Antes das seis XIII

Um conto erótico de Carpenter
Categoria: Homossexual
Contém 439 palavras
Data: 14/09/2014 17:52:55

Bonito ate demais. Era o que eu pensava enquanto o colega de Fernando sentava-se à nossa mesa, sem avexamento nenhum, entabulando logo uma conversa amistosa conosco. A maneira como ele se vestia deixava clara sua posiçao social e apenas mais tarde fui saber que ele era de fato rico : simplesmente o filho unico do proprietario da olaria onde meu loiro trabalhava. Foi la que pegaram amizade.

Sua beleza loura bronzeada e porte de nadador ajudavam naquele esforço que Carlos fazia para se assemelhar à um James Dean brazileiro, de blue jeans, camiseta branca, cigarro displicentemente colocado no canto da boca. Digo "colocado" pois era essa a impressao que dava : um sujeito todo montado para se parecer fisicamente com o emblematico personagem daquele filme que fez muito sucesso e que vi com Fernando numa tarde de domingo quente.

Este conseguia ser ainda mais bonito do que o ator americano, admito. De trato facil, simpatico e mais sorridente do que aquele, aparentemente fazia amizade com todos. Aceitei muito sem escolha aquela amizade, nao tendo a principio muita repulsa dele, talvez apenas um pouco desagradado com o tom elitista de seu assuntos : os clubes, o jockey, as lanchonetes da moda, os jovens da impenetravel nata da alta sociedade, viagens ao exterior...Mas era o mundo dele e nao tinhamos culpa daquilo.

Por iniciativa de Fernando, logo Carlos era frequentador assiduo de nossa casa. Vinha nas tardes de domingo, de lambretinha vermelha reluzente, trazendo jogos de papelao, revistas ou discos. Um dia trouxe de presente um disco de um conjunto americano chamado The Platters.

- Voces escutam muito Francisco Alves! Musica de gente velha - disse numa risada debochada, colocando o disco novo na vitrola.

Fiquei ofendido com o comentario, mas nada disse. Ao meu lado, Fernando espantosamente concordou com o outro, dando risada, extremamente alegre desde a chegada do sujeito. Quando a musica começou a rodar ele nao conteve um entusiasmo radioso :

- Que maravilha, Carlos! - sorriu lindamente para o rapaz.

Senti um incomodo. A musica se chamava Smoke Gets In Your Eyes, e quando Carlos repetiu a faixa se pos a cantar baixinho, traduzindo a letra a pedido do meu Fernando. Este era todo sorrisos e alegria, ouvindo nosso amigo. Parecia ter se esquecido de mim ali na sala, os lindos olhos verdes fixos no outro, encantados. Parecia que uma parte antes maravilhosa em mim sangrava dilacerando -se enquanto eu observava aquilo. Pois como na letra da musica, a fumaça entrava nos olhos dele e eu nada podia fazer.

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Gente, muito obrigado por ainda acompanhar!

Meu caro Luhoff, posso te oferecer este? Vindos de um autor como voce, seus comentarios me enchem de felicidade!

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Comentários

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Pra mim??? serio??? Nossa obrigado, mt, mt ^.^ adorei essa parte, vc cada dia que passa melhora mais e mais sua escrita, e isso é fantástico, vc escreve com clareza e ainda assim consegue passar ao leitor a sensação de voltar ao passado, é como um filme na minha cabeça. Sua historia me lembra muito a atmosfera do filme Pearl Harbor, e eu n sei pq, mas acho q é pq gosto do filme e a época é parecida. Em, desculpa pela demora em ler, ontem passei a noite fora e voltei tarde, então não deu p comentar, desculpa mesmo. Olha serio!!! mt, mt obrigado mesmo por oferecer a mim... vou retribuir :D. Sou seu eterno fã.

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Descobri esta maravilha pelo título (adoro a música) e quero agradecer pela adorável leitura. Não se demore, por favor.

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