tinha esperança, mas não dá mais.
Lucas – ... Desculpe... – O que eu poderia dizer?
Ana – podemos ser amigos certo?
Lucas – certo – então nos sorrimos um para o outro e demos um abraço. Esse era o motive de eu gostar da Ana, ela era boa e pura, não era inimiga de ninguém. O cara que tivesse o coração dela seria muito feliz.
Quando eu dei aquele abraço nela eu senti alguma coisa esquisita, novamente aquele problema da memória. O resto do dia conversamos e combinamos de sair de noite, só ela, o Timóteo, e eu. Quando acabaram as aulas eu fui caminhando para a saída e lá na porta, do mesmo jeito que ontem, ele estava lá, o Rafael. As pessoas passavam longe dele, como se ele estivesse apontando um lançador de mísseis para qualquer um que ousasse se aproximar. Como da última vez ele abriu um enorme sorriso quando me viu e foi me abraçar.
Rafael – Lucas, que bom que você já apareceu, vamos?
Eu – pensei que você ia lá em casa.
Rafael – eu vou, quer dizer eu posso ficar para o almoço?
Eu – claro que pode, mas porque você veio por aqui primeiro?
Rafael – para você não ir sozinho, vamos, eu te levo.
Dessa vez fomos mais lentamente, ele me contou algumas coisas, meio sem sentido, mas à hora eu achei muito engraçado. Quando cheguei em casa minha mãe não estava nem meu pai. A empregada já havia feito o almoço, então eu só tomei um banho e fomos comer. O Rafael era muito engraçado... Pelo menos eu achava, pois ria de todas as ‘piadas’ que ele fazia, com gosto.
Rafael – você vai fazer alguma coisa hoje?
Eu – não... Quer dizer, meus amigos me convidaram para tomar um sorvete.
Rafael – eu posso ir junto?
Eu – acho que sim, eles não vão se incomodar.
Rafael – só terei que ir em casa buscar uma roupa mais apropriada e pegar o carro.
Eu – você tem um carro?
Rafael – tenho...
Eu – espera. Lembrei que você não mora nessa cidade, o que você veio fazer hoje aqui? E a escola, se você veio resolver algo de manhã e fica comigo o aresto do dia que horário você estuda?
Rafael – calma... Eu estudo de manhã e saio antes de acabar o último horário então dirijo até sua escola. Não se preocupe, minhas notas são impecáveis, eu ‘convenci’ os professores a me liberarem.
Eu – por que você faz isso?
Rafael – porque eu gostei de você e queria te conhecer melhor... Quer dizer, eu não tenho muitos amigos.
Eu – espera... Você dirigi todos os dias até aqui só para me ver – no fundo eu estava gritando de felicidade por ele gostar tanto de mim, mas ao mesmo tempo eu me perguntava o quanto ele realmente gostava de mim e o quanto eu gostava dele. Pensamentos que eu evitava pensar.
Rafael – é ... Mais ou menos isso...
Eu ri e acho que fiquei um pouco vermelho. Nós conversamos bastante e ele me contou algumas histórias bem engraçadas. Ele me contou uma história de uma fada que acabou com os planos de um empresário da nossa região destruindo todos os tratores que se aproximavam da floresta. Ele disse que ela se disfarçava de ambientalista.
O Rafael inventava cada história, eu amava ouvir as histórias dele, principalmente as que ele voava. Logo que ele me encontrou no portão,esta manhã, e nossos olhos se cruzaram eu senti medo, um forte medo de nada em particular, mas depois passou.
Combinamos de nos encontrar as sete, na sorveteria que ficava perto da casa da Ana, não muito longe da minha casa. As cinco o Rafael foi se prepara e disse que passava depois para me pegar. E nós íamos juntos. Após ele sair eu comecei a me preparar. Cortei as unhas, tomei um banho bem demorado. E passei quase uma hora escolhendo minha roupa. Mais ou menos as quinze para as sete eu estava pronto. Liguei para a Ana e ela me disse que eles já estavam chegando (o Timos passou na casa dela e eles estavam indo juntos), apenas faltava eu e o Rafael chegarmos. Fui para a sala esperar o Rafael. Minha mãe estava estatelada em uma poltrona.
Maria – oi filho – ela percebeu que eu estava arrumado e me olhou de cima a baixo – nossa para onde você vai?
Eu – sair com uns amigos...
Maria – sei, você não sai assim há muito tempo, se você não estivesse namorando eu diria que é um encontro.
Eu – não, não é um encontro, vai a Ana, o Timos e o Rafael. Nos vamos só tomar um sorvete. A propósito, eu terminei com a Ana, mas nos agora somos Amigos.
Maria – seu pai tinha razão, o acampamento fez maravilhas para você, não tem gritado de noite, ou você está tomando mais remédios?
Eu – na verdade eu parei com os remédios dês de que eu voltei.
Maria – isso é uma boa notícia, você deve estar superando seja lá o que provoque esses pesadelos.
Nesse momento eu ouvi uma sirene e, logo após a campainha tocou e meu coração apertou...
Continua...
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