Me senti como se o chão tivesse se aberto sobre meus pés quando ele disse aquilo, me senti caindo em um abismo rumo a uma escuridão interminável, não percebi como era importante pra mim que o Mateus sentisse alguma coisa por mim, mas especificamente, o mesmo tipo de coisa que eu relutava em não sentir por ele
-... Acorda Nate, ta passando bem? Percebi que ele tinha continuado a falar enquanto eu morria por dentro
Rapidamente tentei recobrar os sentidos sobre meu corpo e aleguei estar passando mal e fui para o meu quarto, onde queria muito chorar, mas não conseguia pensar em um motivo concreto para fazê-lo, quer dizer, ele gosta do Guilherme, bom pra ele, pois o Guilherme era uma pessoa incrível, então porque eu continuava com essa sensação de traição crescendo não peito? Afastei esses pensamentos e fui tomar um banho, peguei uma toalha e ao ir em direção ao banheiro percebi que o Mateus ainda estava sentado no sofá olhando para o tabuleiro de xadrez, provavelmente pensando se tinha feito a coisa certa ao me dizer aquilo, já que minha reação não foi muito amigável, respirei fundo e fui em direção a ele
- Cara, me desculpe, não sai por mal, mas realmente estava com dor
-Ok cara, de qualquer modo não é algo fácil de digerir – ele disse
- Sabe, o Guilherme é um ótimo cara – eu disse dando um sorriso forçado que foi correspondido com um meio sorriso dele
- É sim
- Vou tomar banho agora – e fui em direção ao banheiro
Depois de tentar fazer meus pensamentos escorrerem pelo ralo, fui dormir. No outro dia acordei com uma baita dor de cabeça e não fui à aula. Liguei para meus pais para ver se haviam chegado bem em casa e ao ouvir minha voz, mamãe quase deu um ataque e disse que estava vindo correndo tratar de mim
- Mãe, relaxa, é só uma dor de cabeça boba – tentei explicar
- Mas meu filho, seu tio morreu de uma dor de cabeça boba – ela disse fazendo o maior drama
- Mãe, eu to bem, sério – disse enfatizando cada palavra
- Deixa seu irmão passar uma semana com você aí então, a escola dele ta em reforma e vai ser uma ótima forma de ter alguém te vigiando pra mim
Suspirei, sabia que não adiantaria discutir com ela
- Tudo bem mãe, pode mandar o Miguel
Depois de terminar a conversa com a minha mãe, avisei aos meninos que meu irmão passaria uma semana conosco e pareceram não se importar, Guilherme pelo contrário, ficou muito feliz, provavelmente porque teria uma pessoa pra ver animes com ele
Meu irmão chegou de tarde, ficou combinado que ele dormiria em colchão no meu quarto. Ter Miguel ali comigo era uma muito legal, pois sempre tinha alguém pra conversar, não que não pudesse conversar com o Guilherme e o Mateus, mas conversar com meu irmão era diferente, ele sempre foi meu confidente, o único problema dele era que ele conseguia me ler como um livro aberto e vivia perguntando o que estava me incomodando, e eu só dizendo que era a pressão da faculdade, mas era óbvio que ele não tinha aceitado essa desculpa
Já haviam se passado quatro dias desde que meu irmão fora ficar comigo, tinha acabado de chegar do serviço e fui para o quarto procurar Miguel, mas ele não estava lá, estranhei porque ele também não estava na sala, já estava me desesperando atrás dele quando fui ao quarto do Guilherme pedir ajuda e escutei alguns gemidos, abri a porta do quarto dele devagar, pois provavelmente ele estava com alguma garota e não queria atrapalhar a foda dele, mas ao abrir um pouco a porta dele vi o Guilherme nu deitado em sua cama e meu irmão sentado eu seu pau, calvagando com vontade. Nessa hora não sabia o que fazer, fiquei assistindo mais um pouco, e vi Guilherme meter seu pau branquinho até o talo no rabo do meu irmão, que fazias caretas de tesão, eles ficaram nisso algum tempo, até que Miguel deita na cama e abre as pernas e o Guilherme vem e mete todo seu pau nele e começa a bombar de novo, ele enfiava o pau e tirava tudo, enfiava e tirava tudo, meu pau já estava doendo de duro quando resolvi voltar para o meu quarto e esperar meu irmão chegar para ver o que eu ia fazer
Deitei na cama e comecei a cochilar quando o Guilherme e meu irmão entram no quarto de mãos dadas, ambos só de cueca, eles ficaram imóveis ao me ver ali
- Eae – eu disse para eles
- Mano, eu posso explicar – o Miguel começou a dizer
- Isso mesmo me explica a foda que vocês acabaram de ter
Eles ficaram ainda mais pálidos, e se entreolharam, Miguel abriu a boca para dizer alguma coisa, mas foi cortado pelo Guilherme que disse
- Me deixa falar com o Nate sozinho – ele disse se dirigindo ao meu irmão
Relutantemente Miguel saiu do quarto
- Pode começar – falei
- Então cara, eu sou gay, mas não queria que ninguém soubesse e tentava esconder isso de todo mundo até que vi seu irmão, acho que nunca me senti assim com ninguém, ele me faz flutuar para outra dimensão quando o vejo, quando o toco. No começo não sabia se ele sentia o mesmo por mim, mas então ontem eu estava conversando com ele e não agüentei e o beijei e para minha surpresa ele retribuiu, e disse que também gostava muito de mim, eu sei que é muita coisa para se absorver, mas eu irmão mexe comigo de uma forma que ninguém nunca mexeu, e se você permitir quero namorar com ele
Ao ouvir ele falar aquilo senti que ele estava me descrevendo meus sentimentos em relação ao Mateus, nunca imaginei que poderíamos compartilhar sentimentos tão semelhantes
- E então Nate, você deixa? Escutei o Guilherme me perguntando
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Fala galera, mil perdões pela demora, mas em compensação aumentei um pouco o tamanho do conto. Espero que gostem, e se der tempo no próximo capitulo eu respondo os comentários, ok?