Cap.9
- Eu também estava morrendo de saudades suas- falou ele, acariciando meu cabelo. Logo tratei de beija-lo, e matar toda a saudade que eu estava daquela boca gostosa.
- Que bom que só falta 1 mês pra você sair daqui.
- Aí nós poderemos viver juntos, como um casal- continuei abraçado a ele- está tudo bem com você ?
- Tudo ótimo. Fiz as pazes com meu pai.
- Sério, ai que bom, eu nem acredito, eu falei que um dia ele se tocaria- de repente ele olha pra porta, lá estava Lucinda, parecia envergonhada.
- Ah, Mariano, esta é Lucinda, foi ela que me ajudou quando eu estava naquela situação- logo depois que a apresentei, ela ergueu a cabeça e olhou pra ele.
- Olá- ele falou, a cumprimentando- muito obrigado por ter ajudado o Gui, sem ele eu não sei o que seria de mim.
- Não foi nada, eu faria tudo de novo- ela o olhou de cima a baixo, e sorriu. Parecia ter ficado contente ao conhece-lo- e então...- ela o encheu de perguntas, e ele respondeu uma a uma.
- Ok, Lucinda, agora que você já o sabatinou, pode deixar nós sozinhos por um tempinho ?- ela olhou pra mim
- Tudo bem. Gostei de te conhecer Mariano, você é bem diferente do que pensei. Te esperarei lá fora Guilherme- logo ela saiu.
- Nossa, achei que ela fosse ficar o resto do dia te enchendo de perguntas.
- É normal, já esperava que fosse assim- falou, me apertando contra si, com as mãos na minha cintura. Fiquei acariciando seu rosto.
- Vou esperar ansiosamente o dia da sua saída.
- Eu também- falou me abraçando.
- Tenho que ir !- falei, dando um beijo nele- logo venho te ver.
- Esperarei
- Tchau- falei, o soltando- fica- falei, apontando pro cup cake. Tinha deixado um envelope junto, tinha um poema e uma foto minha. Logo sai do presídio. Estava contando os minutos, pra que chegasse o dia da sua saída. Tinha certeza que seria muito feliz com ele.
DIAS DEPOIS
Estava eu, limpando meu quarto como sempre fazia, quando meu advogado aparece.
- GUILHERME !- falou, abrindo a porta do quarto, de uma vez só.
- AI MEU DEUS, O QUE ?- falei, deixando a vassoura cair, tamanho o susto- vai assustar sua mãe David
- Mas é que é muito importante, saiu o valor da sua indenização.
- Ai meu deus, não me diz que é um valor grande- falava eu, já aflito? 500 quanto ? fala David !- falava eu, o sacudindomil.
- O que ? 500 mil ? Você está brincando né, me diz que você está brincando.
- Não, não estou
- Mas, mas como subiu tanto ?
- O juiz considerou que foi uma falha grotesca, já que você foi julgado. Disse que houve negligência, por eles não terem procurado as provas a fundo, e julgaram o tempo que você passou. Enfim, você tem meio milhão na sua conta bancária.
- AI MEU DEUS !- falei, me sentando na cama- o que eu vou fazer com esse dinheiro ?
A partir dai pensei em fazer várias coisas. Montar um negócio, comprar um bom apartamento, ou fazer os dois, mas um pouco mais baratos. Eu ainda não sabia o que fazer, mas eu tinha uma certeza, eu não ficaria mais naquela casa.
- O que ? Mais porque você não quer mais ficar aqui, não gosta mais da gente- Lucinda perguntava, com uma cara de interrogação.
- Claro que não, boba. É que eu acho que já dei muito trabalho pra vocês. Já tenho 25 anos, acho que está na hora de eu sair daqui. Pensei em pegar a indenização e fazer isso. Vou começar a procurar um bom trabalho pra mim, na minha verdadeira área, jornalismo.
- Poxa, mas eu já até me acostumei com você aqui.
- E além disso, tem o Mariano, e eu vou querer privacidade quando ele sair de lá né.
- Acho que ele está certo mãe- Roberta dizia- tá na hora dele procurar um lugar pra ele. Eu mesmo só não saio daqui porque não sou casada com a Andreia- Andreia era namorada dela- e ela não quer morar juntos.
- Ah, mais eu não ia suportar ficar sozinha aqui- falou, de cabeça baixa.
- Nós nunca te deixaríamos sozinha- falamos os dois, beijando o rosto dela, que sorriu- mas eu realmente preciso de um lugar só pra mim.
- Ok, tudo bem, você tem sua vida né- falou, beijando meu rosto
- Ah, mais eu vou querer sua ajuda pra procurar um apartamento.
Procuramos, procuramos, procuramos, e por um milagre, achamos um em um bairro próximo ao centro, bem conservado, e por 155 mil. Quase morri. Usei as outras economias que tinha, e compramos tudo pra mobiliar. Ainda sobrou um, e eu comprei um carro. Pronto. Tinha meu próprio lar ( tava mais pra cafofo).
- Nossa, enfim, depois de todo o trabalho, esta tudo no seu lugar- dizia eu, olhando o apartamento organizado, com a Lucinda- e ainda tem o seu quarto, sempre que você quiser dormir aqui, esta lá- dizia eu, me jogando no sofá.
- É, ficou lindo mesmo. Tem a sua cara- tinha pintado tudo de azul, a cor que eu mais gostava. Em seguida, comecei a procurar emprego. Jornais, Rádios, TVS, e quando estava quase louco de tanto procurar emprego, um jornal me chamou. Olharam meu currículo, e eu contei todo aquele problema. Acabei sendo aceito. Repórter. E tinha um bom salário. Eu nem podia acreditar que tudo estava dando certo pra mim.
SEMANAS DEPOIS
Chegou o grande dia ! Depois de 2 meses, de muita ansiedade e aflição, chegou o dia de Mariano sair daquele lugar.
- Andre !!!!!- dei um grito de despertar o prédio. André era o editor chefe, obviamente, ele era meu chefe. Era uma figura. Um gay estilo Teo Pereira, sem o veneno claro.
- Ai criatura, não grita, meus lindos ouvidinhos vão estourar com tanto barulho- falou, dando um gole no café.
- Eu tratei de adiantar toda a minha reportagem, esta tudo aqui- falei, dando os papéis pra ele.
- Hum- falou pegando os papéis.
- Agora eu preciso ir, Mariano vai sair hoje eu tenho que ve-lo- falei, pegando todas as minhas coisas e jogando na mochila.
- Vai, vai garoto, mais ó, cedo aqui amanhã. Manda um beijo meu pro bofe !- falou, sorrindo
- Vai te catar- era assim que o pessoal da redação se tratava. Logo sai. Aquele dia parecia lindo. O sol brilhava, o vento balançava as árvores, e eu estava em ótima situação. Só faltava ele, o homem que dominou meus pensamentos no último ano. Voltei pro meu apartamento, me arrumei, fiquei bem bonito. Desci, peguei um táxi, e fui em direção ao presídio. Não demorou muito pra chegarmos. Sai, e fiquei esperando. Estava morrendo de ansiedade, enfim poderíamos namorar de verdade, fora dessas grades. Enfim eu seria completamente feliz. Roía as unhas de tanto nervosismo. Logo o vi, saindo, pra nunca mais voltar. Quase explodi ao vê-lo. Ao meu ver, ele correu em minha direção. Fiz o mesmo. Logo nos abraçamos. Enfim, estávamos juntos de verdade.
Continua
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