ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!
Desculpem-me a demora descarada. Fiz uma cirurgia de alto risco e tive que meio que parar de escrever pra me recuperar. Então estou de volta e vivo!
Capítulo 10
Quando a aula acabou Charlie e Crystal saíram direto para seus armários, como a dela ficava em outro corredor eles se separaram. Estava no armário quando o novo professor de biologia chegou em passos leves.
-Olá, senhor Evans.- Charlie levou um susto tão grande que fechou a porta de seu armário, sem querer.
-Senhor Vladiskaius.- Disse com o coração acelerado.
-É Lorde.-Disse baixinho.- Senhor Evans, estou aqui como professor. Suas notas em Biologia são perfeitas. Em Química e em Física são ótimas. Mas o que há com tuas notas de Matemática? São...inexplicáveis.- Disse pausadamente, pois não encontrava palavras.- Como professor, eu o aconselho a encontrar um professor particular, ou reforço.
-O senhor tem razão.- "É Lorde!" Vladiskaius pensou- Minhas notas de Matemática são uma piada. Mas eu não conheço ninguém que poderia vir a me ensinar.
-Eu posso lhe ajudar, senhor Evans. Tenho bastante tempo livre.
-Eu não quero lhe atrapalhar, senhor Ceaser.
-É Lorde! Me chame de Vlad. Como eu disse, tenho bastante tempo livre! Esteja na minha casa às quatro.
-Sim senhor.- Disse meio sem graça. Se tem uma coisa que o Charlie detesta era pedir ajuda a alguém. Isso o deixava incomodado.
(Num apartamento no lado leste da cidade)
-Quer dizer que o papai está em coma?!
-Em coma não, Maximus. Ele está hibernando.
-Coma, hibernação, tudo é a mesma coisa. Ele está dormindo e acho que deveríamos matá-lo. Aproveitar essa oportunidade, mãe!
-Maximus, meu querido, perder a graça de caçar um caçador? Você ainda é muito novo, precisa conhecer o prazer de caçar um Berserker.- Maximus levantou a sobrancelha esquerda. - E o Aleksandrovich?
-Desapareceu. Não está em casa, ou na escola. E eu não consigo sentir o cheiro dele. É como se ele tivesse sido desintegrado. - E fez um gesto com as mãos de expansão. - Puff!
-Precisamos ficar de olho nele. Provavelmente, ele já tenha se encontrado com Licaón.
-Quem é Licaón?
-Você presta atenção nas aulas do Dean?
-Dificilmente.
-Lorde Licaón Ceaser é o Rei dos Lupinos. Na época da minha adolescência eu ouvia histórias sobre ele. Quando o encontrei com ele pela primeira vez ele era exatamente como nas histórias, perverso, cruel, calculista, frio e muito inteligente. Mas depois do incidente que quase matei o Aleksandrovich, ele mudou. Ele até virou médico do hospital da cidade.
-Realmente é bastante estranho.
-É como se ele tivesse virado outra pessoa. Mas enfim, precisamos saber da probabilidade de Aleksandrovich ser como o pai dele. E o melhor amigo dele?
-O Charlie Evans? Fácil. Ele é gay. Basta seduzi-lo que ele me conta qualquer coisa. Tagarela que só ele. Sabe de quase toda a vida do Alek.
-Ótimo, faça isso.
(De volta a escola, na hora do almoço)
Charlie e Crystal estavam sentados na mesa conversando baboseiras do dia a dia. Mesmo que Crystal, uma morena de cabelos enrolados, olhos castanhos intensos e com um sorriso de moleca, fosse bastante animada nada tirava o remorso que Charlie sentia por ter desligado o telefone. Agora não largava o seu celular, mandava mensagens, ligava toda hora mas sempre dava desligado.
-Charlie, porque você não larga esse telefone?
-Crystal, estou tentando reparar meu erro! Talvez o Aleksandr precisasse de minha ajuda.
Enquanto Charlie tentava redimir-se, o namorado de Crystal chegou na mesa e sentou-se.
-Olá, amor!- Disse dirigindo-se a Crystal.
-Como assim: amor? Vai se esfregar naquela vaca da Lydia.
-Oh! Amor, quem foi que disse essa mentira pra você?- Tyler disse descaradamente. Tyler era um moreno de grande porte, maior até que o Bradock, com míseros 1,97m de altura, era descendente de africanos e holandeses, mas era mais claro que a Crystal. Diferente de Bradock, Tyler era um homem gentil, mas não conseguia manter seus desejos guardados para si. Era um "galinha"!
-Não! Eu vi, com estes dois maravilhosos olhos.- Disse apontando para seus olhos.
-Foi ela que me seduziu, amor. Ela tinha um charme de uma bruxa.
-Respeite as bruxas. Aquela vaca vai receber o que merece. E você também.- Disse sempre em tom alto de voz, era histérica. Enquanto brigavam, Charlie olhava para ambos envergonhado. Retirou-se bem devagar e sem que nenhum dos dois percebessem. Precisava continuar tentando falar com o Aleksandr.
Foi para os corredores onde quase não tinha ninguém. Tentou de novo, mais cinco vezes e nada. Tentou uma sexta vez, alguém atendeu.
-Alô, Aleksandr?- Chamou seu amigo desesperado.
-Então o nome dele é Aleksandr?- Disse uma voz de mulher.
-Quem é você? E o que fez com o Aleksandr?
-Nada...ainda!
-O que você quer dele?
-O coração dele. Se você quer realmente salvá-lo, venha no galpão abandonado às quatro. Não fale com ninguém. Não venha com ninguém.
E agora? O que fará Charlie pelo seu amigo? Se levasse alguém, ela o mataria. Mas e se contasse e pedisse que viesse de surpresa? A polícia com certeza não ajudaria em nada. Eles estavam preocupados com os assassinatos em massa. E principalmente agora que o pai do Aleksandr, o Xerife O'Brien, estava em coma.
-Está certo. Eu vou sozinho. Onde é o galpão?
-Muito bem. Obediente. Eu gosto disso. O galpão fica na rua Montsierro.- E desligou o celular. Não deu nem tempo de digerir o que acabara de acontecer, a Crystal apareceu com o Tyler. Ambos de mãos dadas. Suspirou e tentou ao máximo fingir ignorância.
-Já estão juntos de novo? Vocês vão longe!- Deu um falso sorriso.
(E o tempo passa, na hora da saída Charlie estava apreensivo.)
Charlie estava bastante nervoso. Não conseguia se controlar. Saiu correndo, praticamente. Sequer falou com a Crystal. Vladiskaius estava saindo no seu carro quando viu na face de Charlie, desespero puro. Vlad ficou bastante intrigado e o seguiu a pé mesmo. Será que o garoto estaria tramando algo?
Seguiu um pouco até que ele chegou em uma casa e entrou. Ficou esperando até que ele saísse. Depois de 15 minutos, Charlie saiu com uma bolsa grande, voltou a seguí-lo. Depois de, mais ou menos, 30 minutos de caminhada, ele chegou a um lugar bastante vazio e estranho. Charlie parou, colocou a bolsa no chão e retirou duas espadas de cerca de 60 centímetros, reta, com duplo fio e com a lâmina um pouco fina, o cabo e a guarda era feita de ouro puro. " Ouro puro?" Indagou-se. Charlie verificou o fio da lâmina mais de uma vez e as guardou na bainha, que estavam presas na cintura. Deu um suspiro e entrou num galpão abandonando. Vladiskaius olhou para cima e confirmou, dava pra subir no teto.
Lá dentro, Charlie entrou devagar, caminhou um bocadinho até que chegou num lugar bastante grande. Tomou um ar e disse bem alto:
-Eu vim pelo Aleksandr.
-Então você veio mesmo.- Uma mulher surgiu das sombras que faziam aquele lugar grande e fechado.
-Cadê o Aleksandr?
-Calma! Vamos brincar um pouquinho.- Disse sorrindo maliciosamente.
-Eu não quero brincar. Eu quero meu amigo.- E tocou na espada. Quando ia sacá-la, dois homens o pegaram por trás e o imobilizaram. Arrancaram o cinto de onde estavam as espadas e jogaram para a mulher.
-Achou mesmo que nós tínhamos pegado seu amiguinho?- E deu uma gargalhada carregada de malícia.- Se tivéssemos um garoto sequestrado pediríamos resgate.- Pegou algo no bolso da calça, era um celular e Charlie reconhecia aquele celular, era de Aleksandr.- Encontramos esse celular muito bom e bem caro, no chão da floresta. Quando vimos as ligações, vi que seria a nossa chance de conseguir uma grana boa.
-Vadia!- Gritou com um tom de nojo. O sorriso dela desapareceu.
-Quer saber mudei de ideia. Suas roupas são bastantes baratas. Deve ser pobre. Não me serve.- Pegou uma das espadas e a sacou. Chegou perto do nosso "talvez heroi" e abriu um sorriso grande e cravou a espada no estômago de Charlie. Os dois homens soltaram-no e ela largou a espada que ficou cravada na barriga do Charlie. Ele agarrou a lâmina e tentou tirá-la mas já estava sem forças. Ajoelhou-se. Será que sua estaria no fim? Cuspiu sangue! Nunca mais veria sua mãe? Ou o Aleksandr? Ou o Bradock? Ah! Queria tanto confessar o amor que tinha pelo Bradock.
Um dos homens ria histericamente pela situação em que encontrava-se o Charlie. Quando ria sem parar, ele recebeu bem no meio da testa uma adaga de 9 centímetros. O outro homem que ria igualmente parou na hora e a mulher ficou claramente nervosa. Uma lâmina azul apareceu no meio do peito do segundo homem, foi erguido e jogado contra uma parede como se não fosse nada. A mulher ficou desesperada e começou a correr para os fundos do galpão. Charlie já estava perdendo a consciência quando sentiu uma força retirando a lâmina que estava ceifando sua vida. Cuspiu mais sangue.
-Provavelmente eu vá me arrepender do que vou fazer agora.- Uma voz conhecida. Mesmo sem quase consciência alguma, Charlie reconhecia aquela voz.
-Senhor...Vladiskaius? É o senhor?- Disse com bastante dificuldade.
-É Lorde! Silêncio. O que eu vou fazer aqui, você não deve contar a ninguém.- Levou seu antebraço, mais necessariamente seu pulso, à sua boca e mordeu, tão facilmente cortou-lhe a carne e saiu sangue.- Beba!- Ordenou. E ofereceu ao Charlie que resistiu no começo, mas depois pegou e levou a sua boca. O sangue era salgado e parecia ferro. Mas a medida que bebia, o liquido vermelho espesso se tornava doce e gostoso. Bebeu consideravelmente mas estava cansado demais e desmaiou. Vladiskaius se levantou e olhou para a direção em que a mulher correra. E foi em direção a ela.
A mulher corria desesperadamente e chegou a um carro e tinha um cara encostado que viu o desespero da mulher.
-Que é isso, mulher? Que medo é um esse?
-Liga esse carro!-Gritou desesperada.- Liga esse carro agora!
O cara andou em direção a ela, mas antes que chegasse perto seu pescoço foi envolvido por uma corrente vermelha e foi puxado para cima como se fosse um simples pedaço de carne. Gritos foram soltados que rapidamente cessaram. E tal como carne, foi devolvido ao chão em pedaços, cortado literalmente em cubos vermelhos com o sangue se espalhando lentamente pelo chão.
A mulher parou na hora e gritou desesperada. Sentiu alguém atrás dela.
-Tenha piedade de mim!- Clamou.
-Eu não sou Deus para ter piedade de assassinos de crianças.- Disse com uma raiva profunda. Pegou-na pelos cabelos e puxou para perto de si. Puxou sua cabeça para o lado e disse: - Faz dois dias que não me alimento.- A mulher se debatia desesperadamente tentando escapar dos braços daquele homem. Puxou um pouco mais para revelar o pescoço, abriu a boca e os dentes caninos afiados penetrou a jugular daquela mulher sem sorte alguma. Bebeu o sangue e depois de satisfeito, largou-a no chão. Ficou parada quase sem reação alguma, respirava muito dificilmente.- Seu sangue é podre! Não se preocupe minha querida prostituta, você não vai virar algo como eu. Apenas definhará e morrerá com muita dor devido ao meu veneno.- Virou as costas para a moribunda e foi em direção de volta ao Charlie. Precisava ver como ele estava.
É só isso por enquanto!!! Bjs bjs...