Antes das seis VIII

Um conto erótico de Carpenter
Categoria: Homossexual
Contém 714 palavras
Data: 15/07/2014 01:52:03
Assuntos: anos 50, Gay, gays, Homossexual

Teve início uma particular vida fervilhante para nós, um éden de prazer sexual para dois garotos que cresciam juntos e juntos aprimoravam técnicas de um amor que ninguem sequer citava. Faziamo-nos homens um com o outro na cama dele uma vez por semana, atrás dos sacos de algodão do galpão às tardes modorrentas, nos cantos do pequeno estábulo só para os cavalos verem. Ao mesmo tempo nossas barbas engrossavam, adquiríamos pêlos nos peitos e virilhas, nosso esporro de ppuco e aguado ia se fazendo denso e abundante, nossa altura se estacionava num patamar bem próximo à dos rapazes de dezessete anos, as formas enrijeciam-se e se alargavam, bem como os nossos pênis que gostávamos de medor entre rosadas após horas intensas de comunhão corporal.

Por essa época fui obrigado a auxiliar o pai e o mano na roça, pois, é claro, já não era mais um moleque e sim praticamente hom feoto. Fiquei triste por dar adeus aos momentos ocultos que partilhava com Fernando no galpão, onde a luz solar das horas mais fortes formava listras amarelo-desmaiado no corpo nu e suado dele de bruços, me recebendo sobre uma camada grpssa de feno pinicante. À noite, porem, sem vê-lo a tarde toda despertei sobressaltado com duas duas batidinhas na madeira da janela. Corri a abrir, já amaldiçoando a falta de juízo dele, mas sem lhe fazer qualquer censura pois, assim que ele galgou o último degrau da escada e pulou para dentro do meu quarto calou-me num beiko sôfrego. Em solencio, desfizemo-nos das roupas e minha cama estreita nos recebeu pela primeira vez.

A avidez concupiscente dele se saciava em mim, nos movimentos ora esfomeados, ora carinhosos, tapando minha boca e mr pedindo de gemer alto e acordar o meu irmão que dormia no outro quarto, roncando. Na vez de Fernando me receber, enlaçou-me num golpe de pernas pedindo tudo, aos sussurros, me apertando como a sucuri com a presa. Mesmo naquela escuridão quase completa, sem vê-lo com perfeiçao, podia adivinhar as expressões de êxtase que atravessavam o rosto dele, aquela palpitaçao que antecede o auge do prazer, o corpo convulso, molhado e trêmulo como ma febre invencível. Na passividade o prazer dele atingia o ápice, embora nunca me confessasse isso.

Retomando o fôlego, me contou que saíra do quarto pulando a janela, após todos terem se recolhido. Já no nosso terreiro os cães, que o conheciam bem, farejaram-no de longe, cúmplices em seu silêncio; o resto era apanhar a escada do galpão, subir , entrar e depois colocá-la no lugar quando fosse embora.

Deve ter durado de três a quatro meses aquela rotina furtiva. Ele entrava no meu quarto às dez e saia por volta das duas da madrugada. Apesar do meu receio nunca nos pegaram ali, pois éramos silenciosos como um casal na sacristia e só aos sábados ele evitava ir, uma vez que, como o costume, era o dia que o pai e o mano escolhiam para se embriagar e discutir.

A catástrofe que nos lançaria à casinhola insalubre daquela rua teve início numa fria tarde de domingo. Fernando e eu voltávamos de uma visita ao sitio do Seu Manuel, curiosos que estavamos da sua criação de alevinos que ferviam no tanque da propriedade, semelhantes a vírgulas de prata, se retorcendo quando alimentados. Na volta fomos cuidar dos cavalos do pai, comentando ainda sobre os peixes; a tarde fazia-se entristecida, com o sol descendo depressa no céu varrido de nuvens. Ventava. Para gracejar comigo, Fernando apanhou dos implementos pendurados à parede um chicote velho, me ameaçando com uma risada marota. Acabei por tomar-lhe o chicote, enlaçando-o com um braço e o empurrando contra a parede suja, capturando a boca dele com a minha, naquela sede eterna do gosto dele, fazendo-o arfar e me apertar os cabelos. No instante seguinte, paralisei por inteiro ouvindo as passadas pesadas atrás de nós, estacando decerto com p que via;Fernando ficou lívido, me afastou com um empurrão, olhando para alguem atras de mim. Eu me voltei, num medo glacial, dando com a figura estupefada e sombmbria do meu irmão que nos fitava, sem acreditar. Tentou dizer algo,as um esgar de ódoo deformou-lhe a face precocemente envelhecida. Num urro de fúria avançou sobre nós.

Obrigado pelas leituras e comentarios!

Perdoem os erros e até o próximo!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Irish a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Isso ia tr que acontecer mais cedo ou mais tarde né? sempre é assim.... como se fosse um pecado q não pode ficar escondido.... mas a realidade é que acabamos nos descuidando... temos que viver cuidando dos outros mais que de nos mesmos, "mundo sensível". Enfim.... à próxima parte... :*****

0 0
Foto de perfil genérica

Irish....por favor....pesso encarecidamente que continue o quanto antes....srsrsrsrsrs.....es´ta muito bom.....a escrita é tão suave que ela passa e eu nem percebo...a não ser quando já terminou, para meu desespero...srsrsrsrs 10 como sempre. Alias, desculpa a demora pra ler....mas estava mesmo, muito enrolado aqui com meus afazeres.

0 0