Fala pessoal! Obrigado a todos que leram a primeira parte do conto e puderam comentar. Ru/Ruanito, eu sei, sei, a primeira vista a história parece meio hetero demais, mas prometo que logo logo a coisa vai mudar de figura. Marcos Roger, que bom que curtiu.Espero que goste da sequência. Vamos a ela! Comentem! ;Formas de Amar - Capítulo 02
Naquela semana não recebi nenhuma mensagem da Luiza. Só consegui deduzir que estava rolando com o outro cara:
- “Qual o nome dele” – perguntei por mensagem.
- “Desencana Lu” – foi o que ela respondeu.
- “Curiosidade só”.
- “Curiosidade, sei... relaxa! Um dia te conto”.
Aquilo estava me frustrando. Eu parecia um namoradinho birrento e cheio de ciúme. Precisava parar. Mas meu lado adolescente desbravador colocava minha fantasia sexual acima disso. Sempre que batia uma punheta vendo um vídeo de sexo anal achava diferente, como as mulheres eram controladas, como tudo era mais selvagem. Definitivamente, eu precisava experimentar aquilo. Mas meu lado timidez batia na porta quando pensava na possibilidade de procurar outro estepe. Tinha que ser com a Luiza.
Abertura pra conversar sobre isso com alguém, nula. Só lembrava as histórias que Rodrigo contou no vestiário do clube e aquilo me instigou. Mas não era suficiente pra eu pedir essa ajuda. Só o tempo deu uma mãozinha. A desenvoltura e a paixão do cara pelo vôlei nos aproximou. Conversávamos sobre os jogos, treinávamos mais passes, mas nunca desenvolvia algo mais pessoal.
...
Até que numa quinta-feira, dia do vôlei, estava decidido a pegar umas dicas com Rodrigo. Assim que ele chegou, perguntei se poderia bater um papo com ele após o jogo, e ele concordou numa boa. Depois do ritual, partida e vestiário, ele perguntou se o papo seria longo, sugerindo um barzinho se eu concordasse. E assim, fomos. Ele morava perto do clube, então aproveitou minha carona para o bar. Cerveja e drinks na mesa, ele começou:
- Manda!
- Rodrigo, antes de começar o papo, você vai me prometer que vai ficar entre a gente e não vai dar risada. Tenho uma relação com os caras do time, mas tenho certeza que eles vão me zoar. Apesar de te conhecer há pouco tempo, você é gente boa e confio – falei meio sério.
- Pô, que honra! Palavra de escoteiro – fez o símbolo, dando risada.
- Bom, seguinte: Naquele dia que você entrou no time, há alguns meses, rolou um papo no vestiário da sua parte que hoje pode ser muito útil pra mim.
- Sério? Qual?
- Então – falei olhando pros lados, me certificando que não tinha ninguém ouvindo – aquela conversa sexual.
- Conversa sexual? Velho, os caras falam de sexo quase sempre na hora do banho. Não lembro exatamente o que foi...
- Sexo anal. O Luís comendo a namorada – falei de uma vez.
- Ahhhh... certo. O que tem? – Ele já estava mais interessado.
- Não tem. Precisa ter. Estou saindo com uma garota e estou decidido a fazer sexo anal com ela, uma coisa que... nunca fiz.
- Nunca?
Balancei a cabeça, confirmando o que tinha dito:
- Ela se mostra... um pouco insegura com esse tema – menti - E depois daquele dia percebi que você conhece bem o assunto.
- Certo, mas qual o objetivo aqui? – ele estava curioso.
- Dicas suas. Ela está disposta a entrar na onda, mas preciso saber o que fazer exatamente. Sou relativamente novo nesse campo – encolhi um pouco a cabeça. A timidez estava chegando.
- Opa, dicas! Claro, entendi – ele estava tentando ordenar um pouco as ideias.
- Estou sendo idiota né? Afinal, é só colocar meu pau em um buraco...
- Engano seu Luciano – ele disse rindo – mas vamos lá. Pra começar, vamos precisar de algo mais forte. Garçom!
Chamou e pediu algo com vodka para os dois, enquanto se ajeitava na cadeira pensando no que ia falar:
- Ok, coloque uma coisa na sua cabeça. Abra mão de pudores. Nada de nojinhos, exceções ou titubear. Estamos falando de sexo.
Eu só concordava com a cabeça. Estava mais atento que o cdf na primeira cadeira da sala de aula anotando tudo no caderno.
- A chave para um bom sexo anal é o que você faz antes dele. Não tenha medo, caia de boca. Se você fizer um bom cunete, sua garota não vai sentir dor na hora que você penetrar. E não sentir dor na hora da penetração significa a sua glória. Se você tiver intimidade, pede pra ela se lavar antes, se certifica que ela não comeu muito, pra evitar possíveis estragos – disse rindo, mas ao mesmo tempo encabulado, afinal, eram dois caras numa mesa de bar, numa aula sobre sexo anal.
Já começava a esboçar a situação na minha mente. E Rodrigo prosseguia:
- Dá uns beijos de leve nas polpas da bunda, pra tranquilizar ela, antes de chegar lá. Lambe com calma, numa boa, e aos poucos tenta enfiar a língua, como se quisesse penetrar. Vai fazendo isso bem devagar, relaxando ela. Os gemidos dela são um bom termômetro pra você ir adiante. Quando você conseguir enfiar a língua com mais facilidade, está na hora da etapa seguinte: dedos.
Ele começou a contar até cinco com a mão. No quarto dedo, confesso que já estava viajando naquela história:
- Pensa que o seu pau tem uma circunferência muito maior do que o buraco que você vai enfiar. Você precisa acostumar o cu dela e relaxar ele pro que vai chegar. Saliva o dedo e começa enfiando um, sem pressa. Quando ela acostumar com ele todo dentro, começa um vai e vem de leve. Depois enfia dois dedos, repetindo todo o processo. E quando ela menos perceber, você pode estar com sua mão toda dentro dela – disse rindo – A essa altura, ela vai implorar pra você meter nela.
Eu estava tão vidrado que meu pau pulsava dentro da calça, de tão duro que estava e eu nem tinha me ligado:
- Muita informação? – Ele riu.
- Não – sorri de volta – Na verdade você me deu uma baita ajuda!
Ele continuava rindo de um jeito ainda encabulado:
- Manda ver e depois me conta como foi!
Para aquietar os ânimos naquela mesa, mudamos de assunto. Continuamos a conversar e contei a minha saga pra ele. Abri o jogo. Falei do meu histórico sexual quase nulo, da minha timidez, da minha amizade colorida, mas também sem entrar em maiores detalhes. Depois de um tempo pedimos a conta, e combinei de levar ele em casa. No caminho, outra curiosidade me veio à mente:
- Cara, você deve ser mesmo especialista em sexo anal. Como sabe tanto? – indaguei.
- Experiências. A prática leva ao aprendizado – disse rindo.
- Putz, e onde você acha tanta mulher disposta a dar o rabo?
- Luciano – ele disse com uma cara de que imaginava que a conversa poderia chegar ali - você me falou no começo da noite e reafirmo o mesmo a você. Te conheço há pouco tempo, mas você me parece ser um cara bacana, gente boa e confiável...
Olhei pra ele sem entender nada do rumo da conversa:
-Não é que eu encontre muita mulher disposta. Já transei com algumas. A questão é que... eu sou gay – disse tentando parecer o mais natural possível.