Era uma quarta-feira de dezembro. Estávamos no ano de 2013. Mais precisamente, na manhã de 18 de dezembro. Foi a primeira vez que vi Odette. Uma mulher madura, no auge dos seus 40 e poucos anos esbanjando beleza. Alta, cabelos longos e ondulados, corpo magro e seios fartos. Tentei fazer um esforço para adivinhar sua idade, na minha cabeça aquele mulherão de parar o trânsito não poderia ter mais do que 42 anos. O meu pole dance nem era naquele dia, estava recuperando aula. Como era final de ano, muitas meninas já estavam de férias, então estávamos somente Odette e eu. Lembro-me de ter conseguido minha primeira inversão e ela tecera algum comentário positivo. Não conversamos muito, Odette pareceu-me uma pessoa reservada com quem não conhecia.
Nas terças feiras, eu fazia aula com uma colega muito querida, que sempre comentava sobre como gostava das meninas de sua turminha de sexta. Porém, a turma estava fechada e não tinha vaga para mais uma aprendiz. Em março de 2014 essa colega mudou de trabalho e não pode mais fazer aulas no turno da manhã. Passei, então, para as terças e sextas, e me surpreendi ao encontrar Odette. Demorou duas ou três aulas para eu sentir-me enturmada com as meninas. Logo percebi o lado extrovertido e divertido de Odette. Uma turma para não querer largar.
Volta e meia almoçava com a Luciane, nossa instrutora, e confidenciava as aventuras sexuais do swing que eu e marido estávamos vivendo. Era só ela quem sabia. Em 13 de julho fizemos uma confraternização na casa de uma das meninas. Todas bebendo vinho e o assunto sempre em torno de sexo. Muitas risadas e diversão. Comentei qualquer coisa sobre a noite de dia dos namorados com Luciane e ela falou em alto e bom som ao grupo:
“- Fala! Conta para elas...”
Eu, timidamente, mencionei que fazíamos swing. Já estava me preparando para enxurrada de perguntas que viriam após meu pronunciamento. “Como vocês lidam com o ciúme?” “De quem foi a ideia?” “Vocês vão em casa de swing?” “Como fazem para encontrar os casais?” “E se um não gostar, o que acontece?”
No meio do bombardeio, Odette perguntou-me em reservado, com o seu português exemplar:
“– Tu já pegaste mulher?”
Por alguns segundos parece que fiquei sem chão. Olhei para os lados para certificar-me de que ninguém nos observava. Respondi que sim de forma bem curta, meio desconsertada. E aquela pergunta então passou a habitar meus pensamentos toda vez que a via. Contei para marido que tinha sentido algum interesse pelo assunto da parte dela. Será que ela já havia experimentado mulher? Será que tinha curiosidade e interesse? Ou será que era apenas uma pergunta aleatória de uma ouvinte curiosa?
Um mês então se passou e Odette me procurou para receber algumas “dicas”. Finalmente consegui esclarecer as dúvidas que pairaram sobre minha mente. Ela e o seu “sem definição” estavam pensando em fazer swing depois de conversarem sobre fantasias. Odette é separada há algum tempo e nunca mais se envolveu em relacionamento sério, por isso chama Augusto de seu “SD”. Trocando em miúdos, ele é um amigo colorido. Logo depois da nossa janta e “daquela” pergunta, eles fizeram um ‘ménage a trois‘ com uma amiga de Augusto. Foi a primeira vez que ela ficou com uma mulher no auge dos seus 49 anos (mais tarde descobri sua verdadeira idade). Como sabia que marido sempre sonhou em transar com uma mulher mais velha, ao dar as dicas solicitadas comentei nos disponibilizando a iniciá-los, mas não imaginava que ela aceitaria a proposta. Passamos a conversar direto: eu e ela e marido e ela. O seu “SD” estava ocupado estudando para concurso e não pode participar das conversas. Surgiu, então, a ideia de um ménage entre nós três. Marcamos um barzinho para ela e marido se conhecerem. Naquele dia, Odette não poderia se estender, pois sua filha estava doente. Ela estava linda vestida toda de preto. Usava um mini vestido justo expondo suas lindas pernas alongadas, meia calça e uma bota até os joelhos. Conversamos bastante, beliscamos alguns petiscos e bebericamos algo leve. Ao levá-la para casa, marido dirigia, sentei-me na frente e ela atrás. Em certo momento senti sua mão acariciando meu ombro e procurando minha mão, até que convidou-me a passar para o banco de trás. Beijamo-nos vagarosamente. Trocamos olhares e sorrisos, toques de mão e pele. Tirei o sutien e ela pegou no meu seio, com volúpia, depois sugou, cheia de desejo. Acomodei-me de frente em seu colo e ela percorreu sua mão para dentro da minha calcinha, sentindo com os dedos o meu mel. Acariciou meu clitóris com maestria, como quem já fizera isso muitas e muitas vezes. Depois parou, pois dissera que tinha medo de machucar por causa das unhas, mesmo eu afirmando que estava bom. Durante o trajeto, marido nos observava pelo espelho retrovisor e enxergava uma cena linda de duas mulheres se pegando vorazmente. Querendo participar de alguma forma, colocava a mão para trás e acariciava suas pernas e seios. Nós duas estávamos absorvidas naquela atmosfera de tesão que nem percebemos que ele fizera um trajeto bem maior até parar em frente ao prédio. Na despedida, marido ganhou um beijo. Fomos para casa muito excitados e transamos enlouquecidamente a noite toda.
No próximo dia, trocando mensagens com Odette ela nos revelou que não conseguira dormir e que ainda estava com muito tesão. Nós também estávamos. Lembranças da noite anterior vinham como flashes na minha cabeça a todo instante e mal conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. É muito diferente “pegar” uma amiga, foi uma experiência nova e muito (muito!) gostosa. Era domingo, Odette tinha ficado “nos dias” e na segunda-feira tinha uma reunião importante de manhã cedo. Mas nós três não estávamos aguentando a vontade de repetir tudo aquilo de gostoso que vivemos na noite anterior. Então atravessamos a cidade para apanhá-la em casa e dar algumas voltas de carro. Estava sentindo-me como uma adolescente. Vesti uma saia jeans e uma camisa abotoada na frente. Odette estava com uma minissaia e um casacão, por baixo vestia apenas sutien. Quando ela entrou no carro, eu já estava no banco de trás. Começamos a nossa volta conversando um pouco de mãos dadas, não demorou muito a nos beijarmos e o clima esquentar. Odette tirou o casaco e o sutien, eu tirei a camisa e também fiquei com os seios à mostra. O desejo de sentir o corpo dela junto ao meu fez com que eu subisse em seu colo, como na noite anterior, de frente para ela e as pernas dobradas em cima do banco. Os nossos seios encostavam-se enquanto nos beijávamos. Marido com o braço para trás passou a mão no meio de suas pernas até a vulva, por cima da calcinha. Odette gemia de prazer. Circulávamos numa avenida muito iluminada, os vidros do nosso carro são bem escuros, mas nesse momento já nem importava se algum carro ou transeunte nos visse, estávamos fora de órbita, totalmente envolvidas no clima de tesão. Nosso destino foi um drive-in. Local mais sossegado, com o carro estático onde os três pudessem aproveitar o momento. Mas até estacionar, não vimos nada do que acontecia ao nosso redor, nem o momento que passávamos pela recepcionista, era como se estivéssemos isoladas numa bolha, em outra dimensão. Somente retomamos à realidade por alguns segundos depois que marido parou o carro e fechou a cortina do box. Beijamo-nos os três: três línguas, três bocas, três desejos unidos em um. Tirei toda a roupa, marido abriu a porta de trás do carro, ajoelhou-se no chão e começou a passar a língua na minha boceta. Eu estava deitada no colo de Odette, beijando-a. Ele ofereceu à ela, fechou a porta do carro e foi para o banco da frente novamente. Encostei-me na porta e Odette, receosa por não saber direito, levou a língua ao meu grelo, descendo pela cavidade e sugando meu mel. Mulheres sempre sabem, é natural. O oral dela é maravilhoso, estava enlouquecendo de prazer. Devo confessar que o carro é um lugar muito excitante, mas não tanto confortável. Eu sou pequena, então me dou um pouco melhor. Nós dois dirigimo-nos à Odette. Enquanto eu a beijava e tocava seu clitóris por cima da calcinha, marido sugava seus seios. Ela gemia com sofreguidão. Marido alternava entre boca e mãos e eu num movimento contínuo, deixando-a cada vez mais excitada. Até sentir seu corpo estremecer e ouvir um gemido mais forte saindo de seus lábios entreabertos. Nossa missão estava cumprida, levamos Odette ao ápice.
Ainda não fomos para um motel realizar um ménage como “manda o figurino”, mas está muito próximo de acontecer. Trocamos mensagens diárias e estamos muito animados com a nova parceira de festinhas. Por ela ser minha amiga, também cria um clima de travessura. Encontramo-nos na aula duas vezes por semana e somente nós sabemos o que acontece fora dali. Brincamos chamando de atividades “extra classe”. Há um sex shop ao lado do studio de pole dance e já combinamos uma ida até lá para comprarmos brinquedinhos para usarmos juntas. Muitas novas aventuras estão por vir, muito tesão ainda está para irrigar nossos corpos. Enquanto isso, esperamos ansiosamente pela próxima vez.