Quem leu o primeiro relato sabe que eu nutria por Mateus, o tio que eu nunca chamava de tio, uma amizade verdadeira e recíproca. Depois da noite em que ele me enrabou a pretexto de aliviar a coceira que me incomodava no fundo do reto, era de se esperar que a amizade ficasse abalada. Nada disso aconteceu. Continuamos bons amigos que se respeitam e sabem o limite de cada um. Éramos sinceros um com o outro.
Apenas numa coisa eu menti. Deliberadamente, eu não lhe comuniquei que seu “remédio” havia surtido um efeito prolongado; ou seja, eu não sentia mais a coceira que tanto me incomodava. Porque eu estava louquinho para dar de novo.
Nesse quesito, a amizade atrapalhou. Mas foi só no início. Eu não tinha coragem de lhe dizer com franqueza que queria ser enrabado de novo. O ardil que usei na segunda vez foi este:
— Que coceirinha chata...
Ele estava em sua cama, lendo. Olhou.
— Quer que eu aplique de novo o remédio?
— Acho que é uma boa ideia — disse eu.
Como da outra vez, ele calçou a luva, eu expus minha bunda e seu dedo veio lubrificado massagear deliciosamente meu reto. Eu sabia que aquilo era apenas o preâmbulo.
— É aqui que coça? — perguntava ele movimentando o dedo.
— É mais pro fundo — dizia eu.
Ele enfiava fundo o dedo, enquanto eu pensava “mete a pica, mete a pica”.
Ele meteu.
Retirando o dedo, ele disse “vamos usar o outro método”, e eu vi de reolho sua pica dura quando ele se pôs em pé ao lado da cama e tirou a roupa. Tive vontade de pegar naquele pau intumescido de tesão, mas me contive.
Então ele se ajeitou entre as minhas pernas bem abertas, posicionou o pau na entrada do meu ânus e eu emiti um suspiro quando a glande passou sem dificuldade. Foi aquele suspiro que determinou a outra forma de sinceridade que veio se impor em nossa amizade. Para quê fingimentos? Eu estava gostando de dar e ele estava gostando de me comer. Para isso servem os amigos, como ele me disse dias depois.
— Parou de coçar? — perguntou ele com o pau todo enfiado no meu cu.
— Parou...
— Que que eu tire?
— Não... — respondi com a voz mole.
Mas ele tirou. Frustrado, eu ia reclamar. Mas ele apenas ajeitou meu corpo, colocando-me de quatro e tornou a meter.
— Ahhh...
Como é bom dar o cu... Só quem nunca deu é que não sabe. E ele sabia que eu estava gostando de sentir sua pica ir e vir no meu cuzinho recentemente inaugurado. A pica entrava inteira, seu púbis se colava à minha bunda, eu gemia baixinho: aaaaiii... quando ela vinha, aaaaaiiii... quando ela retrocedia.
Até que ele gozou.
E se retirou.
No outro dia, era um domingo, fomos tomar cerveja. Ele continuava o sujeito alegre e brincalhão que eu conhecera. Mas nesse dia ele resolveu falar a respeito da situação. Nada de discutir relação. Longe disso.
A conversa foi:
— Você nunca tinha dado o cu antes?
— Não. Mas gostei. E acho que a gente devia aproveitar, já que você não vai ficar morando lá em casa a vida toda.
— Teria coragem de chupar o meu pau? — inquiriu.
Pensei. Aquilo não havia passado pela minha cabeça. Mas...
— Por que não? — respondi.
Ele esfregou as mãos de contente, pediu mais cerveja e voltamos a falar de outros assuntos. À noite, ele veio do banho diretamente para a minha cama após se livrar da toalha.
— Já está de pau duro, é? — comentei.
— Só de pensar na chupada — disse ele. — Faz tempo que eu não tenho esse prazer.
Observei com atenção, pela primeira vez, a pica que por duas vezes eu tivera dentro de mim. Não era muito grossa, mas comprida. Tinha a pele um pouco escura e a glande, de um tom avermelhado, totalmente exposta. Toquei-a de leve, depois a segurei firmemente na mão.
Foi algo muito excitante.
— Tô cada vez com mais tesão — disse ele enquanto eu satisfazia meu desejo de acariciar seu pau, masturbando-o levemente e preparando-me para o que ele esperava com ansiedade. — Por que não chupa logo?
Então eu me acomodei confortavelmente entre as suas pernas, passei a língua, depois pus o seu pau na boca e comecei a chupar.
— Que gostoso... — suspirou ele.
Nada do que eu fizera até então se comparava à sensação de ter aquele cilindro vivo na boca, deslizando pela língua, indo até a garganta. Foi a coisa mais emocionante que eu fiz na vida. “Ai, como eu gosto...”, dizia Mateus com o corpo a contorcer-se de tesão. E eu chupava, e chupava, contente como uma criança que acaba de ganhar um presente novo.
Então ele me interrompeu, puxando minha cabeça.
— Eu estou quase gozando — disse ele. — Você vai engolir o leitinho, não vai?
— Claro que sim — confirmei. — Se estou mamando, é pra tomar o leite.
Ele apertou minhas bochechas, e eu voltei a chupar a pica reluzente da minha saliva, que não tardou a despejar em minha boca o gozo cremoso que eu tratei de beber até a última gota. O sabor era estranho, mas tinha muitos significados. O principal deles, o fortalecimento de uma amizade que, durante certo tempo, as pessoas chamavam de “colorida”.
Amigos e amantes, trocamos impressões.
— O que achou? — perguntou ele quando sua respiração voltou ao normal.
— Gostei — respondi.
— Quer dar o cuzinho?
Queria, mas tive de esperar que ele se recuperasse. Enquanto isso, ficamos conversando de outras coisas. Como havíamos tirado uma soneca após a cervejada, estávamos bem despertos. E seu pau voltou a despertar.
— Já tá quase no ponto — observei.
— Chupa mais um pouquinho, que fica bem duro — disse ele.
Eu chupei de novo aquela pica cheirando a esperma até ele me dizer que parasse. Então eu tirei a roupa, ele acariciou minhas nádegas e disse para sentar na pica, de frente para ele. Foi maravilhoso! Mesmo sem lubrificação, o pau foi entrando devagar, à medida que eu soltava o peso. Quando entrou tudo, ficamos parados, apenas usufruindo o prazer de enrabar e ser enrabado. Seu semblante mostrava a imensa satisfação que eu lhe proporcionava. Sua mão veio retribuir.
Segurando meu pau, que estava também duro, ele me masturbou com velocidade crescente e eu gozei. Foi um orgasmo maravilhoso, que esparramou meu esperma em seu peito e barriga. Tive de me segurar para não gritar de prazer. Enquanto isso, meu cu apertava seu pau, e ele ejaculou também.
Aquela foi a primeira de muitas noites de prazer compartilhado. Ele já havia segurado meu pau, chupá-lo foi consequência. E adquirimos o hábito de nos chupar mutuamente, na posição de sessenta e nove. E fazemos isso até hoje. Mas somente ele me come. E eu adoro dar o cu para eleLeia relatos de qualidade: Coletânea Ele & Ele.
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