Você é Meu...Amor-20
-Olha que lindo. –Lohayne dizia beijando o rosto da Karina. Apontando para uma margarida.
-Aqui e linda não é amor? –Karina disse, impressionando a Lohayne a chamando de amor.
-O que você disse? –Perguntou toda boba. Ainda não acreditando, com um sorriso no rosto largo e encantador. Lohayne a abraçou com força e beijo o rosto, esperando por uma resposta.
-Amor, meu amor! –Dizia a outra. Como se tivesse entoando um verso, poema ou coisa do tipo. Os olhos de Lohayne se encheram de lágrimas. Em desespero Karina foi abraça-la preocupada. –O que houve? –Perguntou dando um selinho nela.
-Nada. É que você falando dessa maneira fez-me lembrar de alguém. –Disse secando o rosto e logo em seguida tentando sorrir, que acabou saindo uma careta.
-Quer compartilhar? –Ficou de frente dela.
-Não! –Disse em desespero. –Não. Não. Não agora. –Lágrimas escorriam de seus olhos. Karina a abraçou com força.
-Calma meu bebê. –A puxou para um beijo que parecia uma eternidade.
-Obrigada princesa. Seu beijo me deixa mais calma.
-Bom saber. Sempre vou te beijar. –Deu um selinho e a puxou contra seu corpo com força. As duas além da amizade-amor, tem a químico-física. A cada dia que passava Karina era capaz de lembrar-se de algo, sendo que toda vez que se recordava ela sofria. Como da ultima vez, foi capaz de reconhecer sua mãe, sendo de um modo doloroso e que põe medo em qualquer um que não sabe nadar- ou desaprendeu a nadar (devido à amnésia e a coordenação motora).
-E eu irei adorar! –Respondeu ela.
Mãos de ambas se entrelaçaram uma na outra. E continuaram a andar naquele jardim botânico. Elas olhavam diversas flores diferentes e cheiravam. Elas queriam inovar. Era domingo, Lohayne pensara que talvez aquilo acalmasse a Karina. Aquele passeio romântico.
-Sério eu ainda estou com o “amor” na cabeça. –Loh disse sorrindo boba, andando de mãos dadas com quem sempre quis sem se importar com o restante.
-Também. –As duas caíram na gargalhada. Logo lohayne avista alguém da família. Se solta da Karina com medo e começa a fita-la. Ficou de costas para que a sua parente não a visse. –Lohayne o que é agora.
-Nada. –Disse. –Coisa boba. Vamos? –Estendeu a mão, assim Karina a encaixou uma na outra. –Sabe é tão bom viver num lugar que podemos ser praticamente livres. –Disse olhando para um casal de gay e lésbica.
-Verdade. Me sinto bem mais livre. –Disse.
-Sim. Karina e seus pais, voltaram? –Perguntou a encarando. Karina parou abruptamente e virou pra ela com raiva.
-Aquele casal de “ser humano”? Sim voltou. –Sua voz estava rouca. E o modo que se referiu seus pais foi com nojo e raiva. Seus olhos ficaram duros e lábios trêmulos. Como poderia, ela ficou meses no hospital e nenhum dos dois foi capaz de ir visita-los.
-Ai calma Ka. –Deu um selinho. –Desculpa.
-Pelo que? –Disse mais calma.
-Por fazer você se lembrar deles.
-Não tem problema. Sabe o que me deixa intrigada é que eles voltaram diferentes. Sinto que algo os dois escondem. –Falou misteriosa e distante, como se estivesse falando isso pra si mesma.
-Own minha fofa. Eu estou aqui ao seu dispo pra tudo! –Meiga e melancólica as duas se beijaram, trocando caricias de amor. Deitaram no mato e ficaram se atracando. O beijo estava envolvente e passando dos limites. Então Karina decidiu parar, aquele não era local para sexo.
-Estou com fome. –Karina disse fazendo biquinho.
-Minha princesa está com fome. –Abriu a bolsa pegando uma toalha e pôs no chão. Em seguida pegou uma cesta enorme. Dentro dele tinha varias comidas. Pegou o suco de laranja e biscoitos (rosquinhas de banana). Pegou o presunto e assim foi pegando diversas coisas, como frutas.
-Nossa, pra que isso tudo. –Olhou perplexa.
-Sua alimentação não anda bem. E eu percebi que você não está cumprido o que os médicos disseram, então eu mesma decidi te ajudar. Pode começando pelas frutas. Tem que ter uma alimentação saudável.
-Mas... –Pôs o dedo indicador no meio da boca dela e com o morango na boca beijou a outra, compartilhando o mesmo gosto.
-Se aquieta mulher. Vem, vamos comer e dar por satisfeita. –Assim as duas começaram a comer. Karina estava gostando daquele momento. A cena de Kate a encarando não saia da cabeça e uma duvida enorme estava em mente. Com Lohayne a Karina se sentia feliz, esperançosa e alegre. Poderia ter alguém pra comanda-la.
-Olha isso aqui. –Pôs o morango no chocolate. –Abre a boca. –Sua mão foi em direção a boca de Loh, a outra mordeu e logo lambeu a boca. –Ta suja aqui. –Botou a mão, e logo a beijou. Corpo de ambas tomaram um choque, como da primeira vez.
-Isso foi estranho! –Exclamou em tom de brando. –Algo... parece que tem algo...que nos...conecta...uma....a...outra. –Pronunciava as palavras pausadamente, recuperando o fôlego.
-Concordo. Isso é a prova de que ambas nasceu uma pela outra. –Beijou o rosto da outra.
-Tenho medo de perdê-la! –Sua voz saiu tão serena e triste ao mesmo tempo, que parecia faca, de dois gumes atingindo o coração de Karina. A outra ficou tão abalada que nem sabia como reconforta a sua amada. Apenas um abraço era tudo. O silêncio também.
-Não pretendo te largar! –Sua voz saiu falha. –Olha vamos aproveitar o momento. –Sorriu. –Está tão linda nesse vestido azul claro, realça ainda mais a sua beleza. –A elogiou.
Lohayne ficou constrangida. –Te amo. Obrigada. –Disse.
Voltaram a aproveitar à tardeKaiã estava deprimido mexendo em seu celular. Depois da discussão ele não saiu mais de casa. Aquilo foi o cumulo para ele. O seu coração estava partido, em vários pedaços. Seus olhos jorravam lágrimas de tanto chorar. E tamanha era a dor que ele está sentindo. Nada o distraia. Logo o celular começa a bipar e ver o nome de Douglas na tela. Então ele não atende. Deixando seu celular no criado mundo. Voltando a pensar seu celular toca novamente. Dessa vez era a Angelina.
Ele atendeu.
-Kaiã? –sua voz era em tom de desespero.
-Sou eu. –disse normal.
-Preciso de você aqui agora. –Kaiã ficou com medo da voz dela de desespero e autoridade, o modo como o tratou. –É caso urgente.
Os olhos de Kaiã se alargaram. Sua boca se abriu pra dizer algo. Sua mão ficou trêmula e o coração acelerou rapidamente. –Vou me arrumar. –disse ele, indo diretamente para o banheiro tomar banho.
-Anda logo! –Bradou em voz autoridade.
A água o deixou relaxado. Ele decidiu colocar qualquer roupa. O que a Angelina queria falar com ele. Sua mente martelava dizendo que coisa boa não era. O medo e desespero tomou conta dele. Com certeza seria sobre a Karina e isso o preocupou bastante. Sua porta está sendo batida e sem saber o que fazer ele deixa a pessoa em espera.
Após o banho ele foi atender a sua mãe que o encarava. Ele passou por ela feito um furacão e sem dar importância alguma. Pegou a chave do seu carro e decidiu ir para o hospital. Seu corpo tremia. Sua mente estava pensando na Karina.
...
Karina estava alegre demais. –Sabe. Eu quero que você nunca me deixe. –Karina disse a abraçando com força e caindo em prantos. Sua mente do nada ficou confusa e lágrimas escorriam de seus olhos sem ter motivo algum.
-Karina. Fica calma amor. –Beijo a boca dela docilmente.
Karina começou a se tremer e debater. Sua mente parecia ta dando choques elétricos nela. Lohayne ficou conturbada e sem o que fazer. Seria ataque epilético? Não. Dificilmente seria isso. Naquele momento Lohayne não sabia o que fazer. ao encostar nela uma corrente elétrica atingiu seu corpo fazendo se afastar de seu amor.
-Karina, por favor. –Seu coração estava acelerada e desesperadamente chamou alguém pra ajuda-la. Aos poucos a Karina foi parando de se debater.
-Calma. –Uma mulher atrás delas disse. –Respire fundo. –Botou a mão na Karina. –Relaxa e solte todo ar que você respirou pra fora. –Passou a mão na cabeça de Karina. –Isso. Toma. –Deu água pra outra tomar.
-Nossa! –Loh disse calma. –Obrigada moça. –A outra sorriu. Um sorriso lindo e encantador. Seus dentes brilhantes deixou Loh com inveja e seu rosto juvenil e angelical a deixou mais ainda.
-De nada. Sou Fabiola. Prazer meninas. –Olhou para as duas. –Loh respondendo sua pergunta ou dúvida: isso não é ataque epilético.
-Ham? –A olhou, perplexa.
-Isso mesmo. Está nítido o que você pensara. E outra, o que aconteceu aqui foi uma combustão de carga elétrica, o pensamento dela ainda está em desenvolvimento e processando tudo que perdeu, isso atingiu o corpo dela.
-Como você sabe? –Disse curiosa.
-Eu lido com isso. –Sorriu. –Agora seria uma boa as duas irem pra casa. Isso foi apenas um susto. Se quiser eu dou uma carona, não ligo. –Ofereceu a mulher. Olhando pras duas lembrou como era amar.
-Obrigada, aceito sim. –Karina disse sorrateiramenteKaiã foi logo à busca da Angelina.
-Angelina eu estou aqui.
-Kaiã. –disse em desespero. –Estava vendo as chapas que Karina tirou e os exames, e ela não perdeu só amnésia. –Sua voz era tristonha e o medo atingiu ambos. –O caso aqui é grave, e caso ela não se recupere, pode morrer.
Os olhos de Kaiã se arregalaram e ele desmaiou.