Nunca ignorei que ele tinha uma personalidade mais firme e estruturada, que facilmente dominava a minha de constituição branda, dócil. Excetuando-se as assombraçoes, nada mais ele temia, encarava a tudo sem hesitar, numa sede de vencer as adversidades, de melhorar e ter felicidade, uma determinação que ainda mais me encantavam nele. Assim, não tendo nós dois ainda a noção exata de amor, paixão e regras de relacionamento com suas proibiçoes velhas, não nos parecia errado um beijo ou outro quando desse vontade.
Esmagando minha timidez nesses aspectos, ele sempre tomava a iniciativa, me capturando quando queria no galpão, no canto da estrebaria, à sombra do bambuzal...No começo, beijinhos rápidos, como aquele do corredor, entre risos e de brincadeira, para depois, juntos, ir aprofundando com o passar dos dias, devagar se desse vontade, voraz se a ocasião se fazia. Apartavamo-nos sem fôlego, os beiços dele muito vermelhos, uma languidez no olhar que me lançava, as vezes chispas de uma fogueira que eu nã compreendia bem.
_Como isso é gostoso _dizia, ficando abraçado comigo, recuperando o ar.
No domingo à noite no quarto dele, isso que era tão bom já não parecia ser suficiente. Nossa voracidade nos queimava como braseiro aceso na cama e as carícias pelos corpos ainda vestidos vinham numa impaciência ardente. Ele se esfregava feito um gato sobre mim, colando nossas intumescências uma à outra e a minha, que desde a alguns anos me incomodava as vezez sem que soubesse ao certo o que fazer com ela, principiava a umedecer-me a cueca naquela fricção. Fernando parou aquele beijo de polvo que me asfixiava, sentou-se e desabotoou a blusa do pijama.
_Venha_ me puxou para sentasse em frente a ele na cama; desamarrou o cordão da calça sem me olhar _Você nunca fez,não?
_O quê?
_Uma brincadeira particular. O Luizinho me ensinou lá na escola, num dia que você faltou. Assim, olha _ pôs o pênis brilhoso fora da calça e começou a apertá-lo com uma mão, indo e vindo, enquanto a outra massageava os testículos; mordia os lábios, fechando os olhos como se deliciado.
_O Luizinho fez em você?_ indaguei sem acreditar, numa pontada de raiva.
_Claro que não. Simulou num lápis, por debaixo da mesa. Queria lhe contar isso, mas não achava muito jeito. É formidável _ tocou em meu baixo ventre, devagar baixando a parte frontal da minha calça _ Deixa eu fazer em você,Rei?
Não respondi, deixando- o proceder como quisesse. Abraçou-me forte, a mão quente envolvendo meu membro num choque, em deliciosos movimentos que faziam com que eu respirasse descompassadamente ao ouvido dele. Num ato reflexo, sem pensar, apanhei o pênis dele na minha mão trêmula, repetindo o que eu recebia dele, ouvindo-o gemer e sussurrar algo que não entendi. Alguns momentos nos contorcíamos, querendo dum modo instintivo fundir-nos de uma vez por todas, ardendo juntos naquele desejo novo e ígneo. Entre as pernas dele , eu senti-as fremindo, em dado momento se retesando como se acometidas por cãimbras e então ele gwmeu mais alto, abafando na gola do meu pijama, alagando minha mão daquela matéria leitosa, quente e de odor grave. Como se combinados,embora não fosse, logo senti um tipo único de calor arrepiante me percorrendo, concentrando-se no membro, acelerando como louco meu coração, me cegando numa semi-morte branca, fantastica, surreal, que me fez cair fatigado na cama levando Fernando entorpecido sobre mim. Percebi uma parte de minha calça e cueca molhadas, um cheiro forte pelo quarto e o som irregular de nossas rwspiraçoes. Momentos depois ele deitou-se ao meu lado, suspirando, um sorriso de bobo no rosto.
Minha impressão era a de ter tido uma hemorragia.
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Obrigado a quem esta curtindo,comentando ou só lendo.
Até o proximo!