Estava escuro, ouvia o barulho do mar, tentei seguir o barulho, mas não cheguei a lugar nenhum, podia sentir terra em meus pés será que eu estava em uma praia se sim como eu cheguei La? Tentei desesperadamente gritar, não ouvia minha voz, tentei pensar como eu fui parar ali branco total, o que estava acontecendo comigo?
Depois de sei la quanto tempo parado ao esmo...se é que passou algum tempo ouvi alguém me chamar, tentei responder sem sucesso o medo tomou conta de mim a voz que me chamava estava cada vez mas perto se aproximando a cada segundo, dava para sentir a respiração ficando mas pesada,até chegar ao meu rosto mas eu nada consegui ver.
Pai – Acorda filho...
Meu pai gritava, parecia esta em pânico. Abri meus olhos ao poucos a claridade machucava, eu tentava entender o porquê meu pai estava em pânico. Ele me abraçou forte e eu retribui sem entender.
Eu - Pa... Tentei falar, mas as palavras ficaram presas em minha garganta.
A sensação que eu tinha era que eu dormi durante dias, eu estava pingando de suo, eu ainda estava com a roupa que eu vesti no primeiro dia de aula... Mas que droga estava acontecendo, as perguntas estavam vindo em ondas, ondas violentas arrebentam no quebra-mar, minha cabeça doía, meu pai falava comigo, mas eu não entendia nada só via a boca dele mexer consegui levantar do chão meu pai me olhava atônito sem entender nada acho que tão confuso quanto eu ou até mais, andei ate o espelho que tinha no meu quarto que dava para ver o corpo levei os dedos até os meus lábios e então as respostas vieram como um tiro a queima-roupa, não senti as minhas pernas mas continuei de pé.
Pai – Filho está tudo bem?
Não pai...não esta nada bem. Pensei
Eu – Sim. Consegui responder
Pai – Eu fiquei preocupado já estava quando ligando para o medico.
Eu – Pai não foi nada eu estou bem, só estava um pouco cansado.
Pai – Como bem? Você nem a roupa que foi para o colégio tirou, Eu cheguei as 8:30 e já encontrei você dormindo.
Eu – Mas agora eu estou bem não precisa se preocupar – Disse abraçando ele o, mas forte que eu conseguia no momento – o que tem para o café? Perguntei forçando um sorrindo.
Pai – Para o almoço você quis dizer né? Já passam das 11:30 da manha.
Me assustei quando ele disse isso, quantas horas eu fiquei apagado.
Pai – Alô...Alô e do mundo da lua – Disse meu pai dando uma gargalhada – Vai tomar um banho e desce para almoçar que eu fiz o almoço.
Eu – Você fez o almoço – Perguntei erguendo uma sobrancelha – Cadê a Joanna?
Pai – Ela pediu demissão, algo a respeito do marido que recebeu uma proposta de emprego para outra cidade.
Eu – Haa, então liga logo pro medico – disse rindo, ele fechou a cara e depois deu uma gargalhada e saiu do meu quarto.
Tentei deixar a mente em branco mas sem muito sucesso, comecei a tirar a roupa e entrar no banheiro, um banho era tudo que eu precisava. A água estava fria, mas agradável tentei organizar as ideias durante o banho, o que fez a minha cabeça doer. Sair do banho e fui para frente do espelho me enxugar, sempre faço isso até hoje não sei o porquê disso. Peguei uma cueca e uma bermuda e vesti. Me olhei novamente e sentia que algo em mim avia mudado, eu só não sabia se isso seria bom ou ruim. Desci para o ‘’almoço’’, cheguei na cozinha meu pai parecia perdido só consegui rir.
Pai – O bela adormecida para de rir e me ajuda aqui.
Ajudei ele a por o almoço, comemos na cozinha mesmo.
Eu – É pai já ta pronto para casar – disse rindo da cara dele.
Pai – É eu meu ‘’namorado’’estávamos mesmo pensando nisso.
Eu arregalei os olhos e ele se acabou de rir da minha cara
Eu – Muito engraçado – fechei a cara para ele, ele continuava rindo.
Pai – Já que eu fiz o almoço você lava a louça.
Juntei tudo que tava sujo para lavar, então comecei. Pensei não que meu pai tinha dito, será que meu pai estava mesmo brincando ou só preparando o terreno, e eu não me surpreenderia se fosse verdade, ainda mas depois da minha mãe. Depois de tudo que ela fez para nos dois. Arg eu não queria pensar nela, terminei com a louça e fui para a sala meu pai não estava lá, subi e fui ate o quarto do meu pai a porta estava encostada já fui abrindo, e vi meu pai no PC dele.
Eu – Pai não vai trabalhar hoje não?
Pai – Vou sim, e já estou trabalhando – Falou apontando para o PC.
Sai do quarto para não atrapalha-lo e segui para o meu. Arrumei a pequena bagunça que eu tinha feito, e fui a caça do meu celular que desde que eu acordei não o via. Finalmente o encontrei jogado debaixo da minha cama. Comecei a mexer e vi que tinha varias ligações e mensagens da Marcela e do Fernando, então liguei para a Marcela só que o celular dela tava dando fora de área então liguei para o Fernando que não demorou muito atendeu
Nando – Onde você tava seu corno? Já tava para colocar o FBI atrás de tu.
Eu – Eu to bem cara.
Nando – Mas que merda cara, tu disse que ia ao banheio some o dia todo, não atende a droga do celular e depois na maior cara de pau fala que ta bem?
Eu – Cara foi mal... tem como você vim aqui em casa?
Nando – Em 1 hora to ai.
Eu – Porra cara porquê tudo isso?
Nando – Porque eu ando de busão, esqueceu playboy – falou ele rindo e desligando.
Demorou mas de uma hora quando ele finalmente chegou. Fui abrir o portão para ele fomos para o meu quarto.
Nando – Porque me trouxe para o abatedouro – Disse rindo – Agora conta o que aconteceu contigo?
Eu – Eu adoraria te responder mas tudo que consigo lembrar foi de ir para o banheiro ( e do beijo pensei) e acorda hoje no chão com a mesmo roupa de ontem.
Nando – O que te fizeram no banheiro ontem em cara? – Falou rindo ( Que merda, esse sacana ta lendo mentes).
Eu – Haha eu tava sozinho no banheiro, e depois não sei mas o que aconteceu.
Nando – Estranho cara muito estranho. Algumas pessoas estranharam você não ter ido hoje para o colégio, e vou-te falar viu tem umas minas novatas gostosinhas na nossa sala viu.
Eu – Hehehe vamos nos dar bem esse ano - Mas no fundo eu não sei o porquê mas esse comentário dele não me animou muito.
Passamos a tarde conversando e tudo que tinha acontecido parecia que tinha acontecido a muito tempo, descemos fizemos um lanche jogamos videogame. Ate que ele se levanta e fala
Nando – Cara eu já vou indo, tenho que pegar busão ainda e ta ficando tarde já.
Eu – Beleza cara nos vemos amanha no colégio e valeu mesmo por ter vindo.
Nando – Que nada cara nos nossos parceiros, to aqui para o que você precisar.
Eu – Brigadão mano - E abracei ele.
Fomos caminhando ate o portão de casa ele se despediu e desceu a rua, fiquei uns segundo parado na frente de casa observando ate ele virar a rua. Quando me viro para entrar vejo alguém saindo da casa em frente a minha, um fantasma, alguém que eu não esperava ver de novo o, nossos olhares se cruzaram o tempo parecia ter parado e eu estava hipnotizado por aqueles olhos, tão azuis quanto o céu a expressão dele era difícil de decifrar, ele sorriu e a minha vontade era de atravessar a rua e socar ele e perguntar o que ele queria de mim, qual era o problema dele. Mas tudo que eu conseguir foi sorrirEsse e meu primeiro conto e gostaria de agradecer aos comentários é bom saber quem vocês estão gostando, vou tentar postar os capítulos o mas breve possível.
Att: Escritor K