Ola Amorecos do meu core! Como vocês estão? Então. Várias pessoas tem pedido meu E-mail novamente , é esse aqui ó : lucasemsribeiro@gmail.com , podem me chamar lá! Mandar mensagens porque eu estarei de coração aberto, aliás, estou numa nova etapa da minha vida , decidi virar cupido, então , mandem seus whatsapp no meu e-mail, estou caçando boys magia pra amigos meus ( e amigas também, as lésbicas ai ó, podem se manifestar) enfim, gente de grandes capitais, Rio, São Paulo, Curitiba, me mandem mensagem por e-mail, por favor, se você já namora. Rala.
Nossa , me sentindo o Rodrigo Faro, não , pera ne.
Então, estamos chegando a metade da etapa mais difícil da minha vida, a adolescência, finalizarei a 2 temporada, mas provavelmente não farei uma terceira. Mas não seja por iss, repassarei minha conta a autores tão bom quanto, na verdade, alguns amigos meus que precisam desabafar e compartilhar suas histórias. Amo tanto Vocês! me perdoem pelo atraso, prometo que vou tentar postar mais de dois capítulos por semana, mas ficarei com a promessa de um, sem atrasos. Como acabei me atrasando bastante, juntei 3 partes em uma só, então talvez assim a leitura se torne um pouco chata. Mesmo assim, agradeço por vocês estarem aqui comigo!
Então, continuem lindos espalhando fofura e amor.
K@kauzinha: Aqui está moça! Relaxe a ppk
Ru/Ruanito: Chique ne ? kkkkkkk
gabshenrike: Se acalma! Aqui está o restante!
niel1525: Isso ai! Eu te amo só por você me apoiar rsrsrs
diiegoh': Obrigado, eu também estou bem! Aliás, e os boys? Meio atrasado na resposta ein. To bravo.
Perley: Eu sofro ne! Estoy cansado dessa vida, vou virar Palhaço.
Nizan: Voltei sim hahaha
GUINHO: Obrigado!
Alafon: Ola! Obrigado! E não me acho tão bom assim, sei lá , eu sempre escrevo com o coração, as vezes , quando estou escrevendo, eu choro ao lembrar de algumas coisas, dou risada ao me lembrar de outras .. e assim segue :p
love31: E você é uma bixa atrevida e abusada kkkkkkk mim respeita.
War17: Tudo bem! Claro que sim! Onde você mora? me manda e-mail, com o seu número se quiser, aliás, participe do meu concurso, vai que eu conheço o boy da sua vida ein ein ein ein
Alafong: Gente, relaxem! Eu sei! aliás, e mesmo que queiram, que mal tem? Não precisam se justificar tanto hehe
dihpravcs: Se acalma, que eu voltei bem lindo, beijos pro recalque. q
Miguel.Bennet: Relaxe, está na metade, logo é um pulo para acabar para alegria da nação hahahaha
-Nossa senhora. Nem passeei aqui e já está na hora de ir embora? - Disse Amanda enquanto eu arrumava minhas coisas na mala.
-Você sabia que não seria passeio. - Eu resmunguei a encarando.
-Sim. Eu sabia. Mas tinha pontos de esperança. Desencalhar talvez? - ela fez cara de pensativa e riu.
-Ai ai Amanda. Eu só acho que aquele garoto jogou uma nhaca das brabas em você. - Eu ri. - ALIÁS! DEIXA EU TE CONTAR! - eu mexi nela e a joguei na cama.
Ela me encarou com um olhar de poucos amigos e mordeu os lábios.
-Luca. Eu disse que queria desencalhar. Mas não disse que queria você. - Ela sorriu ironicamente.
-Não sou eu. Tem um garoto aqui no apartamento do lado, que disse que se apaixonou eternamente por você. E inclusive, me puxou com força no elevador.
- Então era gay - relutou Amanda encarando a janela do apartamento.
- Não, não era! Inclusive, ele me pediu para apresentar vocês. Formalmente.
-Luca.. eu brinco em relação a estar encalhada, mas estou bem assim, sem ninguém para atrapalhar minha vida. Me privar de coisas, e inclusive, não quero me magoar. Acho que já chega. Está na hora de eu me dar um tempo. - Ela disse me encarando. - Eu escolhi ficar sozinha. - Ela sorriu e se levantou.
-Amanda... cadê os pais do Bruno?
-Bem. Houve coisas loucas... espera. Que horas são ?! - perguntou Amanda assustada.
-São cinco horas... por?
-Luca do céu! Nós temos que ir buscar a garotinha, a Bruna, o endereço da creche está em cima da mesa! Pega rápido! Enquanto eu peço um táxi pro porteiro! - Amanda pegou rapidamente o telefone e eu prossegui até a cozinha, olhei ao redor. Tentando achar o tal papel ou cartão com o endereço da tal escola citada.
Estava definitivamente frustrado. Onde estava o tal papel? Eu mordi os lábios e encarei ao redor pela segunda vez.
Achei o papel ao lado da mesa, no chão.
Apanhei ele rapidamente e gritei para Amanda que eu havia achado. Ela logo apareceu com a bolsa e nós saímos porta a fora.
-Vou te dizer viu, garota atrasada. - Eu disse rindo.
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-Sério que meu irmão está bem?! Sério que ele acordou?! Não acredito! - disse Bruna pulando toda serelepe no corredor do prédio.
-Sim. Sabe. O bom é que ele está bem. - Eu sorri de maneira falsa.
-Ele está como?
-Ele está bem. E acho que em breve você vai vê-lo. - Disse Amanda abrindo a porta do apartamento.
-Filha! Meu amor! - disse Tia Fer assim que Bruna passou pela porta.
Bruna passou por nós e correu instantaneamente para abraçar os pais.
Achei a cena linda.
Eu fiquei parado na porta observando, viajando na verdade.
Bruna era tão parecida com ele, eu já disse isso, não? Os olhos eram os mesmos. O tom dos olhos, o jeito curioso e infantil de ambos era idêntico.
-Luca? Vai ficar ai se fazendo de estátua? - disse Amanda me empurrando pra entrar no apartamento.
-Aaah. Me perdoa. - Eu disse desviando e indo com ela em direção ao sofá.
-Tá ne. - Ela disse se sentando ao meu lado e se expreguiçando no sofá.
-Ai! Meu filho acordou! Estou tão feliz! - disse Tia Fer sorrindo e batendo palmas como forma de gestos comemorativos.
-Pois é. - Eu disse com uma careta falsa de tipo ' uau, super legal'.
-Vocês se entenderam? - perguntou César.
-Sim. Colocamos os pontos nos ' 'i's' , ele deixou bem claro que eu não faço mais parte da vida dele. Perguntou o que eu estava fazendo aqui, e sabe que ele tem razão? Por isso eu amanhã já estou de Partida. - Eu disse encarando o vazio.
-Luca, ele fez isso? - disse César indignado. - Olha, uma coisa que eu não tolero é gente mal agradecida. Pode deixar que eu vou ter uma longa conversa com esse moleque. - o seu tom de voz sempre tão calma, estava com uma gradativa alteração.
- Não precisa. Sabe, eu fui idiota por ter vindo, aliás, amanhã cedo eu vou embora. - Eu disse com uma expressão caridosa.
-Luca... - disse Tia Fer com um olhar triste.
-Obrigado vocês, por tudo! Saibam que mesmo eu não tendo mais nada com ele, eu prometo que vou continuar amando vocês, vocês já fazem parte da minha vida , são minha segunda família. - Eu disse sorrindo, lágrimas queriam rolar pelos meus olhos e eu não ia chorar, não mesmo.
-Oh Querido! Obrigado! Você também, é um ótimo garoto, você já faz sim parte da família. - Ela disse vindo em minha direção me abraçando.
-O Lu já vai embora mãe? - perguntou a Bruninha com uma carinha de choro.
-Sim Filha. Ele vai.
-Não mãe. Por que ele não mora aqui com a gente? - ela disse vindo e me abraçando junto com a mãe.
Eu me soltei do abraço da Tia Fer e dobrei os joelhos, ficando do tamanho de Bruna ( o que já não é muito difícil).
-Olha só baixinha. - Eu sorri e coloquei a franjinha dela atrás das orelhas. - Eu amo muito muito você tá bom? Eu tenho que ir pro Brasil porque la é que está a minha vida, a minha família, sabe, la está tudo que eu quero pra mim. Quem sabe um dia você não volta pra la? Ou a gente vai morar em outro país e nos encontramos por la? - eu passei o indicador em baixo dos seus olhos. Sim, ela estava chorando. - Não chora não minha pequena, eu prometo que não vou te esquecer, e você, me promete que não vai me esquecer? - eu disse com um sorrisinho maroto, claro que a essa hora eu já estava chorando, lágrimas também saiam dos meus olhos.
-Sim. Você é meu outro irmão, meu tio. - ela disse me abraçando forte.
-Olha só meu bebê, prometo, eu juro, que assim que você for pro Brasil eu vou te encontrar e te levar naquele lugar que você ama! Pra gente comer bastante sorvete e brincar bastante. - Eu beijei forte o rostinho fino e delicado dela.
- Vamos eu, você e meu irmão. - Ela disse rindo e me apertando.
-Tudo bem sua linda. - Eu ri e peguei ela no colo. (Sim, apesar de eu ser baixinho, não sou fraco e ela é muito leve) .
-Ai Gente. Pare. - Disse Amanda tentando disfarçar as lágrimas que começavam a rolar pelo seu rosto.
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-Como ele está? - eu perguntei a Tia Fer enquanto pegava minhas malas e caminhava sentido a porta do apartamento.
-Ele está bem querido, quer dizer, penso eu, ele aparenta estar bem. - Ela disse com um sorriso apreensivo.
-Que bom, aliás, vê se me liga ein! Não me esqueça por favor. - eu a abracei.
-Obrigada por tudo! Fico mal em pensar que eu te pedi para vir, e ele fez isso... - Tia Fer passou as mãos pelos meu cabelos.
-Não foi nada.
-Eu sei que foi. Me perdoa?
-Claro que sim, aliás, não tenho o que perdoar.
-Luca! Vamos! O Tio César já está lá embaixo. - Gritou Amanda da porta da sala.
-Bem, isso não é um adeus não é? - Fer perguntou pegando em minhas mãos.
-Imagina. Claro que não! - eu sorri e seguimos até a saída da sala, eu arrumei a mala nas mãos e a peguei, acionando suas rodinhas.
-Obrigado por tudo! - eu a abracei e saí.
Estava feliz em sair daquele lugar, não por eles, mas pelo filho deles. Eu queria ir embora, e eu sentia que isso poderia me libertar de alguma maneira. Ficaria cem por centro bem somente quando estivesse na minha casa, na minha cama. Tranquilo.
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-Tchau! Boa viagem para vocês! Sinto muito por algum ocorrido viu... - disse Doutor César pensativo.
-Nada não, sabe, me perdoa você. Se eu interferi errado em alguma coisa. - eu disse o encarando.
-Venham cá me dar um abraço. - Ele puxou eu e Amanda e nos abraçou forte. - Espero que voltem. - Ele sorriu.
Eu sorri de volta, agradecendo pelo convite, logo o nosso vôo foi anunciado e eu e Amanda caminhamos rumo a entrada de despache de bagagens.
-Eu amo vocês, mas espero não voltar nunca mais. - Eu rebati baixo ao lado de Amanda.
A mesma sorriu para mim, pegou nas minhas mãos e caminhamos juntos.
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A viagem foi definitivamente um tédio, eu e ela fomos jogando um joguinho de perguntas e respostas dentro do avião, o que nos fazia parecer dois retardados, Amanda para completar pegou uma taça de vinho, o que a fez ficar mais 'alegrinha ' que o normal.
-Luca, o que você pretende fazer quando chegar em Sampa? - perguntou Amanda jogando uma das cartas.
-Não sei, sabe, viver....? Mas em relação a que, que você diz isso?
-Sabe. Você se esqueceu ? Do Eduardo, e dessas coisas. - ela disse bebendo um gole do seu vinho.
-Aaah. Espera... Eu me esqueci completamente do Edu! Meu Deus, como que eu viajei e não o avisei? Ele deve estar meio p da vida comigo. - Eu cocei levemente os cabelos.
-Ai ai viu. - Ela me encarou. - Aliás, tem asa mas não voa, bico mais não bica?
-Bule ? - eu ri. - Sei la como se fala isso, só sei que lembro dessa piada do maternal.
-Não vale, esse jogo tá xunxado. - Ela mordeu os lábios.
-Pare de reclamar. - Eu rebati voltando ao jogo.
Ficamos naqueles flertes durante várias horas, e me lembrei que, eu teria uma vida a encarar novamente assim que desembarcasse no aeroporto, teriam sido 6 dias que marcaram minha vida em vários sentidos, eu me sentia mais liberto, mais convicto de que tudo que eu havia vivido tinha acabado.
Logo Amanda adormeceu no meu colo, e eu acariciei os cabelos dela, eu pensava em várias coisas no momento, eu tinha medo, angústia, e me sentia incrivelmente culpado por ter abandonado o Edu, ele sempre fora tão legal comigo... Mas o que me deixou melhor, era que não namoravamos , então tecnicamente , eu não havia o traído.
Me recordei também que teria que voltar a escola, que meu pai estava em um processo judicial com a minha antiga escola, que eu estava em ano de vestibular, que minha mãe estava grávida , que existia o capeta da Tayna, a passiva desaforada do Lucas, e basicamente, eu tinha também um grande problema a ser superado, meu coração se encontrava devastado, e eu teria que admitir isso a mim mesmo, logo o avião passou por leves turbulências, e eu pude perceber que eu havia em fim chegado ao meu destino, eu sacudi Amanda, e ela acordou assustada, olhei as nuvens pela pequena janela do avião, e o pôr do sol, havia em fim, chegado a minha tão amada e cagada (literalmente) cidade, São Paulo.
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Assim que chegamos no aeroporto, pegamos nossas malas e breviamente fomos pegar um táxi, eu estava esgotado da viagem, e não havia dormido tanto como Amanda, a minha sorte seria que no dia seguinte seria um sábado, o que obviamente, me restavam dois dias de descanso de beleza.
Logo o táxi chegou em casa, e Amanda continuou nele, eu paguei a minha parte da corrida, me despedi dela, e entrei rumo ao portão de casa.
Eu apertei o intefone e logo minha mãe abriu o portão.
Eu entrei em casa e meus pais estavam na sala.
-LUCA! FILHO! - meu pai viera me abraçar, eu o abracei forte, amava muito meu velho.
Minha mãe logo veio também, se levantou do sofá subitamente e ambos me deram um abraço forte.
-E ai meu amor, como foi de viagem? Seu amigo está como? - perguntou minha mãe.
Obviamente que eu não estava afim de falar nem um a sobre esse assunto, mas eu me senti obrigado naquela situação, a falar mínimas coisas.
-Foi ótima mãe! E ele acordou! - eu disse a eles, fingindo um ânimo que obviamente não havia.
-Que bom querido! Suba! Vá descansar, deve estar cansado! - meu pai pegou minha mala e me conduziu até as escadas, eu e ele subimos , ambos em silêncio.
-Obrigado pai. - Agradeci quando ele jogou minha mala em cima do tapete.
-De nada meu amor, aliás, você sabe que pode confiar em mim pra tudo não sabe? - ele perguntou franzindo a testa e me abraçando.
-Obrigado pai. - Eu disse começando a chorar em seus largos ombros.
-Te amo meu bebe, e não chora, o que está havendo?
-Nada pai, nada. - Eu disse puxando seu corpo ainda mais forte de encontro ao meu.
-Calma, xii. - Ele disse passando as mãos carinhosamente nas minhas costas. - eu amo você meu menino, você sabe que, independente de qualquer coisa, você vai ser sempre meu filho querido. - ele riu um pouco de leve.
-Valeu pai. - Eu disse o afastando e limpando as lágrimas dos meus olhos.
-Vou te deixar sozinho, qualquer coisa, estamos la embaixo viu? - Ele disse levantando meu queixo e me dando um beijo no rosto.
-Valeu papaizao. - Eu peguei em suas mãos e o conduzi até as portas, quando ele desceu.
Eu fechei as fechei, deitei na minha cama, peguei meu urso e o abracei, acho que não preciso dizer não é? Encarnei todas as Marias do Sbt.
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Acho que deveria ser bem de noite, mais ou menos umas 22h, eu senti meu celular que estava debaixo do travesseiro tocar, eu deveria estar babando no travesseiro, e me recordo que ainda dormia.
-Alô? - eu disse com uma voz de poucos amigos.
-Luca? É você? Ei, como você está?! - dizia uma voz de homem, assustada , aliás, bem assustada.
-Sim, sou eu, quem é? - eu perguntei , já meio acordado,
Me levantei e me apoiei na lateral da cama.
-Sou eu amor, o Edu. - Ele estava mudando o tom de voz de preocupação, para o tom de voz de discussão.
-Aaah. Edu. - Eu disse meio sem jeito, como eu disse, ainda não estava preparado para ele, estava tentando me preparar, não imaginava que teria que ter uma conversa com ele tão cedo.
- Você pode vir em casa? Nós... precisamos conversar. - Eu disse ainda um pouco ofegante, ganharia ainda mais tempo com ele vindo aqui, já que essa conversa seria meio que , inevitável.
-Agora?
-Pode ser quando quiser. - Eu disse um pouco rispido.
-Eu vou aí agora então, estou saindo aqui.
-Ok . - Respondi e desliguei o telefone.
Caminhei até a janela do meu quarto e encarei a rua, Logo ao longe, avistei a figura de Eduardo.
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Eu saí pelo portão e o fechei.
Eduardo me encarava com seus penetrantes olhos azuis.
-Oi. - Eu disse timidamente.
-Onde você estava? - ele perguntou com cara de poucos amigos.
-Eu... olha. Vou ser sincero contigo.
-Você foi ver ele?
-Sabe... fui, não! Não é nada o que você está pensando, é que..
-Claro que é Luca, eu não tenho sequer o que pensar.- ele se afastou de mim e virou as costas.
-Edu. Me perdoa? Mesmo? Sabe, eu gosto muito de você!
-Eu te amo. - Ele disse se virando para mim.
-Me ama? - eu fiquei meio surpreso com a situação.
-Não vou repetir. - Ele revirou os olhos.
-E... eu não te trai , quer dizer , eu fui até lá , mas não houve nada . - Respondi em contrapartida. - Acredite em mim.
-Tudo bem... - ele estava cabisbaixo.
Eu passei as mãos pelas suas costas e o beijei.
O beijo de Edu era algo surreal , um beijo molhado, ele passava as mãos em mim com ternura.
Ele passou as mãos ao redor de mim e me beijava com ainda mais voracidade.
-Não sabe o quanto eu estava com saudades, dessa sua pele macia, essa sua boca perfeita, esse seu corpo gostoso... - Edu beijou meu pescoço com carinho e pegou em minhas mãos.
Eu afundei minha cabeça em seus peitos fortes.
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A semana passou sem grandes novidades, eu e Eduardo estávamos cada vez mais próximos, Amanda simplesmente me via todo o dia, ela sempre ia em casa, em quaisquer fim de tarde ou a noite.
Eu tentava a qualquer custo esquecer de Bruno, ele se encontrava por uma parte, superado.
Era uma sexta feira a tarde, eu havia acabado de estudar por um longo período, Eduardo ligo me ligou.
-Oi amor.
-Oi Edu. - Eu disse sorrindo, eu não sei mas ... talvez eu estivesse começando a gostar de verdade dele.
- Ei, amanhã eu vou participar de um campeonato de skate da cidade, topa ir comigo? - ele perguntou em um tom sério.
-Ah, pode ser, mas termina tarde? - eu perguntei a ele.
-Não não, e depois eu queria saber ... se você queria dormir na minha casa. - a voz de Edu me repassava certa timidez.
Eu sorri.
-Claro que sim, só vou ver com a minha mãe e com o meu pai, mas é provavel que eles deixem. - Eu sorri e mordi os lábios.
Bem, nesses últimos dias, eu e Eduardo não havíamos transado, se é o que vocês querem saber. Por falta de oportunidades mesmo, porque eu confessava, estava morrendo de saudades do corpo dele.
Eu sorri, estava feliz, Edu me fazia esquecer de tudo.
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*
Eu olhei ao redor e tentava localizar Eduardo, era sábado a tarde e o parque estava cheio de skatistas.
Eu peguei o celular e disquei o número dele.
-Alô? Onde você está? - ele perguntou, parecia cansado por alguma coisa.
-Estou na frente de um lugar onde tem uma barraca de primeiros socorros.
-Hm. - Logo que ele disse isso, senti mãos passando ao redor da minha cintura.
Eu coloquei o celular no bolso e sorri pra ele.
-Oi. - Ele disse ainda com as mãos na minha cintura.
O local estava lotado, mas eu já estava em uma altura, que não me importava mais o que os outros forem pensar.
-Oi. - Eu sorri e me virei de frente pra ele.
Aquela era com toda a certeza, a visão do paraíso.
Ele estava sem camisa, com uma bermuda vermelha e o suor escorrendo pelo corpo forte, os cabelos estavam molhados também e ele estava com o skate nas mãos.
-Oi. - Eu sorri e mordi os lábios.
-Você veio me ver mesmo. - Ele disse me abraçando.
-Só não abusa muito que você nesse exato momento precisa de um banho. - Eu ri.
- Você me da a noite, pode ser? - ele mordeu o cantinho da minha orelha.
-Deve. - Eu passei as mãos ao redor das costas dele.
Logo nos soltamos.
Algumas pessoas ( especialmente garotos, nos encaravam com uma cara de curiosidade, não de nojo) .
-Vem comigo. - Eduardo me pegou pelas mãos e logo soltou, iamos caminhando na multidão lado a lado.
Chegamos a uma arquibancada que ficava de frente a pista principal, onde seria realizado o tal campeonato.
Eu me sentei e ele se sentou ao meu lado.
-Você não vai concorrer? - perguntei o encarando.
-Vou. - ele sorriu.
-Então o que ainda faz aqui? - eu perguntei.
-Isso. - Eduardo me puxou e me beijou, foi um beijo rápido, e poucas pessoas puderam perceber o que se passou ali.
Ele se afastou.
-Me deseja boa sorte. - Ele gritou caminhando pelas arquibancadas.
-Vou desejar. - Gritei de volta, sorrindo para ele e me me ajeitando no banco.
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Os acontecimentos seguintes foram coisas surreais.
O interlocutor anunciou todos os candidatos, Edu já estava com uma camiseta regata da Hurley, de cor cinza.
Todos os participantes fizeram coisas espetaculares, de deixar a platéia anciosa e temerosa ao mesmo tempo, até que vendo aquele campeonato, me deu uma súbita vontade de andar de skate. Não. Pera. Hashtag amor a vida.
Na hora que Eduardo entrou foram todos ao delírio, principalmente aquelas biscates daquelas garotas, todas soltavam gritinhos, talvez porque ele fosse o participante mais gato. Aqueles cabelos pretos estavam meio bagunçados e o os olhos em um intenso brilho.
Ele me olhou da pista e jogou um beijo.
O que me fez morrer de vergonha, já que todas as garotas me encaravam com um olhar de curiosidade.
O juiz apitou e Edu começou suas manobras, eu ficava feliz a cada lance bem executado.
Ele fez coisas sensacionais, ao que me parecia o ultimo lance Eduardo ficou tonto e caiu no chão ainda no ar.
Isso assustou a todos a platéia e eu corri para onde ele estava.
O que mais me assustou foi a poça de sangue em que ele se encontrava, totalmente inconsciente.
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Logo que a ambulância chegou, eu me certifiquei a ir junto com ele ao hospital, fomos na ambulância e eu o encarava ali, totalmente inconsciente. Um frio percorreu minha espinha ao o ver imobilizado, sem quaisquer reação.
Eu passei as mãos em seu rosto suado, para o meu alívio, o sangue todo era das costas, seus ombros e suas costas estavam todos enxarcados de sangue, eu conseguia ver as camadas de sangue que havia, sua camiseta estava colando ao seu corpo.
Meu coração doeu, e eu me dei conta da dor que eu sentia ao vê-lo assim, Edu não havia sido uma válvula de escape para mim, eu aprendi a gostar dele, e amar cada traço do seu corpo.
Eu peguei em suas mãos e a apartei, sua mão estava gelada, seu corpo então nem se fala, mas eu sabia que ele ainda estava respirando.
Lágrimas desceram dos meus olhos.
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-Eu quero entrar com ele! - eu disse ao enfermeiro que me encarava com um olhar de curiosidade.
-Você não vai poder entrar com o seu amigo, aliás, precisamos constatar os pais dele.
-Eu sei, eu sei. - Eu disse.
Eu me lembrei que tinham me dado o celular dele no momento de queda, eu peguei ele e encarei.
Deslizei a tela e para minha sorte, o celular não pedia senha.
Eu achava aquilo estranho, já que qualquer adolescente hoje em dia , tinha a porra do celular com senha.
Eu fui até sua agenda e procurei o número dos seus pais.
Eu me lembrei que estavam viajando. Pra fora do pais se eu não me engano, não adiantaria de nada.
A única pessoa que eu imaginei ligar no momento foi pra Júlio. Ele era o único médico que eu conhecia, além disso, por mera coincidência, ele estava no corredor do hospital de jaleco.
'Gostoso, me possua.' Pensei.
'Luca, não é hora de pensar nisso'
Eu respeireirei e segui até ele.
-Oi? - eu disse meio sem graça.
-Luca? - ele disse sorrindo vindo em minha direção e me abraçando.
Eu sorri.
-O que faz aqui? - ele perguntou com uma caderneta na mao.
-O que você faz aqui. Querido, você ainda não é formado, não sei o que faz aqui de jaleco! - eu disse rindo.
-Bom. Digamos que você está no hospital universitário privado, e eu curso medicina nessa instituição.
-Ah é. Ops. - Eu ri, a tensão ainda era visível em mim.
-Mas eu não estou atendendo, apenas estou digamos, fazendo matérias complementares, como só se inicia a prática no segundo ano.
-Ok. Isso não tem lógica.
-Claro que tem! Eu quero ser o melhor médico da minha turma, por isso estou aqui. - ele sorriu.
-Então. Eu preciso de uma ajuda, um amigo meu sofreu um acidente de skate, e eu não sei o que fazer, os pais dele estão fora do pais, e eu não sei se o que houve foi grave. - Eu lhe contei.
-Ah. O garoto que chegou cheio de machucados? O que houve com ele?
-Bem. Ele estava no ar e não sei, desmaiou do nada, e caiu duro no chão. - Eu disse com um tom de desespero.
-Caiu...? Sozinho? Ele não bateu a cabeça antes? - ele me olhou com uma cara ruim.
-Sim. Tenho certeza. Eu vi.
-Colocaram na ambulância, no relatório, que ele caiu logo após de bater a cabeça. Por isso não fizemos exames mais detalhados. - Ele disse surpreso. - quer dizer, por isso o médico nao fez. - Ele sorriu constrangido.
-Mas... isso muda em alguma coisa? - eu perguntei assustado.
-Digamos que isso, muda tudo.
Eu o encarei com um olhar de curiosidade.
-Eu já venho falar com você. - Julio deu leves tapinhas nas minhas costas.
Eu não entendi nada. O que havia ali de tão importante?
Eu me sentei no banco e liguei a primeira e única pessoa a quem eu recorreria a essas horas.
Amanda.
*
*
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*
*
-E ai? Como ele está? - eu perguntei assim que Julio atravessou as portas com o seu caderno de anotações.
-Ah. Ele está bem. - Disse Júlio com um tom de voz diferente. - Inclusive já acordou. - Ele rebateu.
-Ok... obrigado, mas... você sabe em que quarto ele está? - perguntei como quem não quer nada.
-Sei, quarto andar, quarto 33. - ele sorriu. - Mas visitas somente mais tarde, acho que hoje mesmo ele ganha alta.
-Ahh tá, entendi. Sabe. Vou aguardar aqui então. - Eu me sentei no banco e mexi no celular.
-Tenho que ir agora mas .. até mais. Vê se me liga, andamos meio distantes ultimamente. - Ele não estava sorrindo. Ao contrário, estava sério.
-Tudo bem. - Eu sorri.
Ele me encarou, de repente imaginei que ele fosse falar alguma coisa, logo ele passou reto por mim e seguiu rumo à saída.
Eu olhei ao redor e ninguém parecia dar atenção e destaque a mim. Encontrava -me perita em burlar leis de hospitais, eu precisava saber como Edu estava.
Atravessei o corredor sem problema algum, subi as escadas para não chamar atenção e me encaminhei ao quarto em que Júlio disse que Eduardo estaria.
Eu hesitei e abri as portas, devagar.
-Olha Eduardo, vou ser sincero, você deve proceder com os procedimentos o mais rápido possível. - disse o médico ao lado de Edu.
Eu entrei e nenhum dos dois me viu, ou talvez. Fingissem que eu não estava ali.
-Não doutor. Não . Quero aproveitar o tempo que ainda me resta. - Disse Eduardo com os olhos azuis cheios de lágrimas.
Eu hesitei e segurei a respiração.
-Você tem que se cuidar! Você é jovem, com uma cirurgia, você com toda a certeza....
-É UM CÂNCER MALIGNO NO CÉREBRO! E TÁ GIGANTE COMO VOCÊ MESMO DISSE! SEJA SINCERO! EU VOU MORRER.- gritou Eduardo com lágrimas nos olhos.
Nesse momento ele me olhou e percebeu minha presença, limpando as lágrimas dos olhos desfarçadamente.
Nossos olhares se cruzaram, e eu estava completamente sem palavras e confesso, surpreso.