Cap.20 (Último Capítulo)
TRILHA SONORA: TURNING PAGE-SLEEPING AT LAST
Estava muito nervoso naquele quarto. Seria o meu casamento, enfim. Não estava conseguindo nem dar o nó na gravata.
- Mãe, me ajuda, eu não tô conseguindo dar o nó na gravata- falava, me olhando no espelho e ainda tentando
- Deixa eu te ajudar- ela falou, se aproximando e dando o nó- nossa, você está tremendo.
- Estou muito nervoso.
- Nervoso com o que filho, você não está certo de que deve se casar ?
- Claro que não, eu sei que devo me casar. É, que, sei lá, sempre dá aquele frio na barriga, é meu primeiro casamento, espero que seja o único. Tô muito nervoso.
- Tudo bem filho. Tenta se acalmar, vai dar tudo certo, você vai ser feliz- falou, erguendo minha cabeça, e me dando um beijo na testa- meu menino, vai casar. Ainda não estou acreditando nisso
- Nem eu- falei, colocando o terno, e me olhando no espelho- você acha que eu tô bonito ?
- Sim, tá lindo filho- falou, ajeitando a gola. Logo meu pai entrou.
- E aí- falou, entrando- cadê o noivo ?
- Tô aqui, tentando espantar esse nervosismo que está me consumindo.
- Calma filho. Me lembro quando me casei com sua mãe- falou, pegando na mão de minha mãe- estava extremamente nervoso, mil coisas vinham a minha cabeça, mas no final, deu tudo certo. Sou feliz até hoje, e você também vai ser. Não tem porque se preocupar, vai dar tudo certo- falou, pegando no meu rosto.
- Não sei o que eu faria sem vocês - falei, dando um abraço coletivo. Logo um primo meu abriu a porta.
- Vamos gente, ele já está vindo- falou, aumentando ainda mais minha ansiedade. Descemos as escadas e logo chegamos ao jardim. Estava todo iluminado, cheio de flores e de pessoas. O clima de emoção era geral. Fui direto para o altar. Lá o juiz já esperava. Alguns convidados vieram me cumprimentar. Logo alguém gritou.
- O outro noivo chegou- acho que devo ter ficado corado. Logo vi ele aparecer, estava lindo naquele terno, segurando um buquê de flores, sorria. Logo aquele música começou a tocar. Meu pai veio trazendo ele até o altar. Na frente, alguns primos meus, cavalheiros de honra. Meus olhos se encheram de lágrimas. A ficha caia ali. Eu, sim, tinha conseguido, enfim chegar a felicidade. Era real, a ficha havia caído. Esperei 170 anos, pela minha alma gêmea, e ela veio, do jeito que eu queria, ou melhor, ainda melhor. Logo ele chegou ao altar. Estava todo vermelhinho, com um sorriso lindo. Estava com os olhos igualmente molhados. Logo o juiz começou a pronunciar aquelas palavras que selariam de uma vez a minha felicidade.
- Bem, estamos aqui hoje, para celebrar a união civil, entre esses dois homens. Daniel e Arthur. Os dois, unidos através do amor, querem selar sua união, perante aos homens- a todo momento eu olhava pra ele, aquele momento me proporcionou uma emoção incrível- bem, Daniel e Arthur, vocês dois, aceitam, casar, de livre e espontânea vontade, perante a mim, juiz de direito ?
- Sim- falei
- Sim- ele falou, sorrindo
- Coloquem as alianças- e então, um dos cavalheiros veio trazendo as alianças. Peguei a que estava com o meu nome, delicadamente, peguei sua mão.
- Essa é a prova do meu amor, e da minha fidelidade- falei, colocando, e beijando a sua mão. Ele sorria. Pegou então, a que tinha seu nome. Pegou minha mão.
- Essa é a prova do meu amor, e da minha felicidade- falou, colocando a aliança, e beijando a minha mão.
- Bem, a partir deste momento, os dois estão casados. Podem beijar-se- e então, peguei pela cintura, e tasquei um beijão nele, selando a nossa felicidade.
DIAS DEPOIS
Ele me trouxe pro quarto nos braços, que fofo →←
- Ai amor, não precisava fazer isso- falei, rindo horrores.
- Precisava sim, não vamos quebrar a tradição- falou, abrindo um champanhe. Estávamos em lua de mel. Tínhamos vindo pra Buenos Aires, a cidade do tango, festejar nosso amor. Colocou nas taças, e me deu uma. Tomamos.
- Sabia que eu não tô com vontade de beber champanhe ?- falei, pegando na sua cintura.
- Sério ? Que interessante- falou, com uma cara de safado. Me pegou pela camisa, e me jogou na cama, subiu em cima de mim, e me tascou um beijão, de tirar o fôlego- eu já tava doido pra fazer isso- continuamos o beijo, até ele começar a beijar meu pescoço. Sapatos, meias, camisas, calças, um festival de peças voaram pelo quarto, até as cuecas também voaram.
- Ops- falei, continuando o beijo. Subi em cima dele, e imediatamente comecei a chupa-lo. Tinha um gosto ótimo. Meu tesão estava a mil. Meu pau, duríssimo. Até ele me virar, e começar a me chupar. Gemia alto, parecia que era a primeira vez que eu faria aquilo. Ele se concentrava em lamber a cabeça, enquanto dedava meu ânus. Beijava meu corpo, eu sentia todo o seu com as mãos. Logo ele pegou um gel. Uma camisinha. Passou gel no meu buraquinho, e em minutos eu estava sentindo aquele negócio entrar em mim. Dói um pouco, mas logo senti muito prazer. Gemia, enquanto ele bombava atrás de mim. Até eu gritar. Havia gozado. Em seguida ele gozou, caiu cansado.
- Te amo
- Também te amo
DIAS DEPOIS
- É, acho que esse móvel vai ficar melhor aqui- falei, empurrando de novo o móvel pra outro lado da sala.
- Mas eu ia botar a TV ai- falou Arthur, todo sujo de tinta.
- Ih, é mesmo- lá fui eu arrastando de volta pra lá.
- E essa aqui ?- falou, segurando uma lata de tinta verde.
- É pro quarto de hóspedes - falei. Indo pro lado dele.
- Já tá com cara de casa né ?- falou, olhando ao redor.
- E casa tem cara ?- perguntei, sorrindo.
- Tem...a nossa cara- falou, me beijando. Logo, aquela casa estava com algumas criancinhas, para nos deixar de cabelo em pé.
- André, Milton, Marina, venham cá - falei, correndo atrás delas.
- Corram, corram crianças, vamos ver se o papai pega a gente- e eu corria por toda a casa atrás deles, até que consegui.
- Peguei- falei, empurrando os quatro pra cama. Riamos muito. Éramos uma família feliz. Beijei Arthur, como sempre fazia- quem vai querer segundo round !- e lá iam, todos correndo pela casa de novo. E assim foi a nossa vida. Meus filhos viraram marvericks, por vontade própria. Fui feliz a vida inteira, sempre ao lado dele. Vimos gerações saírem, novas entrarem. Guerras iniciarem, brigas terminarem. Novas tecnologias aparecerem, carros voarem. Vi o mundo se tornar sustentável, e a água não acabar. Vi os gays serem tratados com respeito por 95% da população mundial. Fomos felizes. A vida toda. Juntos
FIM
Gostaram ???