O desenhista cap-1

Um conto erótico de Caio Evans Sobral
Categoria: Homossexual
Contém 1134 palavras
Data: 16/07/2014 14:24:44

Olá, esse é meu primeiro conto na casa, espero que curtam. Meu nome é Caio Evans, tenho 22 anos, meço 1,75 de altura, corpo normal, nem gordo nem magro pois gosto de correr quando dá a tarde rs, sou branco, cabelos castanhos cobre e anelados, olhos azuis ( meu irmão mais velho costumava compará-los a pedra lápis lazúli quando eramos crianças). Bem... Moro em uma pequena kit net um pouco longe do centro, sozinho. Meu pai é policial e trabalha aqui na minha cidade, mais me deu prazo pra sair de casa quando completasse dezoito anos pois não me ver como filho desde que eu assumi ser gay, na verdade acho que ele sempre soube.

Vivo de um trabalho numa livraria alguns dias na semana e dos meus desenhos e pinturas em telas nas horas vagas, não dá muito lucro não, dá trabalho rs. Desde que aprendi desenhar em 3D as pessoas passaram a olhar mais meu trabalho, gosto disso, mais quero que me olhem em minha totalidade e essência. Todos sabem sobre minha sexualidade, não que eu dê pinta, longe disso... É que sai cedo de casa, de uma vida confortável que tinha, não sou visto com namoradas, e sou ignorado pela minha família, prato cheio pra quem gosta de falar da vida alheia, não? E não nego a quem me pergunta.

Bom, a relação com meu irmão mais velho minou com o tempo, ele sempre se espelhou muito em meu pai, ele é mais velho dois anos, e ver meu pai me ignorar em casa, viver jogando na minha cara que projeto de homem era eu... Ou não era nenhum, como ele dizia, minha homossexualidade sendo tratada como problema e distúrbio fez com que o Vitório começasse a se distanciar de mim, não queria mais conversar, jogar comigo e nem aceitava mais que eu participasse das regiõezinhas dele com os amigos “lá em casa”, dizia que não queria passar vergonha. Não o culpo. Devem tá se perguntando o que a minha mãe pensava disso tudo... Bem, ela morreu de complicações no parto do meu irmão mais novo, meu anjinho David Ariel, meu tudo. Hoje ele tem 17 anos, esperto que só e é um amor rsrs ...

Pra adiantar, estudo Direito em uma faculdade particular aqui, só eu sei o esforço que fiz e faço pra pagar todas as minhas despesas em dia e ainda economizando pra comprar um terreno pra construir minha casa. Já comprei na verdade, um ótimo espaço e tracei em minha mente como quero cada pedacinho, cada canto, tô construindo aos poucos, contratei os serviços de um senhor muito fechado no inicio, mais se mostrou gentil e de bom coração. Comprou meu sonho como se fosse dele, e se aplica pra deixar perfeito meu futuro lar, sabe ele o valor do trabalho, quando a gente o molda em sonho, ahhh... Ele vem sempre nos finais de semana, quando folga na construtora onde presta serviço e traz sempre o sobrinho pra ajudá- lo , diz ele que o menino tava caindo em caminhos errados era bom ocupá-lo com algo, lhe dou algum dinheiro e aulas de pintura e violão quando posso, venho ajudá-los sempre que posso. Não posso pagar mais ninguém, por isso não acabamos ainda.

Em um fim de tarde de sábado, após sair todo sujo de tinta e areia de minha futura casa, quase fui atropelado por um ser que passava com seu carro, praticamente em voo rasante, me jogou de água suja de uma poça e ainda teve a audácia de gritar ao longe:

_ É pra ver se fica limpo! Mendigo uma hora dessas na rua dá nisso...

Senti uma raiva, acompanhada de frustração. A raiva por saber que criaturas como aquela não devem nem saber o valor do trabalho duro e vir desfazer de mim assim ainda por cima. Frustração, me senti magoado por aquilo, nem deveria, mais senti... Acho que isso refletiu em minha auto- estima, mas, me frustrei mesmo por não ter anotado a placa, ele levaria uns quatro pontos na carteira pra aprender que as regras de transito servem pra isso.

Segui meu caminho e fui a kit net, tinha aula logo mais e tava quase atrasado. A aula ocorreu normal, no meio dela meu celular vibrou, uma chamada para meu numero que costumo usar para clientes. Sai da sala e atendi, ouvi do outro lado da linha uma voz grossa:

Rapaz: _ Boa noite, desculpe a hora, você é o Caio Evans?

Eu: _ Sim, sou eu. Com quem falo?

Rapaz: Ah, que ótimo. Sou Augusto Magalhães, acabo de me mudar pra essa cidade e gostaria de contratar seus serviços, quero fazer uma pintura na minha sala nova e me recomendaram você. Amanhã na minha casa as 8:00 horas, te mando o endereço por mensagem. Não se atrase.

Eu: _ Senhor, eu não... (tum tum tum) Desligou na minha cara quem esse imbecil pensa que é?

Minutos depois o celular vibra, uma mensagem com o tal endereço, “Rua do Imperador, N-250, não se atrase e entre pelos fundos, a empregada irá lhe receber.”

“Idiota”, falei sozinho, o engraçado é na rua que tô construindo minha casa. Não costumo negar serviço, mais grosseria comigo não tem vez, tudo tem limite, ele extrapolou duas vezes e eu nem o conheço. Ele que fique esperando...

Voltei pra aula, tava já acabando, fiquei esperando a Bel acabar de copiar o assunto pra podermos ir embora. É sempre assim, os pais da Bel não gostam muito de mim, não gostam nada eu acho, mais pararam de me olhar torto, ela deve ter dado uma dura neles kkkkk... Ela se tornou uma boa amiga, boa companhia, não a deixo voltar só, hoje em dia tudo é perigo. Enquanto caminhávamos notei a viatura de policia vindo devagar, como se tivesse acompanhando, sei lá, tenho notado isso ultimamente, ela faz a volta no quarteirão quando chego em casa e vai embora. As vezes quando pego pinturas de rua e fico até tarde vejo meu pai de longe, ele finge que faz ronda mais sei que nos dias que trabalha ele vai embora mais cedo, e é oficial e não praça, logo ele só pode esta me observando ou botou alguém pra fazer isso. As vezes, eu não o entendo, sai de casa como ele pediu, não que ele tenha me dito isso quando completei idade, mais por que achei que não precisava mais me desgastar ali. Daí de repente ele parece ter mudado de ideia, as vezes, não sei... Sempre vendo minha vida de longe, do outro lado da rua,não dá o braço a torcer e nem diz que me aceita. E eu... bom, eu cansei. Uma hora tudo se ajeita, não sei quando e nem vou ficar esperando. Por agora tô tão cansado, só me resta dormir.

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Comentários

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Como não havia reparado neste conto antes?! Vou acompanhá-lo!

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Eita nois... Ta bom por demais da conta... Continua que virei se fiel seguidor...abraços

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Vida dura </3 nunka consegui pitar nada! Ah oras kkkk o conto é fictício? :p responde no próximo

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