O cowboy dos sonhos - 9

Um conto erótico de Beto Torres
Categoria: Homossexual
Contém 3952 palavras
Data: 12/08/2014 14:42:16

Voltei, galera!

A cada dia que passa, gosto mais dessa sensação boa de estar compartilhando minha história com quem tem interesse em saber mais sobre mim e sobre o Barão. Obrigado de verdade pelo carinho de vocês que tem lido, votado, comentado. Mais uma vez, agradeço pela constância de vocês a cada novo capítulo. Continuem votando, comentando. Sinto-me incentivado a continuar a cada palavra que vocês se dão ao trabalho de escrever pra mim. :-)

Mas vamos ao que interessa.

Senti meu corpo inteiro gelar. Eu poderia esperar por qualquer coisa, menos por aquilo. Não sabia exatamente o que pensar. Mas de uma coisa eu tenho certeza: não sou conservador o suficiente a ponto de deixar que aquilo me afaste dele. Apenas ouvi atentamente enquanto ele, temeroso com a minha reação, ia contando detalhes da sua vida no Rio de Janeiro.

Descobri que ele fez cerca de 80 filmes diferentes, dentre os quais 15 foram produções voltadas para o público gay. Fiquei chocado, não vou mentir, principalmente quando ele me falou que abandonou tudo quanto passou a ser bancado por um empresário de 50 anos que ficou louco por ele quando o viu dançando numa dessas boates.

– Meu lindo, ele era um cara complicado, controlador, mas eu gostava dele. Mesmo assim, nós só estávamos juntos com papéis muito definidos. Ele era o cara que me dava dinheiro e eu era o cara que lhe dava sexo de qualidade.

– Ele era casado?

– Sim. Há mais de 25 anos, mas era muito discreto. Nos encontrávamos em um apartamento que ele comprou e me deu de presente e nunca fomos descobertos.

– Mas, se tudo era tão bem definido, por que acabou? – perguntei, mais por curiosidade do que por ciúmes, pois o modo como ele falava do tal cara parecia indiferente, sinal de que não havia nenhum sentimento.

– Acabou porque eu me apaixonei por outra pessoa.

– Que pessoa?

– O nome dela era Ana Rita e ela era filha dele.

Cada vez mais surpresas. A coisa estava ficando muito pesada. Jamais pensei que aquele cara aparentemente tão normal trouxesse tanta história complicada consigo. Ele me falou que a Ana Rita tinha 23 anos e que nunca soube do caso que ele mantinha com seu pai, mas que se conheceram por acaso na academia que ambos frequentavam. Segundo ele, quando ele descobriu que ela era filha do cara que patrocinava sua vida de playboy, eles já estavam envolvidos e não dava pra simplesmente fugir do sentimento que os ligava. Não sei se acreditei muito, não. Pra mim, ele fez tudo de caso pensado, ao ver que ficar com a filha era um melhor negócio. Mas eu não tinha alternativa senão acreditar no que ele estava me falando. Tanto que logo percebi que o estava julgando mal quando ele me falou que eles, num determinado momento, fugiram juntos, pois sabiam que com o pai dela por perto, jamais poderiam viver o sentimento que os unia.

– Foi nesse tempo que eu fui morar em Curitiba. Trabalhei como segurança e tínhamos uma vida modesta, meu lindo, mas muito feliz. Ficamos juntos por dois anos, até que o Fontes nos encontrou.

– E o que aconteceu, Barão?

– Ele tentou me matar, mas eu consegui escapar. Na verdade, acho que ele só queria que eu sumisse e ele usou os métodos violentos dele pra me forçar a isso.

– E foi assim que você veio parar aqui? – perguntei.

– Sim. De uma forma forçada, mas hoje sinto que aqui é o meu lugar.

– E a Ana Rita? – perguntei, apesar de saber que ele não iria me contar muito sobre ela – Não soube mais dela? Ela era sua esposa e vocês simplesmente se afastaram assim...

Ele respira fundo e fala:

– Não, meu lindo. Nunca mais soube dela. Não sei o que aconteceu com ela, se ainda está no Brasil, se ainda está viva. Tentei procurá-la, mas acho que, depois de um tempo, ela não quis mais ser encontrada por medo do que seu pai pudesse realmente fazer comigo, já que ele tinha ameaçado pesado da primeira vez.

Não consegui esconder meu descontentamento ao ouvir todas aquelas palavras sobre a Ana Rita. Ele quase morreu por causa dela e, mesmo ele não sendo tão direto, dá pra perceber que ele nutre certo ressentimento por nunca ter conseguido viver com ela tudo o que eles quiseram. Frustração por terem sido forçados a se separar. Muita informação de uma vez só.

É difícil de acreditar que ele, que foi capaz de ir contra o pai dela e arriscar a própria vida, tenha saído da vida dela dessa forma e não a procurado mais. Mas, apesar de meus pensamentos, o que o preocupava neste momento era eu.

– Essa é a minha história, meu lindo – diz ele, segurando minha mão e olhando nos meus olhos, que eu tentava manter fixos nele – Por favor, não fica em silêncio. Fala alguma coisa...

– O que você quer que eu fale?

– O que você está sentindo.

Respirei fundo e procurei as palavras certas a dizer, mas não as encontrei. Era uma situação nova pra mim, pela qual jamais imaginei passar.

– Eu preciso ir pra casa – falei, me levantando – Tenho que estudar e você também precisa voltar ao trabalho.

– Não vá sem antes me falar qualquer coisa que seja – diz ele, segurando meu braço, praticamente implorando para que eu lhe falasse algo que o tranquilizasse de alguma forma.

– Conversamos mais tarde – falei, pegando minha mochila e indo em direção a porta.

– Não vai nem me dar um beijo? – pergunta ele, diante do meu esquecimento.

Me aproximei dele e lhe dei um beijo rápido e frio. Voltei a ir em direção à porta e, quando estava prestes a abri-la, ele vem por trás de mim e cola seu corpo ao meu. Me abraça e fala, bem apaixonado:

– Por favor, não deixa que a verdade sobre mim transforme nosso amor num equívoco.

Ele beijou meu pescoço e me beijou no rosto. Eu não falei mais nada. Apenas saí. Precisava pensar em tudo o que tínhamos conversado e, como eu costumava fazer sempre que estava nervoso ou chateado, fui pedalar. Peguei a bicicleta em casa e nem sequer tirei o uniforme do colégio. Acho que pedalei cerca de 40 minutos. Quando já estava voltando pra casa, fui abordado na entrada da cidade pelo Daniel, um amigo do colégio do qual gostava muito e que costumava pedalar comigo vez quase todos os finais de semana.

– O que você está fazendo aqui? – perguntei, ao vê-lo com uma bicicleta.

– Estava seguindo você, como você já deve ter deduzido e só perguntou pra ver se eu teria a cara-de-pau de negar. Te vi saindo pra pedalar e logo imaginei que você estivesse chateado com alguma coisa. Na verdade, eu estava com medo de que você fizesse alguma merda.

– Que tipo de merda você acha que eu seria capaz de fazer?

– Sei lá. O amor deixa a gente meio desorientado e, quando vamos perceber, já fizemos coisas que nem imaginávamos que fôssemos capazes de fazer.

– Que raio de filosofia de bar é essa agora, Dan? E que história é essa de amor que desorienta?

– Estou falando de você e do Barão. Ou você acha que eu não sei que você é gay e que está saindo com ele?

Tremi na hora. Como é que ele percebeu? Como ele descobriu tudo? Será que estou dando tanta bandeira assim que, da forma como ele sacou, outras pessoas também sacaram? Minha reação na hora foi tentar disfarçar e me sentir ofendido com a declaração dele, mas acho que não fui muito convincente. Ele apenas sorriu e falou:

– Temos que conversar, Beto. Você está precisando colocar pra fora esse turbilhão de emoções que deve estar guardando pra si próprio já há um tempo.

Acabei aceitando ir com ele até um mirante ali perto, onde poderíamos conversar melhor. Ainda não estava à vontade com ele, mas agora eu preciso descobrir qual é a dele, se ele tem ou não intenção de manter eu segredo ou se ele já cometeu a loucura de comentar isso com alguém. Ele parecia tranquilo, o mesmo maluco de sempre, como se nada do que ele tinha descoberto fizesse diferença pra ele. E, assim que chegamos ao mirante, sozinhos, em minutos de conversa, eu descobri que realmente não faz. Ele me pediu meu telefone para mandar um SMS para sua mãe avisando onde estava e que iria demorar para que ela não ficasse preocupada

Ele me contou que desconfiou do meu interesse no cowboy gostosão desde que eu o vi pela primeira vez e ele estava junto comigo. Acho que minha cara de interesse deve ter sido absurda para ele ter percebido logo de cara. Ele me tranquilizou dizendo que ele que era um bom observador. Não me convenci, mas deixei que ele prosseguisse. Logo entendi o que ele queria. O Daniel é um cara super de bem com a vida. Parece meio maluco às vezes, mas é bem sensato e inteligente. Alguém com quem eu gosto de estar. Ele sempre foi um cara meio intenso, sem jeito pra dizer algumas coisas ou pra pensar antes de dizer o que vem à sua cabeça, mas acima de tudo ele se considerava meu amigo e era nisso que eu deveria me apegar agora, já que ele estava me garantindo que guardaria meu segredo como tem feito esse tempo todo.

– Deve ser um saco ter que mentir pra todo mundo assim, não é? – pergunta ele, realmente querendo que eu confiasse nele a ponto de me abrir.

– A gente acaba se acostumando, Dan – respondi, pois tinha guardado tudo pra mim por tanto tempo que agora, já que de uma forma ou de outra ele já sabe mesmo, resolvi compartilhar com ele as minhas emoções.

– Por que você nunca me contou, cara? Nós não somos parceiros?

– Cobranças agora não, Dan, por favor...

– Não é cobrança, Beto. É preocupação com todo o peso que você sempre teve que carregar sozinho.

Olhei para ele e ele me pareceu estar sendo sincero. Não sei se deveria confiar nele tanto assim, mas, ao longo desse tempo em que nós somos amigos, ele nunca me deu motivos para ficar com o pé atrás em relação a ele. Então que seja. Não consegui segurar e acabei abraçando-o impulsivamente, chorando. Ele tenta me acalmar e, quando eu finalmente fico mais tranquilo, conto-lhe tudo o que está havendo. Desde a minha implicância inicial com ele, passando pela Isaura e sua gravidez e chegando ao Fontes e à Ana Rita.

Em momento nenhum, ele me pareceu chocado ou surpreso. Apenas ouviu tudo com a maior paciência e interesse possíveis e logo falou:

– Posso ser bem sincero contigo?

– Claro, Dan – falei, dando-lhe abertura para dar sua opinião.

– Acho que você está sendo duro demais com ele.

– Sério, Dan? – perguntei irônico – É realmente super normal fazer 80 filmes pornográficos?

– Não seja duro com algo que foi feito num passado do qual você não fazia parte dele. Uma coisa é ele fazer agora, que vocês estão juntos. Outra bem diferente e pra mim irrelevante é ele ter feito isso antes de você. É algo que choca, eu sei, mas não é algo que deva ser determinante nessa felicidade que você está vivendo com ele. Cara, você esperou muito por isso, por esse cara, por esse momento. Não deixe que tudo se perca por conta de preconceitos que não deveriam ter lugar na sua vida.

Pior que eu concordo com ele. Sinceramente, depois que o Barão me contou sobre a Ana Rita, ela passou a ser minha principal preocupação. Nem me importei mais com os 80 filmes que ele fez e que, em tempos de internet, devem estar até hoje rodando por aí. O que está me inquietando é saber que ele, bissexual, tem uma história mal resolvida com alguém que ele amou muito e que pela qual foi capaz de mudar de vida. E eu resolvi falar isso pro Dan.

– Tenho medo do que ela ainda possa representar pra ele, Dan.

– Beto, acho que você deveria se apegar mais ao que você representa pra ele. A Ana Rita é passado. Ele poderia ter ido atrás dela novamente, mas não foi. Ele poderia ter deixado de se envolver com vc, mas não o fez. Ele te contou pra que você soubesse que ele confia em você a ponto de compartilhar contigo um passado que ele esconde do resto do mundo e não para que você ficasse grilado como você está agora.

– Talvez você tenha razão – falei. Pior que aquele maluco tem razão.

– Então fala pra ele que ele está vindo aí.

Olhei para trás e vi o carro dele parando próximo ao mirante. Ele sai, todo bonitão como sempre, ajeita o cinto e o chapéu e se dirige até nós. Suado, com cara de bravo... Cara, que homem é aquele! É vendo-o assim que eu entendo porque eu fiquei louco por ele desde a primeira vez que o vi. Um loiro bonitão, todo machão como aquele, a gente não deixa passar. E acho que eu não estou com a menor disposição pra perder o cowboy dos meus sonhos.

– O que você está fazendo aqui? – perguntei, sem entender como ele tinha chegado até onde eu estava.

– Agradeça a seu amigo – diz ele, piscando o olho para o Dan – Não se encontra amigos como ele facilmente por aí.

Me dei conta de que, ao contrário do que ele tinha me falado, ele pegou meu celular para mandar uma mensagem para o Barão dizendo onde eu estava, não para sua mãe. Deu vontade de matar o Dan, mas eu acabei sorrindo diante de mais aquela prova que poderíamos contar com ele para prosseguirmos com nosso romance.

– Precisamos terminar nossa conversa – falei, me aproximando.

– Claro, meu lindo. Tem algumas coisas...

– Vira pra lá, Dan – falei, interrompendo-o, e o beijei, pegando-o totalmente de surpresa, já que ele achou que levaria mais tempo para me convencer. Não foi preciso. O gosto do seu beijo é algo com o qual eu já estou deliciosamente acostumado e, definitivamente, não dá pra se resistir a alguém com aquela pegada e com aquela beleza arrebatadora.

Nos abraçamos forte, olhando ao redor para ver se não vinha ninguém. Só o Dan que nos olhava com aquela cara de quem vê dois caras se beijando pela primeira vez.

– Tudo bem que eu dou a maior força pra vocês, mas é muito estranho ver vocês assim tão agarrados...

– Você ainda não viu nada – diz o Barão, fazendo-me rir – Na minha casa é que a coisa realmente corre solta.

– Ok, Barão – diz ele – Eu já entendi. Não precisa vir com riqueza de detalhes.

Sorri e agradeci a ele:

– Cara, valeu mesmo pela força! Se eu já tinha orgulho de você, agora é que eu tenho mesmo.

– Obrigado pela cumplicidade e pela ajuda, Daniel – diz o Barão, apertando-lhe sua mão – É de pessoas como você que o mundo precisa.

– Vamos parar com isso que ainda está muito cedo pra eu começar a chorar – diz o Dan, que estava visivelmente feliz com o fato de termos novamente nos entendido.

– Agora eu preciso voltar ao trabalho – diz o Barão, beijando-me mais uma vez – Às sete, eu passo na tua casa pra te pegar, meu lindo.

– Pra onde vamos? – perguntei curioso.

– Surpresa – diz ele, entrando no carro e dando partida. Olhei para o Dan e o abracei. Ele realmente ficava feliz com a minha felicidade, pois, como ele mesmo falou, ele sabe que deve ter sido difícil pra mim ficar esse tempo todo guardando esse turbilhão de emoções e desejos reprimidos sem poder falar pra ninguém.

– A noite hoje promete – falei, sem conseguir conter minha empolgação.

– Use camisinha pra não engravidar – diz ele, caindo na gargalhada logo em seguida.

– Vai se foder, Dan! – falei, rindo também.

Voltamos a pedalar, só que dessa vez, com o clima muito melhor.

À noite, o Barão me levou para um show de música sertaneja que estava rolando numa cidade próxima, mas logo o desejo pelo corpo um do outro foi maior e acabamos indo a um motel. Nunca tinha entrado num motel na vida. Era estranho pra mim e eu fiquei morto de vergonha de entrar lá acompanhado de outro cara, mas percebi que a atendente ficou tão impressionada com a beleza do Barão que mal conseguiu disfarçar.

Enquanto estacionávamos o carro, eu perguntei:

– Você viu a cara da moça da recepção?

– Nem reparei – diz ele, desligando o automóvel – Ultimamente só tenho reparado em você.

Ele me puxou e me beijou. Trocamos um longo e apaixonado beijo ali no carro mesmo. Estávamos loucos de tesão. Pulei no colo dele e continuamos naquele amasso gostoso, trocando beijos quentes e percorrendo o corpo do outro com as mãos. Ele pôs a mão por dentro da minha calça e ficou acariciando a minha bunda. A verdade é que eu estava louco pra dar pra ele novamente. Completamente envolvidos naquele momento, saímos do carro, ele me puxou, me empurrou contra o carro e se encostou em mim, com aquela pegada firme que me deixava com o pau explodindo na calça. Esfregando seu pau no meu e beijando meu pescoço, ele põe novamente a mão por dentro da minha calça e massageia meu cuzinho com um dedo, depois com dois. Não aguentando mais, me carrega pro quarto e, mal fechamos a porta, ele já foi logo arrancando a minha calça e caindo de boca no meu pau, que já babava de tanto tesão. Ele passa a língua na cabeça da minha pica e me faz arrepiar todo. Meu pau latejava de tanto tesão e, com o dedo enfiado no meu cuzinho me chupa até eu ser obrigado a pedir para que ele parasse antes que eu acabasse gozando antes da hora.

Ele levantou e me beijou novamente, tirando sua camisa e me fazendo chupar seus mamilos, algo que o deixava inacreditavelmente excitado. Daquela vez, por estarmos no motel, ele gemia mais alto, mais forte e mais intensamente. Coloco seu pau pra fora e começo a mamar gostoso. Em determinado momento, ele segura minha cabeça e fica estocando seu pau na minha boca, como se fodesse ela, enquanto eu, tomado por um prazer que eu nunca pensei que fosse capaz de sentir, me masturbava.

– Isso, Betão! Chupa a pica do seu cowboy!

– Eu quero esse pau pra mim – falei, enquanto ele batia com seu pau no meu rosto.

– Você vai ter. Vai levar vara hoje de novo, safado!

Ele me levanta e, me pegando de surpresa, me encosta na parede e me ergue. Eu abraço forte aqueles músculos, cruzando minhas pernas em torno do abdômen dele, e o beijo, arranhando suas costas no momento em que ele me penetra lentamente. Caralho! Nada poderia ser melhor do que aquilo.

Alternando entre gemidos no ouvido e beijos quentes, ele vai conduzindo as estocadas até que eu me dou conta de que ele não estava usando camisinha. Nem me importei. Tudo o que eu queria era viver aquele momento. Meu pau roçando em sua barriga e seu pau todo dentro no meu cuzinho me fizeram gozar como louco abraçando-o forte e beijando-o com toda a intensidade e desejo possíveis. Logo em seguida, ele gozou dentro de mim, praticamente gritando de tanta excitação.

Caímos no chão exaustos. Ele tira seu chapéu e deixa de lado e eu, deitado com a cabeça em seu peito, sentia todo o prazer que ele havia sentido em sua respiração descompassada e em seu coração que batia acelerado, além de todo suor que corria em seu peito. Ele acariciava meus cabelos e nos olhávamos pelo espelho do teto.

– Formamos um casal bonito pra caralho, Betão – diz ele.

– Quero você pra sempre – falei, apaixonado.

– Eu também, meu lindo. Tive tanto medo de te perder...

– Não precisa ter mais. Eu nunca deixaria você por conta do que você fez em outros tempos ou em outras circunstâncias.

– Você sabe que isso te faz muito mais especial pra mim do que você já é naturalmente, não sabe?

– E você sabe que cada palavra que você me diz me faz mais apaixonado por você do que eu já sou naturalmente, não sabe?

Ele sorri e acaricia meu rosto. Que homem maravilhoso! Eu levanto e me jogo por cima dele, beijando-o e acariciando aqueles cabelos loiros que tanto gostava. Com os lábios bem próximos aos meus, ele sussurra:

– Você quer namorar comigo?

Abri um sorriso e falei:

– Tem como dizer não a um homem como você, Oliver? – como um maluco, gritei – Sim, cowboy. Eu aceito!

Ele me dá um beijo e diz a frase que eu sempre quis ouvir dos lábios dele:

– Eu amo você.

– Eu também te amo, peão. Como nunca achei que fosse possível amar alguém.

Ele sorri mais uma vez e me beija. Nosso primeiro beijo oficialmente como namorados. Puxei-o para tomar banho e limpar toda aquela porra que estava espalhada no nosso corpo. Era nosso primeiro banho junto. Era a nossa vida a dois que estávamos descobrindo aos poucos. Transamos no banheiro novamente.

Quando já estávamos saindo foi que ele se deu conta do risco que ele correu me trazendo ao motel, já que eu sou menor de idade. Novamente, a atendente ficou olhando pra ele impressionada e rimos disso tudo, pois todas (e todos) podem olhar, mas aquele cowboy gostoso agora é só meu.

As semanas que se passaram foram os mais felizes da minha vida. Terminei o namoro com a Jaqueline (finalmente, diga-se de passagem) e levei a maior bronca da minha vida do pai dela, que me chamou de irresponsável pra baixo. Mas foi melhor assim do que continuar com aquela enrolação.

As coisas voltaram ao normal na minha casa. A Isaura continuava com a moral em baixa, mas aquele clima ruim deixado pela mentira que ela contou já não existe mais.

O Dan continuava sendo nosso ajudante oficial, dando força quando precisávamos nos ver e sustentando aquelas mentiras que a gente conta para que ninguém desconfie de nossas reais intenções. Vem se revelando um grande amigo a cada dia, tanto pra mim quanto para o Barão.

O Barão e eu nos vimos constantemente nesse meio tempo. Transávamos sempre que nos encontrávamos, mas era algo extremamente irresistível. Conversávamos bastante e ele se mostrava um romântico, apesar de toda aquela pegada bruta que ele tinha. Descobríamos muito um do outro a cada encontro e ele, apesar de seu trabalho e de sua vida diante da sociedade, sempre se esforçava para me dar atenção. Tinha uma oportunidade ou outra que eu tinha a impressão de que ele estava me escondendo algo, principalmente quando ele saía para atender uns telefonemas que supostamente eram do seu trabalho, já que ele era o empregado de maior confiança do Dr. Fred. Mas ele me fazia sentir tão amado que eu não tinha a menor condição de dar vazão a ciúmes ou a desconfianças corriqueiras.

No nosso aniversário de um mês de namoro, eu comprei, com muito esforço e ajuda do Dan, um chapéu novo pra ele de presente. Resolvi fazer uma surpresa e ir à casa dele no horário do almoço e dar-lhe o chapéu para que ele já o usasse a noite, quando sairíamos para a capital pra comemorar nosso primeiro mês juntos.

Entrei e bati à porta. Para minha surpresa, uma mulher abriu. Estranhei, pois nunca a tinha visto na vida. Curioso, perguntei:

– O Barão está aí?

– Barão? Que Barão? – pergunta ela, simpática, mas que realmente parecia não saber por quem eu estava perguntando – Se está perguntando do Oliver, ele está sim. Mas quem é você?

– Eu que pergunto: quem é você?

– Desculpe. Eu tenho que me acostumar com o fato de ter ficado longe por tempos e que eu não conheço mais a roda de amigos do Oliver. Prazer – diz ela, estendendo-me a mão – Sou a Ana Rita, esposa do Oliver.

CONTINUA...

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Comentários

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WHATTTT????? Pelo amor de tudo que é mais sagrado nesse mundo, CONTINUAAA LOGOOO!!!

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Nooossa veí, que situação em? Cheguei a sentir essa dor por você agora. Por favor, não demore para publicar a continuação. O conto tá maravilhoso!

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Aí que dor, isso é pior que uma agressão, pois doe na alma. Não demora pra voltar e nos matar de anciedade.

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gENTE SOCORROOOOOO °O°... Você pode dar um jeito de voltar antes do esperado, até hoje ainda se possivel aoskaosk. Fala serio! Quero ver como isso termina.

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Meu Deus, ele mentiu??? Gsus que triste :(

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A Ana Rita voltou hahahaha ninguem mandou ser trouxa de ficar com ele,vou dar 10 so pela volta da Ana.

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Nooooooossa!!!

Cara, muito foda seu conto! Encontrei-o hoje e li todos os capítulos de uma só vez. E vc me termina assim???? Cara, é cada coisa que você tem que enfrentar pelo Barão. Não sei se eu, por mais gostoso que ele fosse, teria disposição pra lutar por ele dessa forma. Mas, se vc tem certeza de que ele é o homem da sua vida, espero que não tenha deixado a volta da Ana Rita estragar tudo a essa altura do campeonato. Vc escreve muito bem! Parabéns! Não demore a postar. Ganhou um fã!! ;-)

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