- Eu tava com raiva, queria dar o troco. Queria ver se tudo aquilo que eu senti foi com você ou se poderia ser com qualquer um.
- O que?!
Eu perguntei estupefato.
O cara parado a nossa frente nos olhava meio assustado, sem saber o que fazer. Eu só o olhava, tentando entender o que estava acontecendo ali, sem poder acreditar que ele tinha ido tão baixo.
- Deixa eu te explicar...
- Bernardo, você acha mesmo que tem alguma explicação? Você deu um piti ao me ver com o Kadu, um cara que a gente conhece desde moleque, sem nem ao menos se certificar que tinha rolado algo. Parecia estar tão indignado em me ver compartilhar algo que até então só tinha acontecido contigo, falando que eu fui o único pra você e contrata um boy? Qual é a lógica nisso?
- Biel..
- Cala a boca, agora eu vou falar! Vou falar tudo que está entalado aqui! Você armou toda aquela situação naquela noite e eu cedi porque é obvio que já sentia algo por ti, mesmo sem saber ao certo o que era. Você forçou aquela entrega porque queria experimentar algo novo e depois se arrependeu. Sumiu por dois anos! Foi até mais que isso se formos parar pra pensar. Quase três anos... Todo esse tempo sem uma maldita palavra sua! Só aquele e-mail frio e cruel. Eu não sofri... eu quase morri! Tinha perdido meu melhor amigo, meu companheiro de todas as horas e o meu grande amor. Tive raiva de mim, de ti, do mundo... Senti nojo por ter feito aquilo. Me culpei, me condenei, me puni...Então você volta e quer que seja tudo como foi um dia. Eu mais uma vez tento fugir de ti, de nós, de tudo. Mais uma vez tenho que lutar contra os meus fantasmas, os meus medos. Você acha que você tem o direito de bagunçar a minha vida assim? E se eu tivesse algo com o Kadu? É um cara legal, muito mais homem do que você jamais foi um dia. E esse mesmo cara me convenceu a vir aqui, tentar de novo. Pra que? Encontrei você bêbado rodeado de vagabundas, te dei banho, segurei sua cabeça pra você vomitar. Mesmo sentindo uma raiva filha da puta de você por essa merda toda que você tinha aprontando, eu cuidei de você, estava disposto a abrir meu coração e então me aparece um garoto de programa?! Pagar por sexo? Por algo que você a minutos atrás disse ter sido único e que você só seria capaz de fazer comigo?
- Nossa... Que história. Não queria estar na sua pele, mano.
O cara que continuava parado ali no quarto falou olhando com pesar pra nós dois. Eu olhei pra ele e depois pro Bernardo, que se mantinha de cabeça baixa.
Levantei e parei na frente do garoto de programa, que estava completamente sem reação diante daquela confusão toda.
- Pode fazer o seu trabalho, o que te trouxe aqui. Não vai precisar cobrar em dobro.
Eu disse e sai do quarto. Na casa a festa ainda rolava a todo vapor, gente se pegando em tudo quanto é o lugar e aquilo tudo estava me causando náuseas. Me apressei em sair, mas não consegui ir pra casa. Andava a esmo sem direção certa, a cabeça pensando mil coisas ao mesmo tempo.
Sentei na esquina de uma rua qualquer e senti o celular vibrar. Tinha trezentas ligações e mensagens da Jackie, mas eu não ia responder naquele momento. Pensei em mandar uma mensagem pro Kadu, mas a verdade é que eu não queria falar com ninguém.
Não sei quanto tempo eu fiquei ali, imerso em pensamentos que me torturavam por horas a fio. Então levantei e voltei pra casa. Tomei um banho e deitei.
No dia seguinte corri atrás de fechar uma proposta que tinham me feito de treinar uma equipe de corrida numa cidade próxima. Eu tinha enrolado até então, meio absorto com os últimos acontecimentos, mas a agora era uma ótima oportunidade pra me distanciar daquilo tudo. O Bernardo mandava várias mensagens pro meu celular, mas eu nem me dava ao trabalho de responder. Seria uma semana fora e me apressei em me despedir da minha mãe, mandei uma mensagem pro Kadu avisando do trampo e passei na casa da Jackie rapidamente, pegando a estrada logo depois.
Durante a semana inteira foquei no trabalho. A prova seria no sábado e no domingo de manhã poderia retornar pra casa. Na verdade estava sentindo uma paz tão grande que não sentia muita vontade de voltar. Falava todos os dias com o Kadu e com a Jackie via mensagem e ligava pra minha mãe religiosamente.
No domingo de manhã voltei pra casa e fui recepcionando com um almoço delicioso que minha mãe preparou. Ela estava me esperando chegar pra poder levar meu irmão mais novo na casa da minha vó que era na cidade vizinha. Iria aproveitar e passar uns dias lá, visto que ele estava de férias. Nem fiz qualquer objeção, pois adorava ficar sozinho, mas confesso que estava sentindo falta dela devido à semana que passei longe.
No dia seguinte fui à faculdade e depois fui dar meus treinos na academia. Já era tarde da noite quando voltei pra casa, cansado e faminto. Passei numa lanchonete pra comer um sanduiche por pura preguiça de fazer algo na cozinha. Não demorou muito, eu estava entrando com o carro na garagem. Entrei na sala, jogando as chaves em cima da mesa e subi para o meu quarto.
Entrei e ao acender as luzes quase morri de susto. Encontrei o Bernardo sentado na minha cama, me olhando calmamente. Dei um berro e cambaleei pra trás, assustado por não esperar aquilo.
- Você ta louco?! O que você ta fazendo aqui?! Como entrou?!
- Eu ainda sei onde fica a chave reserva e não estou tão velho pra pular muro. Como nos velhos tempos.
Olhei pra ele ainda me recuperando daquele susto, respirando descompensado, enquanto ele sorria da sua marotice. Joguei a mochila no chão e cruzei os braços.
- O que você veio fazer aqui?
- Vim conversar com você, Biel. Eu sei que você não atenderia as minhas ligações, assim como não respondeu as minhas mensagens. Me ouve, por favor.
- Bernardo, nem perca seu tempo. A gente não tem nada pra conversar. Segue a tua vida que eu vou seguir a minha.
Ele levantou e veio na minha direção, parando há poucos metros.
- É inútil tentar fazer isso. Eu já tentei, você também. Minha vida é você, Biel. Eu fui um idiota de tentar apagar aquela noite, de achar que podia viver isso com outra pessoa, se sempre foi você. Quanto tempo eu neguei pra mim mesmo quando éramos moleques. Te via tão lindo junto a mim e te desejava o tempo todo, mas não podia nem sequer pensar naquilo. Às vezes tinha a impressão que você também não era indiferente a mim, mas eram tantas duvidas, totalmente diferente do que diziam pra gente ser o certo. Eu já tive outras pessoas, você também, mas aquela noite foi a mais linda da minha vida. Ali eu me dei conta que eu era seu e só seu. Eu me assustei, fugi e paguei caro pelo meu erro. Eu sei que você sofreu muito também, por isso eu voltei. Voltei porque não aguentava mais fugir desse sentimento, voltei porque eu precisava de você.
Ele falava com os olhos marejados fixos nos meus. Eu continuava estático, sentindo ele se aproximar a cada frase. Ele parou a centímetros de mim e falou:
- Vamos esquecer o que passou e vamos dar uma nova chance a gente. Vamos viver esse amor, só nós dois. Vem..
Ele disse e meu corpo reagiu sozinho. Tomei-o nos braços e o beijei com tanta paixão que até doeu. As bocas se engoliam famintas, desesperadas, enquanto minhas mãos apertavam suas costas. Senti sua língua invadindo a minha boca e a suguei com gosto, deslizando a minha nela. Ele me apertava com força, meus braços, minhas costas, sentindo, reconhecendo cada pedaço do meu corpo.
Depois de um bom tempo nos beijando, já sem folego, minha boca desceu pelo seu pescoço, arranhando, sugando de leve e senti-o tirar a minha blusa. Tirei a dele também e ele começou a beijar meus ombros, descendo pelo tórax, se demorando nos mamilos, me arrancando suspiros. Mordia com força os gominhos da minha barriga, me deixando todo marcado, me levando a loucura.
Abriu minha bermuda e a tirou lentamente, afundando o rosto na minha cueca boxer branca, aspirando o cheiro, passando a língua pelo tecido. Foi tirando a peça de roupa, revelando minha pica super dura, grossa, que já babava de tanto tesão. Ele foi passando a língua na cabeça, espalhando aquele liquido pela a extensão inteira do pau. Lambeu meu saco. Sugando as bolas devagar, para depois voltar com a língua da base até a cabeça. Eu joguei a cabeça pra trás de olhos fechados, arfando com aquelas caricias.
Não demorou ele engoliu minha rola por inteiro, sugando com força me fazendo gemer. Segurei o seu cabelo e conduzi os movimentos, enquanto ele me chupava gulosamente. Ficou nessa até eu quase não aguentar mais, então o puxei novamente pra mim e o beijei com gosto. Engolia sua boca num beijo intenso, de tirar o folego, enquanto minhas mãos se livravam da calça dele com cueca e tudo.
Joguei-o na cama, nu e o admirei. Mordi os lábios em aprovação com uma cara safada, fazendo ele sorri. Fui subindo pelas suas pernas, beijando, mordendo até chegar a sua coxa. Mordi com força fazendo-o gemer. Passei a língua pela virilha e lhe suguei as bolas. Ele se contraia na cama de tanto prazer e eu continuei com aquela doce tortura. Passei a língua no seu pau todo, pra depois chupar com força trazendo todo aquele liquidozinho pré gozo pra minha boca. Segurei e subi beijando sua barriga, seu tórax até tomar seus lábios novamente, o fazendo sentir seu próprio gosto.
Ele pegou a minha mão e colocou meu dedo indicador todo na boca, chupando, olhando pra mim. Depois pegou ele e direcionou ao seu buraquinho, no qual eu penetrei devagar, o fazendo arfar. Brinquei bastante com o dedo enquanto o beijava e quando senti que devia coloquei mais um. Ele me arranhava e gemia abafado dentro da minha boca, querendo mais. Resolvi enfiar mais um e tentar lacear o máximo que eu podia. Depois de um tempo, ele mordeu minha orelha e falou rouco de desejo:
- Vem, entra em mim. Não suporto mais esperar.
Olhei nos olhos dele e o beijei mais uma vez. Seus rosto branco e lisinho estava vermelho da fricção com a minha barba rala, deixando-o ainda mais fofo.
Me posicionei, esfregando o pau na entradinha pra lubrificar bem. Passei a maior quantidade de saliva que eu podia. Comecei a forçar, indo devagar, mas com firmeza e depois de um tempo seu cú começou a ceder. A cabeça entrou, fazendo ele se contrair e fazer uma careta de dor. Esperei um pouco e voltei a enfiar. Ele apertava minhas costas e rangia os dentes. Tirei e lubrifiquei mais e tornei a colocar, enfiando devagar, indo com paciência até meter tudo dentro dele. Fiquei parado um tempo, beijando sua boca com ternura, o fazendo relaxar. Mexia o quadril com calma, vendo como ele reagia e depois de um tempo já estava fodendo gostoso.
- Ahhh aiii, vaaaii.. aaiii aahhhh, caralhooo ...aaahh aaiii Biel Ahhh fodeee ... me faz seeeuu.
Ele entrelaçou as penas na minha cintura e eu tirava quase tudo de dentro dele e tornava a enfiar, o fazendo revirar os olhos. Meu quadril se ondulava num ritmo perfeito em cima dele, sem que eu tivesse controle algum. Olhei bem pros seus olhos e disse:
- Eu te amo.
Ele sorriu, fechando os olhos para abrir em seguida e dizer:
- Eu te amo muito. Muito...
E me beijou. O ritmo foi acelerando naturalmente. Sentia as mãos dele percorrendo meu corpo, arranhando, enquanto seus dentes cravavam-se no meu ombro. Os gemidos ficavam mais urgentes, assim como as estocadas mais fortes e rápidas. Olhei bem nos olhos dele, mordendo os lábios e segurei seu pau, que já latejava na minha mão.
- Ahhhh porrraa ahhhh nossaa... aahhh aiii ahhh não páraaa
Não foi preciso muitos movimentos para que ele jorrasse aquele liquido esbranquiçado e denso, melando a minha barriga, a sua, o peito, tamanha era a abundancia. Ele gemeu alto, se contraindo e apertando os olhos. Gozei em seguida, sentindo seu cu mastigar a minha rola e com isso tirar uma boa quantidade de leite meu que lhe inundou o reto. Urrei sentindo aquela descarga elétrica me percorrer o corpo, deixando-me sem ar, fazendo meu corpo tremer violentamente.
Ficamos assim colados um no outros, sentindo os espasmos dos nos nossos corpos, até que a nossa respiração voltasse o normal. Me mexi para sair de cima dele, mas ele me segurou.
- Espera, não sai agora. Quero aproveitar cada segundo. Tanto tempo eu esperei por isso.
Passei a mão no seu rosto e o beijei. Senti meu dedo molhado e quando tornei a olha-lo vi que uma lágrima escorria do seu olho, enquanto ele os mantinha fechados. Meu coração estava tão cheio de amor que poderia explodir. Beijei sua testa e com cuidado sai de dentro dele, deitando ao seu lado. Ficamos assim, abraçados durante um tempo.
- Vamos tomar um banho?
Propus vendo o estado que estávamos: todos melados, suados e grudentos.
- Vai ter coragem de me tirar do céu?
Ele disse rindo. Eu o apertei nos meus braços e disse baixinho no seu ouvido:
- Eu te levo pra lá de novo depois.
Rimos, eu peguei ele no colo e fomos pro banheiro. Debaixo do chuveiro, as caricias recomeçaram, mas ele estava dolorido e não conseguia transar novamente. Mesmo assim me chupou com tanta vontade que não demorou muito pra eu estar gozando novamente, agora na sua boca, que não deixou vazar nada. Nos beijamos e retribui a gulosa, fazendo ele gozar gostoso.
Troquei o lençol, que mais uma vez estava manchado de sangue e sêmen. Ele me garantiu que estava tudo bem, que era normal e eu me despreocupei. Afinal, ele era quase um medico. Nos deitamos e logo ele se aconchegou a mim.
- Isso parece um sonho, sabia?
- Será que não é um sonho?
Perguntei fazendo carinho nos cabelos dele.
- Se for, eu não quero mais acordar.
Ele respondeu sorrindo. Logo ele pegou no sono, enquanto eu me mantinha acordado velando o seu descanso. Na verdade eu tinha medo que aquele desfecho de outrora se repetisse novamente. Ele se mexeu e abriu os olhos, sorrindo ao me ver.
- Não dormiu? O que foi? Pode dormir, seu bobo. Eu não vou fugir.
Ele disse me beijando em seguida. Aconcheguei-me a ele e logo dormimos novamente.
No dia seguinte acordei e me vi sozinho na cama. Não havia sinal dele, nem de suas roupas. O quarto estava em silêncio e um pânico tomou conta de mim. Aconteceu de novo?
.....Continua
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Hey,
Quero agradecer a todos o carinho e os votos de melhoras. Já estou bem e escrevi uma parte enorme como vocês puderam ver. Não fiquem mal acostumados (rs). Eu fiquei muito feliz de ver tanta gente comentando e votando, a caixa de e-mails bombando, o conto nos 4 primeiros lugares do ranking. É estranho porque em momento nenhum eu imaginei isso e dá até um frio na barriga, pois nunca imaginei essa proporção, muita gente lendo, mas vamos que vamos. Eu só tenho a agradecer e agradecer e agradecer.
A gente sabe que a vida é louca, que o amor é um sentimento que nos vira pelo avesso e que muitas vezes quando a gente vê, já fez. Sejam pacientes com a comédia privada da minha vida rsrsrs.
Love31: Desculpa, cara. Nem tinha visto, mas respondendo: Sim, sou flamenguista, sim. Valeu ;)
P3dr0r!ck: Sim, é real. Claro que algumas coisas tiveram que ser mudadas, adequadas, mas o conto é real.
DW-SEX: Hahahaha. Nãaoo. Nem puta, nem puto. Na real foi uma coisa que relevei ali no auge da bebedeira dele porque ele tava no lixo, mas antes de algo rolar entre a gente, era normal nos vermos com mulheres, quando o que tivemos era algo único pra nós. Complicado. Obrigado pelo carinho. ;)
jrdacruz2: Se você puder me mandar um e-mail e explicar onde eu errei. O que eu fiz que te desagradou tanto. Fiquei curioso.
Meu e-mail pra quem quer trocar um ideia. Eu leio e respondo o mais rápido possível: (biel.sabatini@yahoo.com.br)
A vocês: (Lukas Powel, Fabi dion, jrdacruz2, Cassio Du, Jhoen Jhol, indeciso, L.P, Rôh, Igor Alcântara, Tack, Noni, Tozzi, Riquinho, Vick Tinho, Matt 18, P3dr0r!ck, unocapixaba, Nizan, Crystal*.*, theflyer, Agatha1986, Vi(C)tor, IceWolf1994, Babado Novo, gatinho02, vini..., DeBemComAVida, diiegoh, Irish, Luna-, cintiacenteno, juniormoreno, Ru/Ruanito, Lost boy, louco de Amor, Melk Serra, DW-SEW, CrisBR1, $Léo$, Potterhead, DinhoCdC, Chele, Monster, HenriQ, love31, lucas/, Gik, Gabee, Tau, senhorita Castro, M(a)rcelo, Alguem93, Marcos Roger, SafadinhoGostosoo, Gael, esperança, _hunter, geomateus)