Na terça-feira, quando estava saindo do trabalho, Kátia me disse que não iria almoçar. Então voltei para casa, sozinho.
Quando cheguei ouvi um som vindo da cozinha, fui ver quem era.
— Chegou cedo — percebeu um Harry que preparava o almoço.
— A Kátia não vai vim, e como você não respondeu nenhuma das minhas mensagens e não atendeu o celular, não sabia se estaria aqui fazendo o almoço ou no trabalho. Então sai mais cedo — disse olhando para a comida. Tinha um cheiro bom.
— Desculpe — pediu Harry com um sorriso pequeno. — Meu celular ficou sem bateria — explicou ele olhando para mim, como se quisesse que eu não me zangasse.
— Acontece nas melhores famílias — disse com um sorriso para ele.
Fui para meu quarto lavras as mãos. Voltei para a cozinha. Harry me mandou lavar o macarrão que acabara de cozinhar. Peguei a vasilha com furos e andei até a pia. Nela liguei a torneira e esperei que o macarrão tivesse frio para vira-lo. Assim que fechei a tornei senti um corpo me encoxar. O corpo de Harry para ser mais exato. Sua boca encostou-se ao meu pescoço e logo ele começou a sussurrar palavras que não deveria ser ditas. E o pior que: com seu membro excitado encoxando no meio das minhas pernas, eu também estava começando a ficar excitado.
— Enzo, você lembra como as coisas eram entre nós? — ele deu alguns beijos por todo meu pescoço. Meu coração parecia querer sair pela boca. — Antes da palhaçada que fez com aquele seu priminho — agora Harry me arrepiava com sua mão alisando minha cintura. — Eu poderia te fazer feliz, eu posso te fazer feliz. Lembra-se?
Fechei os olhos e fui jogado há meses antes. Quando eu e Harry estávamos prestes a entregar o trabalho de biologia. De algum modo teríamos que conversar. Ele foi a minha casa, e com a porta aberta conversamos. Seus olhos pareciam sinceros.
— Desculpe Enzo. Eu prometo que nunca mais vou fazer nada que você não queria. Naquele dia estava sendo um adolescente idiota, mas agora não sou mais assim — apesar de tudo aquilo parecer sincero eu não quis manter nenhum contado com ele.
Semanas depois do meu “fora”. Harry começou a namorar minha melhor amiga. No momento em que soube do namoro, Felipe quis contar a Kátia o que Harry havia me feito. Não deixei, é claro. Se ele terminasse com o relacionamento deles, tinha certeza que Harry voltaria a me encher o saco.
Mas a promessa de Felipe não foi muito longe. Em uma festa de um colega de turma, ele e Harry se desentenderam. A briga não foi mais feia do escândalo que Felipe fez ao revelar — que tipo de pessoa que Harry era, para Kátia e todos que estivessem perto. Depois daquela noite não conversei mais com Kátia.
Uma semana depois, quando ela foi a minha casa, pediu desculpas pelo seu comportamento, afinal eu não tinha feito nada e o que houve entre mim e Harry foi bem antes do namoro dos dois. Dito isso, ela disse estar indo embora.
— Se algum dia quiser mesmo sair daqui — disse ela se lembrando das muitas vezes falei que não aguentava mais ficar em casa e naquela cidade. — Minha casa estará de portas abertas — Kátia me abraçou. Eu estava com tanta saudade que aquele último abraço só deixou as coisas piores. Quando vi, Kátia estava limpando o choro passageiro do rosto.
Depois que ela foi embora. Meu pior pesadelo se tornou realidade, Harry voltou a ficar em cima de mim. Depois de algumas semanas me cansei de inventar desculpas e o deixei ir se aproximando de mim.
— Então, hoje eu te pego as quatro, pode ser? — perguntou ele com o maior sorriso que já tinha visto na minha vida.
— Tudo bem, agora vamos prestar atenção na aula — disse olhando para a cara feia que o professor fazia a nossa conversa durante uma explicação.
De algum modo eu fiquei ansioso para que chegasse quatro horas o mais rápido possível. Estava querendo saber qual era o plano de Harry, e o mais importante: saber se ele tinha mesmo mudado.
Depois da escola, recebi uma mensagem dele, que dizia: “coloque um short, e uma camisa sem mangas, vai fazer calor hoje”. Quando deu três e meia, fui tomar banho e assim que sai coloquei uma roupa que se encaixava no pedido de Harry.
Meu celular tocou antes das quatro.
— Estou aqui fora — disse a voz de Harry.
Quando sai, dei de cara com uma bicicleta de dois lugares. Ao ver aquilo comecei a rir, Harry também sorria.
— Sobe ai — disse ele acenando para o banho detrás.
— Estou até vendo a gente caídos no meio da rua com isso — disse tomando meu lugar atrás dele. Depois de verificar se eu estava pronto, Harry começou a pedalar.
Conforme fomos andando, fui imaginando para onde estaríamos indo. Harry não disse nada. Depois de muito andar, chegamos ao parque e ele finalmente revelou que tudo aquilo que trazia na cesta, atrás de mim, era nosso piquenique.
Já estava longe de mais para recusar. Dei de ombros e ajudei Harry a escolher um lugar. Depois de escolhido, arrumamos a toalha sobre a grama verde e macia.
— Viu como posso ser mais do que um louco — disse Harry me encarando.
— Ainda não me convenceu de que não é um louco — disse eu olhando para a árvore acima de nós. Estava mesmo calor, mas o vento que beijava meu rosto, fazia todo calor ir embora.
— Ah não? — Indagou Harry se aproximando de mim. Chegou tão perto e tão fixo em meus olhos, que fui deitando de costas conforme ele avançava em minha direção. Seus lábios se aproximaram dos meus e sua mão estava acariciando a minha. Foi então que seus lábios tocaram os meus. Foi um beijo longo e muito gostoso. Seu corpo ficou sobre o meu. E meu coração nunca tinha batido tão forte e rápido em toda minha vida.
— Se lembra do nosso primeiro beijo de verdade, não se lembra? — perguntou Harry atrás de mim. De repente me lembrei de onde estava e o que estava acontecendo.
— Lembro — sussurrei sem forças para me controlar e não beijar Harry.
— Nós podemos ter muitos dias como aqueles, basta ir embora comigo. Já começamos do zero uma vez, podemos começar de novo — dizia Harry me virando lentamente para ele. Seu rosto ficou de frente para o meu, seus olhos estavam com alguma coisa diferente.
— Mas agora eu tenho o Breno (na verdade não tinha, nós só estávamos ficando, nada sério, mas eu precisava de desculpas plausíveis) e você tem a Kátia — disse mordendo minha bochecha do lado de dentro. Eu estava nervoso.
— Ah Enzo, pelo amor de Deus — disse Harry se afastando de mim. Logo depois voltou a me encoxar, alisando meu rosto. — Não os deixe estragar nossa felicidade.
— Eu já sou feliz com o Breno — falei engolindo em seco. Meu desejo de beijar Harry crescia a cada segundo.
— Mas pode ser muito mais feliz comigo, você sabe disso — insistiu Harry. Sua testa tocou a minha devagar. Seu hálito batia no meu rosto.
— Harry… eu… nós — disse não aguentando mais. “Meu braço começou a subir o pescoço de Harry. Seus lábios tocaram os meus, depois desse toque, avancei e o beijei como um louco. Segurei com força na sua nuca, enquanto ele colocava as mãos embaixo das minhas pernas. Harry as segurou com força e me levantou. Seu pau agora coçava diretamente no meu cuzinho. Fechei os olhos e comecei a descer meu short. Harry me colou na pia para abrir sua calça, não a tirou, apenas abriu e a deixou caída nos joelho, terminei de tirar meu short. Fui novamente para o colo de Harry, agora com seu pau roçando com força a entrada do meu cuzinho. Coloquei a mão embaixo da minha bunda, segundo em seu pau para ajuda-lo a entrar. E assim foi, senti a cabeça arrombar meu cuzinho, o resto entrou com um pouco mais de velocidade, me fazendo gemer alto e com muito tesão. Soltei o pau de Harry, que já estava quase todo dentro de mim, e comecei a segurar a sua bunda nua. Sua bunda era durinha e tinha um tamanho médio. Perfeita! Segurei em cada lado da mesma, fazendo seu membro entrar mais fundo dentro do meu cuzinho. A boca de Harry não desgrudou da minha, minha língua estava em sua boca, chupando com prazer a dele. Harry tomou um pouco de espaço e começou a estocar o pau dentro de mim. O tirando e colocando com muita vontade. O vai e vem provocava um som cada vez que seu pau entrava até o talo. Fechei os olhos e joguei a cabeça para trás. Senti meu corpo subir e descer, entrando e saindo do meu de Harry, meu pau roçou sua barriga até o umbigo, depois desceu. Aquilo era mais do que bom. Meu cuzinho sentia cada movimento, abri um pouco mais as pernas sentindo Harry acelerando o ritmo. Depois de alguns minutos no vai e vem, nossos corpos se aproximaram. Senti a respiração e o suor de Harry na minha pele. Segurei mais uma vez em sua bunda e ele segurou com força na minha cintura, mesmo sem espaço, seu pau saia e entrava, saia e entrava, lentamente mas com muito prazer. De repente Harry socou o máximo que conseguiu e eu senti seu gozo escorrer pelo meu cuzinho.”
— Nós podemos ser felizes — disse Harry. Sua testa ainda estava na minha. Suspirei fundo vendo que tudo não passou de um dos meus sonhos tolos.
— Então vocês não tem nada? — perguntou Breno olhando para nós da porta. Eu estava em um sonho tão bom que não ouvi ninguém entrar.
Harry se afastou de mim e lançou um olhar feio para Breno. Este estava olhando para mim. Quando os olhos de Breno encontraram os de Harry senti o clima piorar. Logo comecei a temer que os dois se pegassem e alguma coisa de grave pudesse acontecer.
Breno avançou em nossa direção. Senti meus pés formigarem.
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Hoje estou vagabundão, então não vou fazer lista de nomes, mas agradeço a todos vocês que estão comigo. Beijos e abraços.