O tempo é uma coisa preciosa e algo que eu não tenho, a maior parte se torna investimentos. Queria poder publicar um capítulo por dia, mas não rola, eu não consigo escrever tão rápido assim... Ao conto!
ParteLucas assume a narrativa...
Seria bom mesmo explorar o acampamento com o Timos, ele era bem eufórico e tinha me falado muito em como ele queria ver isso e aquilo.
Timos – vem vamos – ele disse levantando e me puxando.
Desconhecido – cuidado... Ah! Você derramou meu suco!
Ao se levantar, Timos acabou batendo em alguém que passava com um copo gigante de suco. Derrubando o próprio Timos e quase derrubando o outro garoto também.
Desconhecido – Eu vou te desintegrar garoto.
Tudo começou a esfriar, não parecia que estávamos mais sob o sol e sim num freezer. Comecei a pedir desculpas pelo Timos que estava no chão e paralisado de medo. Peguei os óculos do garoto que tinham caído e estendi para ele.
Quando meu olhar cruzou com o do garoto, algo aconteceu. Algo forte e insistente que não posso explicar. Ele olhou para meus olhos e ficamos por longos segundos assim, encarando um ao outro, as coisas voltaram ao normal, a temperatura já era mais quente, embora eu ainda pudesse sentir o traço do frio e podia jurar que vinha do garoto. Seus lindos olhos verdes, bem profundos, não saiam de mim, eu não queria que saíssem. Todos estavam em um silencio esquisito. Até que a garota ao lado dele falou.
Desconhecida – vamos Rafael, é melhor limparmos isso. Controle, controle. Lembre que está cheio de gente aqui. Acidentes acontecem.
Rafael – tudo bem Alicia... Vamos...
E eles foram. Eu não queria tirar os olhos dele. O tal Rafael me dava medo, com certeza me dava medo, mas eu tive vontade de me aproximar para... conversar...
Desconhecida – hei! Você teve muita sorte. A propósito, prazer, Carol – disse uma garota que se aproximou para ajudar.
Todos ao redor voltaram a suas atividades, e eu ajudei Timos a levantar.
Eu – Lucas, prazer. Por que tive sorte?
Carol – aquele é o Rafael, ele é tipo... o garoto mais temido da minha escola, ninguém mais se atreve a olhar feio para ele.
Eu – não pode ser tão mau – de algum modo eu queria que não fosse.
Carol – é pior, a última garota que ficou com ele esta em um manicômio e não parece que ela vá sair. As pessoas que se metem com o Rafael acabam pagando caro. Por exemplo o Bernardo, antes de o Rafael chegar era o Bernardo que era o mais marrento. Ai o Rafael apareceu, quieto sempre ficava no fundo da sala, com seu capuz e óculos. Ai aconteceu, um dia, ninguém sabe ao certo o que aconteceu, mas todo mundo acha que foi o Rafael.
Eu – o que? – disse me virando para encará-la nos olhos, já não conseguia aguentar, não podia acreditar que o Rafael fosse tão mau.
Carol – calma! Então, o Bernardo foi internado, todos os ossos haviam sido rachados, mas não é esse o pior, ele não consegui falar nada do que aconteceu e agora tem medo até da própria sombra. Ninguém conseguiu provas contra o Rafael, mas todos sabem que foi ele.
Eu – você deve estar exagerando – tinha que estar.
Carol – não... Eu avisei, toma cuidado.
Timos – de quem é esse óculos?
Eu – peguei no chão, é do Rafael... Esqueci de devolver...
Carol – olha, eu tenho que encontrar uns amigos, mas fica a dica, limpa esses óculos e espera até mais tarde para entregar para o Rafael, deixa ele esfriar a cabeça. Adeus!
Eu – obrigado! Até.
Chegamos à barraca. O Timóteo pegou outra camiseta e eu guardei os óculos na minha mochila para devolver depois. Saímos e fomos explorar a região. Passamos a manhã inteira andando e eu conheci alguns amigos do Timóteo que moravam em outras cidades. Foi divertido, no almoço fiquei com minha namorada, ela sempre conseguia me fazer sentir melhor.
Finalmente o sol estava se pondo, eu havia conseguido me distrair e agora eu ia até a casa principal para tomar banho e depois iria me prepara para olhar as estrelas com a Ana. Quando puxei minha toalha da mochila veio junto o óculos do Rafael. Há... Como pude me esquecer?
Eu – Timos você sabe que de qual cidade é o Rafael?
Timóteo – não tenho certeza, mas acho que é de Siniamo.
Eu – vou procurá-lo, esqueci de entregar os óculos na hora do almoço.
Timóteo – deixa para entregar amanhã, ele não vai precisar usar eles a noite.
Eu – acho que ele não vai usar mesmo, mas é melhor devolver logo.
Timóteo – tudo bem, mas qual é a chance de você esbarrar com ele?
Eu – ele parece ser o tipo de cara que todo mundo sabe quem é, é só perguntar.
Timóteo – você se incomoda de ir sozinho, eu realmente preciso usar o banheiro.
Eu – ok.
Claro que seria fácil, assim que cheguei à área de Siniamo perguntei para a primeira pessoa que vi e ela me disse para ir para o Lago, ele deveria estar lá. Segui para a o lago, a noite já estava caindo e eu me perguntava o quão cheio o lugar deveria estar.
O lugar estava realmente cheio e eu devo ter ficado quase uma hora procurando, mas não achei nem sinal. Hora de voltar para barraca, parece que vou ter de deixar para falar com ele amanhã. Eu comecei a seguir por uma parte deserta que parecia um atalho para minha área.
Desconhecido 1 – hei, o que você anda fazendo tão longe do acampamento.
Desconhecido 2 – é, Acho que teremos que achar uma punição para o seu desrespeito.
Os dois começaram a sorrir diabolicamente. Bem, eles não podiam fazer nada não é? Eu só tinha que sair dali, mas eles pareciam sentir o medo e se aproximaram.
Desconhecido 1 – não fica com medo, não vamos fazer nada que você não queira... Quase isso...
Desconhecido 2 – olha, ele vai chorar, vai ir contar para mamãe?
Então eles se afastaram um do outro me cercando e se aproximaram...
Continua...
Duvidas, criticas ou observações, escrevam. Quem sabe eu não publico uma história no meio da semana. Não prometo, mas quem sabe... Até a próxima.