Bom, sei que por muito tempo eu tive sumida, mas me deu uma enorme vontade de voltar a escrever, sinceramente até eu estou curiosa para o fim dessa história. Espero que ainda tenha leitores antigos por aqui, mas espero que os novos também gostem do desfecho dessa história. Esse é o penúltimo capitulo. Divirtam-se!
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' Continuando...
Fizemos amor noite adentro, e quando acordei de manha vi um bilhete de Bia sobre a cama, ainda com os olhos entreabertos eu passei a mão no rosto pra tentar ler o que estava escrito:
“Eu não posso dar-te o que estas me pedindo, não por enquanto... Bom dia, linda!”
Depois desse dia, não a vi mais. Às vezes a via de longe no seu corredor, cumprimentávamos de longe, mas nunca mais respondeu minhas mensagens e nem ligações. Achei estranho, mas decidi não ir atrás, ela tinha o espaço dela e eu o meu.
As coisas com Duda estava caminhando tranquilamente, apesar de ter que me afastar dela quando a mãe estava presente. E foi em um desses dias que Duda não me disse que a mãe estava em casa e fui visita-la. Sua mãe me recebeu na porta e fiquei completamente assustada, parte por vê-la ali e parte por ela ter me recebido tão bem. Eu sabia que tinha algo errado e perguntei de Duda, ela disse que estava no quarto, com um amigo.
Achei muito estranho, porque Duda não havia me dito que receberia um amigo e muito menos que sua mãe estava em casa. Eu entrei e a mãe dela me provocou enquanto me acompanhava até o quarto, dizendo que estava feliz, porque logo menos Duda ia receber um pedido oficial, eu não estava entendendo, mas já podia sentir a raiva e a tristeza subindo pelo meu corpo, eu não queria acreditar, e pensava ser somente uma provocação da parte dela. Apenas assenti com a cabeça e coloquei a mão na maçaneta da porta e disse pra ela que podia me dar licença que já sabia o caminho. Quando abro a porta, vejo um rapaz, alto, moreno de cabelo bem baixinho, de barba feita e um porte atlético, sentado na poltrona ao lado de Duda, com as mãos em sua coxa. Eu tentei me controlar, ao máximo que eu pude, olhei pra Duda por alguns segundos, e ainda encarando-a disse:
- Desculpe atrapalhar...
Sai imediatamente, mas ainda pude ouvir Duda me chamando de volta, foi atrás de mim até o portão, me segurou pelo braço, eu somente olhei para as sua mão
- Me solta agora! – disse firmemente.
- Precisamos conversar! – Ela disse um pouco tremula
- Precisamos sim, mas primeiro você precisa cuidar do seu namoradinho. – Disse entrando no carro e arrancando com ele.
Eu não sabia o que pensar, antes de qualquer atitude minha, deveria conversar, eu não devia me sentir daquela forma, afinal, eu também errei e errei feio. Mas era impossível não sentir aquilo, meu coração apertava, e acelerava ainda mais. Até que cheguei ao meu refúgio maior, como de costume vovó estava me esperando, entrei e rapidamente a abracei forte, como sempre sem questionamentos. Ajudei-a com o jantar, comemos e fiquei na sala conversando com Marcelinho por um tempo, ele me contava dos cavalos da escola e das garotas, rimos bastante, passava das 23h, quando o chamei pra dormir, ele acordava as 5h e fomos nos deitar. Essa era a pior hora, quando me deitei, um filme passou na minha cabeça, pensava em Duda e em todas as possibilidades de quem seria aquele rapaz, mas no fundo eu sabia...
“... Nada acontece por acaso, acontece porque coisas melhores viram. Fica tranqüila...”
E mais um vez essa frase veio em minha mente, e assim eu adormeci, pensando em Duda.
No outro dia de manha, voltei para a casa, e assim que chego na cidade meu celular recebe algumas mensagens e uma delas era de Duda...
“Por favor, me encontre no nosso lugar... Espero-te às 16h. Te Amor!”
Olhei no relógio e já era quase 12h, passei na loja do papai, resolvi alguns assuntos pendentes, e quando olho no relógio, já passa das 15h30. O lugar em que Duda se refere, e o lugar onde nos beijamos pela primeira vez, num morro bem no alto da cidade, onde sempre íamos para ver o por do sol. Cheguei e ainda faltava alguns minutos para as 16h, quando vi um carro subindo pela estrada, ela parou logo ao lado do meu e subiu, eu a aguardava sentada, mal consegui olha-la nos olhos, ela se sentou ao meu lado pegou meu rosto e virou para si, meus olhos já estavam cheios e agua quando ela começou a falar:
- Lembra quando eu disse que precisávamos conversar quando você perguntou se tinha conhecido alguém no Rio? – perguntou apreensiva, e eu somente assenti com a cabeça. – Então, la eu conheci André, Foi por um acaso, mas ele me deu muita força quando estava la, contei sobre nós e ele foi muito compreensível, mas com o tempo, eu fui criando um carinho diferente por ele, e acabamos ficando algumas vezes, quando vim embora, ela havia feito um pedido e eu não pude aceitar, mas ele veio atrás de mim, e estou confusa. – começou a chorar quando terminou.
- Sabe, Eduarda... Eu não sei o que sentir, não sei o que dizer, mas sei que ta doendo. Eu não quero e nem vou me chatear com você, pois eu também errei, e também estive confusa, mas eu te amo. E essa é a minha única certeza. Eu não posso te prender, e nem quero fazer isso, só espero que essa sua escolha seja a mais certa. – Disse abaixando minha cabeça.
- Eu te amo, e essa é a minha única certeza também. – Disse me beijando.
- Então ficamos por aqui? – Disse interrompendo o beijo.
- Em partes sim... Aqui, onde tudo começou! – Segurou minha mão e ficamos por ali vendo o sol se por.
Quando fomos embora, fui pra casa, tomei um belo banho e me deitei, peguei o celular e vi uma mensagem de Bia...
“Preciso muito vê-la... Pode me encontrar?”
“Vc pode vir até minha casa?” Perguntei a ela..
“Chego em 20 minutos...” Respondeu depressa.
Em menos de 20 minutos a campainha tocou...