- Ótimo! As chances de serem compatíveis aumentam ainda mais. Mas antes, o paciente precisa se recuperar das fraturas do corpo. Ele está muito frágil e o atropelamento foi grave.
Restava agora aguardar o que viria pela frente.
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- Onde está o meu filho? – a dona Sueli entrou feito louca no hospital.
- Calma dona Sueli. – pediu o Guilherme.
- O que aconteceu com ele? Me fala! – ela foi amparada pelo marido, o Sr. Gabriel.
- Bom... – Guilherme respirou fundo, e com a ajuda dos amigos, relatou o ocorrido. – O Nando tentou se matar. Ele estava envolvido com o Arthur, não sei se vocês o conhecem. Pois bem, este cara, não sei porque motivo ao certo, mentiu para o Nando que havia transmitido para ele o vírus da Aids. Porém foi tudo mentira, só que o Nando não sabe disso, e por este motivo tão forte, ele viu que a vida não fazia mais sentido, e se jogou diante de um carro, em plena avenida.
- Meu Deus! – ela ajoelhou-se aos prantos. Meu filho está morto? Eu quero meu menino. O meu Nando.
A Natasha não resistiu e também chorou. Todos ficaram em choque! A situação era muito delicada, e a vida do Nando estava por um fio.
- Eu vou matar este cara que fez isso com o meu filho. – disse o Sr. Gabriel, socando a parede, de raiva.
- O pior ainda está por vim... – foi à vez de o Victor falar. - O medico que está cuidando do Nando, confirmou que ele não tem mesmo o tal vírus, porém...
- Porém o quê? Fala! – ela gritou.
- O Nando está com leucemia dona Sueli. E a doença já está em estado avançado. Somente um transplante de medula óssea pode salvá-lo da morte.
Os pais do Nando se abraçaram num choro profundo. O corredor do hospital ficou triste e em silêncio. Era como se lá fora, do e qualquer barulho, havia se perdido no vazio. A morte do Nando era quase inevitável, e eles estavam sofrendo muito.
Meia hora depois, o médico apareceu para falar com os pais.
- Olá! Vocês são os pais? Ok! O paciente está respondendo bem aos medicamentos para tratar as faturas do corpo. Nós tivemos que raspar a cabeça dele, pois devido ao câncer está tão avançado, a perda de cabelos era inevitável. Como eu disse antes, ele precisa se recuperar do atropelamento, e só então poderá fazer o transplante.
- Quais são as chances do meu filho doutor? – ela perguntava angustiada.
- O estado do seu filho é grave, mas não é impossível. Se o doador for compatível, poderá aumentar as chances em 80% de vida. Eu preciso de irmãos dele...
- Eu sou irmã dele! Eu quero salvar meu irmão. – Natasha se prontificou.
- Ótimo! Faremos exames em você para ver compatibilidade, e assim que o Fernando melhorar das fraturas, entramos em processo de cirurgia.
Apesar de todo o desespero, o que restava a família era aguardar. Até em então, o Nando não podia receber visitas, pois estava sedado e instável. Num canto, o Paulo puxou o Guilherme para uma conversa.
- Você não acha melhor a gente avisarão Felipe o que está acontecendo?
- Ele está viajando, se esqueceu? E além do mais, eu não to a fim de estragar a festa de casamento de ninguém. – disse o Gui.
- Mas o doutor foi bem claro quando disse que, a Natasha pode ou não ser compatível. Neste caso, só restaria o Felipe, já que ambos são irmãos.
- Ele deve está chegando esta semana.
- Mas ele se casa agora no sábado. Vai chegar em cima do casamento? – questionou o Paulo.
- Pouco me interessa este casamento. O que mais me preocupa neste momento é a saúde do Nando. Acho que nem vou à igreja. Não vou ter cabeça pra cerimônia.
- Você acha que ele vai ter coragem de se casar, depois que souber de tudo que esta acontecendo?
- Claro Paulo! O Felipe pagou igreja, salão de festa... Tem os convidados... Claro que ele vai ficar abalado com tudo, até porque o Nando já foi o amor da vida dele, mas ambos são irmãos e eu tenho certeza de que o Felipe fará o impossível para salvá-lo. Mas daí , isso não impede de ele se casar com a vaca da Paloma.
- Você tem razão... Vem, vamos dar o nosso apoio a Natasha e aos pais do Nando.
- Bom dona Sueli... Eu e os meninos vamos em casa. Mas o que precisarem é só me ligar. Eu vou voltar mais tarde. – disse o Guilherme.
- Obrigado por tudo meus queridos. Eu vou ficar aqui perto do meu filho. Vou aguardar mais noticias.
Eles voltaram para suas respectivas casas. No trajeto, conversavam sobre um plano maquiavélico.
- Vocês acham que eu vou deixar barato o que aquele viado ridículo fez com o nosso amigo? Nunca! Lembram o dia em que o Nando comentou que o Arthur tinha uma casa de campo em São Paulo? Ele até nos disse o endereço, que se quiséssemos ir para lá, não terá problemas...
- Tá Guilherme, disso a gente já sabe. O que você pretende fazer? – perguntou o Victor.
- Nós vamos até este lugar, porque eu tenho certeza como dois mais dois são quatro, de que aquele filho da puta foi para este lugar. Eu vou vingar todo o sofrimento que ele fez o nosso amigo passar. Ele vai se arrepender do dia em que nasceu. E aí? Topam?
- Você ainda pergunta? Eu quero acabar com a vida daquele cretino. – O Paulo mordia os lábios de raiva.
- O Arthur vai saber que o Nando nunca esteve sozinho, e que mexeu com a pessoa errada. – disse o Victor.
Eles marcaram todo o esquema, incluindo horário, saída e o plano.
TRÊS DIAS DEPOIS...
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Felipe chegou eufórico de sua pré-lua de mel com a Paloma. Ambos haviam ido para o Chile em clima romântico. O Felipe esforçou-se a esquecer do Nando como namorado, e agora planejava sua nova vida com a futura mulher. Ainda sem saber de nada do que estava acontecendo, aos poucos ele se reconciliava com a mãe, e tentava por um eixo em sua vida.
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- Nãooo!
- O que foi Sueli? – o Sr. Gabriel a segurou, para que ela não caísse.
- Acabaram de ligar do Hospital, e a Natasha não é compatível. Eu quero meu filho, Gabriel. Porque Deus está fazendo isso comigo? – ela chorava. Mais tarde, a família do Nando partia para o hospital, numa chamada de emergência do médico. Foram apenas a Natasha e seus pais. A caminho, ela ligava para os amigos do filho, já pressentindo o pior.
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- Gui? Oi, a mãe do Nando acabou de me ligar. – O Victor tremia. Os amigos partiram para São Paulo, em busca do Arthur, ficando somente o Victor. E por obra do destino, naquele sábado chuvoso, o Felipe estava prestes a se casar.
- O que aconteceu Victor? Fala criatura!
- A Nat não foi compatível com ele, e a doença está cada vez pior. O médico disse que se o transplante não for feito em até uma semana, o Nando morre. – ele chorou.
- Que dia é hoje Paulo? – o Gui perguntou ao amigo, enquanto falava ao telefone com o outro.
- Sábado!
- Meu deus! – ele fez espanto. – Victor? Você tá aí? Escuta... Vá até a igreja, e acabe com o casamento do Felipe. Ele precisa salvar a vida do irmão dele. Não deixe que ele se case, ouviu bem? Diga-o que o Nando está morrendo, e que somente ele poderá salvá-lo.
- Ok! Eu vou arrastá-lo para o hospital. Este casamento não vai acontecer. – o Victor desligou o telefone e correu para igreja.
CONTINUA...
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Reta final meus queridos. Estão gostando? Acho que este final será impactante hein?
