Você é Meu...Amor-16
-Karina! Como assim?! –Perguntou o irmão confuso, olhando para Angelina estranhamente. –Karina eu sou seu irmão! –Pronunciava as palavras lentamente, para que ela pudesse compreender perfeitamente a mensagem que ele estava a passar pra ela. –Como pode esquecer? –Nisso todos silenciaram. –Um absurdo da sua parte, sempre sendo egoísta, agora vem com essa! –Disse alterado, fora de si. – Pra mim já chega!
Ele decidiu sair da sala e foi pra fora. Com os olhos cheios de lágrimas. James foi atrás dele. Assim que o avistou no quintal olhando pro nada foi em sua direção em passos firmes. Ao se aproximar deu um abraço de urso, quente e reconfortante.
-Kaiã a culpa não é dela. –Disse calmamente, ainda abraçado.
-Não? –Disse com ironia. –Ah não me diga, isso já é dela, não percebes?
-Kaiã ela ta com amnésia. Para de ser tão dramático! –Falou o repreendendo, seu jeito duro e frio que acabara de agir com James. Kaiã rapidamente se calou e por minutos ficou encarando James, indignado com que acabara de ouvir, ouvir palavras duras e sinceras de quem ele ama.
-Sou dramático? –Perguntou não acreditando. –Então isso que eu significo pra você?
-Kaiã para! –Gritou. –Já chega! Eu tenho suportado bastante suas bobeiras, meninices e parvoíces. –Se afastou dele. –Um relacionamento tem que ter sinceridade, certo? O nosso tem, eu disse a verdade, aceita! –Abaixou o tom.
-Agora decidiu ficar do lado dela. –Disse com os olhos lacrimejando novamente.
-Não! Apenas estou mostrando que ela não está fingindo! Entenda! –Exclamou em tom de brando, jogando as mãos pro ar, farto.
-Sim. Pra você tudo é, mil maravilhas! –
Arqueou a sobrancelha modo de questionamento e rodopiou kaiã. Após isso ele decidiu ficar de frente pra ele. –E se for? A razão aqui o quanto você é egocêntrico. –Enfatizou a palavra “egocêntrica” deixando claramente o que queria dizer.
-Então eu e meu egocentrismo decidimos ir embora! Fica ai e não penses vim atrás de mim! –Saiu em passos apressados, a fora de casa. Sua mente estava um turbilhão. Decidira parar em algum lugar e por seus pensamentos e ordens. Talvez James devesse está certo. Mas Kaiã não iria aceitar esse fato, isso pra ele seria um desafio enorme pela frente.
Sua irmã apesar de os dois terem diferenças, e brigas eles se amam. E iria doer bastante ver dali em diante ela assim. “Vou pesquisar o que ela tem, quando chegar em casa” disse em pensamentos, andando lentamente na rua. Até que esbarra em uma pessoa. Escuta a pessoa reclamar e logo vai abrindo a boca pra se desculpar.
-Kaiã? –Falou olhando Kaiã.
-AH, era só o que me faltava! –Rapidamente se virou, pra sair dali. Mas a mão do menino segurou no braço de Kaiã. –Me solta! –Vociferou.
-Espera! Tenho algo importante a lhe dizer!
Decididamente, Kaiã virou-se pra ele. Com a mão na cintura e a sobrancelha levantada fitou o menino a sua frente. Melhor, o seu ex-namorado e melhor amigo. Ao qual discutiu por medo de mostrar ser quem realmente é. E não assumir o relacionamento. –Diga! –Ordenou, em voz alta.
-Olha eu me arrependo por tudo mesmo. E dês daquele dia eu não conseguir te esquecer, eu só quero que você volte pra mim. –Disse entre choro.
-Desperdício de a sua parte ficar chorando por mim! –Berrou. –Se fosse você iria seguir em frente! ESQUECE-ME! –Vociferou serrando os dentes.
O menino segurou seu braço firme. E o sacudiu. Fitou olhando nos olhos azuis oceano de Kaiã, lindos e brilhantes. Mas naquele momento, vago e sem vida. Ao deparar com isso o menino sentiu um aperto imenso no coração, ver a pessoa que mais ama assim o ferira.
-Eu te amo! Irei provar isso agora. –Kaiã iria perguntar o como, assim o menino lhe lascou um beijo, doce e puro. Com desejo e volúpia. Kaiã momento algum o retribuiu o beijo. Ainda ambos de olhos fechados escutam uma voz atrás.
-Digno da sua parte, nós brigamos e em forma de desconto você fica com o primeiro que ver! –James disse furioso, saindo correndo dali.
-James. –Sussurrou antes de ele sair.
Distante dali, Kate havia recebido a noticia de que Karina havia voltado. O medo e angustia a impedira de ver a sua amada. A dor também. Estava de cama, doente. Seu corpo estava fraco e seus olhos caídos. Sua voz fraca e praticamente morta, sem alma. Decidiu levantar da cama e comer algo, esse seria o momento oportuno. Após o fato com sua mãe, ela decidiu evitar sua mãe. Mesmo que doesse para ambas, essa seria a melhor forma de prosseguir em frente. Logo iria trabalhar e morar só ou com quem ama, assim podendo ter uma família.
Na cozinha ela comeu o básico. Após sua refeição subiu e se arrumou pra ir ver seu pai.
Andando pela rua, sua mente não parava de pensar em Karina. Se ela mudou. Como deve está. Kate sofreu muito ultimamente que perdeu o ânimo de viver. Só vive por que tem quem a amar e quem a ama ela. Ou se ama ainda, pensou. Ao chegar ao hospital ela entrou. Foi na recepção e pediu para recepcionista liberar a visita para seu pai. A mulher a levou até o quarto onde seu pai se encontra e decidiu deixa-los a sós. Assim que saiu Kate foi até a porta fecha-la. Pegou a cadeira e pôs perto de seu pai. Sua mão instintivamente foi de encontro com a dele e a apertou com força. Sem saber por onde começar, logo despejou em choro.
-Você me faz tanta falta sabia? –Perguntou como se ele pudesse a ouvi-la. –Sua menininha cresceu, mas mesmo assim sua falta é... Inexplicável nãot tenho palavras pra me expressar, sei que logo você irá acordar desse sono profundo. Minha... Namorada acordou, ou ex? Pai eu sou lésbica, isso deve ser difícil de ouvir, apesar de você não me responder eu aprendi que o silêncio é a melhor resposta. –Limpou o rosto com a manga da blusa. –Sou patética agindo dessa maneira. Eu sei. Juro que irei descobrir quem te pôs nesse lugar e lhe culpou pelo roubo. Tenho certeza que a culpa não foi sua. Sempre foi honesto e ensinou a mim a ser uma menina boa. –Disse com raiva, despejando toda fúria dentro de ti. –Isso é calunia da sua parte e daqui em diante começarei agir em busca de respostas. Limpar o seu nome e provar a todos que você não foi o culpado. –Seu coração acelerou. –Se pelo menos eu tivesse a primeira pista. –Implorou pedindo ajuda, logo sua mente raciocinou bem e a primeira seria a data que ocorreu tudo. Esse é o primeiro passo, pesquisar sobre o ocorrido e ver quem esteve no dia. Um sorriso se formou por ter algo em mente. Lentamente ela beijou a testa de seu pai. –Você vai se recuperar e quando acordar tudo voltará a ser como antes! –Disse determinada. Assim que terminou seu breve desabafo ela se levantou da cadeira e saiu daquele local. Ao abrir a porta, ela olhou para trás vendo seu pai naquele estado e juntaria respostas até achar o culpado de tudo issoEm casa começou a pesquisar de várias maneiras sobre o ocorrido de seu pai. E a resposta era: nada. Isso a magoava, ela não iria ser capaz de desistir fácil assim. Lutaria pela justiça e liberdade de seu pai, de fato se ele acordasse daquele “sonho” profundo. Como ela define.
-Haaaa. –Soltou uma lufada de ar. –Estou aqui mais de duas horas e nada. –Disse tristonha. –Amanha volta as aulas. Eu fiquei um bom tempo sem aparecer lá. Tomara que Karina vá só assim poderei explicar tudo a ela! –Pensava alto, falando consigo mesma. Sua mente dar um instalo. Ela se joga no chão em choro e coisas terríveis preenche sua mente. Uma menininha gritando de medo, correndo sem lugar pra se esconder e um cara com a arma na mão, apontando pra menina. Quando ela percebe, aquela menina é...
Ela.
Fica apavorada naquele momento. Algo estava errado ali, pois nunca se lembrara daquele momento. Começa a sacolejar pra lá e cá e se levanta. Tonta começa a andar pelo quarto, e desmaia.
[...]
A noite estava linda e lá se encontrava Karina olhando pro nada. Então só decidiu comer algo, queria cortar o pão à faca cairá de sua mão. Ela pegou novamente e tentou cortar o pão. Os movimentos eram falhos, sua coordenação motora parecia está com problema. Parecia não manter a faca direito em sua mão. Isso a intrigou, logo ouviu a porta se abrir e fechar com um estrondo forte. Assustada foi ver o que era.
Seu irmão.
-Oi? –Perguntou duvidosa.
-Karina. Ufa. Está bem? –Perguntou aliviado.
-Acho que sim. –Disse lentamente, perdida em suas palavras distante dali. – Por quê... –Sua boca se fechou.
-Kaiã. –Complementou. –Sou seu irmão, lembra?
Ficou fitando o tento e balançava sua cabeça de um lado para o outro. Depois de minutos decidiu falar. –Não. Desculpa. –Sussurrou.
-Hey tudo bem. –Foi até ela e abraçou. –O que importa é que estou aqui.
-Você está bem? –Pôs a cabeça para o lado.
-Sim.
-Não é o que parece, seu rosto está triste demais. Parece farto de algo, ou melhor, parece está carregando pesos em suas costas, coisa que não deveria está lidando. –Kaiã apenas conteve a risada e fitou sua irmã, pelo modo que ela falou lembrava uma...Criança.
-Olha vamos fazer o seguinte, que tal irmos deitar juntos? Só essa noite?
-Mas e nossos pais?
-Não estão presente. –Respondeu com voz pura taciturno.
-Como assim.
-Nem eu entendo. Amanha você irá pra aula, okay? Apesar de ter boas notas em todas matérias precisa pelo menos comparecer nas aulas e ver como continua seu desenvolvimento.
-Hurum. –Deu de ombros. Kaiã foi até a cozinha e viu a faca no chão. –O que isso faz no chão.
-Não sei! –Disse com voz de choro. –Eu tentei cortar o pão, mais não consigo! –Falou fula. Seu irmão a abraçou com força e ficou acariciando sua cabeça. Beijou sua testa. E fez uma prece não acreditando que aquilo era verdade. Em um momento pensara em seus pais. No seu namoro e terminou em Kate. Um sorriso malicioso formou em seu rosto e seus olhos mudaram de cor. Algo maligno passou em mente, agora iria pôr em prática.
-Vamos dormir, amanha o dia será longo e maravilhoso.
Os dois subiram e decididamente dormiram juntos.
Na manha seguinte Kaiã foi dirigindo em seu quarto. Havia ajudado Karina em recordar de suas memórias perdidas, sendo que todas foi dele, obvio. Ela deveria se lembrar dele primeiro. –Kaiã. Eu lembro que uma vez brigamos por pegar o doce do bolo, a sobra, lembra? –Seus olhos brilharam e digno foi aquele momento. Ela aprendeu a pronunciar seu nome corretamente e lembrar o momento mais...Lindo.
-Karina. –Disse feliz, contendo a alegria.
-Kaiã. –Disse. –Va-di-o. –Ambos caíram no riso e aquela foi a primeira vez que Karina riu e isso alegrou bastante kaiã. Chegando na escola, Karina desceu do carro e Kaiã foi estacionar seu carro em um lugar que tivesse vaga.
Karina andava desconfiada, tinha bastantes olhares fixos nela. Isso a deixara intrigada e aborrecida. Por que seria o motivo da atenção de todos. Continuando andando esbarra em Kate. Kate se virou furiosa e ao ver Karina seu coração acelerou e ficou molhe ao mesmo tempo, inexplicável era aquela sensação. Um sorriso se formou. Karina se desculpou, Kate não foi capaz de dizer nada, apenas a observava. O tempo parecia ter parado e Karina sentiu algo diferente. Os olhos ficaram fixos um no outro. As bocas de ambas estavam trêmulas. Karina se sentia nervosa, mais por quê? Perguntou-se mentalmente.
-Karina. –A abraçou com força. Saiu do abraço. –Sentir sua falta amor. não sabes o quanto eu sofri pelo que aconteceu contigo.
Karina ficava encarando ela. –Olha, eu sei que fui a culpada de tudo. Por não ser corajoso o suficiente para nos expor. E por mentir. –Esperou sua amada lhe responder algo. –Não tem motivos pra ficar calada.
-Tenho sim! –Respondeu. –Eu nem te conheço.
-Conhece sim, sou sua namorada.
-Não. Não é não. Nem tenho namorada e eca, não curto meninas, desculpa. –Começou a andar.
Kate começou a rir debochadamente que chamou a atenção de Karina. –Sim eu mereço isso, mais agora vamos partir pra realidade e ir a parte em que dizemos “eu te amo”. –Novamente esperou Karina responder.
-Não te conheço. Respeita-me. E enfim, não namoro meninas muito menos... Feias. –Kate não é feia, pelo contrario. Mas aquele momento Kate não atraia mais a Karina. As pessoas em volta que ouviu aquilo ficaram chocados. Logo kaiã aparece.
-Aconteceu algo? –Olhou para as duas.
-Kaiã essa menina me perturbando, dizendo que me ama sendo que nem a conheço e eu gosto de homens.
-Kate ouviu ela. Aceita. Ela não te ama! –Berrou. –Se eu fosse você a esquecia de vez, por que ela já te esqueceu a tempo.
-O que você fez com ela seu monstro. –Disse furiosa.
-Aliás! Olha o que você fez com ela! –Gritou.
-Karina sou eu a Kate, sua molena.
-Desculpa, mais não te conheço.
Isso despedaçou o coração de Kate em pedaços. Com os olhos cheios de lágrimas decidiu sair dali. A pessoa que mais ama nem quer saber dela. Isso a entristeceu e por outro lado Kaiã ficou satisfeito. Karina sentiu pena e dor no coração. Novamente perguntou o por quê? Nem a conhecia. Como teria pena de uma pessoa assim e por que essa menina mexeu tanto com os sentimentos dela.
Essa seria uma historia que Kate teria que conquistar o amor de Karina novamente, quebrando barreiras não se importando com as consequências. Aquele momento, as duas estavam perdidas entre si. Uma historia de puro amor e tristeza, onde que só seria o verdadeiro amor. Pois o lema das duas é:
Você é meu amor...
Continua.
Desculpa por não ter postado outro ontem. Em compensasão logo mais posto outro. Bom agradeço aqueles que comentaram e é isso ai, até.