Eu sempre o admirei como pessoa. Ele sempre foi meu modelo a ser seguido e meu orgulho. Desde que apareceu, Wellington esteve, em sua grande parte, presente em minha vida. Éramos amigos desde os tempos de peladas de final de semana da sua época de faculdade. Digo "desde esta época" porque foi quando começei a me interessar por futebol. Repentinamente meu corpo sentia vontade de correr, se mexer, chutar, vibrar; enquanto minha mente tinha vontade de bolar estratégias e planos para conseguir um "objetivo maior". Futebol foi o único esporte em que eu consegui combinar e saciar o desejo dos dois. E foi nessa época que minha amizade com o Wellington nasceu. Ele também teve um motivo para começar a praticar o esporte: o sobrepeso. Embora eu nunca o tenha achado gordo ou acima do peso, a balança mostrava o contrário. E por recomendação médica ele aliou o futebol à academia, fazendo com que, com esforço, o excesso de gordura de seu corpo fosse reduzido, deixando-o apenas "troncudo". Ou seja: ombros e costas largos, peitoral estufado, braços e antebraços grossos. Seus membros inferiores porém, denunciavam o passado de ex-"gordinho", lhe deixando as pernas e panturrilhas grossas, pés gordinhos e além disso, a bunda cheia.
No começo jogávamos em times diferentes, mas, depois de descobrirmos num jogo que tínhamos um bom entrosamento, no time em que um estava o outro também teria de estar. As vitórias de nossos times não eram tão frequentes, mas nada que preocupasse ou nos fizesse ruins. Como disse, nosso estrosamento era bom, e não milagroso ou sobrenatural. Às vezes acertávamos, às vezes errávamos. E talvez por essa inconstância e brigas/ desentendimentos causados por elas, fomos meio que cortados da "panelinha" de futebol. Nada que preocupasse ou chateasse, para ele cedo ou tarde isso iria acontecer já que os tempos de faculdade não duram pra sempre, e tanto seus amigos quanto os de seu irmão provavelmente não o manteriam naquilo depois que acabasse. Um fato que vale a pena ressaltar é que apenas ele fazia faculdade, na época eu apenas trabalhava.
Eu trabalhava numa papelaria. Nada muito importante ou que me rendesse um grande salário, mas também não era tão ruim. Tinha meu próprio dinheiro, e estava guardando metade do que ganhava para um cursinho e as despesas que a vida universitária acarretaria.
Daí você pergunta como é que nos conhecemos se eu não fazia faculdade. A resposta é: amigos em comum. Naquela época eu tinha um conhecido que me convidou para jogar bola num jogo no lugar de seu amigo que estava machucado. E eu aceitei, seria uma boa chance de satisfazer as vontades do meu corpo e mente. Acabei jogando por mais alguns jogos até que esse amigo voltou, porém deram um jeito de me incluir nos jogos. Pouco tempo depois Wellington apareceu e, por ser irmão de um dos carinhas que jogavam e ter alguns amigos no time, também foi incluído na panelinha. Éramos "jogadores" esporádicos, ele pela faculdade e eu pelo trabalho e começo de cursinho.
Com o tempo fomos nos tornando mais amigos, e quando não tinha jogo de nossos colegas, usávamos o campo e treinávamos algumas jogadas, além de perder algumas horas conversando. Esses treinos sempre aconteciam de noite, não muito tarde logicamente, sendo mais exato, mais ou menos entre 19:00 e, até no máximo, 21:00 hrs, o horário em que o vestiário era trancado. Às vezes, quando passávamos deste horário, não nos restava outra alternativa a não ser ir pra casa fedendo a suor. Naquela época ainda andávamos de ônibus, e ainda bem que nesse horário os coletivos geralmente são mais vazios e existem mais lugares vagos, assim ninguém te incomoda sentando perto. Essa situação desagradável, de ficar fedendo, se sentir sujo, ficar preocupado em incomodar narizes alheios, e, além disso, às vezes realmente receber olhares tortos por causa de seu cheiro, mudou quando ele comprou um carro. Quer dizer, ganhou. Como ele trabalhava numa oficina mecânica, reformou um dos carros e o ganhou de "presente" quando o dono vendeu o lugar pra se mudar pra longe. Sempre achei essa história meio estranha, mas não iria investigar se era verdade. Pra mim, não sendo roubado já estava de bom tamanho, afinal, não queria ser preso por andar num carro do tipo.
Com essa aquisição ele passou a me dar caronas até em casa quando passava do horário. Embora eu não me sentisse muito confortável em deixar seu carro com meu cheiro não muito agradável, como ele parecia não dar muita importância, aos poucos também parei de ligar pra isso. Com este carro, além de caronas do campo até em casa, ele sempre me dava carona, quando possível, quando saíamos por aí para aproveitar as maravilhas da "vida de solteiro". Aos poucos fomos trocando as santas e religiosas peladas de futebol por bares, pizzarias e qualquer coisa aberta de noite que certamente teria de acabar mais cedo devido ao itinerário dos ônibus. Não estávamos nos descuidando, apenas estávamos curtindo a "novidade".
Quando ele se formou na faculdade eu ainda estava na metade do meu curso. Por causa disso, nossos horários começaram a se desencontrar e aos poucos nos afastamos, fazendo com que encontros semanais se tornassem quinzenais, quinzenais em mensais, mensais em trimestrais e depois em ligações, que se tornaram torpedos de conversas que duravam horas e depois se transformaram em poucas palavras/ frases.
Neste tempo, Wellington recebeu uma oferta de emprego com melhor remuneração em outra cidade, e ele aceitou. Nos ligávamos em datas especiais, mas nada que se comparasse ao que era antes. Anos depois, porém, ele voltou. E num convite inusitado para uma partida de futebol, nos encontramos. Ao mesmo tempo em que estava ancioso para encontrá-lo, estava apreensivo e envergonhado. Não seria a mesma coisa de antes, estávamos mais "velhos", maduros, então pra mim as coisas não eram mais como antes. Ao vê-lo na minha frente porém, todos esses pensamentos desmoronaram. Senti como se tivesse voltado no tempo.
Wellington não havia mudado quase nada. Continuava o mesmo cara troncudo, mais alto que eu, de sorriso fácil e jeito brincalhão. Ao me ver, veio ao meu encontro e me abraçou apertado. Aquele típico abraço dado em quem não vemos há muito tempo.
— Senti sua falta — ele disse.
— Eu... também — confessei envergonhado.
Até aquele momento eu não havia percebido o quanto realmente sentia sua falta. A verdade, porém, não era tão bonita. Claro que em alguns momentos eu não negava que sentia sua falta. Algumas vezes eu via algo e pensava que "se ele estivesse aqui, isso iria render comentários e piadinhas até o fim dos tempos". Mas, talvez o tempo tenha atenuado esta falta e eu fui substituindo isso por outra coisa... Não. Isso começou bem antes. Quando entrei pra faculdade acabei colocando nossa amizade e, acima de tudo, o coloquei de lado por causa de coisas que hoje vejo que foram inúteis. E então eu me envergonhei ainda mais.
— Ei, o que foi? —
— Nada. Erhhhh... Cadê os outros? — perguntei ao correr os olhos pelo campo e não ver ninguém.
— Somos só nós dois. Pra relembrar os velhos tempos — ele disse sorridente e me piscando um olho.
Mesmo tentando algumas jogadas antigas, eu não estava com cabeça pra futebol. A prova disto foi ter levado um belo capote num jogo "mano a mano".
— Cê tá bem? —
— Tô. Só estou meio enferrujado —
— Meio?! Se te der um peteleco você se desmonta todo. Cuidado ao se machucar, do jeito que as coisas vão, é capaz de você pegar tétano —
— Você continua tão bom em piadinhas como quando saiu daqui — respondi impaciente.
— E você continua tão agradável como quando algo te irritava e você não conseguia resolver — . Ele respondeu no mesmo tom que eu. — Anda, me diz o que está te irritando? —
— Nada. Eu tô legal —
— Tá nada. Você está arisco e grosso, assim como era quando algo te tirava a paz. Me diz o que te preocupa, a gente ainda é amigo, poxa — .
— Não somos mais tão amigos — .
— Como não?! Você não me considera mais um amigo?! —
— As coisas não são mais como antes Wellington. Nós mudamos — .
— Quanto drama desnecessário! Nem você e muito menos eu mudamos. Claro, as entradas no cabelo estão começando a aparecer, alguns papos já não dispertam mais tanto interesse, o corpo está mais pesado e algumas atividades cansam mais, mas nada tão grave. Eu continuo bonito e engraçado, e você continua... Bem, continua simpático — ele ainda tentou fazer alguma gracinha.
— Você continua é imaturo! Aparentemente continua fazendo gracinhas em horas incovenientes quando as pessoas estão estressadas... — Parei de falar. "Droga! Falei demais" pensei comigo.
Wellington arregalou os olhos, segurou o ar por poucos segundos e seus músculos retezaram. Depois, começou a inspirar e expirar aceleradamente e cada vez mais forte apenas pelo nariz. Aquela era a prova de que eu havia falado demais e o irritado.
— Imaturo?! —. — Eu aqui tentando te ajudar de alguma forma e você me vem com pedras nas mãos?! — . — Se você está com problemas não é culpa minha, então não venha descontar suas frustrações em mim! Quando você aprender isso, marcamos algo novamente, porque se ouvir mais desaforos vou falar o que não devo. Até! —.
Rapidamente ele pegou suas coisas e se encaminhava rápido para fora do campo. Eu porém fui mais rápido e o impedi de ir embora chutando uma bola perto de onde ele estava. Bem, a teoria era essa, porque a prática foi mais complicada: acabei chutando a bola... nele! Nas costas aliás. Isso o fez virar e vir como um cachorro raivoso para cima de mim.
— Você tá louco?! — ele estava intimidadoramente irritado. Compreensível, visto que uma bolada nas costas dói pra caramba. (Sem malícia hein). Já chegou me empurrando com as mãos. Não me desequilibrei porque já estava preparado para sua, digamos, fúria. — Perdeu o medo é?! Só pode!... —
Wellington tinha um problema que eu havia me esquecido completamente: ele não calava a boca quando ficava bravo. Em todos os anos em que convivemos, não o vi trocar socos com alguém numa briga. Ele não era desses. Ele não partia para agressão, ahhh não. Ele passava sermões. Longos e intermináveis sermões que duravam infinitos minutos para quem ouvisse, onde Wellington expunha tudo o que se passava ou passou em sua mente. Nessas horas era incrível sua capacidade de se lembrar das coisas. Mesmo as pequenas. Juro. Se o colocassem, quando está bravo/ irritado, do lado de um elefante, era capaz do maior mamífero terrestre ingerir doses de Ômega 3 pra melhorar sua memória.
— ... Se você está achando que eu vou ser seu saco de pancada está muito enganado! —
— Wellington...— tentei fazê-lo parar.
— Cala a boca! Porque se nem meus pais me bateram não vai ser você que vai...—
— Wellington... —
— Já disse pra calar a boca, cacete! —
Ok, façam a contagem regressiva: "3".
— Você já disse o que queria e agora é minha vez! —
"2".
— Sua coisinha egoísta, acha que você é o único que tem alguma opinião sobre os outros?! — "começou a usar diminutivo... Tá ficando sem idéias e palavras." pensei.
"1". Começei a rir.
—...Porque você está...rindo...?! —
Talvez tanto tempo longe o tenha feito esquecer que a sonoridade de certos palavrões em alguns tons me fazem rir.
E, se a pessoa estiver brava, acabo rindo mesmo. Não sei explicar, mas acho engraçado... Pelo menos em Wellington, ficava engraçado.
— Droga! Falei palavrão... —. — Para de rir caramba! — ele disse com certo tom de irritação.
— Bem que eu queria — .
— Para de rir! Você sabe que eu vou acabar rindo junto — .
E no fim, mesmo tentando conter o riso, Wellington não se aguentou por muito tempo e riu também. Realmente, não havíamos mudado tanto.
Depois disso, era hora de pedir desculpas pelo que disse.
— Wellington, desculpa — .
— Me dê um bom motivo — .
— Quer levar outra bolada? —
— Quer ouvir outro sermão? —
— Ok, ok. Eu realmente não queria dizer aquilo. Eu estava envergonhado por ter deixado nossa amizade esfriar tanto. Desculpe. Mesmo.—
— Ok, desculpas aceitas —.
Eu sei que não foi o pedido de desculpas mais bonito, mas eu nunca fui muiti bom com palavras. Não quando estava sóbrio. Depois disto, ficamos algumas horas jogando apenas nós dois. Como tantas vezes fizemos quando "mais novos". Diferente de horas antes, dessa vez consegui dar trabalho pra ele. Eu estava mais concentrado...
Mas claro que foi ele que ganhou já que eu estava há algum tempo sem jogar bola. Aliás, graças à esse pequeno detalhe eu terminei o jogo todo suado e cansado. Ok, um campo gigante e ter que revezar todos os papéis de jogadores, servindo de goleiro, zagueiro e atacante pode ter influenciado em algo... Talvez uns 45%, mas o resto foi culpa da falta de prática.
Quando terminamos o jogo, eu todo "quebrado" parecendo ter saído da guerra e ele não muito diferente de mim (embora não estivesse reclamando, mas estivesse visivelmente cansado), fomos pro vestiário/ chuveiros, onde havia um comunicado dizendo que o local estava temporariamente sem água graças às obras que estavam sendo feitas por causa de um problema (não especificado no bilhete) na tubulação. Resultado: eu iria pra casa fedendo!
Ao nos despedirmos ele sugeriu tomar umas cervejas em sua casa. Com minha moto eu seguiria seu carro até lá. Estacionei minha moto na garagem, na frente de seu carro, já que isso economizaria mais espaço do que se fosse o contrário. Sua casa não era grande, mas era bonita, aconchegante e bem organizada. Tinha uma sala, um banheiro, uma cozinha, um quarto.
— Eu sei que é meio apertada, mas se sinta a vontade — ele disse jogando nossas mochilas com chuteiras, shorts e afins num canto qualquer e indo da sala para a cozinha pegar as cervejas.
Me sentei no sofá, e fiquei aguardando ele voltar. Sua sala tinha uma varanda, que dava para uma paisagem bonita, onde me senti impelido a levantar do sofá e admirá-la.
O que mais gostei, porém, foi da ausência de casas proximas nessa paisagem, dando-lhe uma privacidade incrível.
Estava tão perdido admirando aquilo que nem percebi quando Wellington voltou e, se aproximando sorrateiramente de mim, apertou meus flancos, me despertando com um susto.
— Bonito né? — ele perguntou enquanto abria sua latinha e sentava no chão.
— Lindo —.
Me sentei ao seu lado, e bebericando minha cerveja perguntei:
— E aí, o que você andou fazendo por lá durante esse tempo? —.
— Eu, bem... — e começou a me contar de suas aventuras e desventuras no tempo em que esteve fora. Gastamos a tarde toda falando de nossas vidas... Como era quando éramos mais novosNós já estávamos um pouco altos e a tarde estava acabando quando decidir ir embora.
— Você não vai dirigir enquanto está bêbado. Vai que sofre um acidente. Você vai ficar hospitalizado e eu com a consciência pesada —.
— Então você me leva —.
— Não vou dirigir bêbado. Vai que sofro um acidente... —.
— Então vou fazer o quê?! Dormir aqui?! —.
— A menos que você queira ir pra casa andando, ou dormir na rua, é isso que você vai fazer — ele respondeu em tom divertido.
— ... Ei, péra aí! Você já tinha planejado isso né? Por isso me trouxe pra cá, me fez beber... —.
— Talvez sim. Talvez não —.
— Não acredito! Seu... Ahhhhhhhhhhh, deixa pra lá. Me traz outra lata vai—.
— Não. Já bebeu demais. Não tô afim de segurar sua cabeça enquanto você vomita —.
— Nem bebi tanto! Tá, 3 latinhas, mas faz um bom tempo que estou aqui —.
— Não vou te dar outra, já falei. Pra quem fica de ressaca ao comer cereja de bolo conservada em rum, 3 latas já passou do seu limite— Ele finalizou e ficamos calados por um tempo.
Ambos estávamos de bermuda. Ele usava uma regata folgada de tecido molinho e eu estava sem camisa. Sempre que bebo fico com calor. Wellington estava do meu lado, e eu sentia o calor emanando de seu corpo. Às vezes esbarrava seu braço peludo no meu, fazendo minha pele pinicar um pouco. Mas era boa essa proximidade. Às vezes me olhava, e, quando eu retribuia o gesto, ele dava um sorriso tímido e virava rapidamente o rosto. Parecia um adolescente.
— Por quê você tá rindo? —.
— Só tô feliz que você está aqui. Senti sua falta —.
— Eu também... —.
— Não parecia. Nunca ligava, nunca foi me visitar... —.
— Desculpe... —.
— Relaxa. Só tava brincando —.
— Não, eu tenho que me desculpar —.
— Pelo quê? —.
— Por ter deixado nossa amizade esfriar. Por nunca ter te procurado, por ter me afastado. Te tratado mal... —.
— Por ter me chamado de imaturo —.
— Também. Eu realmente não queria dizer aquilo. Eu estava envergonhado por ter deixado nossa amizade esfriar tanto. Poxa, você sempre esteve perto de mim, sempre confiamos e contamos nossas coisas um no outro, e aos poucos fui me afastando de você, e joguei no lixo tudo aquilo por meia dúzia de coisas bestas que pareciam tão legais na época —. — Caralho, eu senti muito tua falta. Sentia falta de te contar as coisas e saber que você iria ao menos tentar me alegrar. Senti falta do som da sua voz. Senti falta de falar bobagens e você me entender. Nunca assumi isso pra ninguém, mas foi em você que me espelhei. Sua força, seu ânimo e jeito de jamais se abalar... Isso tudo sempre serviu de inspiração pra que eu continuasse apesar de tudo —.
— Sério? — ele perguntou surpreso.
— Sim. E...quando você disse que ainda éramos amigos eu me senti mal, assim como quando disse que sentiu minha falta... Foi tão espontâneo, tão verdadeiro.—
— Eu não estou sendo totalmente verdadeiro —.
— Como assim? —
— Nada — ele riu e mudou de assunto.
— Vou no banheiro, "peraí" — disse me levantando.
Enquanto urinava, fiquei pensando no que ele disse. O que será que ele estava escondendo?
Ao voltar e me sentar, percebi que Wellington havia pego outra latinha pra ele.
— Eu tava pensando. O que você quis dizer com "não estou sendo totalmente verdadeiro"? —
— Errhh, nada. Foi só besteira minha—.
— Fala —.
— Não é nada demais. —
— Se não é nada demais então você pode falar —.
— Provavelmente você não vai gostar —.
— Tenta —.
— Se eu te disser você promete que não vai sair por aí falando? E nem se afastar de mim? —.
— Por que eu faria isso?! Além do mais, amigos são pra isso... —.
— Esse é o problema, eu não quero ser seu só amigo... —.
— O que você quer dizer com isso?! —.
— O que eu quero dizer? Eu quero dizer isso —.
Wellington colocou uma mão na minha nuca e aproximou sua boca da minha. Antes que pudesse fazer algo, senti seus lábios molhados encostarem nos meus.
Ao sentir que não correspondi a seu beijo ele levantou e foi para o quarto a passos rápidos. Eu ainda fiquei sentado no mesmo lugar, atônito ao saber que meu amigo gostava de mim.
Passaram-se alguns minutos até que tomei coragem de ir procurá-lo. Peguei minha camiseta que estava em cima do sofá, e com ela em mãos fui até seu quarto. Encontrei-o deitado, com um braço em cima do olhos. Lentamente andei até sua cama e me sentei. Ele não se mexeu.
— Há quanto tempo você gosta de mim? —.
— Há algum tempo já —.
— Eu não estou bravo, só quero entender isso... Pode falar, somos amigos acima de tudo —.
— Mas eu não quero ser apenas amigo — ele finalmente tirou seu braço dos olhos e pude encará-lo.
— Mas eu quero! —. Me inclinei lentamente e o beijei com ternura. — Mas não tenho objeção nenhuma em ter algo mais profundo com meu "amigo" — completei.
Wellington colocou sua mão direita em minha nuca, e me puxou para seu corpo enquanto aprofundava aos poucos o beijo. Eu passei minha mão em seu rosto, sentindo sua barba e aproveitando seu beijo sôfrego e carinhoso.
Inesperadamente interrompeu o beijo e levantou. Surpreso o observei sair do quarto. Quando estava levantando da cama, ouvi a porta sala ser trancada, e entendi o que ele foi fazer.
— Pronto, agora ninguém pode nos incomodar — ele disse ao voltar pro quarto e engatinhar de maneira máscula pela cama para voltar a me beijar, com apenas um braço servindo de apoio para seu corpo, pois sua mão estava perto da minha orelha puxando meu rosto e boca de encontro ao seu.
Beijou-me vorazmente. Eu sentia sua língua com gosto de cerveja se enrolar na minha. Ele controlava complemente o beijo, diminuindo e aumentando a intensidade a "seu" bel prazer.
Com jeito foi me fazendo ficar de joelhos na cama enquanto endireitava seu próprio corpo, e, colocando sua outra mão em meu quadril, "colou" sua virilha na minha. Sentíamos ambas as ereções. Passei um braço por seu pescoço enquanto coloquei outro em sua cintura, e passei a esfregar nossos membros, ainda dentro das respectivas bermudas e cuecas.
O quarto começava a ficar quente, e começei a morder seus lábios enquanto tentava tirar sua regata. Ao perceber minhas intenções, fez esse trabalho por mim, e pude então contemplar seu peitoral estufado e peludo. Ao passar minha mão por seus pêlos, Wellington colocou sua mão em cima da minha, cobrindo-a, e guiou-a por onde quis. De seu peitoral, minha mão seguiu devagar para sua barriga um pouco saliente e igualmente peluda. Mas o quê meu amigo realmente queria era que eu sentisse o quanto ele estava excitado. O quanto "estava feliz por me ver". Apertei com vontade o volume de sua bermuda, sentindo seu poder. Wellington voltou a me beijar e passou a comandar a "esfregação", passando sua mão, de minha nuca para minha bunda e apertando-a com vontade.
Nossas línguas se enroscavam, nossos peitorais e pêlos se roçavam uns nos outros, e minhas mãos passeavam por suas costas largas e fortes. Seu cheiro era inebriante. Cheiro de suor por não termos tomado depois do futebol misturado a um leve cheiro de cerveja, que em outras ocasiões seria uma combinação nojenta, mas no calor do momento me excitava.
Sem muita dificuldade me fez levantar e abriu os botões de minha bermuda. Porém, antes de tirá-la, num sorriso sacana me pediu para ir até minha mochila e colocar o shorts do futebol.
— Sempre te achei um tesão nele — ele disse.
Saí do quarto e fui em direção à minha mochila. Rapidamente tirei a bermuda e a cueca junto e coloquei apenas o shorts do futebol. Antes que eu voltasse para o quarto, Wellington apareceu na sala vestindo seu shorts, sem cueca também. Paramos um na frente do outro e ficamos nos encarando, nos avaliando e medindo, passando as línguas nos lábios e mordendo-os. Como ele estava sexy naquele shorts! Estendi minha mão em direção a sua cintura e colei novamente nossos corpos e virilhas. Nos abraçáva-mos fortemente, e por ser mais baixo que ele, minha cabeça ficava no máximo na altura de seu peito. Me erguendo na ponta dos pés, coloquei minha boca em um de seus mamilos e beijei, mordi de leve, passei a língua e brinquei com ele até que ficasse estumecido. Fiz o mesmo no outro. Era gostoso sentir seu gosto salgado na boca, e eu não me contentaria apenas com seus mamilos, por isso fui descendo por sua barriga e mordendo-a, embora seus pêlos me incomodassem um pouco no processo.
O fiz sentar no sofá, e continuei no meu "reconhecimento" por seu corpo gostoso e quente.
Passei direto por seu pênis e alisei suas pernas roliças e peludas. Arranhei-as com o pouco de unha que tenho e fiz trilhas vermelhas por sua pele. Mordi de leve suas pernas e o fiz levantar a perna direita para que eu mordesse sua panturrilha grossa. Beijei seus pés, e coloquei ambas as pernas em meus ombros, sentindo o quão pesadas eram. Como estavam próximas de meu rosto, voltei a mordê-las, aproveitando para morder também a parte interna de suas pernas.
Quando me dei por satisfeito, depois de morder, beijar e lambê-las, resolvi morder seu pênis por cima do shorts. Seu pênis roliço se marcava indecentemente em seu shorts branco, surrado e cheirando a suor. Ainda de joelhos, me afastei um pouco para admirar o macho que me amigo se tornara.
Forte, peludo, sentado no sofá com as pernas afastadas, com os braços estendidos no encosto do sofá, só de shorts largo... e meu, só meu! Nossos olhares se cruzaram, e ele retirou seu pênis pela abertura da perna do shorts. Seu cacete estava muito duro e quente. Me aproximei e punhetei-o de leve, descobrindo e cobrindo a cabeçorra vermelha com o prepúcio escuro. Seu cacete veiudo e pesado me dava água na boca, e aos poucos fui aproximando minha boca dele, mantendo contato visual com Wellington.
Seu gosto era bom. Salgado por causa do suor e com um leve cheiro de urina, mas me excitava. Passei a língua do saco até a cabeça, enquanto Wellington fechava os olhos e seu pau pulsava. Ele colocou a mão em minha nuca, trazendo minha boca em direção a seu membro, e com gula coloquei a cabeça na boca, sentindo o quanto ela preenchia. Quando não consegui mais colocar seu pau na boca, punhetei a parte restante com força, sentindo os músculos, nervos e veias. Começei a sentir o gosto de seu pré-gozo, e tirei seu pau da boca para tomar ar e admirar o líquido começando a descer pelas curvas de seu órgão.
Antes que eu pudesse colocá-lo novamente na boca, Wellington me fez levantar e sentar em seu colo, colocando minhas pernas em volta de seu corpo e me fazendo colocar os braços ao lado de sua cabeça. Fez movimentos de como se estivesse me fudendo enquanto me apertava forte e beijava meu pescoço. Foi descendo devagar pela linha do meu pescoço, lambendo-a. Porém, ao contrário de mim que fui em seus mamilos, ele aproximou seu rosto de minhas axilas.
— O seu cheiro e do seu desodorante... — ele disse e respirou fundo. — Me excita! —.
Levantei meu braço, expondo minha axila onde ele passou a lamber e cheirar. Sua barba arranhava a pele sensível do local, e me arrepiava. Sua língua áspera me proporcionava uma massagem diferente e sensual.
Era excitante ver e sentir aquele macho se deliciando com meu cheiro. Endireitei um pouco o corpo, segurando-o pelos cabelos e mantendo sua cabeça onde estava, comecei a me movimentar para frente e para trás, esfregando o tecido de meu shorts em seu cacete. Wellington colocou ambas as mãos em minha cintura e passou a me ajudar no movimento.
— Vamos deixar isso mais gostoso — ele disse me olhando com luxúria.
Me levantou, retirou meu shorts e o cheirou profundamente bem na parte da frente, onde meu pênis e saco estavam.
Depois o jogou longe e me sentou novamente em seu colo. Juntou seu pau ao meu e passou a punhetá-los juntos. Eu podia sentir o calor e as veias dele. Sua mão grande e áspera era muito gostosa, me causando um prazer que eu ainda não havia sentido. Wellington aproximou sua testa na minha e ficou me olhando nos olhos. Nossas bocas estavam próximas, abertas, nossos lábios tremiam devido ao tesão do momento. Eu sentia seu leve hálito de cerveja. Era gostoso.
Coloquei então minha mão junto da dele, e passei a acompanhar seus movimentos. Estávamos prestes a gozar quando ele voltou a me beijar com sofreguidão. Ao gozar, mordi seu lábio enquanto ele urrou.
Enquanto gozava meu corpo começou a tremer, e tive dificuldade de manter meus olhos abertos. Wellington não estava muito diferente de mim. Me apertava forte enquanto sua mão tremia. Desfaleci em cima dele, enquanto meu corpo começava a ficar leve. Fiquei com sono. Foi a primeira vez que experimentei um orgasmo real. Que sensação sublime!
Me obriguei a me mexer e me levantei. Wellington parecia morto... "Mas um morto com um sorrisão no rosto!" Rí de meu pensamento.
Wellington lambeu sua mão suja de nossas porras olhando pra mim de maneira luxuriosa.
— Aonde vou dormir? — perguntei.
— Comigo oras! Depois disto você vai na minha cama, porque a noite só está começando — ele disse se levantando, com um sorriso sacana na cara e me puxando pela mão até a cama, onde "dormimos como pedras" por alguns minutos... Ou horasEu estava deitado de lado, quando acordei sentindo o cacete de Wellington me cutucando, enquanto o mesmo passava suavemente seu dedo por meu braço. Já estava amanhecendo, mas não me preocupava. Relaxei. Ao perceber que acordei, Wellington me virou de barriga pra cima e me beijou. Sua língua já não tinha gosto de cerveja, mas estava com o gosto de nossas porras.
— Segundo round? — ele perguntou.
— Me deixa tomar um banho primeiro... —.
— Pra quê?! Eu gosto do seu cheiro — disse ele cheirando meu pescoço.
Wellington desceu de meu pescoço para meu peito, de onde seguiu novamente pra minha axila e lambeu-a.
— Adoro isso! — eu disse.
Ele não respondeu, apenas sorriu e seguiu para minha barriga, onde mordeu de leve. Ao chegar em meu pau, já em riste, colocou-o na boca enquanto brincava com minhas bolas. Depois colocou-as na boca enquanto me punhetava lentamente.
— Se punheta enquanto eu continuo a me aproveitar desse corpo — e assim o fiz.
De olhos fechados eu sentia sua respiração percorrer minhas pernas, também peludas, e senti as mordidas que ele dava de vez em quando. Sentia também sua barba me arranhando. Ao chegar em meus pés, Wellington colocou o dedão na boca e chupou-o por alguns segundos. Em seguida me pegou por um dos pés e me virou de bruços. Subiu devagar suas mãos àsperas e pesadas por minha pernas, massageando-as.
Massageou minha bunda de maneira circular, abrindo as bandas dela e expondo meu cuzinho, onde encostou levemente sua língua áspera e quente.
Continuou sua massagem por minhas costas, e começou a se inclinar até que suas mãos deram lugar a sua barba. Aquele filho de uma puta de luxo passou sua barba por toda a linha da minha coluna até a nuca, arranhando minha pele de maneira desgraçadamente excitante.
Wellington, com seu corpo pesado, me prensou no colchão ao colocar seu corpanzil sobre o meu. Abraçou meu corpo com um dos braços, e com a cabeça no meu pescoço, começou a rebolar e me encoxar fortemente.
Não sei o que mais me excitava: seu peso, as palavras que me falava ao pé do ouvido, sentir seus pêlos nas minhas costas, ou suas reboladas demoradas e firmes.
Coloquei minhas mãos em sua bunda e a sentia contrair gostosamente a cada movimento seu. Passei a puxá-lo para frente e a empurrá-lo para trás, fazendo com que seu cacete duro se encaminhasse para minha bunda.
Percebendo minhas intenções, Wellington saiu de cima de mim e passou a brincar com meu cuzinho, às vezes colocando dedos e às vezes lambendo as laterais ou endurecendo a língua e colocando-a lá dentro.
Eu já não aguentava de tesão e o queria logo dentro de mim.
— Mete logo! — eu disse.
— Hã? Mais alto, não ouvi. E fale de maneira suja. Gosto de foder assim —.
— Mete cacete! Mete esse cacetão em mim! Me arromba porra! —
Wellington encostou seu pau na portinha do meu cú e forçou um pouquinho, mas só fez isso pra me atiçar mais.
— Quem você quer que te enrabe? —.
— Você! —.
— E quem sou eu? —.
— Wellington —.
— E o que eu sou seu? —.
— Meu amigo, amante, macho! —.
Wellington apertou com vontade e bateu seu pau em minha bunda.
— E como você quer que esse macho te enrabe? —.
— Como um macho de verdade! Me faz chorar nessa porra! —.
No começo meteu devagar, mas firme. Esperou um pouco até que eu acostumasse e passou a meter com força, lento mas com força!
Se deitou novamente em cima de mim, arranhando minha nuca com sua barba e em seguida beijando-a, e meteu de maneira cadenciada até que tomou ritmo e velocidade, me empurrando para frente aos trancos. Fechou minhas pernas com as suas, e colocou-as sobre as minhas, iniciando uma penetração rápida, profunda e meio dolorosa.
Wellington gemia "grosso" e alto, elogiando o quão quente e molhado eu era, e o quanto sonhou com isso. Puxou meu cabelo e girou minha cabeça para me beijar. Logicamente diminuiu o ritmo para isso.
Sem tirar, Wellington me fez ficar de quatro, onde senti toda sua potência e vigor. Colocou suas mãos em meus ombros, e passou a meter ferozmente, batendo sua virilha em minha bunda. Quando anunciou que estava perto de gozar e sugeriu então um 69, onde me revesei entre lamber suas bolas e seu pau, enquanto ele fazia o mesmo comigo e enfiava um dedo em meu cú, já laceado por seu membro. Fomos para o chão.
Que visão aquele urso grande deitado de lado, com uma perna dobrada e a outra estendida me dando permissão para me deliciar com seu corpo.
Eu ora o chupava e ora o punhetava com vontade, sentindo suas veias se dilatarem, marcando o corpo de seu pau, e me divertia com a cabeçorra vermelha que eu escondia com o prepúcio, que por vezes lambi e o comprimi em meus lábios. Me deliciava colocando suas bolas pesadas na boca, sugando-as e, ao retirar a boca, vê-las vermelhas. Enquanto isso, sentia a quentura de sua boca, sua língua áspera tocando minha glande, ora de maneira circular, ora de cima pra baixo. A massagem no cú também estava gostosa, principalmente quando Wellington lambia as beiradas enquanto enfiava o dedo, pois além da língua, sua barba arranhava e me excitava.
Meu corpo tremia de prazer, assim como o seu. Quando não aguentei mais segurar, gozei. Gemi alto e gozei em seu rosto, sujando sua barba, enquanto ele me punhetava, fazendo meu corpo se contrair algumas vezes graças à hipersensibilidade pós-sexo.
Wellington se virou e me beijou. Lambi sua barba e boca para limpá-las de meu esperma. Ele novamente colocou seu corpo sobre o meu, apoiando-se em um braço enquanto se punhetava com a outra mão.
Com um braço abracei seu pescoço, mordendo seu cangote e dizendo coisas sujas em seu ouvido.
— Goza pra mim ursão! —. — Vai, suja meu corpo com essa porra cremosa! —. — Geme pra mim. Urra meu ursão gostoso! —. — Seu gostoso, nunca senti tanto prazer! —.
A cada frase minha Wellington gemia mais. Via seu corpo tremer e sua respiração ficar entrecortada. Seu braço se mexia mais rapidamente, e ao gozar, Wellington urrou e continuou se apoiando num braço para não me machucar com seu peso. Virou-se e deitou ao meu lado. Ambos olhávamos pro teto, enquanto tentávamos estabilizar a respiração. Depois de algum tempo de silêncio, me deitei em cima de seu corpo grande e quente, apoiando minha cabeça em seu peito, e roçando minha bochecha em seus pêlos, pois a sensação era boa. Wellington passou seu braço direiro por minha cintura e colocou o esquerdo atrás de sua cabeça, lhe deixando com uma pose irresistível de macho. Levantei um pouco meu corpo até que minha boca ficasse na altura da sua e beijei seus lábios com paixão.
Ficamos assim até que levantamos e fomos tomar um merecido banho, onde trocamos mais beijos, olhares, abraços, apalpadas. E onde o fodi também.
Lavei seu corpo e delisei minha mãos por suas curvas. Seus pêlos molhados e sujos de sabão acabaram me excitando de novo, então ensaboei-o de pau duro.
Quando viu meu estado, seu pau também endureceu e punhetei-o, ficando ao seu lado, lambendo e beijando seu peito e sovaco, já que ele me abraçou pelos ombros me dando acesso à essa parte.
Suas costas eram um capítulo à parte. Por serem largas, a visão da espuma descendo por elas e delineando cada curva era de enlouquecer. Sua bunda peludinha também não ficava por menos. Gostosa de pegar, cheia, branca! Não resisti e a mordi. Temi represálias, porém como não vieram, continuei. Apertei com vontade, sentindo seu peso. Dei-lhe tapas e a ví tremer gostosamente! Wellington desligou o chuveiro e se curvou um pouco, apoiando seus braços na parede. Abracei-o por trás, encoxando-o. Pedí para que rebolasse lentamente, e ele o fez. Abaixei-me e linguei seu rabo peludo. Estava com cheiro e gosto de sabonete, pois já tinha lavado aquela área. Meu urso passou a gemer a cada linguada que recebia, e numa destas um pêlo enroscou em meu dente e num sonoro "ai" meu amigo-urso contraiu seu corpo, me deixando um pouco apreensivo, afinal é bem dolorido quando um pêlo destes é arrancado e poderia estragar meus planos para aquela bunda linda. Para que não acontecesse novamente peguei um aparelho de barbear e demorei vários minutos raspando apenas seu rego, pois eu gostava de sua bunda peluda.
Tudo limpinho, raspadinho e lavado, voltei a linguá-lo, desta vez sem medo de um pêlo atrapalhar nossa diversão.
Passei a lamber desde seu cú até suas bolas, e passei também a punhetá-lo de leve. Wellington gemia intensamente, e começava a rebolar, esfregando sua bunda em minha cara e aproveitando da sua maneira a punheta que recebia. Sem esperar por um pedido me levantei e forcei a entrada de meu cacete em seu cú enquanto continuava punhetando-o.
Abracei suas costas enquanto beijava-a, e pedi para que relaxasse.
Ele se abaixou um pouco mais, e pude penetrá-lo. Era apertado. E quente! Com paciência e sem pressa fui aumentando o ritmo de minhas estocadas, e ele seus gemidos. Chamava por meu nome, ao que eu respondia com o seu.
Pedi para que ficasse de quatro e meti com força, tal como havia feito comigo, vendo sua bunda peludinha e máscula tremer a cada estocada. Não me preocupei mais em machucá-lo, ele aguentava bem o tranco, tanto que pediu para que eu o "montasse". E, como um cavalo faz com uma égua, montei e meti o mais fundo e forte que pude. Coloquei minhas pernas paralelas às suas, apoiei minhas mãos em suas costas e meti forte. Nesta posição sentia toda a elasticidade de seu cú, que apertava meu pau. Wellington tentava e às vezes conseguia morder meu pau com o cú, o que me deixava mais alucinado.
Dei-lhe prazer o quanto pude, até que cansei e pedi para que ele metesse em mim. Me levou de volta pro quarto, e sem nos secarmos caímos na cama, onde ele beijou meu corpo e se deitou atrás de mim. Levantou minha perna, e me comeu de ladinho, enquanto beijava meu pescoço e pescoço. Coloquei sua mão em meu peito, ao que ele passou a brincar com meus mamilos entre seus dedos. Coloquei minha mão junto da sua, parando com seu carinho, e apertei sua mão fortemente. Fechei meus olhos para aproveitar melhor as sensações que aquele comedor nato me proporcionava!
Seu movimento cadenciado, seus pêlos, sua boca, seu carinho e o jeito enquanto metia. A textura de seu mão, sua pele, seu cheiro...! Tudo aquilo me excitava muito.
Wellington colocou sua mão em minha barriga e se virou, me fazendo cavalgar de costas pra ele. Depois, virei de frente, apoei uma mão em sua barriga e outra em seu peito e cavalguei sendo auxiliado por suas mãos em minha bunda, e fazendo seus movimentos com o quadril me fazia pular em seu colo e seu pau ia fundo, me arrancando gemidos involuntários.
Me abraçou e novamente se virou, ficando comigo sob seu corpo (novamente. Ele adora isso, se sente "poderoso". E eu... Bem, me sinto protegido sob seu corpo), com minhas pernas cruzadas em suas costas. Num bonito "papai-e-mamãe", que se manteve até gozarmos, ele me penetrava lentamente, aproveitando e me fazendo aproveitar cada movimento. Me beijava com carinho enquanto passava suas mãos por minhas pernas e as apertava. Beijava e mordia meu pescoço e queixo.
Eu, de olhos fechados, passava minhas mãos por suas costas, sentindo sua musculatura. Seguia minhas mãos para sua bunda, onde a apertava e guiava seus movimentos pélvicos. Dei mordidas em seu braço, sentindo seu gosto. Passei minhas mãos por sua cabeça, fazendo carinhos nela e mexendo em seu cabelo curto e escuro.
Pedi para que tirasse seu pau de dentro e o colocasse junto do meu. Ambos fodíamos nossos paus, fazendo movimentos de foda, acompanhando com dificuldade os movimentos do outro. Ele gozou primeiro, e segundos depois foi minha vez. Havíamos melecado nossas virilhas e paus, agora amolecendo, com nossas porras. O cheiro característicos começou a tomar conta do quarto, e usamos nossas bocas para limpar a sujeira do corpo do outro. Num 69, lambi sua barriga peluda suja de esperma e seu pau pesado e grosso. Wellington fez o mesmo comigo. Quando já estava limpo, demos um beijo demorado, compartilhando nossas porras, e nos levantamos.
— Tá com fome? — ele perguntou e foi até a cozinha e me pedindo para seguí-lo. Passou um café para ele, e abriu os armários retirando algumas bolachas de água e sal e pegando o pote de margarina na geladeira.
Comemos em silêncio, trocando alguns olhares e sorrisinhos. Ajudei a lavar e arrumar o que sujamos, e quando terminou ele se encostou na pia enquanto eu me sentei numa cadeira próxima.
— Uau. Isso foi incrível — eu disse para quebrar o gelo.
— Eu sonhei muito com isso — ele disse envergonhado.
— Me conta: há quanto tempo você sentia isso por mim? —.
Com muita insistência Wellington confessou que não me via apenas como um amigo há muito tempo. Segundo ele, aos poucos foi gostando de mim, e que tudo em mim o fascinava. Inclusive meu cheiro. Agora eu entendi o motivo dele não se incomodar com isso em seu carro.
Aquele sacana gostava!
Ele também disse que há tempos vinha nutrindo sentimentos por mim que iam além da atração, e que meu afastamento o machucou muito, mas achou que eu tinha percebido suas intenções e que tinha nojo dele.
Ele confessou também que sentia uma vontade enorme de ficar perto de mim, e ficou com saudade todos os dias em que esteve na outra cidade. E que cada pequena atenção que recebia de mim já o deixava feliz.
Confessou que só voltou pra cá por minha causa, que mesmo que nunca correspondesse iria se contentar com minha amizade e que quando eu não correspondi a seu beijo pensou que tinha perdido também minha amizade. E por fim, confessou que agora estava preocupado por não saber como seria dalí pra frente.
— Não sei como vai ser, mas não vou mais te deixar sair da minha vida tão facilmente — eu disse. E lhe arranquei um sorriso.
Eu me levantei da cadeira e o abracei, passando meus braços ao seu redor, tentando inutilmente fechá-los em suas costas, e me aconchegando em seu peito peludo, como forma de pedir desculpa por tudo o que o fiz passar até alí (Mesmo eu tendo murmurado um "desculpe" que provavelmente não foi ouvido por ele).
Mesmo pego de surpresa, ele retribuiu o gesto e me abraçou terna e protetoramente. A diferença de altura era evidente, então ele se curvou um pouco e apoiou seu queixo no topo de minha cabeça.
Alí, sentindo seus braços ao meu redor, seu cheiro e seu calor, percebi algo que antes não havia reparado: meu amigo, a pessoa que sempre esteve do meu lado, na verdade tinha tudo o que eu mais gostava numa pessoa. E depois de tudo o que aconteceu entre nós naquela noite, e de tudo o que vivemos até alí, me dei conta de que ironicamente já havia me apaixonado por ele há muito tempo, só que confundia com admiração de amigo. Além do mais, eu estava tão preocupado em "olhar para frente", que não percebi que os "lados" também fazem parte da área de visão. (ok, foi uma comparação ridícula, mas tudo bem).
E enquanto eu, de olhos fechados, curtia a gostosa sensação de estar com ele, sentia nossos corpos se movendo lentamente, numa espécie de dança silenciosa. Então eu disse a frase que é o divisor de águas de muitas vidas. A frase que mudaria tudo dalí pra frente, e que era a única que valia naquele momento:
— Eu te amo — eu disse baixinho, mas com entonação forte, para que tanto eu quanto ele tivéssemos certeza do que eu dizia. Numa risada contida, ele me apertou mais forte contra seu corpo, e disse no seu tom divertido que eu até hoje adoro:
— Não sei se você percebeu, mas eu também —.
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