Passei a semana mais atolado no trabalho do que o normal. Queria esquecer o que tinha passado. Queria esquecer que me entreguei a um idiota e ele apenas virou pra mim e disse que não merecia seu gozo. Filho da Puta! Por mais que eu tenha gostado de estar sob o seu comando, ter aquele macho mandado em mim... não posso aceitar essa situação.
Até que consegui controlar meus pensamentos... tudo bem que alguns momentos me pegava pensando no Mateus, percebia que meu pau estava duro... Droga! Mas acho que com o tempo isso passa... só eu me concentrar e fazer outra coisa. Acho que vou procurar outro cara, alguém menos arrogante, alguém que me ame. Eu mereço isso.
Acontece que fim de semana eu fico trabalhando em casa, queira ou não ele está próximo, mesmo sem querer eu vejo sua casa, mesmo dentro da minha casa eu sei que ele está lá na piscina exibindo seu corpo e procurando sua próxima vítima. Mas não, não vou me entregar novamente.
Estava concentrado estudando o caso de um cliente quando a campainha tocou. Não acreditei quando abri a porta... como aquele cara tinha coragem de vir até minha casa?
-E aí putinha... já recuperou o cu arrombado?
Idiota... Ainda vem aqui zoar da minha cara... ele estava molhado, sem camisa, apenas com o shorts de banho, devia ter acabado de sair da piscina. E descalço claro. Ele sabe meu ponto fraco, mas me controlei, me esforcei pra não olhar e desejar seus pés. Pela primeira vez consegui manter meus olhos nos dele.
-Vamos lá pra casa. Quero brincar um pouco! – Ele falou em tom de ordem.
Não sei de onde tirei forças, mas quando vi já tinha dito:
-Quem você pensa que é? Só por que tem um corpo bonito e é marrento acha que pode usar e abusar das pessoas? Me esquece, nunca mais quero te ver.
Pronto, achei que fosse apanhar ali mesmo. Mas mesmo assim mantive meu olhar em seus olhos, mostrando que não estava brincando. E como sempre ele me surpreendeu:
-Tudo bem. – Virou as costas e foi para sua casa.
Tudo bem? Como assim tudo bem? Eu não fiz nenhuma diferença na vida dele? Fui apenas um objeto? Droga! Este último pensamento me deixou de pau duro. Por que quando penso em ser um objeto, apenas agradá-lo, sem pensar em mim, tenho uma ereção? Que merda. Não queria ser assim.
Deitei no chão com um filme passando minha cabeça, ao mesmo tempo que não quero me humilhar eu não consigo parar de pensar no corpo do Mateus, não consigo parar de lembrar dele metendo forte no meu cu. O seu cuspi entrando na minha garganta. Eu preciso conquista-lo até sentir o gosto da sua porra, tenho que descobrir como faço pra merecer isso. Mas acho que o perdi, eu o xinguei, acho difícil ele me querer. Para! Murilo seu idiota! Já está se sentindo culpado por não ter agradado? Já está caindo na tentação de se humilhar novamente? Não, eu estou tentando resistir a ele, mas eu preciso, ele exerce um controle sobre mim mesmo de longe.
Acho que vou ter que encontrar uma forma de me redimir, não posso perder o Mateus assim. Não posso perder aquele homem. Maldito!
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Quem eu penso que sou? Simples viado, eu sou seu dono. Só você acha que eu acreditei naquele “me esquece, nunca mais quero te ver”. Sabe por que eu não insisti e apenas virei e vim embora? Porque eu sei que não vai demorar muito e vai estar aqui implorando pra me servir, pra me agradar. Eu sei quando uma pessoa tem alma de submisso, e eu sei que você nasceu pra servir um macho e vou me aproveitar disso. Eu sei que tem muita gente que quer me servir, inclusive este outro viadinho que está me chupando enquanto eu estou esperando você vir me procurar.
Esta é a prova que eu não preciso de você... por isso disse que estava tudo bem, eu já tinha esse outro putinho me esperando pra me chupar, e tenho vários outros que posso ligar pra vir me atender a hora que eu quiser. Mas eu sei que você precisa de mim, precisa de um macho te controlando e guiando, precisa de um macho pra sua vida fazer sentido.
Que comecem as apostas, quanto tempo vai demorar pro Murilo vir me procurar?
-Tá bom de boquete já viado. Vamos pra uma ação mais hard. – Apenas empurrei o escravo com meus pés dando sinal que não queria mais o boquete. Fui em direção ao meu quarto e ele foi me seguindo de quatro atrás, mais uma cadelinha na minha coleção.
Cheguei no quarto e mandei o meu brinquedinho deitar na cama. Bem no centro. Algemei suas mãos e seus pés, um em cada canto. Ele estava de barriga pra cima, em forma de x, bem vulnerável, seu pau já estava duro. Como é divertido ter essas pessoas que sentem prazer sofrendo pra me agradar.
Comecei a preparar meu brinquedinho, coloquei dois prendedores em cada mamilo. Estava colocando prendedores nas suas bolas quando a campainha tocou.
Dez minutos? Acho que foi mais ou menos isso... Não demorou muito e o putinho do Murilo já veio me procurar. Ele estava obcecado por mim já, não precisava fazer muito. Apenas ser eu mesmo.
Abri a porta. E como me agradou o que eu vi.
-Perdão SR.
Murilo disse isso de cabeça baixa... ele estava ajoelhado com as mãos pra trás, sem se importar com as pessoas olhando pra ele sem entender o que estava acontecendo.
Apenas sorri. Murilo não viu meu sorriso, ele estava na sua condição de submisso, sem encarar meu rosto diretamente, como deve ser. Mas uma vez, virei minhas costas e entrei sem dizer uma palavra, mas deixei a porta aberta.
Segui para meu quarto sem olhar pra trás, tinha certeza que Murilo estava me seguindo, era instinto dele, ele precisava de mim, ele me desejava. Cheguei na porta do meu quarto e parei. Virei para o Murilo...
-Tá me seguindo por que?
-Por favor SR, eu imploro seu perdão. Quero te agradar, quero te servir.
-Você acha que eu preciso disso?
-Sei que não precisa SR, sei que pode arrumar o homem ou a mulher que quiser. Mas eu preciso, eu preciso do SR.
-Azar o seu. Hoje já estou acompanhado. No meu quarto você não entra. Vou deixar a porta aberta caso queira ver o que perdeu. – Virei as costas e voltei pra terminar de zoar meu outro putinho.
***---***
Mas uma vez humilhado, vim aqui implorar pelo perdão do Mestre Mateus e ele já está com outro. Realmente acho que ele não precisa de mim.
Quando ele foi em direção à cama eu vi que tinha um carinha algemado ali, esse devia ter mais ou menos a idade do Mestre. E ele me viu, e o pior, ele estava rindo de mim. Rindo da minha cara de babaca implorando pra ser usado.
O sorriso dele era mais ou menos de: “Se ferrou otário, quem está sendo usado, quem está sendo controlado pelo macho sou eu”.
Senti vontade de correr, senti vontade de sumir dali, fazer minha mudança daquele condomínio e nunca mais ver o Mestre Mateus... Tomar de novo as rédeas da minha vida.
Mas não foi isso o que eu fiz. A única coisa que consegui fazer foi ajoelhar na porta do quarto e colocar minhas mãos pra trás. Ia sofrer vendo o meu Mestre usando outra pessoa, mas quem sabe não sobrava alguma coisa pra mim?
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Notas do autor:
Apenas um aquecimento para o capítulo de amanhã.
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