- Nãooo- Eu grito
Eu não posso acreditar no que estou vendo. Ali está Saeed amarrado em uma coluna sangrando e sendo chicoteado por um Carrasco. Os gritos que saem de sua boca são horríveis e aterrorizante a primeiro momento eu fico sem reação, mas, depois vejo que ele não está sozinho. Um homem aparentemente um guarda da realeza também está sendo chicoteado. Eles estão de mãos dadas. Saeed chora sem para e ele o diz palavras de consolo.
- Eu te amo, meu amor vai dar tudo certo- diz o homem sem soltar as mãos de saeed.
- Eu não aguento mais Rafael – diz ele.
- Isso vai passar meu amor. E se eu tiver de morrer por você. Eu não me importo- diz o Guarda. O mais surreal era que mesmo ele sangrando e todo ferido ele não para de olhar sorrir olhando para Saeed. E aquilo me tocou de uma forma que eu não sei explicar.
Eu tomo um choque de realidade, e me coloco em frente aos dois e sou surpreendido por uma chicotada na perna. E caio de joelhos diante daquele homem assustador que puxa uma espada e põe em meu pescoço. Ele sorrir para mim e diz:
- Se não sai daqui agora. Eu vou corta o seu pescoço. O que vai ser uma pena- diz ele.
- Vai embora Valentim você não tem que fazer isso. Isso é tudo minha culpa- diz Saeed chorando.
- Não, eu não vou. Eu não sei porque você está aqui. E nem me importa sabe. E se quiser bater nele vai ter que me matar primeiro- digo olhando para aquele guarda nojento.
- Para Valentim, sai daqui agora. Eu não tenho nada. Você tem tudo para perde. E a pessoa mais gentil e amável que eu já conheci. O melhor amigo que eu já tive- diz ele.
- Eu odeio tudo isso. Eu odeio o rei, eu odeio os príncipes, os guardas, o palácio e tudo o que nele há. Eu fui tirado do meu povo, da minha família. Eu realmente não tenho nada a perde. Isso só seria um alivio pra mim. Então se esse nojento quiser me matar. Ele vai me fazer um favor. Porque eu não vou aguentar te ver agonizar até a morte- Digo gritando.
Todos na praça fizeram um silêncio mortal. E o guarda olha com fúria para mim. E eu o encarado também sem ao menos piscar.
- Ponham ele na forca agora- ele grita para outros soldados.
Dois soldados amarram os meus braços para trás com uma corda que me machucou. E me conduzem até a forca. O meu coração dói, a minha cabeça dói, a minha alma dói. Saeed começa a chorar sem parar e eu me mantenho forte. Eu não daria o prazer para aquela plateia me ver chorando. E assim foi não derramei nenhuma lágrima.
- Tem direito a falar antes de morrer- diz Ele.
- Acabe logo com isso - Eu digo fechando os olhos. Imaginando que em pouco tempo aquilo terminaria, mas, a única coisa que invade a minha mente é o beijo que eu tive com o príncipe. Por mais que eu negasse para mim mesmo. A minha mente me acusava. Eu estava perdidamente apaixonado.
Em meio à multidão de pessoas uma voz surge.
- Parem- diz ela.
- Quem é você para interromper um Guarda, Sua meretriz?
- Sou a futura Rainha deste reino. E eu exijo que ele seja liberto agora mesmo- Diz Tamara.
Eu fico sem reação. Eu sempre pensei que Tamara queria a minha cabeça. Eu não entendo o porque dela arriscar a própria vida para me salvar. Isso não fazia sentido na minha cabeça.
- Eu não estou nem ai pra que você é ou quem você vai ser sua vadia- Ele fala- Vamos aproveitar para fazer uma limpeza neste palácio. Já que todos decidiram morrer hoje. Predam-na também- diz o carrasco sorrindo.
- Eu estou grávida do herdeiro do Trono, E quando o príncipe chegar e descobrir que o seu preferido está na forca- diz ela olhando para mim- Eu não vou fazer apenas você pagar, mas, toda a sua família- diz ela o enfrentando.
- Ele parou um Carrasco que estava cumprindo ordens do rei. Esses dois porcos foram condenados a morte- diz ele apontando para Saeed e o guarda ferido- Aquele desordeiro me agrediu e desacatou- Ele olha para mim- O que pela lei é um crime. E eu vou executa-lo.
Tamara solta uma risada maquiavélica.
- Eu te dou uma chance de volta atrás na sua decisão. Sabe que eu posso fazer todos nessa praça se voltarem contra você. E negar tudo. Então o que prefere?- diz ela.
- Solte-os agora. Ele grita.
Eu ainda não acredito no que acabará de acontecer. Desamarram as cordas que prendiam minhas mãos. Tiraram a cordas que envolviam o meu pescoço. Minha perna está sangrando pela chicotada, mas, a única coisa que eu quero é cuidar de Saeed.
-E mais uma coisa, eu espero que ninguém tenha visto nada. O que aconteceu aqui. Estamos entendidos?- Ela pergunta olhando para todos.
- Sim- Eles falam.
- Ótimo e quanto a você Valentim é melhor se livrar dos dois antes da chegada dos príncipes- diz ela saindo.Eu corro até Saeed. E toco em seu rosto. Ele segura forte na minha mão. E sorrir.
Eu o apoio em meus ombros com grande dificuldade. Ele está muito fraco. O Seu namorado Rafael. Nós acompanha mancando. E os levo para o celeiro do Palácio.
- O que aconteceu com vocês? Porque ocorreu aquilo na praça? - Eu pergunto.
- Os escolhidos dos príncipes não podem ter envolvimentos com soldados- Diz Rafael.
- Nós estávamos apaixonados. Eu só queria poder viver livre nosso amor, mas, formos flagrados juntos. E aqui estamos nós- diz Saeed.
- Agora eu lembro era ele o rapaz que você desenhava na sua tela. E por isso escondia de mim. Tinha medo. Não é mesmo- Pergunto.
- Desculpe não ter te contado. Eu só não queria te envolver nisso- diz Saeed.
- Esquece isso- falo- fiquem aqui eu já volto. Eu tenho que consegui algumas ervas. Preciso cuidar desses ferimentos.
Eu saio do celeiro. Já estávamos no final do inverno. A vegetação já estava florescendo o que facilitaria a minha busca por algumas plantas e raízes que ajudariam nos ferimentos. Meu avô era um curandeiro em minha aldeia. E eu aprendi muitas coisas com ele. Ervas que podem fazer verdadeiros milagres. Eu pego o que precisava e vou até a cozinha, bato algumas sementes no pilão. Fervo outras plantas, Coou o chá e ponho em uma jarra. Vou até o meu quarto pego o meu saco de dinheiro que Tamara tinha me dado em trocado serviço que eu estou fazendo para ela. Depois de hoje eu não posso nem pensar em dá pra trás . Ela salvou a mim e meu amigo. E eu a devo uma por mais que eu odeie tudo isso.
Chego ao celeiro e começo alguns procedimentos. Eles estão feridos demais. Passo um mistura que inibe dor e pude perceber o alivio dos coitados. Rasgo um pedaço de minha roupa para conter uma hemorragia na perna de Rafael. Após trata-los. Eu entrego o saco de moedas de ouro a Rafael.
- Vocês precisam ir embora ainda esta noite- digo
- Como sairemos daqui vivos?- diz Saeed.
- Eu conheço uma saída- digo.
- O que?- Exclama ele assustado.
- Há alguns dias eu passeando pelo Jardim. Encontrei uma brecha entre alguns arbustos. Eu acho que alguém usava pra entra e sair sem ser percebido. E vocês tem quer fazer isso- digo
- Eu nunca vi tantas moedas de ouro na minha vida- diz Rafael.
- Mas para onde vamos?- Diz Saeed.
- Vocês vão para a minha casa na Grécia. Fiquem o tempo que precisarem. Eu tenho certeza que meus país irã recebe-los sabendo que são meus amigos- digo.
- E você porque não vem conosco- pergunta Rafael.
- Eu não posso- digo
- Você tem que vir.Quando descobrirem que não estamos mortos. Você será morto por inconfidência. E eu não posso deixar que se sacrifique por nós-diz Saeed.
- Alguém tem que sair vivo daqui. Porque só eu sai. Se duas pessoas que se amam podem ter uma linda vida fora desse lugar. Eu vou ficar bem- digo.
- Você tem certeza?- Perguntam eles juntos.
- Sim, e eu quero que fale para minha mãe que eu estou bem e se tudo sair como planejado. Eu estarei com eles no próximo verão- falo o abraçando.
- Eu vou sentir sua falta- diz ele chorando.
- Não chore. Vai dá tudo certo- digo beijando sua testa.
- Eu não sei como pagarei tudo o que fez por nós- diz Rafael.
- Eu quero que me pague fazendo o Saeed a pessoa mais feliz do mundo- digo sorrindo- Agora eu acho melhor ir antes que eu chame atenção pela minha ausência.
- Eu o farei- diz Rafael.
- Vá meu amigo- diz Saeed.
- Adeus- Falo.
Eu sigo para o palácio em uma escuridão medonha. Quando adentro encontro com César.
- Por onde você esteve Valentim? Eu te procurei por toda a tarde.
- Eu estava no Jardim- digo
- Porque estar rasgado?- Ele pergunta olhando para minha roupa.
- Eu tive um problema- digo
- Enfim, você e todos os outros precisam estar no salão para saudar Rei Matheus da Macedônia que estar chegando para fazer um acordo de paz com o nosso Reino.
- Eu estarei lá em poucos minutos- digo.
- Se apresse-diz saindo.
Vou até a sala de banho, me perfumo e subo ao meu quarto para troca de roupas. Me visto e quando vou abrir a porta. Ela estar trancada por fora. Alguém não queria que eu saísse daquele quarto. Pelos menos eu teria uma desculpa para dizer porque faltei a saudação do tal Rei Matheus. Eu me deito na cama e fico pensando em todo o meu dia. Eu acho que os deuses realmente estão do meu lado sempre me protegendo e me guiando. E pensando que eu poderia não estar aqui hoje. Eu ainda sinto a dor na minha perna dá chicotada. E espero que a essa hora Saeed e Rafael já estejam muito longe. Eu adormeço e me acordo com o um cheiro de fumaça. O anda inteiro estar em chamas e eu começo a sufocar. Eu me apresso para tentar fazer uma corda com lençóis para que eu pudesse descer pela janela. Ninguém ouviria os meus gritos daquela distância. Eu vou descendo com a corda com todo cuidado. O vento sacudia e eu podia sentir a “corda” se afrouxando pouco a pouco. Eu estou quase no fim quando o lençol começa a pegar fogo. E eu tenho que me apresar e quando ele atinge a minhas roupas eu entro em desespero e resolvo me atirar antes que você queimado vivo. Partes de minhas vestimentas estão negras e a minha cabeça está doente demais pela pancada, mas, fora isso eu estou bem.
- Oh meu deus- diz César me abraçando e chorando- Eu pensei que estava morto.
- Eu consegui sai pela janela antes que o fogo consumisse tudo- falo
- Como isso aconteceu?- Ele pergunta.
- Eu não sei. Primeiro alguém trancou o quarto por fora e depois o andar estava pegando fogo.
- Quem faria isso? Tamara?- Ele pergunta.
- Não acho que tenha sido ela- falo.
- Venha comigo venha troca essas roupas- diz ele me puxando pelo braço- O fogo já foi contido, mas, o seu quarto está destruído. Agora encontraremos outro lugar para você ficar -diz ele.
Eu troco a minha roupa e ele me puxa em direção ao salão onde estava havendo a tal cerimônia do Rei. Eu me junto aos garotos e as garotas que ali estavam. Eu sinto uma mão se segurar pelo braço e ouço.
“ A hora da escolha chegou. O que vais decidi com o amor fica ou com ele partir?”-
Sim, Era Sophia quem mais conseguiria me assustar daquela forma. Ela fica em um estado de transe hipnótico medonho. E mais uma vez eu não entendi o que ela quis dizer com aquilo.
Não faz sentido. Fica com o amor ou com ele partir? . Eu acho que eu nunca vou conseguir entender o que essa mulher fala. É tudo tão louco. Eu não entendo porque o oráculo ainda fala comigo.
Agora chegou a hora em que o rei é apresentado. Ele entra e todos nós nos curvamos. Eu posso ver o quanto ele é deslumbrante. Seus cabelos são loiros, sua pele branca, é alto e tão forte. Seus os olhos são verdes e seu sorriso hipnótico. Todos são obrigados ai até ele e beijar a sua mão como uma forma de respeito e quando chega a minha vez de beijar sua mão. Ele me segura e diz.
- Qual seu nome?- Ele pergunta levantando o meu queixo.
- Valentim, Rei- digo.
- Sou Matheus da Macedônia- diz ele beijando a minha mão. Oque ele não tinha feito com nem um dos outros o que me deixa envergonhado diante dele.
- Com licença, senhor-digo.
Os seus olhos parecem brilhar, o seu sorriso é incrível, seu toque que inesquecível. Eu não sei o que aconteceu comigo naquele momento. E eu tratei de botar outros pensamentos na minha cabeça. Antes que...
- Oh pelos deuses. Eu não sei como eu me sentiria se tivesse acontecido com você- diz Príncipe Alexandre me abraçando- Me perdoe, Valentim.
- Eu consegui sai pela janela. A culpa não foi sua senhor alguém me tran..
- Fui eu- diz eleAtenção LeiaO loiro ou moreno?
Eu dei uma sumida por que estou escrevendo o conto de uma vez e só falta um capítulo pra eu termina de escrever. Então eu vou compensa-los com um capítulo por dia quando estiverem todos escritos. Não morram de curiosidade até lá u.u
Digam-me o que acharam do capítulo? Entenderam o que o oráculo quis dizer?
Boa noite!!