Pois bem galera, tive um tempinho agora de noite e resolvi escrever mais um pouco, cada vez que eu escrevo aqui tenho uma sensação de alivio, já que nunca contei essa história pra ninguém, acho interessante tirar esse peso das costas. Bom vamos ao conto.
Eu escutava a voz dele distante, me pedindo pra esperar, tbm acho que escutei ele perguntando se tava tudo bem, mas não tava, meu coração tava disparado, eu fiquei com medo, aquilo não era normal, não podia ser, eu nunca tinha pensado em outro garoto daquele jeito, nem mesmo tinha pesquisado a palavra GAY nos sites pornôs, eu tava com medo.
Corri pra casa sem olhar pra tras, sabia que tinha q me afastar dele antes que aquilo virasse algo sério, ele não era gay (ele já tinha me contado das garotas que ele ficava de vez enquando), eu tbm não era, eu não devia ficar assim por conta de outro home...não mesmo.
Vocês podem achar besteira minha eu sei, mais eu tava assustado e decidi que eu simplesmente não ia mais ter contato com o lucas, e aquilo ia acabar de uma vez por todas.
Nos dois dias que se seguiram eu inventei que tava passando mal pra não ir na escola e nos dias seguintes eu simplesmente não saia da sala de aula e pra voltar pra casa esperava pelo menos uns 20 min pra sair, eu tava disposto a acabar com aquilo, mais pelo visto ele não, foram pelo menos umas 5 ligações em 3 dias e umas 3 visitas la em casa, eu nunca abri...deixava chamar, sabia que era melhor pra mim.
Eu fiquei assim por pelo menos uma semana até que na semana seguinte assim que bateu o sinal para o intervalo, todos saíram ele entrou de mancinho.
LUCAS: se não te conhecesse diria que você tava tentando fugir de mim.
EU: lu...Lucas, eu não te vi entrar.
LUCAS:é... realmente vc tava fugindo de mim. Fiz algumas coisa? Desde de o dia do rio vc sumiu, nem mais no intervalo aparece, fiquei sozinho de novo naquele inferno de pátio.
EU: err...desculpa cara, desculpa mesmo.
Falei aquilo olhando pro chão, não tinha coragem de olhar no rosto dele, sabia que eu tava começando a gostar dele, mais eu não queria aquilo, e eu ia fazer de tudo pra para de uma vez com aquilo tudo.
LUCAS: cara fala sério, eu te conheço a quase um ano, somos amigos, pode me conta, o que aconteceu aquele dia no rio? Tem que ter um motivo pra vc ter simplesmente saído correndo do nada, eu tentei te chama e vc nem olhou pra tras!
EU: na boa mesmo...não to afim de falar sobre, licença.
Eu disse isso, me virei peguei minha mochila e disse que ia embora, ele me olhou de eu jeito que eu nunca vou esquecer mesmo, ele não intendia o que eu tava fazendo, nem eu intendia ao certo, eu simplesmente sai.
Ele não veio atrás ou fez qualquer objeção, só me respeitou.
Fui a diretoria e mais uma vez inventei a desculpa de estar passando mal, ligaram para minha mãe e eu fui dispensado. No caminho de casa continuei pensando nele, mais sacudi a cabeça para espantar o pensamento.
Eu sabia que tava sendo um belo de um cuzão e resolvi tentar conversar com ele numa boa...só pra pelo menos tentar esclarecer as coisas pra ele. No outro dia na hora do intervalo eu fui até onde ele sempre ficava e perguntei se a gente podia conversar.
LUCAS: claro cara de boas.
EU: então... eu vi que você fico meio perdido com as minhas atitudes ultimamente e resolvi conversar com você sério.
LUCAS: finalmente vamo fala sobre o lance do rio?
EU: é, vamo sim, a questão é que cara...eu nunca vi outro homem pelado além de mim, fiquei meio sem reação, eu não so gay nem nada, só fiquei assustado.
LUCAS: sério cara, que você saiu correndo por causa disso?
Ele deu uma risada meio debochada da minha cara e eu fiquei meio confuso,
LUCAS: mano, isso é normal, você ter assustado e tals, mais não achei que fosse só isso, vc devia ter me falado antes sabe....
EU: foi mal mesmo cara, eu quase acabei com a nossa amizade por idiotice.
LUCAS: hahahahahahaha cara...não é tão fácil assim se livrar de mim, agora vem arrumei uma coisa legal pra gente.
Ele colocou o braço no meu ombro e me guiou até o paito, ele parou na porta e mirou o dedo em duas meninas que estavam sentadas de costas pra gente,
LUCAS: cara ta vendo aquela duas ali??
EU: sim, e o que que tem?
LUCAS: amanhã depois da escola eu vo ficar com a morena e vc com a de cabelo castanho fechado?
EU: cara se ta de brincadeira com a minha cara não ta?
LUCAS: claro q não mano, elas que perguntaram se a gente queria, faz uns 3 dias...aquele que vc não tava falando comigo por besteira.
EU: eu sei que isso é meio vergonhoso e tals mais cara...eu ainda so BV.
LUCAS: O QUE???? COMO ASSIM CARA SE JÁ TEM 14 ANOS.
Ele disse isso gritando no meu ouvido, ta certo que 14 anos ainda era novo, mais pra ele quer perdeu o bv com 12 eu era um tardio. Ele disse pra não me preocupar que ia dar tudo certo que era só chegar e fica...nada de mais.
Depois de quase 2 semanas sem voltar pra casa conversando com o lucas , a gente tinha se acertado, mais eu ainda tinha medo dele.
No dia seguinte eu tava com muito medo, do beijo e da menina, não era bem medo, era apreensão, quando o sinal final tocou eu gelei por completo, resolvi parar de ser covarde e seguir em frente, eu e ele íamos ficar com as duas e pronto.
Quando sai da escola ele já tava na porta me esperando com um sorriso de orelha a orelha.
LUCAS: vamo logo cara, para de viadagem e desenrola logo.
EU: lucas sério, não sei se to pronto.
LUCAS: ta sim, e vamo logo que elas ficaram de encontrar a gente atrás da escola daqui a pouco.
Eu fui...mais minhas pernas tremiam muito, e um suor frio começo a brotar da minha testa, (não sei se vcs tbm tavam assim antes do primeiro beijo de vcs mais eu quase enfartei hahahaha).
Quando chegamos la elas já tava esperando, o lucas foi em direção a mais alta e eu fiquei de frente com a outra, ela tinha o cabelo castanho bem claro, quase loira, e tinha os olhos castanhos, era bonita, descobri que seu nome era roberta.
EU: roberta desculpa, mais eu ainda sou bv. Disse aquilo quase morrendo por dentro.
ROBERTA: obaa... é bom ser a primeira de alguém, então faz assim, fecha os olhos, coloca a me abraça e coloca as mãos na minha cintura, não se preocupa, deixa rolar.
Quando vi já tinha colado meus lábios no dela, eram macios e ela era cheirosa, foi quando eu senti ela sugando minha língua, foi uma sensação incrível, mais foi quando eu cai na merda de olhar pro lado e ver o lucas.
Aquilo me deixou com ódio, tanto dele quanto dela, as maneiras com eles se pegavam, só me deixou mais nervoso, resolvi fechar os olhos de novo. Mais já era aquilo tinha acabado pra mim, não deu uns 10 min a roberta me solto e me pergunto se tinha sido bom, eu muito sem graça disse que tinha gostado muito, o lucas se desprendeu da menina que ele tava pegando e disse que tinha que ir pra casa, as duas tbm foram embora.
Na volta era impossível não ver como eu tava irado com ele, suas tentativas de puxar assunto me davam mais raiva, depois que parei pra pensar, eu e ele não tínhamos nada, de onde era aquele ciúmes? Eu tinha razão em ter medo, eu não queria ser gay, eu não podia, mais algo no lucas me fazia sentir aquilo, pensei que era apenas ciúmes de amigo, mais não era.
Aquilo tava indo longe demais e eu sabia, os dia foram passando e eu novamente comecei a tentar evita-lo, fazia de tudo pra não ver ele, mais ele insistia naquela amizade, eu começava a não intender a insistência.
Até que ele me chamou pra conversar.
LUCAS: véi na moral você ficou estranho de novo e dessa vez eu nem fiz nada, desde que a gente ficou com as meninas você parece que tem raiva de mim, não to te entendendo mesmo, fiz aquilo pra ser legal com vc mais agora o que eu recebi em troca foi você ficar me evitando.
EU: lucas não to com moral pra discutir com vc nem nada mas em momento nenhum te pedir pra arruma a menina pra mim.
LUCAS: não vo discutir com vc aqui, cola la em casa depois da aula, meu pai e minha mãe vão ta trabalhando, ai a gente conversa melhor.
EU: acho q não vai rola.
LUCAS: foda-se eu to insistindo e vc vai.
EU: que seja contanto que não demore.
Ele viro de costas pra mim e voltou pra sala, eu fiquei pensando naquilo e nem vi as malditas horas passarem e quando vi o sinal bateu, me dirigi a saída e ele já tava me esperando.
Fomos pra casa dele e chegando la ele jogou a mochila no quarto e tirou a camisa, era um habito dele fazer isso, mais eu só descobri mais pra frente. Foi ali que eu percebi que o corpo dele era bonito assim com ele, ele era definido, não aquelas varetas mais também não era um maromba, era simplesmente definido, senti meu pau dando sinal de vida e mais uma vez me censurei em relação aquilo, ele sento no chão da sala ligo a tv e pediu pra mim sentar tbm.
LUCAS: cara na moral não mereço esse tratamento que vc ta me dando, so seu amigo.
EU: eu sei...e também sei que to errado é que...eu acho que eu devia me afastar de você.
LUCAS: por que disso agora hã? Você sempre foi de boa comigo e de uns tempos pra ca fica fazendo essas feiuras, me ignorando, e sempre cara, SEMPRE que eu tento falar com vc, vc desvia de mim, agora vem fala que é melhor a gente para de ser amigo?? QUAL É A SUA CARA?
Ele disse isso quase gritando comigo, eu só abaixei a cabeça e disse:
EU: eu só não quer sentir mais isso. Disse isso quase num sussurro inaudível.
LUCAS: não quer sentir o que cara, pode me fala, sou se amigo.
EU: PORRA LUCAS, EU SIMPLISMENTE NÃO QUERO GOSTA DE VC CARALHO, EU SÓ QUERIA SER SEU AMIGO PORRA, MAIS EU NÃO CONSEGUI TA OK! EU TENTEI ME AFASTA DE VOCE, O MAXIMO QUE EU CONSEGUI, MAIS VC CONTINUOU ME PERSEGUINDO, ME FAZENDO GOSTAR MAIS E MAIS, EU NÃO QUERO GOSTAR DE VC, EU QUERO GOSTA DE UMA GAROTA IGUAL TODO MUNDO, EU QUERO SER NORMAL PORRA, EU NÃO QUERO SER GAY....EU NÃO QUERO.
Quando terminei de dizer isso já tava chorando. Um choro pesado.
Ele veio até mim e simplesmente me abraçou, eu fiquei chorando ali no colo dele por não sei quanto tempo até que ele sussurrou no meu ouvido, eu também não quero, mais eu não consigo mais reprimir isso, quando ele disse isso ele puxou meu rosto junto ao dele e me beijou, o melhor beijo da minha vida.