Ficar parado me fazia pensar, pensar muito, acabei passando a maior parte do tempo dando voltas no quarteirão, três, quatro, cinco, acabei perdendo as contas de quantas havia dado. Fiquei feliz por ser sexta-feira, não queria passar muito tempo na escola, quando não via o Thiago fingindo que estava tudo bem, estava preocupado com o Rafael. Me arrumei como de costume um pouco mais rebelde que o normal, bermuda preta, blusa verde oliva e uma jaqueta vermelha, adicionei um acessório a mais, fones de ouvido, estava confuso.
Primeira vez em meses que eu não cheguei extremamente cedo, a entrada da escola estava cheia, comecei a caminhar em direção a sala, Thiago acenou em minha direção e falou algo, não havia escutado por conta da música, apenas balancei a cabeça acenei e continuei o meu caminho. Entrei na sala junto com o professor, todos pararam e ficaram me olhando, ignorei e me sentei, passei a aula prestando atenção. Mandei uma mensagem para a Gabriela que não queria sair da sala no intervalo, e assim foi, todos saíram no intervalo, peguei os fones e mais uma vez mergulhei nas minhas músicas, esperando que uma resposta mágica aparecesse sobre o que eu deveria fazer.
Senti alguém me cutucando, tirei um dos fones e abri os olhos.
Gabriel- Está tudo bem? – em pé.
Eu- Está.
Gabriel- Você parece meio diferente do normal hoje.
Eu- Anda reparando em mim?
Gabriel- É meio difícil não reparar, você é meio que o popular da sala.
Eu- Sério? – surpreso.
Gabriel- Sério. – rindo- Nunca reparou na maneira que todo mundo te olhar, a maioria das meninas mataria para ser a Gabriela.
Fiquei calado, estava me perguntando se ele sabia de algo sobre a minha sexualidade.
Gabriel- Então – quebrando o gelo- qual o problema? – sentando na carteira vazia ao meu lado.
Eu- Acho que você não vai gostar muito de ouvir.
Gabriel- Cara, você parece ser uma boa pessoa, meio solitária, e a Gabriela fala tão bem de você a ponto de querer saber mais.Então, me deixa te conhecer melhor? – sorrindo.
Eu- O que você quer saber?
Gabriel- Primeiro quem é aquele cara que te parou no refeitório.
Eu- A Gabriela ou o seu irmão não te falaram sobre isso?
Gabriel- Não, perguntei para a Gabi, mas ela não queria falar, e o meu irmão, não o vi direito esses dias.
Eu- Eu estava saindo com ele e ele estava saindo com outro cara.
Gabriel- Wow, você é gay? – impressionado.
Eu- Pois é, algo contra?
Gabriel- Não, não mesmo, simplesmente não imaginava isso.
Eu- Por quê?
Gabriel- Você tem mais jeito de hétero que a maioria dos meninos, me incluindo, e aquele cara joga futebol e parece ser muito macho. – rindo.
Eu- Vou aceitar como um elogio. – colocando a mão no rosto tentando esconder que estava rindo.
Gabriel- É sério, sei que é meio preconceito isso, mas nunca imaginaria isso, olha para você, todo fortinho, com esse estilo. – balançando a cabeça em negação- Mas enfim, qual o problema?
Eu- Você realmente quer falar sobre isso?
Gabriel- É para isso que servem amigos, não é? – colocando a mão sobre o meu ombro- Sério, eu nunca fui de ter muitos amigos, na verdade nunca tive um para conversar.
Eu- Então eu fui o escolhido.
Gabriel- Foi, então para de me enrolar e me conta o que está te deixando pra baixo, você ainda sente algo por esse Thiago?
Eu- Isso é estranho, mas que se dane.
Gabriel- Isso ai. – sorrindo.
Eu- Ainda tenho sentimentos em relação ao Thiago, mas a real é que tem outra pessoa e eu realmente não sei se devo me envolver com ela, é meio complexo.
Gabriel- Por quê? – escorando na carteira.
Eu- Vai dar uma de psiquiatra?
Gabriel- Não, não – rindo- é que eu nunca tive esse tipo de conversa com ninguém, entende?
Eu- Entendo.
Gabriel- Então, por quê?
Eu- Já me envolvi com ele, e acabou dando errado, além do fato dele não ser gay ou não se aceitar, e agora decidiu correr atrás do tempo perdido.
Gabriel- Confuso.
Eu- Pois é, e ai? – olhando pra ele.
Gabriel- O que? – pego de surpresa.
Eu- Achei que iria dar um conselho ou algo do tipo. – rindo.
Gabriel- De boa? – levantando- Não custa nada tentar, se der errado deu, certo?
Eu- Tirou isso de onde? Livro de auto-ajuda? – rindo.
Gabriel- Não. – colocando a mão atrás da cabeça meio envergonhada.
Eu- Estou brincando. – levantando- valeu pelo conselho.
Fui com Gabriel até a biblioteca para encontrar com a Gabriela, o caminho foi um tanto silencioso, mas nada desconfortável. Rafael estava sentado com Gabriela conversando em uma das mesas, incrível como a biblioteca passava a ser o lugar mais tranqüilo no intervalo.
Gabriel- Sério?
Rafael- O que foi?
Gabriel- Nada não. – sentando ao lado da Gabriela.
Eu- Bom dia Rafael. – me preparando para sentar.
Rafael- Bom dia, a gente pode conversar lá fora, meio que é particular.
Gabriel- Estranho.
Eu- Concordo.
Rafael- Alguns dias com ele e já está começando a pegar as gracinhas Gabriel?
Gabriel- Eu gosto das gracinhas dele. – mostrando a língua para o Rafael.
Eu- Viu, alguém aprecia minha personalidade.
Rafael- Vem logo. – indo em direção a porta.
Eu- O que foi? – seguindo ele.
Rafael- Eu estava pensando no que você disse, e falei com meu pai ontem.
Eu- O que eu disse? – confuso- Falou o que?
Rafael- Sobre eu estar com medo de assumir, sobre eu gostar – com receio de falar- garotos, de você.
Eu- Sério?
Rafael- Sério, ele não tem problemas com isso, mas ainda não falei com o meu irmão.
Eu- Realmente impressionante. – sorrindo pra ele.
Rafael- Seu cabelo está bagunçado de novo.
Eu- Esqueci de novo de pentear. – tentando ajeitar.
Rafael- Não – segurando minhas mãos- prefiro ele assim, é mais charmoso.
Senti que estava ficando vermelho, mas não podia fazer muita coisa, Rafael estava segurando minhas mãos e não queria cortar o clima. Rafael foi um pouco mais além se inclinou e me deu um selinho, por alguns segundos eu esqueci a onde estávamos e correspondi, logo senti sua língua entrando em minha boca, um leve gosto de menta, provavelmente de alguma bala que ele havia chupado. Me afastei parando o beijo.
Rafael- O que foi?
Eu- Estamos no meio do pátio.
Rafael- É daí?
Eu- Por mais que eu goste ainda não me sinto confortável.
Rafael segurou meu braço me começou a me puxar, a maioria das pessoas já estavam voltando para a sala de aula. Me levou até o vestiário e trancou a porta.
Eu- Perdeu a cabeça? A gente tem aula.
Rafael- Não importa, cansei de ficar fugindo ou enrolando. – me abraçando.
Eu- Ah, porque não. – me entregando ao momento.
Comecei a beijá-lo com vontade, sentindo sua língua quente dentro da minha boca, segurando sua cintura. Rafael me surpreendeu, envolveu seus braços em meu quadril, me apertando com força, consegui sentir seu pau duro encostado ao meu. Comecei puxá-lo em direção ao banco no centro do vestiário, quando senti que havia chegado ao banco comecei a acariciá-lo por cima da calça, ainda beijando-o.
Eu- Alguém está animado? – ofegante.
Rafael- Imaginei tanto isso que estou com medo de ser mais uma ilusão. – colocando a mão sobre o meu rosto.
Comecei a beijá-lo indo em direção ao pescoço, dei uma leve mordida.
Eu- Ainda estou aqui.
Tirei sua blusa, havia esquecido como sua pele era clara, quase rosa, sentei no banco comecei a me deliciar passando a língua em cada pedacinho de pele dele, desabotoe a calça jeans desci o zíper, mais uma vez vi aquela cena, a cueca preta dando contraste com sua pele branca, fiquei mais excitado, conseguia ver que ele estava também no máximo, seu pau duro latejando.
Eu- Se me deixar na mão hoje, eu juro que nunca mais falo com você. – olhando pra cima.
Rafael- Não vou.
Abaixei a cueca delicadamente até ver que consegui ver completamente seu pênis, não fiz historia, comecei a lamber a cabeça rosada e com calma foi colocando na boca, bem lentamente, queria fazer o meu melhor, levá-lo a loucura, pressionei seu pau contra o céu da minha boca, movimentando a língua, Rafael começou a gemer com vontade, a cada volta que minha língua fazia ele gemia mais alto.
Rafael- Izaki vou gozar, e não vai ser pouco.
Tirei seu pau da minha boca, olhei para ele.
Rafael- O que foi?
Eu- Nada.
Levantei e comecei a beijá-lo, o deitei no banco e tirei sua calça.
Rafael- O que você pretende fazer? – assustado.
Eu- Não é hora de dar uma de bobo. – passando a língua em um dedo.
Rafael- Não sei – soltando um pequeno gemido- se estou pronto pra isso.
Eu- Larga de ser mocinha – começando a movimentar o dedo- te garanto que quando relaxar você vai gostar e muito.
Rafael- Meio que dói um pouco. – ainda fazendo careta.
Eu- Relaxa.
Com a mão que estava livre comecei a punhetá-lo lentamente, quando reparei que ele estava relaxando coloquei o segundo dedo, após um pouco de reclamação ele voltou a relaxar, comecei a movimentar ainda batendo uma pra ele, não demorou muito para começar a gemer de prazer. Levantei e fui para o meu armário.
Rafael- O que foi? – ainda ofegante.
Eu- Camisinha. – tirando do armário.
Rafael- Tem certeza que não vai doer? – sentando no banco.
Eu- Certeza eu não tenho. – desabotoando a bermuda.
Rafael- Eu faço isso. – colocando a mão sobre a minha.
Ele tirou minha blusa com carinho, passando a mão sobre minha cintura e indo até o peito.
Rafael- Como você consegue manter esse corpo, você pratica menos que eu.
Apenas sorri e o beijei. Ele voltou as mãos para minha bermuda, tirou e continuou a passar a mão sobre minhas coxas. Puxei ele para o banco, o deitei, coloquei a camisinha, e comecei a fazer força, aos poucos comecei a penetrá-lo. Rafael colocou a mão sobre meu peito e apertou.
Eu- Relaxa, quanto mais tenso você ficar mais você vai sentir dor.
Rafael- Fácil falar.
Quando me dei conta que havia colocando todo meu pau dentro dele comecei a beijá-lo, esperando ele se acostumar e relaxar. Senti que ele estava começando a ficar calmo, dei inicio ao movimento, Rafael começou a ficar mais e mais relaxado, vi que ele estava sentindo prazer, aumentei a velocidade e coloquei mais pressão, Rafael gemia mais alto, colocou as mãos sobre o meu peito e apertar com força, voltei a masturbá-lo. Rafael gozou em minha mão, não demorou muito para gozar também, comecei a beijá-lo.
Eu- É ai? Sexo entre dois homens é ruim? – rindo.
Rafael- Não imaginei que poderia ser tão bom. – segurando minha mão.
Eu- Vamos tomar uma ducha antes que alguém entre ou de nossa falta. – levantando.
Rafael- Verdade. – sentando no banco.
Me levantei e fui para o chuveiro, liguei e vi que ele ainda estava sentado, fui até ele e abracei.
Eu- Vamos, te ajudo a ficar limpo.
