Penúltima parte do capítulo 19
Depois que Isa anunciou ficou-se um burburinho, se aquele não era o garoto que havia sido atacado e amarrado ao poste. Algumas pessoas conseguem ser particularmente maldosas quando querem. No entanto foi apenas no início, logo após algumas pessoas começaram a falar como ele era bonito, parecia um anjo. Algumas garotas começaram a ficar, digamos, mais assanhadas, vendo os contornos de seu corpo. Timothy ficava atentando para tais fatos enquanto pensava: - Meu Deus, ele tinha que ter vindo com uma roupa que se encaixasse tão bem ao seu corpo?
Ele circulou pelo palco e o burburinho que até então era sobre o que tinha acontecido foi modificado para quanto será que eu tenho. O loiro fazia sucesso, tanto com mulheres, quanto homens. Timothy percebia os olhares em torno do outro, muitas vezes por seu olhar acabar acidentalmente cruzando com que secava aquele que ele amava. O filho dos Miller pensava o quão sortudo era, se as pessoas descobrissem que Samuel era gay, as que não sabiam, ele teria um trabalho redobrado, não seria apenas Luccio e os fantasmas de Clarkson e Christian que ele teria que lutar, mais contra todas as pessoas que estavam vendo como Samuel era lindo, fofo. Timothy antevia que o número de seus rivais no amor estava prestes a aumentar e ele não poderia fazer nada para impedir.
Queria acabar com aquilo, queria que Isa dissesse que o lote estava suspenso, como Samuel poderia ser tão dado a ponto de participar de um leilão desses? Se questionava Timothy sem perceber que ele também era um lote do leilão e, nem por isso, era uma pessoa dada. Depois o filho dos Miller começa a procurar pessoas a quem culpar por aquilo que estava vivendo: - Não, foi Elias, Elias o convenceu... que tipo de relação será que ele tem com Elias a ponto de ser convencido a participar de um momento como este?
Em meio a estas divagações Timothy começava a se questionar e ficar cada vez mais possesso, ao imaginar algum tipo de relação mais próxima entre Samuel e Elias. Começava a pensar em formas de impedir o final daquele leilão, formas de impedir que Samuel chamasse tanta atenção, por simplesmente, sorrir, andar, cumprimentar, respirar. A partir do anúncio de Samuel como um lote o leilão perdeu todo o colorido para Timothy. Ele agora atentava para cada pequeno movimento do público, tudo o que qualquer um falava já o remetia a entrada de Samuel. “Se ao menos ele tivesse entrado junto com a gente, não chamaria tanta atenção”, pensava.
Ficou tão absorto nestes pensamentos que quando percebeu por si já estavam anunciando o último lote, o tão esperado Samuel.
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Samuel teve de voltar para Asheley, sua mãe havia pegado uma enfermidade, e havia ficado 5 dias internada em um hospital e agora passar mais 10 dias em casa, o pai havia acordado de ficar de prontidão, mas aquilo não era suficiente para os Sam’s, eles toda vez que os pais ficavam doentes tentavam fazer algo para ajudar da melhor forma possível. Eles queriam estar lá da mesma forma que em vários momentos diferentes os pais estavam por eles. Desta forma ao chegar em casa Sam se encontra com o pai e sua irmã, que também não conseguiu ficar em Nova Iorque sabendo do estado de saúde da mãe.
Desta forma, dentre idas constantes ao quarto da mãe os dois tiveram tempo pra conversar. Samantha falando da falta que sentia de seu irmão, da preocupação que teve quando soube do ataque. Que havia ido até lá, ficou alguns dias, e o quanto se sentia culpada de não ter podido acompanha-lo. Mas uma coisa havia chamado a atenção dela, o fato de seu colega de dormitório ter se prontificado a tomar conta dele.
- Gostei daquele cara, o... o Tim... Timm... Timo... – Sam tentava lembrar o nome do colega de quarto do irmão.
- Timothy. – Sam completou.
- Isso, não são muitos caras que ficam da forma que ele ficou, se importando... mas... ei... espera... ele não é aquele cara que ficava pegando no teu pé? – ela questionava.
- E se declarou.... – Samuel informava.
Samantha logo quis saber de tudo, nos mínimos detalhes, como aquele cara, que até então era um verdadeiro chato, que atazanava a vida do irmão tinha se convertido em um que verdadeiramente se importava com ele, como ele havia se declarado? Se eles estavam junto, sabe, todo esse tipo de coisa.
O irmão aos poucos ia respondendo, disse da briga que tiveram das acusações mutuas, do desentendimento que o garoto dos cabelos negros teve com Clarkson, muito motivado pela infidelidade deste e também da conversa que teve com Isabella, onde esta questionava pela resposta dele.
- Espera, essa Isabella quem é mesmo? – Samantha indagava.
- Uma garota ótima, ex-namorada dele. – respondia constrangido.
- Espera, deixa eu ver se entendi. A ex-namorado do cara foi te cobrar uma resposta?
- Isso. – ele ficava mais constrangido ainda.
- Se eu fosse você eu dava o benefício da dúvida a ele... ele pode não tá pronto pra assumir pra todo mundo, mas ele disse pra você e pra ex dele vir tomar satisfação contigo, acho que é sério. Ele não me parece com o Christian, e se ele briga pela tua honra, ou o que restou dela. Bem... não sei, a vida é sua, mas... você não estaria falando dele pra mim se ele não tivesse mexido contigo.
- Como, você perguntou e... – ele respondia.
- Vamos Sam, você sabe do que eu estou falando. Não é por sermos irmãos que temos que contar tudo um pro outro, principalmente você, que sempre foi o mais certinho, pra você falar de um cara que fosse apenas uma aventura, um namorico, ou sei lá... você não fala, diz: deixa pra lá, eu me resolvo, ainda não é da sua conta, mas quando é relativamente sério você fala. A não ser que você tenha se acostumado a companhia dele, não queria nada sério, apenas que ele te olhe, mas infelizmente você não é esse tipo de cara.
Samuel se sentia desolado, ele não queria admitir o quanto Timothy estava entrando em sua vida, mas também não tinha como mentir para sua irmã, ela o conhecia bem demais e apontava os fatos na cara deste sem o menor tato, ou sem medo de estar enganada. Aqueles dias também serviram para que Samuel pudesse pensar no que sentia. Mas, não importa o quanto pensasse sempre voltava para a mesma questão o duplo padrão. Se Timmy não tem peito de lutar por ele, de demonstrar que se importa, Samuel teria que dar o braço a torcer, se deixar levar pelas investidas. Ele queria um homem ao seu lado, não outro garoto. Ele que sempre quis tempo, esperar ainda não estava pronto para dar uma chance e esperar o tempo do outro. No amor não se cobra aquilo que se tem, mas aquilo que se falta, aquilo que se deseja. Timothy cobrava Samuel, e Samuel cobrava uma postura de Timothy. Mas a conversa daquele com a irmã o fez refletir se esse orgulho, essa cobrança não o estariam afastando de alguém que poderia ser potencialmente bom pra ele.
Bem quando a mãe de Samuel melhora este recebe uma ligação de um amigo muito querido, Elias, este havia decidido participar do leilão, mas havia contraído catapora e não poderia. O amigo questionava se Samuel poderia ocupar o seu lugar, mas estar naquele lugar, ser o centro das atenções em um leilão em que ele era o que estava para ser leiloado não era algo muito agradável. Ele aceitou, mas pensou diversas vezes em desistir tanto que, na primeira vez que foi questionado se poderia ser um dos lotes ele de pronto recusou, já não estaria na faculdade, dada a doença da mãe o que tornou a resposta mais fácil, na verdade ele até já tinha participado de alguns concursos de beleza infantil, muitos por influência de sua mãe. Mas o que o deixava receoso não era isso. Era o fato de, a pouco tempo atrás ele ter sido vítima de um ataque e ter sido amarrado em um poste. A exposição que este tipo de evento teria. Samuel acreditava que as pessoas assim que o vissem iriam lembrar do que havia ocorrido antes e ele não queria reviver aquilo. No entanto, achava que a causa era nobre, ajudar uma instituição que apoia crianças. É algo que chama a atenção e ele pensa em poder fazer isso no futuro.
Mas, o pedido de Elias, de todas as pessoas ele doente decidiu pedir auxílio a ele, ele não pode recusar, tanto que ao chegar a Stanford em meio a todas as festividades a primeira coisa que fez foi ir ao dormitório, que estava vazio, se banhou e escolheu uma de suas melhores roupas. Quando chegou ao local em que estava ocorrendo o leilão, estava suando frio, seria exposto, as pessoas lembrariam do que havia ocorrido, ele seria alvo de comentários que não gostaria de ouvir. Chegando percebeu o verdadeiro desconforto que Timothy estava vendo suas ex-ficantes dando lances alucinados nele, pelo menos era nisso que ele acreditava. O olhar de Timmy, a forma como mirava o filho dos Owen o deu confiança para chegar ao palco.
Quando foi anunciado, Samuel queria que o chão se abrisse bem abaixo de suas pernas, queria acabar com aquilo, fugir, ele percebia o que estavam falando acerca dele. Como as pessoas poderiam ser tão más. Mas ele depois de ser apresentado foi ao décimo posto e continuou acompanhando o leilão, que para ele passava muito rápido, logo-logo seria ele o lote a ser leiloadoIsabella anuncia teremos o décimo lote, Samuel Owen os lances começariam com 20 dólares. Quando Timothy escuta sua atenção se volta totalmente para a plateia, na qual ele logo identifica Clarkson e Luccio, será que eles efetuariam algum lance? Ele atentava firmemente para isso. Depois de um momento de silêncio uma garota ofereceu as vinte pratas. O filho dos Miller queria que acabasse, mas o sorriso que Samuel deu ap receber seu primeiro lance fez com que uma série de garotas, aquelas vistas pelo enciumado como afoitas, começassem a dar diversos lances.
O coração de Timmy estava aflito como nunca antes, ele estava receoso, aflito, queria que aquilo acabasse logo, mas mesmo na aflição estava tranquilo pois eram apenas lances femininos e Samuel era gay. Mas, sua alegria iria durar pouco, tão logo uma garota havia oferecido 120 dólares pelo décimo lote, Luccio cobre com 140. O lance do rapaz de pele morena foi o estopim para que outros rapazes também começassem a efetuar seus lances. As ofertas já estavam em torno de 250 dólares, e cada vez mais Timothy ficava aflito, os rapazes eram bem afeiçoados e poderiam se converter em rivais, pessoas que veriam o quão Samuel era especial. Isso não poderia acontecer. Samuel era o amado dele e não de outrodou-lhe, 350 dou-lhe duas. - Isabella anunciava, preparando o fim do leilão.
Não poderia ser, Timmy deixaria Samuel escapar bem diante de seus olhos?dou-lhedólares. – ele grita bem atrás de Isabella.
A amiga reconheceu a sua voz na hora e se virou surpresa, nunca havia imaginado tamanha coragem por parte do ex-namorado. A plateia de uma forma geral também ficou atônita, como o Timothy havia dado um lance em outro cara? Não, aquilo só poderia ser algum tipo de piada. Samuel também havia ficado chocado, pois foi uma atitude totalmente inesperadadou-lhe uma, 500 dou-lhe duas, 500 dou-lhe três, vendido. – encerrou Isabella.
O leilão havia acabado e Timothy estava triste e feliz ao mesmo tempo, triste por ter um encontro com uma chata pegajosa e feliz por ter conseguido o Samuel, agora este teria que sair com ele, eles poderiam conversar e, quem finalmente a resposta sairia.
Tão logo o leilão acabou eles tiveram uma rápida conversa, pois Timmy teria que ir ao almoço com sua proprietária, mas este havia dito que depois eles conversariam. Neste momento um dos caras que estavam passando pergunta.
- Agora tu é gay Tim pra fazer lance em outro homem? – questionava.
- Não, ele é apenas um amigo que viu como eu estava nervoso, e claro, ele queria ajudar na causa. – Sam foi ao seu auxílio, não que Timmy pedisse.
Timothy foi ao almoço, no qual acabou tirando totalmente as esperanças da pobre garota, que acreditava que ele apenas estava brincando, ou exigia saber quem era a escolhida. Ele apenas disse que por enquanto queria ficar sozinho, precisava disso, precisava desse tempo pra ele. Ele foi gentil, com ela, mas deixou claro que eles não ficariam juntos, ao que ela simplesmente não acreditou. Ela o achou muito romântico, principalmente essa procura da pessoa, que poderia ser ela.
Depois que o fiasco acabou ele foi correndo ao dormitório, precisava ver o Sam, chegando lá, o filho dos Owen estava com os cabelos molhados e vestindo uma roupa mais largada, simplesmente perfeito.
- Eu fiz a declaração... eu quero você.... quero lutar por você... só que.... – Timmy falava, mas as palavras não saiam de sua boca.
- Eu sei, eu vi.... olha, eu não vou te obrigar a nada... Timmy – falava o outro se aproximando.
- Olha, se você ficar me olhando assim... eu não vou resistir. – avisava.
- Eu não vou... – Timmy mais uma vez beijava Sam, mas dessa vez era diferente, antes eram beijos fortuitos, roubados, quando o outro percebia simplesmente o rejeitava, este não, foi consentido. Pela primeira vez um experimentava dos lábios do outro em sua plenitude. Timothy acreditava que aquele sabor agridoce seria um néctar, um manjar que os deuses ofereceram exclusivamente para ele. Uma droga que ele uma vez experimentou e que se antes ele se achava perdido, agora estava viciado.
Continua...
Romanov: Obrigado pelo carinho e pelas sugestões, Free! acabei de assistir hoje. Altamente Shippei o Makoto com o Haru. Gente, o que é aquele Makoto?
Ru/Ruanito: Obrigado por acompanhar. Informo que terei que me ausentar para procurar as esferas do dragão para ressuscitá-lo. :D
Irish: Creio que você é novo comentando, então muito prazer e seja bem vindo. Bem, creio que a sua pergunta foi respondida. :D Obrigado pelo carinho.
Stylo: Obrigado pelo carinho, ainda bem que gostou.
Geomateus: Obrigado pelo carinho e por sempre acompanhar. Eu não entendi o chumbo trocado.
CrisAc: Obrigado pelo carinho, tal como o Irish creio que essa é a primeira vez que comenta, então seja bem vinda. E claro que vou continuar este conto. Agora é que estamos chegando na metade. :D
