Estava lendo o conto do autor “natanaelpericles” e me causou uma pequena revolta porque passei pelo mesmo problema, e coincidentemente, na cidade de Salvador.
É até uma cidade bonita, agitada, badalada, mas não pretendo nunca mais voltar naquela cidade. Não odeio a cidade, mas odeio seus habitantes... melhor dizendo, odeio os baianos. Para mim são pessoas grossas, estúpidas, que não se importam com o sofrimento alheio e vivem numa era meio ditadura, meio medieval.
Sou de Canoas – RS, vizinho a capital Porto Alegre. Há 2 anos atrás dois amigos e eu fomos conhecer Salvador. Eu o Raul ambos tínhamos 23 anos, e Augusto tinha 27. Gostamos muito de viajar por diferentes lugares e ouvimos falar muito bem de Salvador, tanto pela cultura, quanto pelo povo e pelo clima.
Mas vou direto ao assunto.
Nos hospedamos num hotel, na Barra, frente ao mar. Como chegamos pouco mais da meia noite de quinta pra sexta, fomos curtir a praia na sexta. Foi bom, muita gente bonita circulando, praia lotada, muitos turistas... e sentamos para beber alguma coisa e tomar banho de mar e sol.
Nós somos gays, e confesso que damos pinta. E logo ao nosso lado havia um quarteto de rapazes, bonitos, de pinta, e encheu nossos olhos. Logo eles se engraçaram, ficavam comentando entre eles e olhando pra gente, dançava pagode baiano (ou era axé, sei la, sei que era dança sensual – que inclusive odiamos o ritmo e a letra, mas a dança chamava atenção).
Eles levantavam, riam, conversavam, apertavam o pênis pela sunga para olharmos, e bebiiiiam que era uma beleza; mas continuavam sóbrios. Impressionante!
Não demoramos muito a nos juntar; eles tinham uma conversa... uma lábia e tanto. Já era pouco mais de meio dia e queríamos almoçar. Eles se dispuseram indicar um bom restaurante. Pagamos a conta (a deles e a nossa – primeira falha nossa) e fomos almoçar.
Eles contavam tanta coisa, tanta resenha que logo nos cativou. Então nos convidou a ir para um lugar chamado Linha Verde, fora da cidade, a noite para badalarmos um pouco. Augusto e eu logo de cara aceitamos; Raul, como é o mais desconfiado de tudo, ficou com um pé atrás e não aceitou o convite.
A noite nós fomos e Raul ficou no hotel (me arrependo até hoje fazer isso com meu amigo). Dois dos rapazes foram ao hotel nos encontrar para irmos juntos e os outros dois já estariam la. Até mesmo porque o carro que alugamos não dava para 6 pessoas.
O lugar que nos apresentaram como Linha Verde realmente era deslumbrante. A casa onde havia uma galera conversando, ouvindo som, tomando bebidas alcoólicas horrores, banho de piscina, etc, era enorme, o dono, um coroa bem gay, era gente boa e pinta de muito rico.
O Jean, um dos rapazes que foi nos buscar no hotel, me chamou a parte e disse que o outro amigo dele, que havia ido mais cedo, queria “trocar ideia” comigo – rsrs. Eu não sabia o que era “trocar ideia” mas fui. Ele se chama Robson, mulato (como reparei na maioria dos baianos), alto, meio magro, estava sem camisa, usando uma bermuda de tecido de quinta categoria, no meio da bunda, exibindo uma sunga vermelha e preta que certamente comprou em algum centro de abastecimento; o português dele doía os meus tímpanos; mas isso eu já tinha reparado mais cedo, claro, mas naquele momento ele não parecia estar mais sozinho, estava com uma áurea diabólica, profana, sei la. E com aquela voz bêbada me disse que não via a hora de eu chegar logo. Perguntei o porquê e ele respondeu que apenas gostou de mim, que ele curtia “via...” – não quero repetir a palavra de baixo calão – branquinho, rabudo, etc (não quero falar muito de mim – rsrs). A bermuda dele começara ficar alterada (só isso que os baianos tem de bom – a maioria roludo) e eu ficava imaginando se ele tinha colocado uma garrafa dentro da bermuda; e ele, bem mais alto que eu, levantou minha cabeça e meu deu um beijo muito melado, de língua; parecia que ia engolir minha cabeça inteira, nunca tinha visto de perto uma boca tão grande e lábios tão grossos que parecia de moçambicano.
Augusto já estava com outro se flertando também. E tarde da noite nos chamaram para tomar banho de praia (nunca tinha feito isso), e aceitamos numa boa. Tinha mais alguns gays o que possibilitou alguns homens não ficarem sozinhos; porém havia mais homens.
Na praia havia uma vasta área de coqueirais e alguns arbustos. Casal sumia aqui, ali, acolá, e o que eu estava me chamou para ficarmos a sós também. Nos encostamos em um dos arbustos e começarmos um amassa-amassa e logo chupei aquela rola enorme. Para fazer sexo anal, ele teve que meter dedo em mim para abrir espaço, mesmo assim foi muito complicado entrar. Nunca tinha dado a um rapaz com instrumento tão grande, tão grosso. Para ter ideia, a coisa era tão avantajada que deu trabalho pra camisinha entrar, sendo que a primeira rasgou, e a segunda so foi até o meio do pênis. Enfim com seguimos.
No bem bom da história, ele gozou, senti que algo quente escorrendo pra dentro de mim e logo cai fora; a camisinha estava rompida, ele tinha percebido e ficou quieto. Entrei em desespero.
Fui me vestir pra ir para a casa do coroa, quando percebi mais uns rapazes se aproximando. Me seguraram forte contra a árvore, abriram minhas pernas e um a foi me penetrando, todos sem camisinha. Estava em desespero e nem sequer eu tive coragem de gritar, afinal era lugar deserto, eu estava em lugar desconhecido, e poderia fazer uma arte comigo ali mesmo. Em seguida percebi chegando mais homens... não sei de onde saíram tantos.
Depois que tudo acabou, fui para casa do coroa. Eu estava desnorteado, tonto, parecia que era um pesadelo, um acontecimento irreal.
Chegando la estava meu amigo, todo sujo, rosto sangrando e maltratado.
O coroa, aparentemente boa gente, tentou nos segurar, amenizar a situação que vivemos, mas eu não quis conversa. Fomos embora dali, meu amigo e eu. Nos perdemos naquele lugar e só conseguimos encontrar o hotel quase as 10 da manha.
Antecipamos nossa passagem para o dia seguinte. Íamos ficar uma semana.
Fiz meu teste de HIV um mês depois, e por sorte não tive nada. Posso dizer que nasci dinovo.
Odeio a Bahia. Odeio o povo baiano.