Bem gente, cá estou mais uma vez. Vou confessar que li os comentários ontem e fiquei tentado a postar imediatamente mais um capítulo, mas eu me segurei, afinal uma das coisas que eu mais preso é a pontualidade... O caso da sirene, bem, depois do conto eu falo algumas coisas mais, por hora: boa leitura!
Parte 18
Fui atender e era o Rafael. Ele estava lindo, embora eu continue tendo aquela estranha vontade de sair correndo e me esconder embaixo das cobertas. Ele também me analisou de cima a baixo, sempre com um sorriso de orelha a orelha. Depois me abraçou e segurou minha mão. Fomos até o carro assim de mãos dadas. Eu juro que não estava me tocando da mão dele na minha, claro, eu sabia, mas não prestava atenção.
O carro dele era lindo, preto e com cara de que acabou de sair da loja. Fomos rindo o caminho todo. Quando chegamos eu peguei meu sorvete e fui para a mesa esperar o Rafael escolher o dele.
Timos – Ra... Ra... Rafael. Você por aqui.
Ana – você não viu que ontem e hoje ele levou o Lucas para casa, eles viraram amiguinhos
Timos – Rafael, você não guarda rancor por eu ter derrama do suco em você no acampamento?
Rafael – não importa, eu já perdoei, afinal você é amigo do Lucas.
Timos – sou sim, eu sou o melhor amigo dele – ele disse e então o Rafael olhou em direção a ele, ele estava sem óculos e olhou diretamente para o Timos – quer dizer segundo melhor amigo.
A noite foi divertida, conversamos um monte de coisas banais, na verdade era mais eu e a Ana que falávamos, o Rafael sempre ria das minhas piadas sem graça e o Timos não voltou a olhar para o Rafael. A diversão acabou por vota das oito e meia, o pai do Timos ligou e mandou ele não demorar.
Nos despedimos e o Rafael me levou para dar uma volta no parque, ele disse que ainda era cedo para acabar a noite. Quando estávamos num banco, eu estava comendo algodão doce e ele estava me contando uma história de conto de fadas, daquele jeito esquisito dele de contar histórias. Minha cabeça começou a doer e eu tinha certeza que já fizera algo assim, sim eu tinha certeza que já havia vindo à praça com o Rafael, mas eu não conseguia me lembrar quando. De repente meu coração acelerou, fiquei muito tenso esperando que acontecesse alguma coisa, algo que talvez houvesse acontecido outra vez.
Rafael – Lucas você está bem?
Eu – acho que sim, só um mal estar... Já passou.
Rafael – talvez seja a hora.
Eu – não, ainda deve ser cedo – eu peguei meu celular para ver a hora – ah... Descarregou!
Rafael – não, olha – ele me mostrou o celular dele. Já eram onze e meia.
Eu – meus pais vão me matar, eu nunca passei das dez horas – eu disse preocupado – me leva para casa.
Rafael – já? – ele disse com cara de triste – a conversa tava tão boa
Eu – outro dia nós conversamos mais.
Rafael – está bem...
Fomos para casa num relativo silêncio. O Rafael estava perdido em seus pensamentos e eu estava... Bem, olhado ele pensar. Não sei bem o que aconteceu, pois apaguei, mas senti quando o carro parou, tentei abrir os olhos, mas estava... Sei lá... Minhas pálpebras não respondiam. Senti quando a porta do meu lado foi aberta e alguém me carregar para fora. Ouvi a porta bater fechada e a porta da frente de minha casa ser aberta. O lugar que eu estava era confortável, quentinho. Quando senti o vento frio da noite dar lugar ao abafado da casa e aporta se fechar atrás de mim ouvi alguém falar.
João – Lucas, vem aqui na sala, sua mãe e eu precisamos falar com você – senti passos.
João – Lu... Rafael? O que aconteceu com o Lucas?
Rafael – ele dormiu na viagem de volta. Olha, foi minha culpa termos nos atrasado. Depois da sorveteria fomos dar uma volta na praça porque o Lucas queria comer algodão doce – ouvi meu pai respirar.
João – tudo bem.
Rafael – vou deixar ele na cama
Então, era o Rafael que estava me carregando. Senti ele me levando através da escada e ouvi passos nos seguindo. Senti quando o Rafael me colocou na cama.
Maria – escuta Rafael, você mora em outra cidade certo?
Rafael – certo
Maria – você tem onde ficar hoje, já que não dá para voltar dirigindo esse horário?
Rafael – não.
Maria – já que você é amigo do Lucas acho que não tem problema você dormir aqui hoje.
Rafael – eu posso?
Maria – claro.
Rafael – então eu aceito.
Maria – então boa noite para vocês.
Rafael – boa noite.
Senti quando o Rafael começou a tirar minhas roupas. Ele me deixou só com a cueca. Em seguida eu ouvi um leve farfalhar de roupas e imaginei que ele estivesse tirando as suas. Ai, ele deitou no meu lado e me cobriu com o lençol.
Não me lembro de muito mais coisa, porque logo que senti o conforto do meu lençol eu adormeci profundamente.
Continua...
O caso da sirene não deve ser comentado no enredo da história principal, é meio efêmero para a vida presente do Lucas e do Rafael, que são os protagonistas, bem como a ligação que o Rafael recebeu, (se não me engano foi a irmã da Alicia). A sirene era de uma ambulância, o Rafael veio dirigido muito rápido para a casa do Lucas e ão dormia a dias (como o Lucas), então o nosso quase anjo provocou um acidente. Não é interessante falar do acidente, porque simplesmente não ter relação com o Presente dos nossos protagonistas, ele é um fato do mundo que a história do Rafael se passa... Enfim, acho que falei muito... Até amanhã... espero...