Prólogo:
Ahh, como é fácil reconhecer um submisso. De longe sinto o cheiro deles... e não preciso de muito esforço pra torná-los minha propriedade, eles não se aguentam: vêm até mim por livre e espontânea vontade. E depois?! A, depois toda essa liberdade que os trouxeram até mim vão por água abaixo. Por que eu faço chantagem? Os prendo? Obrigo a me servirem? Não... simplesmente porque esses seres inferiores precisam de mim. Eu dou a liberdade para eles, mas eles preferem estar sempre ao meu lado, me servindo. Com o Murilo não foi diferente.
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Não posso acreditar, como esse moleque pode mexer tanto comigo? Moleque? Não, na verdade esse filho da puta é mil vezes mais homem que eu. Não é possível. Dediquei minha vida inteira a ser o advogado bem sucedido que sou, não construí uma família, pois preferi o trabalho. Agora estou abrindo mão de tudo por conta dele. Mas o que eu posso fazer?! Preciso dele, preciso da presença de seu domínio em minha vida, minha vida não tem mais sentido sem suas ordens. Droga. De agora pra frente tudo que faço é pra ele, ele merece, toda sua confiança e influência que eerce sobre mim. Ele, Homem de verdade... Meu Mestre Mateus.
Cap 1
Era um fim de semana como outro qualquer. Estava relaxando na piscina do condomínio. No meio da tarde, meu dia de descanso começou a mudar, e ficar muito mais interessante e divertido. Pra mim é claro.
Ele chegou em seu Fusion preto, seguido pelo caminão de mudança. Eu, como um om vizinho, fui dar as boas vindas e oferecer ajuda. Foi no aperto de mão... no aperto de mão que percebi que iria ter muita diversão daquele momento em diante. Cumprimentei-o como se deve fazer: aperto de mão firme, olhando-o nos olhos, sorriso discreto, dizendo o meu nome. O contato com seus olhos não durou muito; ele não conseguia sustentar o olhar e abaixava seus olhos constantemente. Ainda não sei se apenas não aguentava meu olhar firme, ou se meu abdomen ainda molhado da piscina estava mais interessante... mas qualquer uma das alternativas deixava tudo muito claro: estava diante de um sub nato. Timidamente ele me disse que se chamava Murilo.
Após algum tempo, toda a mudança já estava na casa do Murilo. Decidi: Murilo seria meu brinquedinho particular.
-Nossa cara, cansativo fazer mudança né?
-Pois é, muito obrigado por me ajudar. Acho que demoraria o dobro de tempo se não fosse você.
-Sem problemas - respondi com um sorriso irônico, sempre o olhando nos olhos. - Mas me diz aí cara, o que te trouxe para ca?
Eu já estava sentado em uma caixa enquanto Murilo estava sentado no chão... mesmo que de maneira inconsciente ele já sabia seu lugar.
-Estou em um momento bom da minha carreira, então decidi mudar pra um lugar bacana, onde terei mais conforto. Apesar de que não sei se irei aproveitar muito a estrutura do condomínio, trabalho bastante.
Ele não sabia... mas eu já sabia. Definitivamente ele não iria ter nem um pouco do conforto que ele esperava. Enquanto conversava, percebi que além de não conseguir me olhar nos olhos, o cara fazia um esforço enorme para não focar o olhar no meu pé. Mas ele estava tendo dificuldade em controlar: olhava de soslaio, desviava o olhar, mas caia na tentação novamente e olhava de novo.
-Te garanto que terá muito prazer, digo, diversão aqui no condomínio - Disse isso com um sorriso irônico e ao mesmo tempo cruzando as pernas. Claro que o viadinho não resistiu e acompanhou meus pés com os olhos. O encarei sério com ar de reprovação e ele abaixou a cabeça na hora.
-Bom, melhor eu ir pra você começar a arrumar suas coisas. Mais uma vez seja bem vindo. Se precisar de alguma coisa - mexi meus dedos dos pés nesse momento. Ele percebeu. - Moro ali naquela casa branca, é só bater. A gente se esbarra por aí.
-Obrigado... É, a gente se fala - disse ele numa voz baixa, demonstrando uma total insegurança.
Levantei e fui em direção a porta. Esperei ele abrir a porta para mim. Dei uma segurada no meu pau por cima do shorts de banho. Instantaneamente ele abaixou a cabeça na direção do meu pau e teve uma ereção por instinto... Sorri e saí. Meu território estava marcado.
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Quando ele saiu a passos firmes e fechou a porta, eu deitei no chão e fiquei olhando para o teto. Quem era aquele maldito? Por que Mateus mexeu tanto comigo? Se ficasse perto dele mais um minuto acho que desmoronava. Meu corpo já estava mole.
Lutei contra minha sexualidade a vida inteira. Sou homem!! Quero ser homem!!! Mas parece que de alguma forma ele sabe. Ele sabe reconhecer alguém inseguro. Ele sabe reconhecer alguém que reprimiu a sexualidade a vida toda. Ele sabe reconhecer alguém que mesmo que não queira assumir, precisa de um macho. Filho da puta... por que não posso ser como ele? É tão difícil ter tanta segurança assim?
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Nota do autor: estou escrevendo conto pela primeira vez, espero que gostem. Por favor, todos comentários, críticas, sugestões, dúvidas são bem vindos. Se gostou compartilhe e ajude na divulgação. Contato: pedroumu@live.com
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