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O Urso, A Cobra e A Prova.
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No Castelo*Numa catacumba, onde ninguém jamais poderia imaginar que estivesse localizada no Castelo, o Príncipe Vermelho, Overt, Dlog e Ás e as bruxas se reuniram, segundo a suas ordens para presenciarem o que claramente acontece com quem ousa desobedecer as ordens dele.
-Miserável -Rosnou o Príncipe, num horrendo som gultural, acertando outro soco na cara dele. A sua mão esquerda, com que estava batendo, esfolou-se de tantos socos que deu e isso lhe deixou feliz, por quê o seu braço direito têm mais força que o outro. -Você é o que mais me desobedece, não é?!
Ele cuspiu uma bolota de sangue negro no chão. Com todos aqueles impactos, seu tampão de olho estava saindo do lugar.
-Responde, Valete!! -Berrou O Príncipe, depositando um soco tão cheio de fúria no Valete, que seu maxilar estalou -Eu mandei matar o garoto loiro, você quase mata Alec, eu mando você entregar pessoalmente o Arco e As Flechas à Alec, você atira a arma pelo ar.
-Vossa Majestade... Creio que tudo isso não seja necessário... -Intervém Ás.
-É sim. -Os olhos de sangue do Príncipe marcam o Valete -Eu já arranquei um olho seu pela desobediência. Eu posso arrancar o outro, ou então te castrar dessa vez, quem sabe assim, você aprende a entender o que eu mando.
-Me perdoe, Vossa Majestade... -Pede o Valete, con uma voz rouca e fraca.
O Príncipe deposita um último golpe nele, e o deixa cair.
-Dessa vez... Mas na próxima, você morre.
Ás foi o único que ficou. Overt, Dlog, As bruxas e o Príncipe foram cuidar das obrigações do Torneio de Sangue, que havia começado.
-Ás... -Gemeu o Valete, sentindo cada centímetro de seu corpo doer.
-Tô aqui... Uem Roma (Meu Amor). -Ele deu um beijo de leve nos lábios do Valete. Tirando a cicatriz vermelha e o olho que ele não tem, o Valete é lindo -Vou cuidar de você...
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No Torneio de Sangue..
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Uma tormenta... É isso que é esse maldito Torneio... Já se passaram 3 dias e até agora, Alec não vira nem sequer a sombra de água. Seus lábios passavam do pálido normal. Agora estavam rachados e a cabeça dele estava dolorida e nem suar mais ele conseguia. Mais cedo, naquele dia, Alec havia conseguido escalar desajeitadamente uma árvore, à tempo de não ser devorado por uma matilha de lobos selvagens. Ele estava louco de ódio de Tsol. Ele havia se tributado a ir para este inferno para mostrar que iria pagar , por tê-lo mandado pra lá também, mas agora estava pensando seriamente em matar ele na primeira oportunidade que tivesse.
Depois daquela vez, Alec esbarrou com Tsol de novo e ele estava com uma adaga de aparência mortífera em mãos, então ele teve que se enfiar num arbusto pra se econder... Um arbusto de hera venenosa! Ótimo, agora ele estava com os braços doendo e ardência nas costas, tudo resultado da Hera Venenosa esquisita do Torneio.
-Ahr, não aguento mais! -Alec até choraria de frustração, mas não há água nenhuma no seu corpo e não iria dar aos olhos de Balrog, o gostinho de vê-lo chorar.
Ás 16:19 da tarde, - segundo o tablet de Alec, que graças aos céus, tinha um carregador solar - Alec já, praticamente, se arrastava pelo chão lamacento e cheio de folhas secas amarronzadas e laranja Da floresta. Seu corpo todo queimava e ardia e sua cabeça alfinetava de dor. Um inconfundível barulho de correnteza atravessou os seus ouvidos. Ele começou a respirar pesado e engatinhar desesperado em direção ao som. Sim! Era água!!! Água fresca!!!! Alec primeiro, só viu o brilho da água e quando se aproximou mais, viu a água cristalina e reluzente. Ele não pensou duas vezes. Enfiou a cara na água e engoliu dois goles enormes, antes de retirar o rosto de lá, sem ar. Um rastro de sujeira saiu de seu cabelo, e ele lembrou de quanto estava sujo...
-Vou tomar um banho, tô nem aí! -Alec ficou só de cueca e pulou na água. Pegou na mochila, um sabonete e se esfregou todo. A água é gelada e refrescante, perfeita para agora.
Depois de vestir uma roupa limpa, Alec comeu alguns biscoitos e encheu uma garrafinha verde metálico com água e bebeu todo seu conteúdo e bebeu de novo, até não aguentar mais água nenhuma. Quando ia levantar, Alec sentiu um fungo quente no seu pescoço. Ele arregalou os enormes olhos castanhos e olhou pra trás, onde um urso de pelo marrom, berrou
ferozmente na sua cara e bateu a pata no chão. Mas quando fez isso, acertou a perna de Alec -bem na canela - em cheio, fazendo o menino arquejar de dor. Nossa , parecia que haviam tentado decepar a sua perna! O urso, raivoso por Alec não agir fisicamente ao seu ataque, levantou a pata para acertá-lo, mas então, berrou e saiu correndo até a frente, onde caiu no chão.
Alec se aproximou para ver melhor e havia uma coisinha se arrastando por cima do pelo marrom. Era azul, fininho e brilhante.
Uma cobrinha. Os olhos dourados piscaram pra ele.
-Sou Amigo, não se preocupe -Shulåãn disse em uma linguagem esquisita e.sussurrada à cobrinha -Pode confiar em mim. -Alec não sabia se seu contrário estava tentando lhe matar, mas estendeu o braço e a cobrinha esfregou a cabeça em sua mão, quase como um gato, querendo carinho. Ele abaixou mais ainda a mão e a cobrinha serpenteou o braço dele se acomodou em seu ombro.
-Bem, você merece descanso, depois de salvar minha vida. -Apoiou Alec.
Então, -Mesmo sabendo que não iria conseguir - Alec tentou levantar, mas caiu no chão berrando de dor. Parecia que estavam decepando sua perna e a dor foi tanta que ele chorou.
-Tenho que lavar isso. -Ele arrastou a perna até o rio de água cristalina e colocou a perna lá dentro. Seu berro deve ter sido ouvido à 10 metros dali. Ele estancou o sangramento e enrolou uma camiseta de algodão preta em volta dela, por via das dúvidas. Havia um aglomerado de arbustos em volta de uma árvores. Um aglomerado bem grande. Já que estava impossibilitado de andar, seria melhor se esconder. Ele se agarrou à sua garrafinha de água e se arrastou até o seu canto, quase desmaiou de tanta dor. Depois, ele abraçou os joelhos e chorou de dor. Aquilo é insuportável e pode ser que nunca sare. E se tiver que amputar a perna?!
Depois de algum tempo, Alec desmaiou de dor, mas ficou com medo que o sangue não parasse de fluir.
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No Castelo...
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O Príncipe não podia acreditar... Ele pensava que ia morrer, vendo Alec passar por isso.
Esse garoto da terra é tão bonito e apaixonante e ele quase o beijou, se não fosse aquele pebleu intrometido do inferno que o empurrou no chão... Uuuh, ele ainda iria pagar caro por se intrometer nos seus assuntos!! Mas por ora, outra que seria alvo de sua raiva. A bruxa. Ela fez mal a Alec e ele não iria permitir que ninguém tocasse um dedo sequer nele.
Perder Alec, seria como perder o próprio ar que respira. E ele não o queria perder...
DE JEITO NENHUM.
As bruxas e A Ordem Armada que comandam os problemas no Torneio. SIM! Tudo de ruim que acontece às pessoas, é sugestão da Ordem Armada ou das bruxas.
O Príncipe tomou de um súdito, um balde de água, que ele usava para limpar o chão. Então o Príncipe andou determinado até a Sala Da Visão, onde ficam os olhos de Balrog e procurou a bruxa por todos os cantos da sala, até a encontrar numa beirada. O Príncipe andou até lá e sem pudor algum, derramou toda a água límpida sob a cabeça da bruxa, que berrou, enquanto a sua alma apodrecida era levada para o esquecimento eterno.
-Isso é por Alec -Essa bruxa, controla os monstros, feras. bestas e animais selvagens. Ela que mandou os lobos e o urso atrás dele.
Alguns no Castelo, já comentavam, que se antes do garoto da terra chegar, o Príncipe já estava louco, mas agora... Já estava chegando perto, MUITO PERTO da Psicose.
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No Torneio...
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Umas 21 horas e alguma coisa, Alec acordou, ouvindo alguma coisa.
Um grunhido. Depois, gemidos.
-Aaahr, que sorte termos achado esse lugarzinho. Não estava aguentando mais! -Disse uma voz.
-Agora você vai ter que aguentar outra coisa! -Risos de uma segunda voz.
Havia um movimento constante, quase como se duas pessoas estivessem brigando no chão. A mente de Alec maquinou um pouco, então ele tomou consciência da situção.
"Ah, legal!! " Reclamou Shulåãn, louco de ódio "Estão fudendo na minha frente ".
"Estão o quê?! " Alec perguntou incrédulo.
"Transando na nossa frente, Gênio! "
"Ah ".
"Alec, você não tem nada cortante aí, tem? " Perguntou Cëla.
"Claro que não! " Resmungou Alec, nervoso por ter gente alí por perto "E sorte nossa que você fala em minha mente, por quê senão você já teria chamado a atenção de todo mundo. E pra quê você queria algo cotante? "
"Pra castrar essa desgraça, que decide ficar no cio na minha frente "
Alec teve que conter uma gargalhada com muito esforço.
"Não Ri! " Cëla resmungou baixinho "Eles estão atraindo a atenção dos assassinos para cá. Seja lá quem forem esses dois assanhados aí "
Isso tirou o sorriso dos lábios de Alec isso era verdade...
Um baque metálico ribombou, enquanto Alec gemia baixinho de dor por causa de sua perna. Outro baque!
Então, o silêncio...
-Vão transar no inferno, agora. -Disse uma voz, com frieza. Alec ia olhar por uma fresta, quando um braço caiu em cima dele. A mão quase alcançava seu rosto e tinha um fedor podre. O estômago dele revirou com isso -Sai daí, defunto fedorento! -Uma bota marrom chutou o braço pra longe.
A silhueta se afastou e foi até a água corrente e lavou dois objetos que pareciam facas.
Sim, SÃO FACAS! Alec ficou entorpecido de nojo por um momento, então prestou atenção na postura do garoto que havia atirado facas com tamanha habilidade nos dois - agora - mortos.
Tsol. O sangue do garoto gelou-se com o medo e a adrenalina que lhe foram injetados. E a sensação só piorou, quando ele se aproximou e começou a catar uma frutinha vermelha e a comê-las. Então Alec sentiu mais de um fio de cabelo seu sendo puxados em sua nuca com força.
-Ai! -Reclamou, enquanto instintivamente, colocava a mão na cabeça, para se proteger. Foi então que ele percebeu a besteira absurda que havia feito. Quando olhou pra cima, um par de olhos azuis enormes lhe encaravam friamente. Alec berrou de medo, ao ver as facas em sua mão e levantou para correr o mais rápido o possível pra bem longe dalí.
Uma dor insuportável o fez mancar e cair de lado, com a cabeça de encontro com a árvore em que antes, estava encostado. Uma dor lascinante atingiu sua cabeça. Tudo parecia girar à sua volta e escurecer... O assassino estendeu a mão para pegá-lo e Alec então sentiu, como é provar a morte... Parece que tudo escurece e se ilumina ao mesmo tempo... E que vai ficando mais calmo... Mais frio...
Seus últimos pensamentos se voltaram a seu pai e Came, antes de que a inconsciência o dominasse e o levasse para o seu interior frio...
Continuação Em Breve!
Abraços Do Came;)