Destino - Parte 1

Um conto erótico de Vitor
Categoria: Homossexual
Contém 1872 palavras
Data: 25/07/2014 02:42:55

Gente, olha eu aqui de novo depois de mais um ano, olha me desculpe pelos erros de português, to a muito tempo sem escrever, mas deu saudade disso tudo. Espero que gosto da nova serie, bjãoCapítulo 1

Madrugada

Meus olhos então fechado, mas sinto que estou em um lugar vazio, onde só posso ouvir os sussurros e gritos de agonia de alguém que está perto. Tento abrir meus olhos, mas, é uma tentativa em vão, por que tudo que consigo é fazer minha cabeça doe mais ainda, alias todo meu corpo ta doendo.

Sinto uma lágrima correr pelos meus olhos, agora são varias lagrimas. Como não posso abri meus olhos, tento mexer meus dedos e quando eu faço isso sinto uma dor latente, meu corpo recebe um choque e somente posso aperta meus dentes e esperar essa dor ir embora, por que sinto que não tenho mais cordas vocais para emitir nenhum som.

Depois que se passou 30 minutos, ou ate mesmo 1 hora, não faço ideia, por que o tempo não me interessa mais, a dor diminui. Com medo tento de novo abrir meus olhos, e consigo muito pouco, mas visualizo uma parede branca, o cheiro nauseante que senti nesse tempo agora fez sentido, eu estava em um quarto de hospital. Minha cabeça ainda ta rodando, tento mexer meus braços, quando olho vejo que tem um cateter conectado na minha veia, sinto que a dor diminui a cada minuto devido às drogas que estou recebendo. Sinto-me aliviado em saber que meu corpo estar recebendo algo que faça a dor passar, mas a dor na alma não existirá droga que vai diminuir.

Segundo depois eu escuto uns passos, meu medo volta, sinto que alguém está se aproximando, meu corpo começa a tremer, meus sentidos ficam em alerta, mas depois de instante vejo que os passos têm som de saltos, um sapato de mulher, sim, agora meu medo diminui, mais ainda fico em alerta.

Vejo que aproxima cada vez mais, e é realmente uma mulher, deve ter seus 30 anos, cabelos castanhos e olhos pretos, bonita apesar de mostrar cansaço deviam ao plantão que estava fazendo, com roupa branca e um jaleco, entra no quarto. Eu olho para ela com desconfiança, ela me olha com semblante triste, sinto agora meu rosto aquecer e com isso sinto o inchaço, devagar coloco a mão na minha bochecha esquerda e vejo que estar muito edemaciada, e quando penso no motivo ela fala.

-Boa noite, que bom, que o senhor já acordou. –Ela demonstra simpatia e calma, mas minha respiração ainda estar acelerada. Ela olha na prancheta que estar perto na minha cama e fala. –Seu nome é Vitor certo? Você teve sorte em. –Ela deixa a frase no ar devido a minha incompreensão.

Ela vendo que não ia falar nada, começou a mexer no meu soro, ver se ainda estava recendo a droga que me tirava da dor. E depois de minutos, olha para mim e diz.

-O senhor que eu chame o seu acompanhante? Ele está lá fora esperando noticias. –Ela falou olhando nos meus olhos.

Ao ouvi essa frase, veio um tremor incontrolado, meu coração antes acelerado agora pulava no meu peito, adrenalina foi liberada no meu organismo e eu não sentia mais dor e sim um desejo incontrolado de fugir, ir embora daquele lugar. Não eu não podia deixar ele entra no quarto, não podia.

-NÃO! –Gritei desesperado, a enfermeira levou um susto e foi um pouco para trás, eu segurei seu braço e olhei nos olhos delas.

-Se você tem no mínimo piedade de alguém, por favor, me tira daqui, te peço, te imploro me tirar daqui. –falei muito rápido, desesperado, ela estava assustada, mais meu desespero estava maior, lagrima escoriar como rios nos meus olhos, meu corpo todo tremia.

Senti que o susto dela tinha passado, ela me observou por alguns instantes e quase que automaticamente ela assentiu com a cabeça e me disse para me vesti, me entregando uma troca de roupa que estava numa cadeira, à roupa estava limpa, certeza que trouxeram para mim, sentir o cheiro de lavanda, eu que tinha lavado essa roupa.

Ela tirou meu soro com cuidado e foi no corredor para ver se vinha alguém, eu rapidamente tirei o pijama de hospital e coloquei minhas roupas. Ela voltou para o quarto.

-Olha, sei que isso é errado, que você pode se demitida, mas se alguém me pegar vou dizer que sair sozinho, mas, por favor, somente me acoberta por uma hora, é o tempo que tenho para ir para longe. –Falei olhando nos olhos delas, vi que ela era gente boa, e mesmo sem saber por que deu querer fugir, ela me compreendeu.

-Você pega o corredor até o final, tem uma saída de roupas sujas, lá tem uma porta aonde vai dar atrás do hospital.

-Sim, muito obrigado mesmo.

-A onde você vai? –Ela perguntou com pressa. Ela estava com medo se alguém passasse e sempre ficava olhando para o corredor.

-Não sei, só quero ir para bem longe. –Eu disse isso acabando de colocar minha camiseta.

-Ok, toma! Isso é tudo que eu tenho aqui. –Ela me deu uma nota de 50 reais que tinha no bolso e eu recusei.

-Não pode ir embora sem dinheiro, pega, um dia você me paga.

Peguei de contra gosto e ela me mandou ir, peguei a mão dela nas minhas e falei muito obrigado bem baixinho entre os lábios, ela de novo assentiu e sai do corredor e peguei a saída.

Tinha um cheiro de roupa suja e de água sanitária que embrulhou meu estomago. Senti pela primeira vez depois que sair da cama de novo a dor no corpo. Mas eu precisava sair daqui logo, a adrenalina era maior que qualquer coisa.

Cheguei fora do hospital, ficava uma área aberta onde tinha alguns carros e logo depois tinha um portão com uma guarita, e vi que estava aberto. O guarda devia está dormindo. Mancado tentei correr, mas a dor não me permitia fazer isso. Então apressei meus passos.

Eu morava na capital de São Paulo, reconheci o hospital que eu estava, era uns 10 quarteirão da minha casa, fiz os cálculos rapidamente para ver se conseguiria chegar em casa ou na rodoviária, vi que não tinha alternativa, teria que passar primeiro em casa, lá eu tinha dinheiro guardado, uns trocado que tinha juntado e que daria para comprar uma passagem, e também tinha que pegar algumas roupas. Se a enfermeira só avisasse do meu sumiço daqui uma hora, daria para chegar na rodoviária e pegar o primeiro ônibus.

Rapidamente sai e fui a caminho da minha casa, mas vi que andando desse jeito eu ia demorar muito e veio a ideia de pegar um táxi, eu tinha o dinheiro que a enfermeira me deu e ia ter que usar.

Depois de alguns minutos eu paro um táxi e passo o endereço para ele. O motorista ela um senhor de idade, com os cabelos brancos e usava óculos, parecia bem simpático, mas a madrugada estava afetando seu humor. Quando cheguei na minha casa teria que fazer isso rápido, e pedir para o taxista.

-Senhor, te peço que espere 5 minutos para eu entrar na minha casa, pegar minhas roupas para o senhor me levar na rodoviária, por favor.

Na minha situação eu imploraria até para um cachorro piedade.

Ele me avaliou, senti o mesmo olhar que a enfermeira me deu, de dó. Essa era minha situação. Mas naquele momento não me importava, só queria sair dessa vida.

-Ok, mais eu vou cobrar esse tempo.

-Sim, eu pago.

Sai do carro e com muito sofrimento e dor consegui pegar minhas coisas, olhei mais uma vez para aquela casa, senti-me enjoado com o cheiro, cada canto me lembrava de algum episodio que vivi ali, me sentir mal, sentir vontade de demoli essa caverna que um dia chamei de lar, mas com força fechei e porta. E com isso fechei uma parte da minha vida.

Cheguei ao táxi, o motorista estava já impaciente, mandei ele segui para a rodoviária, chegando lá paguei ao taxista, agradeci ele.

Fui para uma agencia, e comprei perguntei qual era o próximo ônibus. A mulher me avaliou e fechou a cara.

-Qual destino? –Ela perguntou com um olhar desconfiado, eu não tinha destino, não tinha para onde ir.

-Por favor, senhora, somente me dar uma passagem para o seu próximo ônibus, não importa o destino. –Tentei controla meu desespero, mas estava impossível.

Ela me olhou por mais um segundo, e depois digitou algo e olhou no monitor e falou.

-O próximo ônibus sai daqui 20 minutos, para Santa Agustina. –Ótimo, nem sabia onde ficava essa cidade, mais não me importava, fiz os cálculos e vir que faltavam 10 minutos para a enfermeira avisar que eu tinha fugindo e não tinha tempo a perder.

-Pode ser. –Falei tirando a carteira no bolso e esperando ela falar o valor. Ela me olhou e falou.

-Quero os documentos, a passagem é 76 reais. -Peguei os meus documentos junto com o dinheiro e entreguei a ela.

Ela olhou minha identidade e olhou para mim, com isso olhei no vidro que separa nos dois, e vi minha imagem, eu me assustei, aquele não era eu. Meus olhos estavam vermelhos, em volta estava roxo e o outro estava quase fechado, o inchaço era imerso. Meus lábios tinham vários cortes e sangue estava seco e escuro, minha bochecha tinha um corte enorme e também estava inchada. Ela viu meu sofrimento e me devolveu os documentos e entregou o troco com a passagem.

-Boa viagem. –Ela disse sem olhar para mim, aposto que ela pensou que eu era um bandido ou Deus sabe o que. Mas isso era de menos.

Fui até uma cadeira de lá esperei os eternos 20 minutos e o ônibus chegou, subi e fui sentar em uma poltrona, o ar frio do ônibus bateu no meu corpo e peguei uma blusa de frio, meu corpo estava esquelético, muito diferente com o que eu era antes, essa pessoa de agora era outra, estava irreconhecido. Ajeitei-me na poltrona e me senti um pouco seguro.

O ônibus deu partida no motor e olhei pela janela, nesse segundo meu corpo todo vira um gelo, minha vontade é de grita, vi um cara, sim era ele, estava desesperado, louco, procurava em todas as agencia, até que achou a que eu comprei a passagem. Minha sorte é que tinha outro ônibus do lado do meu, ele entrou lá, agradeci mentalmente a mulher que deve que falou o ônibus errado para ele. Eu olhei para o motorista e meu ônibus já estava saindo da rodoviária, meu corpo todo reagiu a esse susto, mas fiquei mais calmo quando distanciei da rodoviária, e agora era impossível dele me alcançar. Pela primeira vez em muito tempo me sentir livre.

Quando já estávamos na rodovia há alguns minutos, paramos em uma cidade, vi que não era a cidade que estava como destino na minha passagem, então eu relaxei mais no meu banco, fechei os olhos e tento dormir, mas algo me desperta, sentir um cheiro estranho, perfume era suave e amadeirado, sentir a poltrona do meu lado pesar, e abro os olhos e olho para o lado...

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Comentários

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Nossa, que bom que você voltou, senti sua falta, eu li seu último conto, acompanhei e voltei a ler contos aqui esse ano também, mas precisamente mes passado, bom tê-lo de volta, bjs.

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Muito bom sensacional continua logo por favor

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Que bom que voltou.

Quanto tempo hein, que bom que esta de volta espero que nao suma novamente.

Gostei do novo conto.

Continua logo, ansiosa pelo proximo.

Ate mais.

Bjs.

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