A Volta por Cima Cap.2

Um conto erótico de avoltaporcima
Categoria: Homossexual
Contém 1137 palavras
Data: 04/08/2014 00:43:44

Cap.2

Aos poucos fui reestruturando minha vida. Sempre com o apoio de Lucinda. Que tomou o lugar da minha antiga mãe no meu coração. Depois de mais um dia de procura de emprego, não conseguia achar. Por sorte, a minha faculdade era pública, eu não precisava pagar. Mas eu tinha que ajudar nas despesas, eu estava como hóspede na casa de Lucinda, não poderia abusar, e nem me sentiria bem assim.

- E aí, conseguiu ?- falava ela, ao me ver entrar pela porta.

- Não. Eles dizem que eu sou muito inexperiente, não querem me contratar.

- Ei, você gostaria de trabalhar de atendente ?

- Ah, eu não tô podendo escolher, tudo que vir eu agarro.

- Sabe, abriu uma vaga naquela academia da esquina, e eles precisam logo de um atendente. O trabalho é bom, e paga até bem.

- Vamos lá agora ?

- Vamos.

E foi assim que arranjei meu primeiro emprego. Dava uma boa parte do meu salário pra ela. Acreditam que no início ela relutou pra receber ? Mas depois passou a receber. Enfim, eu estava com uma vida melhorzinha. Tinha um lugar pra dormir, pessoas que me apoiavam, um ou dois amigos da faculdade, mas ainda faltava alguma coisa. Tinha dias que chegava da faculdade, tarde da noite. Comia qualquer coisa e ia me deitar. A noite naquela cama, era torturante. Pesadelos daquele dia fatídico vinham a minha cabeça. Ao mesmo tempo que eu sentia falta de carinho, de amor, de beijos. Ainda era virgem. Eu apenas havia beijado aquele garoto, que por um descuido, acabou revelando por mensagem, minha sexualidade a meu pai. Queria me apaixonar de novo ! Os anos foram passando e não pintava ninguém na minha vida. E assim foi até o dia de hoje. Aqui estou eu. Recém formado na faculdade. Estava distribuindo currículos, esperando ser contratado por algum jornal, quem sabe, uma emissora de TV. Mais um dia se iniciava. E como todos os dias, eu acordava caindo de sono. Acordava cedo, afinal tinha que abrir a academia. Passava uma água no rosto, tomava um banho, fazia diariamente as mesmas coisas. Pegava meu lindo uniforme vermelho no armário, e me vestia. Uma calça jeans, meu sapato. Dava uma ajeitada nos meus cachinhos, adorava os cachos que tinham no meu cabelo !:) Colocava meu relógio de pulso, um óculos escuro, para esconder as olheiras. E me olhava no espelho. Eu não era feio. Era branco, bem branco, mas não exagerado, de altura média, 1,75, magro, cabelos castanhos, cacheados. Não me considerava feio. Mas por incrível que pareça não pintava ninguém de interessante na minha vida. Sai, comia uma maçã, uma torrada, tomava uma boa xícara de café, e saia, pra mais um dia de trabalho. E não havia nenhuma expectativa para aquele dia. Seria mais um dia tedioso e quente, vendo aqueles corpos sarados desfilarem na minha frente. Andava poucos metros, a academia era perto. Abria o portão, gente já me esperava.

- Oi Guilherme- dizia Ronaldo, um dos professores, que trabalhava de manhã.

- Oi Ronaldo- abria e ligava tudo. Em seguida, me sentava naquele balcão. E assim ficava o resto da manhã, até as 15hs. Essa era a minha vida. Me chamo Guilherme Squelotto, tenho 24 anos. Jornalista formado, homem gay, novo, cheio de sonhos, com vontade de amar, de formar uma família, de ser o melhor jornalista do mundo !

FLASHBACK

- A presidente Dilma perde a eleição, e de tanta vergonha por ter deixado o pais quebrado, se mata- dizia rindo, imitando William Bonner, com uma escova na mão.

- Filho, no dia que você der essa notícia, o povo vai a loucura- meu pai me abraçava, com toda a força do mundo- você ainda vai ser, o melhor jornalista do mundo !

- Claro que sim papai.

FIM DO FLASHBACK

Ainda lagrimava, ao lembrar dos bons momentos que tive ao lado do meu pai. Morria de saudade dele, mas ele talvez nem lembrasse de mim. Aquele dia estava esquisito. Havia muita movimentação naquele lugar. Estava estranho ! De repente, ouço uma gritaria. Sai pra ver, e vejo a polícia gritando e correndo. Logo, curiosos se aproximam. E, pra minha surpresa, uma pessoa aponta na minha direção.

- É ele aqui policial, foi ele que me roubou.

- O que ? Eu não fiz nada, você tá louco ?- gritava como um louco com aquele maluco, que estava me acusando de uma coisa que eu não tinha feito. De repente um policial se aproxima, com uma algema na mão. Me assusto !

- Você tá preso, por roubo !- falava ele, me apertando contra a parede e colocando as algemas em mim.

- Não, eu não fiz nada ! Não fui eu, me solta !

- Isso você vai dizer para o delegado, tem o direito de permanecer calado, tudo o que você disser será usado contra você.- não tinha caído a minha ficha. Eu estava sendo preso, por algo que eu não tinha feito, só podia ser brincadeira ! Me colocaram na parte de trás do carro e foram me levando pra delegacia. Ainda esperneei um pouquinho, até que cansei. Não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo. Logo chegamos na delegacia. Fui puxado, até a sala do delegado. Ao entrar, comecei a gritar.

- Eu quero ir embora, não fui eu que fez isso !- falava

- Calma. Olha, você condiz com as características que a vítima nos forneceu. Fica calado que é melhor pra você. Isso vai ser investigado, se não for você que roubou, vai ser esclarecido. Agora senta a bunda ai e se quieta, que eu ainda tenho muitos casos pra atender !- depois de diversos minutos, e de eu tentar argumentar, não consegui nada- policial, leva ele pra cela, até segunda ordem.

- Posso ao menos avisar a alguém ?

- Claro, tem 5 minutos.- corri para o telefone, e liguei pra Lucinda. Ela atendeu afoita.

- Guilherme, é você ?

- Sim, sou eu.

- Me explica isso direito, você não fez isso né ?

- Não. Juro pela minha vida, eu não fiz isso Lucinda, mas as minhas características batem com a do bandido, e os policiais aqui não querem me liberar. Eles disseram que foi roubo de carro,e que a vítima levou um tiro, e por isso não vão liberar. Me ajuda !

- Tá. Eu já liguei pra um advogado, eu vou te tirar daí.

- Por favor, eu não quero ficar aqui.

A ligação caiu. Fui puxado, até a cela. Tinham muitas pessoas lá dentro, homens, mulheres. Todos com cara de mau.

- Olha, agora tem mais uma companhia- falou uma maltrapilha, na última cela. Me jogaram na penúltima. Trancaram a porta. A sensação de estar preso é terrível.

- Eu não quero ficar aqui!- falava, socando a grade.

- Calma, bater ai não vai adiantar-falava um homem alto, de voz grossa, que estava na mesma cela que eu. Me sentei naquele chão e fechei os olhos. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo.

Continua

Trilha sonora: BUNGEE JUMP-RAFAEL ALMEIDA

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Comentários

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qro logo ver essa virada na vida dele. adorando seu conto

Se puder me add no face ou skype, eu adoro conversa(se for me add, fala alguma coisa no chat pra mim saber que é vc) Face:::: https://www.facebook.com/uzumaki.kadu Skype:::: brcednc (Eduardo Nascimento)

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Bobo da familia tendi nada . então Ate agora estou gostande vamos ver oque tem a seguuir,e ve se nao demora muito para postar ^^

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