O anjo do cemitério

Um conto erótico de Mauricio Vilar
Categoria: Heterossexual
Contém 786 palavras
Data: 02/06/2014 14:37:58

" E se todas as parafilias merecessem perdão?,e as mentes fossem só um depósito a céu aberto que recebe tudo, e os pensamentos mais sujos entrassem e nunca existissem sem interferências externas"?

Sou apenas um necrófilo, moro numa cidadezinha de SP. Antes de atirarem pedras -todas as formas de sexualidade são legítimas!

Minha outra metade se chamava Bárbara, loira e de cor parda pelo sol; eu tinha entre 14 e 15 anos, ela uns 13; éramos primos de primeiro grau, descobrimos juntos o quanto era gostoso nos tocarmos ainda criança, dizíamos nossas experiências um ao outro dentro dos cercados de vacas, nos banhos de rios. Lembro em intensidade de câmera lenta do seu corpo reto e magro, ganhando formas e tendo aqueles peitos pré-púberes destacando-se em blusas finas de cores claras.

Quando eu tinha uns quatorze pra quinze anos transamos; nos beijamos sem dar espaço pra outra preliminar, entrei nela arrebentando sua parede vaginal, eu tentava parar seu choro dizendo que "ficaria bem", colhia as lágrimas com o dedo indicador e beijava aquela boca macia e molhada. Mas seu jeito de transar ou deixar ser "pega" é a memória erótica que mais me marcou. Quando gozei fui tirando devagar, enquanto o pau saía, um rastro de sangue o manchava.

Bárbara morreu meses depois, encontraram-na caída perto de um poste onde se eletrocutara soltando pipa. Com a autópsia veio a descoberta de que ela estava grávida, e no início da gestação.

Hoje tenho 29 anos, moreno

1,87, magro, sou coveiro em uma cidade vizinha, não sabia a razão da escolha dessa profissão, mas me atraía. O cemitério é pouco frequentado pelos parentes dos mortos, mas por ser o único da cidade ele é o único destino "post-mortem".

A noite virava meu paraíso, o monstro acordava: a fera, sem sua bela. Ao mesmo tempo era um puta inferno, parecia que sempre algo estava pra acontecer , mas...

Além da organização, limpeza e o lajedo dos jazigos eu ficava esporadicamente a noite, como vigia. Numa dessas noites vi um anjo, um anjo tão sedutor quanto cego ao próprio poder de sedução; 03:00hr da manhã e uma garota de no máximo 15 anos chorava ajoelhada a um túmulo. Era um túmulo de um corpo sepultado recentemente. Observei de longe, sem querer interromper aquela imagem, era a bela que me faltava.

- O que você faz por aqui?- perguntei.

- Oh, desculpe, eu fugi agora de casa eu...- ela ficou reticente. Abracei a menina e ela chorou no meu peito.

- Chora, chora...-

Por um momento ficamos com os rostos próximos, ela me beijou e logo saiu correndo, mas bem antes de ela sair levando consigo o paraíso, eu a segurei.

- Eu não posso te deixar ir.-

- Se você não me soltar eu grito.-

- Eu não quero te fazer mal-

- Então me solte!

Beijei sua boca aberta, ela mordeu meu lábio inferior me fazendo sentir o gosto do ferro no meu meu sangue. Que tesão era aquela menina!

- Te odeio!

- Então você beija quem você odeia?- rebati.

Não transaria com aquela resistência, contudo queria uma entrega impossível, pois mesmo que ela me desse por vontade isso acabaria com a minha fantasia.

- Arrastei ela até uma sombra no final do muro, ela chorava muito, gritava e todos aqueles protestos remetiam aos choros de Bárbara, meu pau estava tão duro quanto titânio.

Peguei uma pedra e com toda força chocava contra sua cabeça, o sangue escorria pelo seu rosto macio, pingava na terra, quanto mais batia, mais vontade sentia de ter Bárbara de volta naquele invólucro, sim, porque a imagem dela no caixão ficou em minha mente como uma fotografia.

Senti sua boca e constatei: não respirava. Abri a braguilha da minha calça e abaixei a dela, comi ela em pé empurrando seu corpo ao muro pra mantê-la suspensa, seu pescoço não sustentava a cabeça, que parecia pesar ao extremo de derrubar seu corpo pro lado, se não fosse minha força adquirida de trabalhos braçais no cemitério ela teria caído. Levantei seu casaco e chupei aqueles seios firmes, enquanto fodia com rapidez, ávido pra gozar, quando veio a sensação eu parei, deixando que a boceta apertada me pressionasse enquanto os jatos percorriam da minha uretra até aquela boceta quente, não consegui segurar os urros de tanto êxtase. Por fim joguei o corpo no chão, me recompus, abri um túmulo e substituí os ossos pelo corpo da menina; o que fiz com os ossos que tirei do túmulo? Levei na minha mochila e o enterrei no meu sítio. As roupas minhas e da garota eu queimei, reduzindo a cinzas, e como "souvenir" guardei -(sobre o criado-mudo do quarto) num vidro com formol, os olhos verdes do anjo do cemitério.

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Comentários

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não conhecia necrofilia, somente de ouvir falar.

porém, não é um tema que me ganhe, mas com certeza tenho de admirar sua maneira de relatar!

me senti no cemitério!

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Outro fato importante que também descreve um estupro e de certa forma isso pode causar prazer em alguém.

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Como um contista você é muito bom. O conto pode provocar sensações diferentes em cada pessoa e guarda consigo um erotismo que quem lê pode sentir se gostar do conteúdo. Realmente não me interesso por necrofilia ou sadomasoquismo, mas , deve continuar com certeza!

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Parabéns Mauricio, gosto sa sutileza de suas palavras.

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Cara, seu conto está muito bom. Prende muito a atenção e causa aquela sensação de que algo estranho está pra acontecer. Nesse sentido, é um sucesso. O único problema que vejo é o fato de ser um conto de terror ao invés de ser erótico. Pelo menos não deve ser erótico pra 99% das pessoas. Mas parabéns pelo conto! nota 10!

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